Em busca do Posto Avançado - Ato III

Depois de ler o pergaminho, não demorou muito para que o Anão arrumasse estadia e comida para todos, bastou uma breve conversa com o taverneiro.

A noite mal havia passado e o Anão já tinha acordado todos do quarto, com fortes batidas na porta. Antes do sol nascer todos já estavam prontos para partida. Depois de um farto café da manhã já estavam na estrada.

Parecia que a situação deixou Tufur com poucas palavras, falava apenas o básico.

O grupo não era muito de conversa, a não ser Naereth e Iris, que de vez enquando conversavam alguma coisa.

O dia passou rápido, afinal Tufur forçava a cada vez mais a marcha, o meio homem parecia conhecer aquele trecho como ninguém. O sol já estava baixando quando o Anão adentrou por uma trilha na mata, depois de caminhar por umas duas horas ele foi diminuindo os passos, parecia que havia chegado onde queria.

A trilha dava numa grande clareira, que no meio tinha grande morro, que tampava completamente a visão do que tinha no outro lado.

- Chegamos, o posto é aqui - Aponta para o morro.

Sem entender muito, o grupo ficou se perguntando onde estava o tal posto, até que depois de forçar bastante a visão, dava pra ver que de trás de duas grandes rochas, havia uma pequena escavação no morro, que parecia dar num corredor onde podia-se ver uma porta entre aberta mais ao fundo.

Não havia nenhum barulho ali, além dos aventureiros, o sol já estava começando a desaparecer no horizonte, por detrás do grande morro.

Haraldur

Haraldur olha em volta surpreso com o que encontra. O que havia imaginado não coincidia com a realidade, mas também não fazia diferença. O importante é que haviam chegado ao seu destino e a missão estava completa.

Contudo, após tanta estrada, ansiava por descansar e comer, antes de iniciar o caminho de retorno.

- Enfim chegamos, e sem contratempos... Seria bom montarmos acampamento e descansar antes de partir. Dirigindo-se a Tufur. - Estou curioso em saber qual era o conteúdo da mensagem. Ao que parece a missão está finalizada, não, senhor Tufur?

- Temos que entregar essa mensagem para o Sargento Kelvin - Diz enquanto entra no corredor a caminho da porta.

- Se quiserem podem passar a noite aqui no posto, deve ter lugar suficiente pra todos vocês... - Para de andar, fica em silêncio e olha para a porta semi aberta fazendo cara de desentendido.

- Vamos entrando... - Se aproxima da porta e a empurra. - Chegamos pess.... Por Moradin...! - Arregala os olhos enquanto adentra o complexo.



Ao entrarem na sala podiam notar que havia o corpo de um homem, caído debruçado no chão.

- Ei venham aqui - Diz para pessoal - Me ajudem aqui - exclama enquanto corre em direção ao corpo.

Tufur havia empalidecido, sem entender nada, se agacha próximo ao homem para tentar reanimar, mas assim que ele vira o corpo para analisar a sitação, podia-se ver, Kelenvour já havia agido, ele estava morto, o corta na garganta era visível.

- Droga... - Exclama incrédulo.

Haraldur

Prontamente o guerreiro saca a corrente e põe-se de prontidão. O responsável por aquele ataque ainda poderia estar no entorno.

- Fiquem atentos, quem quer que tenha feito isso ainda pode estar por aqui.

O elfo pega seu arco e uma das flechas e fica também de prontidão um pequeno movimento e a flecha sairia zunindo.

Iris saca a espada e o escudo e fala:

- Como que alguem conseguiu entrar aqui e cortar a garganta dele? É alguem que se move sem os outro perceberem ou termos um traidor aqui.

- Era uma ótima pessoa... - Diz Tufur desanimado sacando a espada e tirando o escudo das costas e empunhando na mão esquerda.

- O que deve estar acontecendo por aqui... - pergunta baixo para si.

O sol do lado de fora já havia desaparecido, e a escuridão já tomava conta de dentro e de fora do complexo.

A recepção era uma pequena sala que tinha uma grande mesa empueirada no centro, encima tinha apenas pratos e copos usados, além da mesa o local estava todo empueirado, a porta aberta parecia o motivo de tanta poeira.

Em cada parede havia apenas o suporte para tochas, mas não podia ser visto tochas em nenhum dos suportes.

A sala de recepção dava em um corredor de no máximo 2 metros de altura e 1 metro de largura, que se estendia até a próxima sala.

- Quem vai na frente? - Diz Naereth enquanto olhava de perto tentando ver o corpo do homem.

- Parece que ele morreu há uns dois dias - Supõe.

Haraldur

- Sim, eu posso ir na frente. Contudo seria melhor alguém mais furtivo, para nos antecipar o que encontraremos. Diz, sugerindo ao elfo a dianteira.

Spoiler:

Rarel então sinaliza com a cabeça e se prepara para ir na frente.

Segue com seu arco em punho preparado para atirar aprimeira flecha a qualquer movimento estranho.

O elfo olha um pouco lá e percebe que está muito escuro e que precisariam de uma tocha.

Precisamos de uma tocha. Até com a minha visão aguçada não posso ver nessa escuridão toda. Alguém tem uma tocha aí?

Haraldur

Haraldur apanha uma tocha de sua mochila e a acende. - Não posso carregá-la, preciso das duas mãos pra lutar. Entregando a Naereth. Depois olha para o grupo. - Devemos andar juntos! E avança em direção ao corredor.

Iris não conseguia ver nada com a escuridão, e isso era muito ruim. Não tinha nernhuma tocha consigo.

- Eu vou na frente com você tambem, Haraldur. Pode não parecer mas eu me viro bem com a espada - Diz ela se posicionando a frente junto com o combatente.

Naereth, sendo elfa, tinha uma visão mais previlegiada que seus companheiros. Aceita a tocha e caminha próximo de Haraldur, colando seu corpo contra o dele dizendo baixo em tom de ironia:

- Se é para andar juntos...

Termina a frase com um leve sorriso sacana, ocultado pela escuridão da noite.
Com o brilho da tocha, Naereth podia ver mais claramente que os demais e os avisaria caso alguma coisa acontecesse ou aparecesse.

Embora estivesse bem próxima de Haraldur e Rarel, mantinha os olhos atentos na jovem Iris que caminhava na frente dos dois, mas sem tirar sua atenção se algo viesse atacá-los por detrás ou aos lados, enfim, sua atenção estava para todos os lados e seus sentidos mais aguçados.

OFF:

O clima começou a ficar tenso após verem que um dos guardas do posto havia sido assassinado.

O grupo foi em direção ao corredor que provavelmente daria na próxima sala. Rarel aproveitando da penumbra se esgueirava como ninguém tomando a frente do grupo, seguido por Iris, Haraldur, Naerth e por fim, Tufur.

Assim que Anão entrou no corredor, todos puderam ouvir que alguém se aproximava pela frente. Rarel com suas orelhas de descendência elfica sabia que eram apenas dois, que se questionavam se haviam ouvido ou não algum barulho na entrada do posto.

Eles vinham na direção do grupo que aparentemente não tinha sido notado apesar de quantidade de gente.

- Voltem, tem gente vindo - Sussura Tufur apontando para sala de recepção.

Haraldur

O guerreiro atende ao pedido do anão e retorna à recepção. Contudo sua corrente permanecia pronta para girar pelos ares, caso necessário.

Rarel atende a orientação de Tufur e retorna silenciosamente assim como avançou.

Seu arco já estava pronto para disparar então ele diz apenas para os companheiros ouvirem:

-Quem está vindo? Não consegui ver nada. É inimigo? Ou amigo? Acho melhor atacar e perguntar depois.

A jovem obedece de imediato a orientação e vai de encontro à seus companheiros, dessa vez distante de Haraldur para que ele não roubasse sua atenção, querendo ela ou não, ele era uma distração.

Naereth aguça seus olhos de uma forma que a "menina dos olhos" ficasse menos e a cor de seus olhos se destacasse com o brilho da tocha conforme se movia.
Ela também procura aguçar seus ouvidos e o fez de tal forma que o sussurro de Rarel pareceu alto. Seus orelhas pontiagudas de elfa pareciam que se moviam a qualquer ruído.

Ela se mantém abaixada, apoiada na perna direita, enquanto a outra estava esticada paralelamente, de uma forma que seria fácil saltar para qualquer um dos lados e atacar, se fosse preciso.

Ela vira para Íris e lhe entrega a tocha, dizendo palavras quase sem som mde tão baixo:

- Não os deixe ver a claridade desta chama.

Em seguida, volta sua atenção constante para o corredor.

- Apague isso, rápido! - Diz rispidamente o Anão.

Iris rapidamente apaga a tocha em silencio. Bota o objeto agora sem luz no chão e espera já preparada pra lutar, o que estava por vir.