Dia de treino

Ka,

-- Certamente podemos buscar uma armadura que atenda seus requisitos. Já fiz armaduras mais leves e resistentes a flechas. No entanto armaduras tem finalidades diferentes, como proteção a cortes sendo diferente de proteção a contusões. Seria importante saber o peso de sua armadura atual e ver mais alguns detalhes sobre os materiais usados, ou eventuais alergias. Observo um pouco mais e comento: Creio que precisa de mais flexibilidade, talvez queira algum complemento para pernas, braços ou asas? Espere, tenho uma ideia melhor. Que tal combinar de que eu vá até sua morada, lá levarei as ferramentas necessárias para tirar suas medidas e vossa senhoria pode comentar os outros detalhes?
Com um serviço assim posso precisar de metais específicos, talvez algo que facilite alguma magia? Deve ser isso que ele busca. Como ele encararia uma cobertura dupla, parte em couro para flexibilidade e parte em metal para resistência? Quando sair daqui vou fazer uma pequena pesquisa com meus colegas para buscar uma boa proposta.

- Minha armadura é uma armadura onde as placas de metal, são dispostas como escamas de peixe. Ela é uma armadura de caçador então ela deve ser leve e resistente a perfurações e por estarem nesta disposição elas são bastante maleáveis para possibilitar uma boa manobrabilidade no vôo. A propósito meu nome é Nergal, perdoe-me pela falha.

Armadura:

Nergal cobre fecha o manto.

- Seria realmente muito bom ter algo para proteção de braços e pernas, mas nas asas não. Só não será possível ir a minha morada, uma vez que estou de passagem pela cidade.

Ka,

      -- Sr. Nergal, entendo que está de passagem e não é um problema. No entanto para tirar suas medidas preciso pegar minhas ferramentas de trabalho e encontra-lo. Posso fazer isto tanto em um local de sua preferência quanto na forja onde trabalho. A forja do Sr. Tiberius fica (passo as instruções de como chegar lá). Porém, como o Senhor Nergal é meu cliente, posso ir até onde está hospedado. Sabe como é, o cliente tem sempre razão, então a escolha é sua. Observo a armadura: Posso chegar mais perto para ver o serviço melhor?

Teste para entender a armadura:

Ka,

       --Sr. Nergal, olhando de perto, as escamas escuras parecem aço comum, mas de boa qualidade. Não é aço-16, mas é algo bom. Já as escamas brancas são diferentes, parece que podem canalizar magia. Porém elas sofreram algum tratamento para ficarem brancas como a neve e isso dificulta as coisas assim só de ver a peça. Não tenho as receitas dos artesãos de Verda Ero, poderia tentar procurar alguma receita na torre dos alquimistas. Certamente podemos tentar buscar mais informações sobre o material e tentar algo para proteção dos seus membros. Agora sobre onde ficar, depende do seu gosto. Passo a mão na cabeça pensativo.

Teste:

       -- Estes são os lugares que me ocorrem (digo o que vier como resultado do teste), talvez a herbanária Jussara tenha outras sugestões.

NADHULL andava despreocupado, quase distraído. Um número menor de demônios andava por ali, mas ainda tinha alguns. Um diabo, aparentemente comum, passa ao lado de Nadhull, ele parecia apressado e meio assustado, meio estranho; Mas antes que Nadhull pudesse perceber o quanto o outro parecia estranho, este gira um bastão e simplesmente acerta a cabeça do íncubo.

- Mas que porra é esta?...

Nadhull não desmaia porque o outro não era muito forte, mas pego de surpresa a porrada é forte, e ele automaticamente leva a mão à cabeça, onde foi atingido.

- Rápido, vem, vem!

Seja quem for o cretino, suas intenções obviamente não eram boas, e pelo jeito ele não estava sozinho. Estavam armando uma emboscada para Nadhull e ele já vê o oponente levantar novamente o bastão, não tinha tempo nem para ver quem ou quantos mais estariam com ele. Também não havia tempo para pensar "por que?" Fosse um simples assalto ou algo pior, ele estava em desvantagem.

Spoiler:

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KA off pro teste

Conhecimento da cidade é a perícia História e Geografia, como não tem ela, seu Q.I. -2 que dá 9, tirou 6 portanto 3 de acerto, o que mostra que sabe o básico e mais algumas poucas curiosidades a mais.

Haviam vários lugares onde poderia se ficar onde se cobrava apenas moedas de bronze (1, 2 ou 3 ki-kons, cada moeda de bronze vale 1/4 da prata), mas estes eram basicamente só teto e paredes mesmo, sem nada de conforto e com possibilidade de estar com mofo, insetos ou roedores. Ka fala de dois ou três ali perto, caso o anjo fosse pão-duro.

E tinha lugares ainda piores, onde se podia usar moedas de cobre (cada moeda de cobre vale 1/2 de bronze) como os favelões e uma série de becos onde só os muito pão-duros ou pessoas que conheciam bem iam, Ka comenta sobre estes pontos mais com objetivo de mostrar onde não ir.

Os lugares chamados de "sem ratos" cobravam 1 ou 2 kons (kon é a moeda de prata) sem alimentação ou 3 ou 4 kons com café e almoço simples, por 4 ou 5 kons dava para achar um lugar "sem ratos" e com duas ou três alimentações incluídas. Ka indica uma na rua Ônix (perto da forja) e outra na rua Opala (mais perto de onde Jussara está).

Já estalagens completa, que além de serem relativamente limpas, tinham um pouco mais de privacidade e segurança (foco no "pouco"), e possibilidade de comer um pouco melhor e quem sabe até ter um pouco de diversão, saíam por 2Ж2K (duas de prata, duas de bronze) sem alimentação. Ka conhecia duas confiáveis no centro da cidade que podiam ser indicadas tanto para quem não queria gastar muito, como para quem não abria mão de um lugar asseado. Havia uma terceira, mais perto da estrada que leva ao portão da cidade, no mesmo padrão mas talvez pouca coisa mais cara, pois tinha serviço de estábulo também, Ka imagina que com aquelas asas, Nergal não precisaria de tal, mas comenta assim mesmo.

Em Dafodil não havia nenhum lugar seguro (a não ser que tivesse dentro dos esquemas de pagar por segurança), mas tinha lugares considerados "calmos", a maioria mais no sul ou dentro do bairro "ajrense". Ka podia indicar três ou quatro que também estavam na faixa de 2Ж ou 3Ж, mas pessoalmente só conhecia uma, chamada Sagamän Jui, bem no muro que separa a parte sul da cidade do bairro "ajrense". Ka tinha percebido que Nergal era um anjo-negro, mas provavelmente não sabia muito as diferenças realmente importantes entre ele e outro anjo qualquer, então comenta que em algumas destas podia inclusive pedir algumas refeições vegetarianas.

Depois destas, os preços começavam dar saltos, Ka comenta que uma diária modesta na parte nobre do porto saia por no mínimo 5Ж ou 6Ж sem alimentação, mas já tinham quartos com mobília básica (incluindo por exemplo, pequenos cofres com chaves, carpetes e camas com colchões agradáveis) e que caso Tinafe fosse lá gritar, não incomodaria muito quem tivesse nos outros quartos. Já teria banheira dentro do próprio quarto ou numa área semi-particular. Além de que, quem tivesse acesso ali seria um pouco mais selecionado.

Uma diária nobre na parte nobre ia de 10Ж a 20Ж, mas aí já teria vantagens como paredes bem espessas, e principalmente segurança semi-particular em tempo integral (deixo os "semi" à cargo das imaginações férteis).

Nergal parecia ter mais posses que a média, mas Ka não sabia se podia ser considerado um nobre (ou seja o título que valesse em sua cultura) já que na teoria anjos deveriam ser mais discretos que mundanos comuns, mas ele comenta que um dos lugares famosos de Dafodil era a Casa Laranja. A Casa Laranja, que na verdade era meio rosada, ficava numa "península" numa curva do Rio da Serpente, e graças a morros e cercas, era basicamente isolada do resto da cidade. Dava para as pessoas desembarcarem e reembarcarem de lá sem precisar sujar os pés na cidade.

Ka não tinha ideia do preço de lá, pois obviamente nunca se hospedou, mas supõe que deve ser de 2ЖЖ para cima (uma moeda de ouro vale 25 kons). A Casa Laranja tinha jardins de flores em volta (algo realmente muito diferente do resto das casas) e contava inclusive com balestreiros para evitar ataques aéreos.

Dependendo de se Nergal perguntaria ou não sobre algum detalhe mais específico, Ka ainda poderia indicar mais um ou dois lugares.

NADHULL

Nadhull percebe que seu oponente era um diabo fraco, provavelmente um capanga qualquer do Primeiro Círculo, no segundo ataque Nadhull consegue sacar a espada e bloquear, mas estava sem espaço de ação, e daqui a pouco ia ter que lutar contra dois, o que não era nada bom. Ele escuta outra voz masculina se aproximando:

- Não dê espaço pra ele voar! E cuidado com as mãos, se ele usar magia branca, estamos perdidos!

Aquilo mostrava que não era um ataque às cegas, eles sabiam quem Nadhull era. O outro capanga provavelmente era outro demônio, mas Nadhull não podia se virar sem dar vantagem pro primeiro. Sua melhor opção era tentar causar um dado considerável com um único golpe no primeiro, e depois ver o que faria com o segundo.

Quem poderia ser seus inimigos? De óbvio Nadhull pensa em alguém que quisesse vingar o carinha da Copa de Ânima, mas para outros demônios (ou talvez pro mundo de forma geral) só o fato de despertar um dom que não deveria ser dominado por demônios, isto poderia fazer de Nadhull um alvo (será que sabiam de Nergal também?). Mas será que isto fazia dele um alvo melhor vivo ou morto?

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NERGAL e KA

Enquanto negocia e pega informações com Ka, Jussara diz que tem praticamente todas as ervas que ele pede (flor de lótus em Dafodil ela diz que seria quase impossível, só no mercado negro). Quando pergunta os preços ela fica até meio "An? Ah! É!" Como se nem tivesse pensado em cobrar de um "excelso guardião de Anĝelina" ou coisa que o valha.

Ela tem dente-de-leão e bergamota frescos e vende a porção básica por duas moedas de bronze (2 ki-kons), mas tem porções especiais, dependendo do que fosse fazer.
Cidreira e Jasmim também tinha fresco, mas saía a 1 kon cada, pois era mais difícil plantar em Dafodil, Jussara tinha que frequentemente regar as mudas com água mágica, e era uma das poucas que tinha as ervas frescas ali. O alecrim e manjericão eram ainda mais caros, 2 kons cada, pois a procura era grande e também eram regados com água mágica (num lugar como Gaja, por exemplo, o preço seria tido como absurdo).

As ervas secas o preço era o mesmo, mas as porções eram maiores. Jussara tinha também porções prontas para chá que vendia em saquinhos individuais, e diz que a procura é maior pela praticidade. Cada saquinho saia por uma moeda de cobre (metade do ki-kon) ou o mais prático eram 12 saquinhos por 1 kon, cada saquinho só dava para uma xícara, ou duas se quem usasse fosse pão-duro. Estes saquinhos eram misturas de várias das que ele citou com outras. Jussara ainda tinha variações de misturas, tipo "calmante básico", "sono garantido", "relaxante gostoso", "anti-tpm", "amargo curativo", "para meditação", etc.

Tinha também misturas (em saquinho ou ramas) especial para potencializar mana branco. O saquinho básico era 10 por 1 kon, e porções por 5 kons, mas ela garantia que, sabendo usar, as porções davam para dezenas de xícaras. Ela tinha misturas mais especiais pelo dobro e pelo triplo do preço.

Ela sabia também preparar bases, em forma principalmente de pasta ou "suco", que outros usavam em poções mágicas, remédios ou cosméticos (incluindo coisas com calêndula e lavanda). Ela tinha uma linguagem simples que mostravam pouco ou nenhum estudo, mas conhecia bem das ervas que usava, ela por enquanto só falou das básicas que Nergal procurou, mas devia ter outras ainda mais "especiais". Josan não era cliente dela à toa.

Neste meio-tempo Jussara oferece aos dois um chá com gosto frutal por conta da casa, ela lamenta ter que limitar o açúcar, mas mesmo não muito doce o gosto era entre o razoável e o muito bom (dependendo do gosto do personagem).

Kandel permanece perto, caso a mãe precisasse pesar ou separar algo. O rapaz parecia bem quieto, e caso Nergal se preocupe em analisar detalhes, pode ter uma leve impressão que Kandel não gostava de Ka muito perto da mãe dele. A princípio Jussara parecia apenas simpática com ambos, com aquela admiração meio fantasiosa-mística que muitos humanos mostravam perto de um anjo, mas talvez com uma leve admiração menos mística pelo humano. Claro, tudo isto pode ser especulação.

Ka,

Faço um sinal para Nergal seguir com o atendimento de Jussara sobre os chás que ela ofereceu.
-- Se quiser que faça algo para os braços e pernas, posso ir até a pousada de sua escolha, mas se quiser ir até a forja, será bem vindo. Faço uma cara de que é o que há pra hoje. Porém posso estudar sua armadura e suas propriedades mágicas, mas ai vai demorar um pouco para poder entender e replicar algo igual. No entanto poderia te dizer o que seria melhor ou pior do que ela, talvez pontos fracos e fortes. A curiosidade pede uma visita até a torre dos alquimistas para tentar saber mais sobre essa armadura ou o material de que ela é feita.

Por hora agora é só aguardar para depois comprar os produtos de Jussara. Porém em um momento adequado, direi para Kandel:
-- Kandel, algumas pessoas lá onde trabalho estavam procurando por alguém que conhece o porto. Passei seu nome pra eles, vai que você ganha algum dinheiro fácil. Não estou esperando uma parte minha pela indicação, apenas passando a dica pra frente.

Nergal havia convidado Tirel para ir junto com ele na herbanária durante a Iniciadora. Ela estava animada e foi para sua tenda pensando nisso. Adormeceu planejando seu dia seguinte, mas nada daquilo se concretizaria. Acordou com o estômago completamente revirado. Sabia que tinha errado na marinada do peixe, mas nunca tinha imaginado que seria um resultado completamente desastroso. Os temperos foram demais. Após praticamente se desidratar em fezes, ela sai lívida. Seu irmão parecia se divertir.

Tyrion escreveu:- Ma'bah! Pensei que a princesa não ia deixar o "trono". Sua cara está um verdadeiro bagaço maninha. O que andou aprontando?

- Irmão, as coisas foram muito loucas. Eu fui no Templo de Piro para pegar mais informações sobre essa arma da Kapitulina na biblioteca. Tava com uma dor de cabeça de rachar, cheguei lá, um espiritualista ia me dar uma bênção, daí veio uma demônio enorme e me deu um golpe na nuca. Acordei horas depois e me explicaram que eu tenho um dom, tipo essa coisa de wanamko, sabe? Eu tava cética, mas aí me levaram para um treino e eu consegui manipular FOGO! Acredita?

- Deixa de falar besteira. Você tá só inventando história por ter ficado fora tanto tempo. Se você consegue manipular fogo, porque não faz alguma coisa agora pra eu ver?

Tirel tenta, mas não consegue sentir a mana como nos dias anteriores.

- Errr... De repente eu já gastei tudo... Não sei como funciona essas paradas direito ainda...



- Aham, sei. Mas e aí, descobriu alguma coisa sobre a arma?

- Ah, sim, já ia esquecendo. Na biblioteca achei algumas coisas sobre um metal que pode ter essa coloração, algo chamado liônio. Já ouviu falar? Ou sais de berílio na preparação da arma ou em tinturas especiais. Será que a gente encontra coisas como essas aqui em Dafodil? Me diz se você tem alguma sugestão que cagando ou não vou sair para tentar resolver algumas coisas para iniciar o processo de fabricação dessa arma...

Nergal observava os produtos de Jussara, realmente eram itens da melhor qualidade e também alguns muito raros. Então ele em sua avaliação é cortado pelo armeiro.

- Se quiser que faça algo para os braços e pernas, posso ir até a pousada de sua escolha, mas se quiser ir até a forja, será bem vindo. Porém posso estudar sua armadura e suas propriedades mágicas, mas ai vai demorar um pouco para poder entender e replicar algo igual. No entanto poderia te dizer o que seria melhor ou pior do que ela, talvez pontos fracos e fortes.

O final que ele falara o deixou intrigado.

- Você é um mestre artesão encantador? Impressionante... Realmente mestre Josan me enviou para um local diferenciado. Senhora Jussara, seus produtos são os melhores que eu vi, mesmo os que vi somente em Verda Ero não tinham tamanho frescor e qualidade! - querendo testar o nível de envolvimento de Jussara e o armeiro falo para ela olhando diretamente em seus olhos - Por Piro! Não encontro este frescor e visão tão salutar a meses. - termino com um sorriso charmoso para ela.

Depois me viro e falo para Ka.

- Parece que tens urgência e eu desejo ainda ter com a Senhora Jussara para ver outras ervas para fins específicos, portanto será melhor que trate com ela os produtos que deseja e poderá me encontrar numa estalagem no porto. Acredito que não será difícil você encontrar um anjo negro por lá.

Ka.

-- Sr. Nergal, de forma alguma. Tome seu tempo. Me urge atender a um cliente como o Sr. Vou ficar ali quieto no canto. Vou para o lado oposto e espero pacientemente Jussara terminar de atender o Sr. Nergal. Caso ele se sinta incomodado, posso até esperar do lado de fora.

Nergal dá de ombros e então se vira para Jussara.

- Lady Jussara eu gostaria de algumas ervas para usar em momentos especiais com minha companheira. Mas há uma grande peculiaridade nisso, ela é uma linda diaba. E bem... quero fazer uma surpresa para ela. Também gostaria de ervas para incensos para energização de mana negro e mana branco. Destas ervas eu também vou levar uma porção de cada para chás e pasta para alquimia.

Nergal fala de seu relacionamento com uma diaba para que pudesse agora trazer alguma reação em Jussara e seu filho e também em Ka. Nergal aproveitou que Ka ficara na loja e lhe fez uma pergunta.

- Sr. Ka, o senhor seria um Mestre Armeiro e Artesão Encantador? A alguns dias eu estava na Torre do Templo de Piro estudando sobre metais e linhas de encantamento. E me surgiu uma dúvida, para encantar uma armadura como a minha eu deveria traçara as linhas de encantamentos escama por escama ou as linhas poderiam ser traçadas formando uma espécie de vitral na armadura. O mesmo método se aplica nas armas?

Observo Jussara separando as ervas que havia pedido e quando o jovem armeiro me responde aceno afirmativamente com a cabeça, então me aproximo do humano de armadura pesada e falo para ele.

- Compreendo Ka, posso lhe chamar assim sem toda essa formalidade? Então você é um artífice em formação assim como eu. Será interessante trabalharmos em conjunto então.

Então o anjo fala quase em sussurro para que apenas ele ouça:

- Eu tenho um desafio para você e a solução que você projetar será um divisor de águas. Você deduz que anjos interagem com mana branco, o que é uma verdade, e por isso sempre que fala sobre um encantamento trata da magia branca. Mas existe um motivo além do tipo de material encontrado para as escamas serem brancas e negras. O meu interesse é fazer toda a minha armadura com um material como as escamas brancas mas a metade seria branca e a outra negra. E que nelas tivesse a possibilidade de imbuir tanto o mana negro quanto o branco. Eis o desafio, como forjar um material resistente o suficiente para ser utilizado numa armadura, para um ser alado, que possa manipular a magia branca e negra?

Por fim Nergal volta até o balcão e falo:

- Senhor Ka, não preciso nem dizer que este desafio é individual e sigiloso não é?

TIREL

Tirel tem que contar sua história duas ou três vezes para o irmão, que ora fica admirado, ora acha que Tirel está de brincanagem com a cara dele.

Tyrion escuta sobre os materiais.

- Mm, não vai ser fácil. Achar berílio aqui só no mercado negro. E este tal liônio não é um metal que só se encontra no fundo do mar? Será que você consegue achar alguma sereia? Isto vai sair mais caro do que comprar ouro!

Muitos artesões já tinham ouvido muitos boatos sobre o liônio, o de que ele só é encontrado no fundo do mar é apenas um deles, em geral estes mitos envolviam sempre lugares de difícil acesso: o Anel dos Deuses, as Pontas da Morte, dentro de algum vulcão, guardado por criaturas enormes...

- Tá, mas e se PRECISARMOS ir no mercado negro? Como fazemos?

- As coisas não são tão simples maninha. Dizem que há três mercados negros na cidade: um ruim, um pior e um mais pior. Pessoas como nós não vão simplesmente ao mercado negro com uma lista de compra, mesmo se tivéssemos grana para isto. Precisaríamos de uns dois guarda-costas só para entrar la.

(pausa)

- Eu conheço um cara que conhece um cara que conhece umas paradas, negociar com ele é chato, demorado, e principalmente CARO. Espero que não tenha dado um orçamento modesto para aquela súcubo.

(R.Oc.)

- Ela é uma súcubo? Acho que é apenas uma diaba, nem tem asas.

Para humanos esta diferença não importava muito, mas entre demônios poderia ser uma questão de honra, e chamar um demônio por uma raça que ele ache inferior poderia ser chamar pra briga. Alguns usavam isto como provocação, ou quando estavam entre humanos, como deboche.

- Ah para mim parece uma súcubo, de pertinho... hahaha!

- Se não tomar cuidado, vai se tornar um especialista em diabos! - Diz gozando.

- Que os deuses me livrem! Posso me tornar especialista no máximo em diabinhas! - Ele comenta também na brincadeira. Neste momento uma sombra passa pela porta da tenda, Tyrion estava de costas.

- Tem demônios mais interessantes para você se especializar! - Pego de surpresa, Tyrion no instinto leva a mão até a adaga e vira-se para ver quem entrava sorrateiramente. Kapitulina, que como da outra vez, entrara como uma sombra, segura facilmente a mão dele. - Eh gatinho, não te ensinaram matar os clientes DEPOIS deles terem pagado? Hihihi! Então, estavam falando mal da minha raça?

Tyrion gagueja.

- Ah, não fique tímido lindinho. Eu adoooro um babado também! Podemos falar mal dos outros juntos!

Mas a demônio para de falar, e começa olhar de um lado ao outro, respirando fundo, como se tivesse sentido algum cheiro, ela chega perto do cabelo de Tirel.

FUUUNGA

- Mah! É sério? Você está impregnada com o cheiro da Keela. Andou com aquela vaca? - A grande maioria dos demônios tem péssimo olfato. Obviamente aquela era uma exceção.

- O que??? Existe mesmo uma tal Keela?

- Ah sim, existe! Frequentemente eu tenho que aturar aquela vaca!

NERGAL E KA

Ka vem levando o anjo na enrolação (até muito bem por sinal, ele tá achando que você é muito melhor do que realmente é, talvez o mestre te ajude em testes de psicologia mais pra frente) mas o anjo começa fazer perguntas técnicas, então rolei Q.I. para ver o quanto Ka realmente sabe sobre armaduras mágicas. Saiu 10 e seu Q.I. é 11, então não é muita coisa.

Tem materiais que ajudam a canalizar a magia (ou seja, ajudar sair do corpo do mago para o exterior, se transformando no efeito mágico que ele quer) e outros que ajudam acumular energia mágica. As linhas-guia, linhas normalmente em baixo-relevo feitas em armas e armaduras também tem o mesmo objetivo. A prata por exemplo é o metal mais recomendada para canalização, ajuda as magias "saírem certinhas", mas não é um bom acumulador.

Com uma arma de escamas, como a dele, a parte de canalizar já se torna bem mais difícil, pois cada escama seria um objeto separado e isto não ajuda um mago. Aliás poucas armaduras de metal ajudavam a canalização, pelo contrário. A questão então era fazer uma armadura voltada para acumulação. Para acumular melhor magia branca, o melhor é o ouro, já magia negra melhor é o bronze ou chumbo. Estes são metais pesados, e atrapalhariam Nergal no voo.

Devido este peso, normalmente se encanta mais armas e escudos do que armaduras, e também se dá preferência para encantar gemas ao invés de metal. Diamantes eram o melhor para magia branca, mas algumas zircônias ou mesmo quartzo de alta qualidade podiam fazer o mesmo efeito. Já para magia negra, o ônix era o mais indicado. Poderia incrustar algumas pedras em alguns lugares da armadura para se ter um efeito legal. Embora Ka só soubesse estas básicas, não era tão difícil conseguir nomes de outras gemas usadas para se encantar, encantá-las é que seria difícil.

Alguns artesões místicos também encantavam outros materiais não-metálicos mais leves, como pérola, madeira ou mesmo ossos, mas isto é um trabalho bem mais complicado.

Ka não sabe quase nada sobre linhas-guia, e o pouco que sabe é mais útil em armas. Uma das poucas coisas que ele sabe é que alguns padrões em espiral servem para ajudar acumular. Seja o que for que Nergal realmente quisesse na armadura, Ka teria de estudar muito, mas por enquanto ele parece não querer deixar o outro perceber isto.

Ka escreveu:-- Kandel, algumas pessoas lá onde trabalho estavam procurando por alguém que conhece o porto. Passei seu nome pra eles, vai que você ganha algum dinheiro fácil.

Apesar de não ser muito simpático quando Ka está ali, Kandel pega as informações dos colegas de Ka e parece que realmente gostou da indicação. Até se esforça para dizer um "muito obrigado".

Nergal escreveu:- Lady Jussara eu gostaria de algumas ervas para usar em momentos especiais com minha companheira. Mas há uma grande peculiaridade nisso, ela é uma linda diaba. E bem... quero fazer uma surpresa para ela. Também gostaria de ervas para incensos para energização de mana negro e mana branco. Destas ervas eu também vou levar uma porção de cada para chás e pasta para alquimia.

off: "destas ervas" quais? Eu disse que tinha uma pá de opção, misturadas ou não. Para ficar mais fácil, se quiser, diz só o quanto quer gastar no total e eu considero que ela preparou algo com a diversidade necessária para o que vc quer.

(R.Oc.)

on: Quando diz isto, a reação mais exaltada é de Kandel:

- Como assim? Como um anjo guardião de Anĝelina pode dizer que tem como "companheira" uma diaba? Isto é um absurdo! É uma vergonha um anjo se unir com uma raça tão baixa!

Talvez Nergal bata boca rapidamente, perdendo tempo explicando que não é um anjo como os de Anĝelina (ou o que valha) ou só corte o rapaz tipo "não é da sua conta", seja como for, o rapaz não se preocupará muito em ouvir, ele talvez resmungue mais um pouco, mas logo sairá de casa, com a cara amarrada, terminando por dizer já na porta sem tempo para resposta:

- Pois que termine sua compra hoje, mas espero não ter mais o desprazer de vê-lo por aqui novamente. Não é bem-vindo.

Jussara abaixa a cabeça e os olhos. Estava envergonhada da atitude drástica do filho. Por outro lado parecia haver um pouco de decepção em seus olhos também.

- Me desculpe por isto. Se quiser, tenho sim ervas que funcionam com qualquer raça. Vou separar o que quiser. - Ela termina o atendimento da forma mais profissional possível, mas vai evitar contato visual direto.

NADHULL

Nadhull não estava algemado, mas tinham lhe colocado braçadeiras de ferro fechadas com pequenos cadeados. Ele não sabia como aquilo funcionava, pois até então não tinha o que preocupar, mas nos tempos de servidão viu braçadeiras semelhantes ser usadas em outras pessoas com dom mágico. Algumas formas de se trabalhar o ferro faziam ele bloquear o dom (isto não acontecia com aço e outras ligas).

Ele força a janela, mas como era de esperar, não era uma janela fraca. Pouco tempo depois, provavelmente alertada pelo barulho, a súcubo entra no quarto, carregando uma bandeja de frutas, e logo fecha a porta atrás de si.

Tinha um perfume doce e agradável, embora um tanto forte; Usava uma roupa bem justa, que valorizava suas curvas, e curta para que boa parte das pernas ficasse à vista.

- Então acordou! Deve estar com fome. Aproveite, vamos comer! Talvez tenhamos começado um pouco mal, mas apenas não queria que fugisse sem termos tempo de nos conhecer...

Nadhull sabia que, enquanto ela não descobrisse se poderia ou não dobrar sua mente, ele estaria fisicamente fora de perigo. Era pouco provável, por exemplo, que alguma fruta da bandeja estivesse envenenada ou algo assim, portanto poderia provar sem muito medo.

- Meu nome é Nasha. Controlo um pequeno bairro nesta cidade, mas não pretendo ficar aqui para sempre. Estou a procura de expandir meus horizontes. - Sua voz e gestos eram sensuais. Ela pega uma maçã da bandeja e começa comer enquanto fala.- O que não esperava é que um "passarinho" me dissesse que justo aqui, apareceu o primeiro demônio do mundo capaz de dobra magia branca. - Ela acaricia de leve os cabelos de Nadhull. - Eu posso lhe propor uma parceria, que realmente lhe ajudar a aumentar este poder, mas quero um pouquinho para mim também...

Nergal esperava pelo espanto, mas a atitude do garoto foi ainda mais surpreendente e ele prefere não bater boca nem dar quaisquer explicações para o garoto. Mas desejava acabar com o constrangimento de Jussara.

- Senhora, não se preocupe a atitude do jovem não deve ser levada tão a ferro e fogo. Ele ainda não foi tocado pelo amor, por isso não me sinto ofendido. Gostaria de corrigir uma possível confusão. Minha raça não é a mesma dos anjos de Angelina, somos Anjos Negros e minha terra natal e Verda Ero, somos seguidores de Lord Piro e Lady Ratnael. Como um seguidor de Piro, se para um Deus não é a raça que deve definir o caráter de cada indivíduo então quem somos nós para fazer tal julgo? O fato de minha companheira ser quem ela é não é definido pela raça dela mas pelas atitudes que ela toma. E dentre estas, ela defende a cidade contra aqueles que vem da Necrópole. Então ela pratica o bem, mesmo sendo uma diaba.

Nergal então observa as reações de Jussara ao ouvir suas palavras e complementa.

- Se realmente não serei mais bem vindo em sua loja farei esta compra e não mais retornarei. Porém a indicarei de toda forma para os outros membros da Cour des Miracles e no Templo de Piro para os mestres espiritualistas.

off:

Ka, NERGAL,

      Quando Nergal comenta:
      -- Senhor Ka, não preciso nem dizer que este desafio é individual e sigiloso não é?
      Apenas passo a mão na frente de meus lábios fazendo um sinal de silêncio.

Após os comentários de Kandel fico frustado com o rapaz. A mãe dele trabalha duro para conseguir sobreviver e ele faz isso.

Por enquanto espero Nergal ser atendido por Jussara para então fazer meu pedido. Vou comprar chás para 3 manas por uma semana.

Tyrion escreveu:- Mm, não vai ser fácil. Achar berílio aqui só no mercado negro. E este tal liônio não é um metal que só se encontra no fundo do mar? Será que você consegue achar alguma sereia? Isto vai sair mais caro do que comprar ouro!

- Hmmmm... Não lembro de conhecer nenhuma sereia, aliás, não sei nem onde encontrar sirenos em Dafodil. E de cara, é meio difícil identificar um sireno pelas características físicas... Deve ter alguma parte da cidade onde podemos encontrá-los com mais facilidade... - ela coça o queixo pensando.

...

Tyrion escreveu:- Eu conheço um cara que conhece um cara que conhece umas paradas, negociar com ele é chato, demorado, e principalmente CARO. Espero que não tenha dado um orçamento modesto para aquela súcubo.

- Na verdade não cheguei a dar um orçamento para ela. Disse que precisava estudar melhor os materiais...

Kapitulina entra na tenda, surpreendendo Tyrion e depois dando uma longa fungada no cabelo de Tirel.

Kapitulina escreveu:- Mah! É sério? Você está impregnada com o cheiro da Keela. Andou com aquela vaca? - A grande maioria dos demônios tem péssimo olfato. Obviamente aquela era uma exceção.

Tirel, que já estava irritada de ter perdido uma parte dos cabelos com aquele treino, puxa a mecha que ela estava cheirando de volta, dando uma rabissaca.

- Mah'bah! Olha, eu queria te dar os parabéns pelo teu olfato, porque depois que eu estive com Keela, já impregnei minhas mãos temperando um peixe com temperos bem fortes que quase me mataram, já me acabei na casinha ali, suando e desidratando, já fiz um asseio básico e você ainda sente o cheiro dela? Fala sério! Aliás, meus cabelos quebrei totalmente no treino de Keela, depois que descobri que posso usar mana vermelha... Provavelmente, naquele dia quando você me viu falando com a adaga flamíngea, ela estava reagindo ao mana concentrado em mim. E não, a minha primeira impressão sobre Keela não foi das melhores, mas ela me ajudou a não explodir, afinal.

(Pausa)

- Mas vamos aos negócios. Eu pesquisei sobre o material do qual é feita sua arma e cheguei à conclusão de que precisarei provavelmente de liônio, sais de berílio ou tinturas especiais à base de sais de berílio. Você teria algum contato com o qual poderia negociar esse tipo de material aqui em Dafodil, Kapitulina? Não fiz o orçamento para você ainda porque não sei onde encontrar essas coisas aqui, uma vez que normalmente compro materiais em Nesopry.

Tirel normalmente não era muito sutil nas negociações, por isso normalmente era Tyrion que assumia esse papel. E ainda mais nessa manhã da Iniciadora, em que ela não conseguira fazer nada do que planejara e ainda estava com o estômago totalmente virado.