Rugall Saavick

Rugall estava em desvantagem e ele não gostava disso. O impasse precisava ser quebrado e ele não queria ser o primeiro a dar o braço a torcer... Mas seria obrigado a faze-lo. David estava ao seu lado aconselhando-o e lá embaixo Morgana estava prestes a ser abatida como uma presa facil.

Rugall: - Pois bem David... Avise-os que já estou descendo para recebê-los.

Rugall acompanha David descendo as escadas e segue ele, com passos mais lentos. Os olhares de Rugall acompanham tanto David quanto os seres que adentravam o recinto e ameaçavam o espaço do Tzimisce. Uma vez alcançando os visitantes, Rugall irá se apresentar devidamente como o proprietário do evento. Rugall agradece a David e pede para que ele fique de olho no evento enquanto Rugall recebe os visitantes em seu escritorio. Rugall então aguarda alguns instantes para que Morgana vá até ele e logo em seguida, ela indo até ele ou não, ele os guia até o escritório. Uma vez lá, Rugall os acomoda e inicia a conversa.

Rugall: - David me falou que tinhamos visitas importantes. Sejam bem vindos. Ao que devo a honra da visita?

Rugall está relativamente calmo. A presença de seres imponentes e arrogantes apenas o irritava, mas não a ponto de faze-lo transparecer. Sua preocupação agora era com Morgana e a forma como ela tem agido.

Rugall fica surpreso ao ver o que acontece. Aqueles que adentraram em seu espaço agora viram as costas à ele e somem, levando sua prole. Seu olhar fixa em David e aguarda que ele venha a seu encontro.

Rugall: - Não sei quem são estes que tanto se impõem em posição de vantagem. Você vai me dizer tudo o que sabe sobre eles e nós iremos resgatar Morgana assim que possível.

Uma vez em seu escritório, Rugall ouve tudo o que David tem a dizer e depois se pronuncia.

Rugall: - Chame Lucas... Vamos precisar de toda ajuda que conseguirmos. Logo a noite vai acabar e preciso de uma estratégia para o que vem a seguir. Precisarei de seus amigos, David. Isso se quiser ver Morgana novamente.

Rugall estava prestes a explodir. Seu orgulho Tzimisce pedia por uma caçada àqueles que o desrespeitaram e a destruição de tudo o que possuem e todos que os seguem. Mas Rugall não tem a vantagem que precisa para isso... Ainda.

Rugall almeja também alcançar qualquer conhecido de Lucas... O que vai ser extremamente difícil... Mas os riscos valem o esforço. Assim, Rugall aguarda a chegada de Lucas para continuar a reunião.

A situação realmente foi uma novidade para ele, mas era um risco que se corria por não obedecer e se curvar as regras da cidade, então teve um preço a ser pago.

Em meio a tudo isso, David se limitou apenas a dizer:

- A cidade é regida dessa forma por Alec. Ou você está a favor dele ou contra ele e se o senescal Louis aparece, é sinal que está agindo contra ele…- não havia muito mais do que isso a ser dito, afinal certas informações nunca chegaram aos ouvidos de David ou de seu grupo.

Ouvindo que seu mestre queria conversar com o lobo, David foi chama-lo. Lucas estava quase dormindo nos seus aposentos.

Quando ouviu que Rugall estava chamando ele, ficou bem surpreso com a situação mas mesmo coçando os olhos com sono foi até onde Rugall estava. Assim que ouvisse que algo estava envolvendo Morgana, seu semblante de garoto travesso mudaria completamente….

Rugall: - Seja bem vindo Lucas... Agora que vocês dois estão aqui vou ser bem direto. Lucas, Morgana foi levada e eu vou buscá-la de volta. Mas para isso preciso da ajuda de vocês. David, preciso que reúna seus amigos. Não sei como vai fazer isso mas se for o caso, diga que eu pagarei bem pelo serviço deles. Isso vale o mesmo para você Lucas. Preciso que reúna seus conhecidos para nos ajudar. Tragam-nos todos aqui para que eu possa conhecê-los. Assim posso fazer minha oferta e explicar o que preciso que seja feito. Podem fazer isso ainda hoje?

Rugall olha fixo para eles. Seu semblante é sério mas nada sereno. Sua cabeça imagina mil coisas que ele deseja fazer com cada um dos invasores, mas ele se controla para não se deixar levar. A raiva que ele sente nesse momento é bem grande e ele planeja várias retaliações contra aqueles, mas sabe que tais atos terá que acontecer em momentos oportunos.

David olhou sério para Rugall e pareceu bem preocupado mediante a situação e disse:

- Mals aí Rugall mas... o que é que você pretende fazer?  Por que as más línguas dizem que a mulher que anda com Louis é uma Maga das mais poderosas que já existiram na face da terra e a mulher mais morena, parece ser uma das antigas... Para o Louis ter se dado o trabalho de vir aqui e ter agido de forma tão aberta, significa não só Alec mas também a primogênie dos clãs está sabendo e está de acordo com o que foi feito. Um passo em falso e a Morgana já era...

Lucas estava presente no local mas nada dizia depois do que David havia falado. Ele apenas fechava os dedos em punho demonstrando sua raiva e descontentamento.

-Isso é briga dos grande...e... - e quando David iria continuar a falar, ele é interrompido por uma estranha pressão de ar, formando um redemoinho que se ilumina em formato de uma runa antiga e abre-se um pequeno portal onde ele consegue ver a mesma mulher de olhos azuis que há pouco havia estado alí. Atrás dela Rugall conseguia ver aquele que chamavam de Louis, sentado em uma poltrona enquanto tomava um líquido vermelho em uma taça. Tão rápido quanto o portal surgiu, ele vê transpassar o espectro de uma grande mão dourada que se aproxima e deixa sobre um móvel próximo 2 envelopes. Assim que os papéis são depositados, o portal começa a se esvaecer e Rugall tem apenas tempo de ver o senescal erguer a taça em um brinde.

Bilhete:

Convite escreveu:Akasha lhe convida para se juntar à ela no baile em celebração ao seu retorno à cidade

Este Sábado, 22hrs, na mansão do governador em New Perish.

OFF: Para você se situar, você está na madrugada de sexta para sábado.

Rugall escuta as palavras de seu servo e aliado e logo em seguida todos tem a visão do portal. Rugall toma as cartas e le uma delas... O ódio dessa vez trespassa o véu de seu autocontrole e seu rosto mostra as feições de um vampiro com ódio. Ele sabia que não tinha escolha e que David estava certo. Rugall teria que colocar o rabo entre as pernas e comparecer no tal baile. Pior que isso, teria que honrar as tradições e se portar como um subalterno para aqueles que se colocam em posição superior. E isso deixava ele furioso.

Rugall: - David, Lucas, minhas ordens continuam as mesmas. Quero que reúnam o máximo de aliados possível. David, diga aos seus que eu ofereço pagamento e também libero eles para se alimentar aqui durante os eventos. Lucas, diga aos seus que também ofereço pagamento e refúgio. Vão agora, preciso de um momento a sós.

Rugall se vira e vai para o subsolo. Lá aonde tantas vezes ele e Morgana dividiram momentos prazerosos e cheios de luxúria. Morgana lhe era muito preciosa e ele é capaz de engolir o próprio orgulho para tê-la de volta. Aqueles pedaços de carniça vão ter o que merecem, mas agora, Rugall não tinha poder algum para lidar com eles. Ele pega o seu aparelho celular e envia uma mensagem à sua carniçal, ordenando que ela busque um local próximo para que Rugall use como segunda base de operações. Aquela região era razoavelmente grande e haviam muitas construções abandonadas.

Quando David e Lucas retornarem, Rugall irá receber quaisquer aliados que eles trouxerem e irá oferecer pagamento e vantagens em troca de servidão leal. Os vampíros ficarão a cargo de saber tudo o que acontece no lugar e reportar tudo de importante para David. Os lobos ficarão a cargo da segurança do lugar e Lucas será o seu imediato. O refúgio deles estará a cargo da carniçal de Rugall que em breve retornará com um bom lugar para eles se estabelecerem quando precisarem descansar e Rugall espera a resposta deles.

Na noite de sábado, Rugall se prepara para o tal evento, levando as duas cartas consigo. Lá procurará ser o mais educado e atencioso que puder, segurando os seus instintos e mantendo a calma o tempo todo.

Cumprindo as ordens dele, David e Lucas saíram e Rugall ficou só em seus pensamentos. Nas horas seguintes ele pôde perceber a movimentação dos dois mas as horas estavam passando e ninguém retornava com nenhuma informação. Nem sua carniçal havia respondido de imediato o que ele pediu.

Nas horas que antecediam o baile ele ficou completamente só e quando a hora finalmente chegou, Rugall seguiu em direção ao local da festa.

Era uma mansão pintada toda de branco com cerca de 3 andares, rodeada por um imenso jardim com árvores, flores e plantas e ocupava um quarteirão inteiro. Em alguns pontos do jardim haviam postes de iluminação no formato de lanternas, que iluminavam um caminho que parecia ir para todos os lados, desde a entrada principal até mesmo a garagem e a porta da casa.

O governador e sua família estavam viajando de férias na Europa, mas haviam alegremente cedido a casa e os funcionários para aquela festa por algum estranho motivo. O andar de baixo da mansão seria o local da festa. O andar de cima seria usando para alguma reunião caso fosse necessário e o último andar estaria completamente fechado, pois era onde ficavam os quartos.

Rugall não demorou muito para chegar na festa, mesmo sendo do outro lado da cidade, chegou logo e diferente de todos, chegou sozinho e a pé, mas outros como ele chegaram em carros que se enfileiravam para entrar pelos grandes portões de ferro, davam a volta nos jardins até estacionarem de frente a porta principal da mansão para que os passageiros pudessem sair dos veículos e então vinha o próximo carro e fazia a mesma coisa. Para que ele pudesse entrar pelos portões, precisou apresentar o convite como todos faziam e então seguiu o seu caminho com o rabo entre as pernas.

Assim que foi recebido por um mordomo humano e cruzou a porta principal da mansão, viu que os salões estavam recheados de convidados, certamente vampiros como ele. Com o porte de Rugall, era óbvio que não conseguiu entrar de forma desapercebido, pois era bem alto.

Alguns funcionários também andavam pelo local com bandejas servindo bebidas das mais variadas cores e um deles se aproximou de Rugall para lhe servir algo.

Dando uma passada de olhos pelo local, ele veria o senescal Louis andando com uma taça em suas mãos e em um canto do imenso salão a mulher que viu antes com Louis estava sentada em uma confortável poltrona também bebendo algo. Até aquele momento ele continuava sem notícias dos dele.

Rugall ficou sozinho todo o tempo até o momento do baile. Não recebeu notícias de Lucas, David, nem mesmo de May. Todo esse silêncio deixava Rugall muito irritado mas ele preferiu não ter contato forçado com nenhum dos seus para não estourar, então decidiu se manter só e equilibrar suas emoções.

O momento do evento finalmente chegou e Rugall colocou o seu melhor traje para o evento. Era notório que enquanto todos chegavam em suntuosos veículos, Rugall passou todo o gramado a pé até o portão da mansão, mostrando o convite para o segurança que recepcionava os convidados. Logo Rugall adentrava no salão cheio de convidados. Ele sabia que provocaria um certo impacto devido ao seu porte e sua aparência avassaladora. Os olhos ao seu redor o secavam de formas diversas. Lascívia, inveja, fome, raiva. Rugall quase sentia o que as criaturas que ali o circundavam, à medida que ele caminhava lentamente pelo salão, desejavam. É difícil para um predador olhar outra criatura sem um olhar de superioridade e Rugall notou que ali nenhum dos presentes sentia qualquer tipo de ameaça com relação a ele. E ao perceber isso, Rugall sorriu. Isso poderia ser muito útil no futuro. Ser subestimado pode ser uma grande vantagem pois assim, fica fácil para surpreender. Mas agora não era hora para pensar nisso. Rugall precisava se concentrar e seguir até aonde estava o Senescal. Um garçom oferece a Rugall algumas bebidas mas ele educadamente recusa enquanto mantém os seus passos lentos até chegar aonde estão o Senescal.

Quando Rugall finalmente chega em seu destino, ele olha para a mulher e depois para o Senescal, falando com sua voz grave e profunda.

Rugall: - Saudações. Agradeço pelo convite e devo dizer que é uma honra estar em um evento tão magnífico.

Rugall espera a resposta deles para poder continuar a conversa.

Rugall acabou não passando desapercebido com sua altura e sua aparência, principalmente porque entre tantos rostos que se conheciam, ele era novo ali, naquele clima de festas.

A mulher que ele havia visto antes estava em um lado da sala sentada em um poltrona enquanto que Louis, o Senescal estava em outra ponta do salão e como Rugall se aproximou de Louis, fazendo com que apenas a mulher o acompanhasse com os olhos.
Quando o visitante se aproxima e começa a falar, Louis o olha com um expressão de descaso e ironia e se limita a dizer:

- Disponha... - e antes que Rugall pudesse articular mais alguma coisa, Louis esboçou um leve sorriso irônico e como se fizesse um gesto para cochichar para o colega uma vez que tinham alturas semelhantes, disse mais uma vez:

- E a propósito, não deixe de provar os canapés.. eles estão realmente de matar...- e então saiu andando deixando Rugall sozinho mais uma vez, mas atrás de Rugall, uma voz começa a falar:

- Gosto deste rapaz... ele realmente faz um ótimo trabalho... Mas o que finalmente trouxe você aqui!? Cheguei a pensar em não vir, mas eu soube que Akasha estava na cidade e estava acompanhada por uma bela jovem... fiquei curioso... quero conhece-la... - A medida que ia falando, ele vai andando lentamente até ficar ao lado de Rugall...

Rugall é tratado com desdém, como esperado. As criaturas que ali comandam desprezam Rugall pelo fato de ele os ter ignorado e agora eles querem devolver o favor. Típico de seres ínfimos e vazios. Eles não sabem o que é ser um Dragão e estar destinado comandar. Apenas brincam de poder e como não são peitados com frequência, agem como infantes sem limite. Rugall analisa enquanto o homem se levanta e sai, deixando uma frase de efeito n ar e depois escuta outra voz atrás de si. A voz não se identifica mas questiona o fato de Rugall estar ali. Além disso comenta a presença de uma figura de nome feminino, Akasha. O que chamou mesmo atenção de Rugall é o fato de esta estar acompanhada por uma "bela jovem". No mais, Rugall se mantém impassível enquanto a voz se move atrás dele, lentamente até ficar ao lado do Tzimisce. Normalmente Rugall iria ignorá-lo, mas hoje Rugall está em desvantagem e precisa agir com cautela. Os seres dali querem vê-lo se arrastar para poderem se sentir novamente como superiores. Somente assim seres inferiores conseguem suprir o seu ego.

Rugall: - Se assim o diz sobre esse rapaz... deve estar certo. Eu estou aqui por uma necessidade em particular. Mas não se deixe atrasar por mim.

Rugall fica atento aos próximos movimentos e falas do homem. Enquanto isso, busca agora a mulher que está na outra ponta do salão. Seria essa a Akasha que ele acabou de ouvir? Rugall irá esperar para o caso desse homem continuar a puxar conversa para poder lhe dar atenção. Ele pode ser alguém importante brincando com Rugall a fim de colocá-lo m algum tipo de situação. Assim que a atenção de Rugall não for mais solicitada, Rugall irá partir em direção à mulher.

- Uma necessidade em particular? interessante... sobre o que seria? talvez eu possa ajuda-lo...

Ele observava Sarah sentada do outro lado do salão. Ele viu que Louis se aproximou da mulher quando de repente, todos no salão param e levantam seus olhares para as escadas que se localizavam no meio do salão e que davam acesso ao andar de cima. De onde Rugal estava, ele podia ver as escadas de frente.

Quando todos no salão pararam. Quem estava sentado se levantou e quem estava longe se aproximou, todos se dirigiram para a mesma direção onde o Tzimisce estava e viram uma bela mulher com pele cor de ébano aparecer no topo. Ela usava um belo vestido branco ornado de joias de prata e bronze que se destacavam com o seu tom de pele e seus cabelos negros soltos, caiam sobre os ombros. Ela tinha uma maquiagem leve no rosto porém bem demarcada e só com a sua presença seguida de um olhar profundo, tudo parava ao seu redor.

A anfitriã:

Sua postura era imponente e a forma como olhava os outros mostrava nitidamente que ela sabia qual era sua posição alí como anfitriã da festa e quando começou a descer as escadas e olhar para um lado e outro, os vampiros começavam a abrir espaço para ela passar. Alguns chegavam até dar um passo para trás talvez de medo e aquele que estava ao lado de Rugal apenas sussurrou...

- Akasha...

A figura que puchava papo sem se identificar continuava a inquirir Rugall de forma aparentemente amistosa. Rugall porém não estava certo da posição deste e apenas colocou-se a responder de forma simples.

Rugall: - Procuro uma pessoa que acredito estar aqui. Mas não sei se você a conheceria senhor...

Rugall deixou em aberto na frase uma deixa para que o homem pudesse se apresentar, se assim o quisesse. Logo em seguida o salão todo parece se mover. As pessoas se erguem e se movem para perto de onde Rugall está. Todos parecem estar atentos a um ponto específico e Rugall naturalmente leva a sua atenção até a mesma direção, enxergando uma figura extravagante que surgia ao alto. Lentamente ela descia as escadas e todos abriam caminho a ela e o homem que conversava com Rugall sussurrava o nome dela para ele... "Akasha"

O nome dela trazia nenhuma emoção, sentimento ou qualquer linha de pensamento específica para Rugall, mas era notório o que ela causava a todos ali. Certamente uma figura ímpar e por isso Rugall teria a sua atenção voltada a ela. Enquanto ele a analisa, Rugall se lembra do bilhete que recebeu com a inicial L... possivelmente escrito por Louis. Já o convite que o trouxe aqui, dizia que Rugall era convidado de... Akasha. Sim, Rugall se lembra agora do convite e que Akasha estaria retornando à cidade... Não é de se assustar de fato a recepção que ela recebeu... Tendo em vista a posição que ela provavelmente ocupa. Rugall mantém a sua posição imponente e atento aos movimentos de Akasha e daqueles ao seu redor. Rugall sabe como a sua aparência pode provocar reações distintas e potentes em algumas pessoas. Rugall também continua atento para o caso de ele visualizar sua prole, um dos motivos pelo qual ele veio à festa também.