#Capítulo 02 - Pesadelo

Lanthys ergue a face observando o ser acima do altar e o observa por alguns instantes... O cavaleiro cogita que certas colocações tem sentido, ou seja, o fato do anel e o suposto guardião serem parecidos poderia não significar necessariamente uma relação entre eles... O jovem dá um passo a frente e como se estudando seu interlocutor, comenta:

Lanthys: " - Pois bem Guardião da Sabedoria, sabemos em nossa cultura que este anel era um ser vivo e que ajudou o cavaleiro lendário a proteger nosso mundo no passado... Porém quando herdei a armadura e este anel, ele estava totalmente inerte e ainda assim continua... Precisamos trazê-lo a vida uma vez mais e nos foi informado que ele se mantinha inerte porque seu espírito estava aqui aprisionado e nossa pesquisa nos trouxe até o senhor... Sendo o senhor o guardião da sabedoria, pergunto-lhe... Onde está o espírito que animava este anel e como podemos traze-lo uma vez mais a vida, restaurando seus tempos gloriosos ao lado daquele que fundou o CABAL?"

Lanthys cruza os braços em frente ao ser com quem conversava tentando observar e perceber qual opção mais se encaixava, se o mesmo mentia, se realmente não era o espírito que procuravam ou se talvez sua mente tinha sido apagada e ele realmente não lembrava de sua vida ao lado do cavaleiro lendário, uma forma bem eficaz pensa o jovem, de impedir que o mesmo retornasse ao que foi um dia mesmo que alguém conseguisse chegar até ali e resgatá-lo... Poderiam haver ainda outras explicações, cogita o jovem e numa tentativa de forçar um pouco mais a mente do guardião, ele olha para Selene e diz, como se explicasse a sacerdotisa o assunto, mas na verdade disfarçando uma segunda pergunta para que o ser cogitasse a opção sem ser uma pergunta direta a ele...

Lanthys: " - Acho estranho o fato de nossa busca ter chegado ao alvo errado Selene, afinal já ouvi falar sobre o pacto que existe entre os seres para que um ser da espécie deles ajude uma da nossa espécie, onde o portador cede a força necessária para que possam sobreviver sem atacar a ninguém... No popular, o portador se serve como alimento aos seres fornecendo sua própria energia vital em troca de sua ajuda sem igual... A quebra desse pacto poderia ter afetado a memória do Guardião sem que ele possa cogitar essa possibilidade... Ou sua memória não teria sido afetada com a quebra do pacto pela morte do Cavaleiro Lendário talvez, realmente não saberia precisar e isso me estranha muito... "

Lanthys vira-se para o ser sobre o altar como se esperasse que seu comentário rendesse alguma fagulha na memória do guardião, uma forma de tentar perceber se ele realmente havia esquecido do que viveu outrora ou não era de fato o espírito que buscavam...
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OFF: Solicito um teste de Localizar para tentar perceber se o ser mente ou realmente não se recorda de ter vivido ao lado do cavaleiro lendário.

Lanthys ainda com os braços cruzados, caminha para a esquerda, depois para a direita, poucos passos para cada lado enquanto de cabeça abaixada disserta, acreditando pelas últimas frases que o Guardião da Sabedoria está equivocado em suas palavras...

Lanthys: " - Me parece senhor Guaridão que algumas respostas lhe escapam a saber pelos termos "me pergunto" ou ainda "seria praticamente impossível"... Deixe tentar ajudá-lo com informações que obtive lhe colocando um pouco a par do que se comenta no mundo de onde venho e quem sabe algo o ajude a entender as semelhanças entre os dois e o que procuro..."

Lanthys novamente pára em frente ao guardião e de vez em quando gesticulava com os braços enquanto narrava suas teorias...

Lanthys: " - O anel era uma das relíquias utilizadas em eras remotas pelos últimos descendentes do cavaleiro dourado! Foi incumbida a mim a missão de restaurar a armadura que herdei como já falei antes e, para fazer isso, precisarei deste anel em pleno funcionamento, pois não se trata de uma simples joia, mas sim de um poderoso aliado! É um anel mágico, ou melhor, um anel espiritual, provavelmente muito antigo, pois esses anéis supostamente não são forjados há muito tempo e aqui me refiro ao tempo de nossa raça que deve ser como um simples sussurro ao senhor... Até onde se sabia somente cavaleiros de eras passadas usavam anéis como este que alimentam-se da vitalidade do próprio usuário como que formando um contrato... E este aqui passou tanto tempo sem alguém pra fornecer energia pode ter se 'desligado' ou algum termo similar que queira usar, para sempre e talvez tenha de ser reforjado. Um anel espiritual não é exatamente um ser vivo, mas sim um construto que carrega a alma de uma criatura demoníaca pacificada. Apesar de serem do mesmo 'grupo' de criaturas que combatemos, estes espíritos não podem ser considerados bons ou maus, mas sim neutros. Eles podem auxiliar se receberem algo em troca, do contrário apenas agem como bem quiserem, mas não atacam seres humanos, contentando-se em sobreviver com uma pequena parcela da energia vital do portador. Também me foi advertido que mesmo que o restaure eu provavelmente ainda deva fazer o contrato com o ser que habitará o anel, recuperar seu espírito ou reforjá-lo tão somente não é garantia alguma de que este se aliará a mim de imediato... Cada uma dessas joias era geralmente forjada pra acompanhar um cavaleiro, melhor dizendo... um cavaleiro que vestisse uma armadura específica, e segundo meus mestres, além de tudo que foi citado, caso tudo isso que citei possa ser realizado, eu provavelmente terei de provar de algum modo merecedor de tê-lo como aliado...

Lanthys dá uma pausa eu sua extensa narrativa tentando colocar o guardião a par de tudo que sabia e com isso talvez reavivar sua memória que ele ainda considera, apenas apagada e não que ele realmente não seja o espírito que buscam...

Lanthys: " - Já que entende e muito do submundo Guardião, depois de tudo que narrei, não seria possível que você fosse esse espírito que devido ao tempo desligado do cavaleiro teve suas memórias apagadas como se nunca tivesse sido seu aliado? Será Guardião, que estas chamas ao redor de seu altar não o mantém com a mente bloqueada para tal informação? Será Guardião, que alguém não quer impedir que sua valiosa ajuda novamente esteja ao lado dos seres de nossa espécie? Será Guardião, que se quebrarmos todas essas esferas ao redor de seu altar não estará livre e se recordando de tudo? Será Guardião, que não o estão fazendo crer ser algo que não é em subtração de tudo que já significou um dia em sua vasta existência?"

Lanthys fica observando fixamente o guardião esperando por sua resposta, Nybbas não poderia ter se enganado, ela os enviou ao local certo, o Guardião teve com certeza sua memória apagada ou informações bloqueadas ele pensa e tentaria extrair essas recordações enquanto acreditasse nelas...

Selene apenas observa o espírito que parece ter ignorado suas perguntas, mas ficava na duvida se isso havia ocorrido por vontade própria do ser ou por algum tipo de confusão. A sacerdotisa passa um tempo em silencio apenas ouvindo a conversa entre Lanthys e o espírito. Então respondendo ao cavaleiro.

-Acredito que seja possível, o desligamento e o aprisionamento deste espírito podem ter bagunçado sua memória.

A sacerdotisa tenta se aproximar do espírito novamente desta vez com perguntas diferentes.

-Pode dizer aproximadamente quanto tempo esta aqui e se esta aqui por vontade própria guardião?

Selene tentava se manter um pouco mais calma, pois havia percebido que tomaria um pouco mais de tempo que havia imaginado até descobrir tudo que estava acontecendo ali.

Lanthys então vai dando passo por passo para trás, esticando o braço na direção de Selene para que o acompanhe... Se a Sacerdotisa ou acompanharia ele não sabia, mas acreditava que bater de frente com um ser de tal poder não seria a ideia mais criativa... Enquanto ele dava passo por passa para trás, andava bem lentamente enquanto observava o Guardião... O guerreiro então completa, sem usar qualquer questionamento:

Lanthys: " - Não tive a intenção de ofender ou afrontá-lo senhor, mesmo que não seja ele, sua fama os precede e não somos doidos de combater alguém de tamanho poder em seu próprio lar e essa nunca foi nossa intenção, jamais o subestimamos e o estamos tratando com respeito e cordialidade..."

O guerreiro continua a dar passo por passo em retaguarda, sem sair do local por completo, mas retrocedendo até o início do declive da rampa onde comenta:

Lanthys: " - Não estamos ocultando nem uma letra do senhor, tudo que disse é a realidade que sabemos e só viemos até aqui porque nos foi dito que o senhor, ou melhor, o espírito do anel estaria aprisionado aqui e viemos numa missão de resgate e em busca de ajuda... Tudo que dissemos é verdade e nossas intenções são exatamente estas, libertar o espírito que era mantido prisioneiro e conseguir sua ajuda... Eu vim pronto para provar ao aliado que resgatasse que seria digno de sua ajuda, pois nosso motivo é justo e o senhor benevolente a ponto de ter aturado nosso diálogo até agora... Se não é o espírito e não sabe onde ele está... Por favor... Nos dê alguma informação que possa nos levar a ele e a obter a ajuda deste precioso e procurado aliado de tempos antigos, para a salvação de nosso mundo..."

Lanthys havia parado de se mover ao chegar ao topo da rampa onde a decida começaria... Ele observa o ser acima do altar tentando demonstrar que não tem qualquer atitude agressiva ou mentirosa e que precisa da ajuda do Guardião...

Lanthys: " - De maneira alguma tive a intenção de destruir seu ambiente Guardião, apenas... São muitas coincidências e muitas informações apontando para o senhor e agora temos a informação de que arriscamos o mundo dos sonhos à toa... O senhor com certeza se encaixa no perfil de pacificado e que ajudaria se isso lhe parecesse algo bom, caso contrário estaríamos acordando agora... Entenda que apenas tentamos que se lembrasse de algo que nos pareceu óbvio, estaria perdido em sua mente... Resgate e ajuda, nossos únicos dois intentos ao nos arriscarmos neste mundo... Senhor..."

O jovem coração de leão fica a observar a reação do Guardião...
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OFF: Solicito um teste de Carisma para tentar acalmá-lo

Selene respira fundo enquanto escuta as palavras do guardião enquanto este respondia a ela e Lanthys, ficava de braços cruzados apenas observando o espírito enquanto pensava em uma maneira de chegar onde queria. Selene anda de um lado para o outro enquanto falava, depois de escutar as palavras que Lanthys dirigira ao espírito.

-Então não se lembra de como chegou aqui, ou mesmo quanto tempo, mas gosta de estar confinado neste lugar... Então lhe pergunto, e se nós estivermos certos e você realmente for o espírito do anel?

Selene se aproxima um pouco olhando fixamente para o guardião enquanto falava.

-Não acha estranho estar aqui em baixo sem lembranças de antes? Não gostaria de tentar se lembrar?

A sacerdotisa volta a caminhar um pouco mais distante gesticulando um pouco mais enquanto falava.

-Talvez essa seja uma chance de você relembrar o seu passado, se eu estivesse no seu lugar, esquecida e presa nesse fim de mundo, sem lembranças do passado.., aceitaria qualquer chance que tivesse para saber de onde eu vim...

A sacerdotisa da um pequeno sorriso por baixo da mascara ao lembrar do sonho lúcido que havia tido momentos antes se relembrando do passado quando havia sido salva por Andromalius. Então continua falando com o espírito.

-Como meu colega bem disse, não estamos aqui para destruir nada, se essa fosse nossa intenção já haveríamos feito isso ao invés de tentar convencer um espírito cabeça dura do obvio!

Selene para ao lado de novamente olhando para o guardião.

-Caro, se quiser ficar preso aqui nesse lugar, sem lembrar do passado e sem perspectiva de futuro vendo algumas pessoas irem e virem as vezes, a escolha é sua, essa é sua chance de fazer parte de algo. Mas se tu é um espírito tão poderoso assim como diz, podia pelo menos nos dar uma chance de provar que estamos sendo sinceros antes de virar a cara para nós e “nos retirar a força”.

Selene tinha muitas habilidades, mas certamente diplomacia não é exatamente uma delas, para isso contava com Lanthys, por sua vez a jovem pensa que uma abordagem direta talvez surta um melhor efeito.

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OFF: Solicito um teste de carisma para tentar fazer o guardião pensar a respeito do que foi dito

Lanthys observa a cena e claro que o acontecido por si só é impressionante e arranca uma expressão de surpresa do cavaleiro, ele não cogitava por isso, nem por tal reação, mas estava claro na expressão de Lanthys que o construto a sua frente é o que o surpreendia devido ao tamanho, a movimentação inesperada... Ele então observa o crânio nos olhos agora longínquos, saca sua espada a retirando da bainha e guardando a mesma em sua capa, mantendo sua lâmina cabal na mão direita apontada para baixo enquanto um riso escapa de seu rosto enquanto ele baixa também o braço que antes queria demonstrar a Selene que recuasse, assumindo novamente uma postura ereta e com os dois braços para baixo...

Lanthys: " - Realmente me enganou senhor guardião, eu... Esperava que fosse nos atacar devido a estarmos invadindo seu local de repouso, que realmente não se recordasse de nada e que precisaríamos ser diplomáticos para tentar solucionar o caso, mas... Estava querendo... Nos assustar? Até talvez conseguisse me assustar em algum momento, sua raça já me assustou no passado, mas duvido que assustasse a sacerdotisa que aqui se encontra... Eu sinceramente não esperava tal atitude, julgar que viríamos até aqui para correr por... Medo?"

Lanthys baixa a cabeça e acena negativamente com ela, enquanto mantém seu sorriso, ele não consegue crer que estava tentando ser correto e educado quando o crânio estava tentando assustá-los... Ele observa o ser nos olhos uma vez mais...

Lanthys: " - Recuar passos em respeito ao seu solo sagrado, em considerar que talvez estava realmente sem memórias e que eu estava sendo grosseiro ao profanar seu espaço reservado, ou que quis proteger minha aliada, interpretou como medo senhor? Realmente não estás julgando as coisas corretamente, precaução, respeito e cuidado com o aliado, não são medo, são conceitos que estão dentro de minha alma e sempre serão meu guia... Porém, se só pode ser provado algo ao senhor pelo combate, tenha certeza, minha vida e de meu povo dependem disso, irei encarar qualquer desafio que me propor, apostando minha vida nisso!"

Lanthys então se torna sério, ele assume uma posição diferente, sua perna esquerda vai a frente, firmando base ao solo, sua perna direta mais atrás dando a estabilidade necessária... Seu braço direito empunha a espada levada acima em direção ao rosto do crânio com a mão esquerda abaixo de sua lâmina dando sustentação a mesma... Encarando o guardião da sabedoria com expressão séria, ele diz com firmeza e convicção, a mesma lição que lhe fora ensinado por Naberius e Leviathan ao encarar qualquer combate... As palavras de ambos os mestres flutuam em sua mente...

Pose:

Lanthys: " - A morte faz parte da vida para um cavaleiro... E em nome de proteger a vida, é aceitável correr o risco de abraçar a morte, se o motivo for justo e em prol de necessitados. Estou pronto guardião, vencerei qualquer teste imposto em nome das vidas inocentes! EU SOU LANTHYS LIONHEART E PROVAREI NOSSO VALOR!"

O cavaleiro estava ciente de que poderia não ser adversário para o ser a sua frente, mas ele veio até ali para conseguir ajuda e ele não desistiria agora, mesmo que não fosse possível vencer seu oponente, ele iria tentar até seu último recurso e estava pronto para as consequências!

Selene continua observando enquanto o guardião falava, algo dentro dela já alertava que a situação iria evoluir para uma “negociação violenta”, mas não era totalmente inesperado, embora a sacerdotisa preferisse resolver as coisas rapidamente isso não seria possível. A jovem suspira fundo enquanto falava com o guardião.

-Recuar? Não exatamente, era mais uma blefe da minha parte... nossa missão é te trazer de volta e nós vamos nem que eu tenha que te amarrar e arrastar até o nosso mundo!

A sacerdotisa observa enquanto o altar começa a se moldar criando um corpo para o guardião e esse parecia pronto para o combate. Selene recua com um salto se pondo ao lado de Lanthys que agora falava com o espírito a frente deles. A jovem apenas coloca a mão no obro de Lanthys enquanto pega o pincel em suas vestes.

-Não se preocupe comigo, pense em como dar uma lição nesse cabeçudo, deixe que eu ajudo você!

Fazendo um rápido movimento com o pincel em frente a espada de Lanthys, Selene repete o mesmo feitiço que havia feito dias antes na batalha contra os invasores na ilha do CABAL. Rapidamente parecia escrever uma coisa no ar em frente a espada de seu colega em seguida juntando as duas mãos no pincel e se concentrando por um instante.

-Haaaaaa!

Em seguida Selene se move um pouco para trás, empunhando o pincel apenas com a mão direita e pegando seu punhal com a mão esquerda, ficando de frente para o guardião, pronta para o combate. Parecia pronta a saltar para cima do espírito mas tentava antes analisar que ponto da criatura poderia causar mais dano com um ataque simples.

“-Parece feito de metal retorcido... Já vi escritas do meu pai sobre monstros de metal que podiam se transformar em objetos, mas não lembro de nada como isso... Resta confiar no Lane que ele possa abrir uma abertura.”

A jovem se recorda que apesar do corpo gigantesco, ele havia sido formado todo em volta da cabeça, pensando se esse seria o único ponto importante a ser atacado para vencer o guardião.

-Lan, eu posso estar errada mais... acho que devíamos focar os ataques na cabeça do espírito.

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Uso magia "Ampliação de Dano" na espada do Lanthys utilizando 3 pontos.