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    4º passo - Conceitos

    Luxi
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    Mensagem por Luxi Dom Ago 06, 2017 1:29 pm

    ♪ Yuki ♪

    Minsoo percebeu que a menina estava mais arredia, mas não podia fazer nada no momento. A verdade é que conhecia uma nova face da garota e, por mais que fosse muito errado, ele achava especialmente bonitinho vê-la tão transparente. Não tinha sensibilidade o bastante para captar a extensão de seus sentimentos, mas sabia que ela estava incomodada.

    - Gwiyeopda (“Você está fofa”) - sorriu, sem olhar para ela. - Não se preocupe com isso.

    (...)

    Quando Yuki começou a cantar, mesmo baixinho, a garota levou um susto.
    - OPPA! - falou surpresa, olhando para os lados. Minsoo sorriu, satisfeito, segurou com delicadeza o pulso de Yuki e a conduziu para o sofá devagar, não querendo interrompê-la. Ele a trouxe para o sofá e sentou-se bem ao lado da menina.

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    Era a menina daquele dia, com certeza, e ela tinha as mãos no rosto, muito surpresa. Porém, Yuki podia notar que seus olhos tinham algo diferente, um tipo de brilho azulado, e pareciam atravessar a imagem dela e de Minsoo. O rapaz pegou gentilmente a mão da garota, que olhou perdida para os cantos, ansiosa, e foi conduzida a esticar a mão até Yuki, querendo tocá-la.

    - AH! Não acredito, oppa! - recolheu a mão logo, levando à boca.

    - Nana, eu trouxe a minha amiga, a Yuki, para ver você. Yuki, essa é a Nana, minha irmãzinha.

    - Oi - curvou a cabeça, em sua direção - O meu nome é Na Ji-Na. Mas me chamam de “Nana”. Nossa, você canta tão bonito, eu acho tão bonito. Você deve ser tão linda!!! - colocou as mãos no rosto. Minsoo riu.

    - Descobri que a Nana virou sua fã. Tanto é que ela me desobedeceu e foi sozinha no dia do programa. Quem foi que comprou esse ingresso para você e te levou lá?
    - Foi o oppa…
    - Ah, hyung. Por que ele faz qualquer coisa que você pede?
    - Mas eu queria muito ouvi-lo cantando...
    - E qual foi a apresentação que você gostou mais?
    - “Comeback Home”. Ahhh, oppa, você está me envergonhando.

    Minsoo sorriu e observou o rosto de Yuki, querendo ler seus sentimentos agora que ele tinha apresentado sua irmãzinha cega.


    ♪ Eu Se ♪

    Amihan e Go Mi Nam viraram automaticamente para observar a reação de Eu Se, enquanto o loiro se afastava lentamente da outra. Go Mi Nam fez menção de segurá-la, mas não teve tempo, suspirando pesadamente,
    Algum tempo depois que estava chorando sozinha, sentiu uma mão em seu ombro.
    - Ei, Euse. - Go Mi Nam a puxou para si, abraçando-a forte. O amigo não disse nada, só estava tentando esconder seu rosto, colocando a mão sobre sua cabeça também. Deixou que ela chorasse o quanto quisesse. Olhou em volta, mesmo sob olhares estranhos de algumas pessoas que passavam, para ele não interessava nada que não fosse poder aconchegar sua amiga em um momento de necessidade. Não tinha palavras, nem uma solução, mas ao menos tentava oferecer um pouco de conforto.

    Somente quando ela parou de soluçar ele se afastou e a segurou pelos ombros, olhando-a nos olhos. Sentia-se muito impotente naquela situação, ainda mais quando sabia que ele mesmo não servia para preencher aquele espaço em seu coração. Mas era um “irmão mais velho”, e como tal, sentia-se responsável pelo sofrimento que a deixava passar.

    - Vem lavar esse rosto.

    Era estranho falar isso para uma menina, mas ele a conduziu a um banheiro. Lá, ele parou na porta e deu um berro nervoso para um garoto que lavava as mãos e espantou um outro que estava ainda na cabine. Só assim deixou que a menina fosse lavar o rosto, enquanto vigiava a porta.

    - Os outros voltaram para o hotel… - suspirou. - Quanto tempo mais você vai passar por isso, Eu Se? Vou apoiá-la até o final, mas dói ver você assim. É justo ficar pisando nos seus sentimentos desse jeito? Nem posso culpar aquele maldito por fazer isso com você, sem saber quem você é…- cerrou o punho. - Bem, se você quiser, pode dormir no meu hotel hoje. Eu durmo no sofá. Amanhã eu já vou embora, mas pode ficar lá o quanto quiser…

    ♪ Shin-Hee ♪

    Receberam olhares de senhorinhas mais acanhadas diante de uma demonstração “pública” de afeto que era a proximidade que andavam lado a lado e as mãos dadas, mas Myeon educadamente pedia “desculpas” a elas em meneios.
    Uma fã foi bem menos discreta soltou um berro no meio de seu grupo de amigas, mas não teve coragem de ir até eles, só tirando fotos de longe. Isso atraiu atenção de outro grupinho, que veio até eles querendo fotos com Shin. Myeon recuou um pouco, dando espaço para que as meninas tirassem as fotos. Elas o elogiaram muito, em aparência, voz e talento. Até altura e “estilo de se vestir”. Qualquer coisa era motivo para aquelas vozes fininhas se manifestassem empolgadas. Ao final, se curvaram, e o casal pôde voltar a andar. Foi ela quem tomou iniciativa de “recapturar” sua mão daquela vez.

    - Talvez você deva começar a andar de máscara - foi a única observação de Myeon, com um sorriso pequeno no rosto com muito esforço, em referência aos protetores que os ídolos usavam para andar em público. Tentava ser bem humorada e compreensiva, mas a expressão dela só relaxou um pouco mais quando conseguiram passar pela porta escura do cinema e se acomodar em suas poltronas.

    Finalmente “quase” a sós, em uma das últimas fileiras, podiam ficar mais perto, e a garota não se acanhou quando ele a puxou para perto, pelo contrário, precisava de um afaguinho no ego, depois de deixar tantas meninas elogiarem e demonstrarem o quanto amavam seu namorado. Sabia que era um amor diferente, mas não conseguia não sentir ciúme daquilo. Encostou-se a ele, aconchegando-se em um contato exclusivo.

    O filme era uma comédia romântica açucarada, para embalar aquele início de namoro. Myeon assistia parcialmente, enquanto a mente trabalhava alguns pensamentos paralelos. Em um determinado momento do filme, Shin sentiu Myeon se desencostar um minuto e, no outro, um beijo na bochecha, encontrando, em seguida, a namorada com olhos ansiosos e rosto inclinado, discretamente oferecendo os lábios a ele, fechando os olhos.

    Seu coração batia forte, com medo que ele a julgasse mal, mas o fato é que já tinha passado meia hora do filme encostada a ele, pertinho daquele perfume encantador, e só podia esperar que aquilo funcionasse como quando se deram as mãos. Deixou a boca pressionada contra a dele, mas antes que ele pudesse se afastar, segurou sua mão, para que permanecesse ali. Ela emendou um selinho no outro, dando vários beijinhos lentos nele, mas ainda querendo testar algo novo para ambos.

    ♪ Eun-Ji ♪

    A diretora ouviu os lamentos de Eunji com paciência. Já estava acostumada aquele tipo de situação a ponto de conseguir não demonstrar estar chocada. Tratou com naturalidade, assentindo.
    - Não se preocupe, eu aposto que vão gostar de você. - sorriu de leve.

    O motivo Eunji tinha descoberto naquele refeitório. Eles eram fãs do programa.
    Cheong sorriu para ela, também compreensiva. Aquelas mulheres eram bem calmas e pacientes, talvez até como Bora.

    - Não se preocupe. Este não é o melhor lugar do mundo, sabemos disso. Nós queremos é que vocês todos tenham uma família para ficar e sempre torcemos para que a estadia aqui seja muito curta. Esses meninos, no entanto, já estão aqui há vários anos… ficamos felizes quando demonstraram interesse pelo programa. Não apenas eles amaram se distrair enquanto se preparavam para se apresentar, como também se emocionavam bastante ouvindo as músicas. Vocês são como inspirações para muitos deles. Ah, pode ler quantos livros quiser, querida.

    Eunji pôde ler pelo tempo que quisesse, sentindo-se observada pelos pequenos de vez em quando, mas ela teve alguma privacidade respeitada. Pôde tomar banho e ir dormir, no quarto compartilhado com todos, tendo o remédio administrado por uma voluntária. Quando todos subiram para dormir, foi um pouco barulhento, mas era possível se acostumar.

    No dia seguinte, ao acordar, todos tinham que arrumar a cama, e a garota podia ajudar os pequenos a fazer isso. Logo ela recebeu algumas perguntas de curiosidade inocente.
    - É...É verdade que você é do programa da TV?
    - Por que você está aqui?
    - Você veio ver a gente?
    Quando uma das crianças começou a falar, várias outras resolveram comentar também, ainda que tivessem um pouco de timidez para chegar perto.
    - Você não tem família? Você vai ser nossa irmã?
    - Por que você tá com um curativo na cara?
    - Por que você fala engraçado?

    - Chega, chega, crianças, vamos tomar café da manhã. Está na hora - Cheong logo chegou para colocar ordem e todos desceram ao refeitório. - Sua professora nos ligou ontem. Não pudemos recebê-la, mas ela virá hoje para entregar algumas roupas suas. Espero que entenda que não podemos deixar todos os seus pertences entrarem, já que isso poderia fazer diferença com as outras crianças, mas vamos avaliar cada um.

    Não havia ainda qualquer sinal de que sairia daquele lugar tão cedo. As crianças pegavam o alimento em uma fila e depois se encaminhavam ao refeitório, mas todas as cabecinhas viravam para olhar para ela, querendo entender quem era o rosto novo.
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    Mensagem por shamps Dom Ago 06, 2017 3:14 pm

    Devia ser uma vida difícil da diretora do lugar, mas Eun-Ji sorriu de leve quando ela disse que as crianças gostariam dela. Nunca tinha estado com crianças e não sabia como agir com elas. Sua infância passou trancafiada em casa, mesmo sendo contra as leis coreanas, Eun-Ji não ia para escola, por isso a falta de contato. Não brincava com as crianças da rua por que não podia sair de casa, nunca jogou bola ou correu livremente, nem andou de bicicleta ou pulou corda. A única coisa que fazia era ouvir as risadas e gritos que passavam por cima do muro da sua casa, até serem interrompidos por alguns dos gritos de sua mãe ou avô.

    A ruiva ficou impressionada pelas crianças serem fãs do programa. Que curioso estar vendo essas reações, já que ela só tinha visto os RH na porta da SB. Ela nunca tinha sido reconhecida, agora aquelas crianças queriam saber sobre ela e Eun-Ji ficou sem saber como agir.
    Ficou emocionada ao saber que eles se sentiam felizes e inspirados com o programa e com as músicas. Então era isso que Minsoo e Dam quiseram dizer naquele dia sobre a música alcançar as pessoas? A música para ela era liberdade e asas que a levaram pelo mundo e era assim com essas crianças também.

    - Que lindo isso, senhora Cheong. A música é mesmo inspiradora e para mim foi libertadora. Aprendi tanta coisa. Se a senhora soubesse quanta coisa vi e fiz depois que descobri que a música existia... meu mundo mudou... o programa, apesar de tudo, foi muito revelador... vou sentir falta, principalmente dos meus amigos. Foi lá que fiz minha primeira amiga, minha melhor amiga, a Yuki... espero vê-la um dia... e também conheci meu primeiro amor, mas ele não gosta de mim, tem namorada até... ainda me dói isso... vou sentir saudades dele... ele era gentil comigo... acho que nunca mais vou amar outra vez... é horrível... por causa do amor minha mãe sofreu e isso causou dor a ela... e a mim, o amor dela pelo meu pai virou ódio... ódio contra ele e contra mim... minha mãe disse com todas as letras que me odiava e que odiava lembrar do meu pai quando me olhava... foi tão doloroso ouvir isso... meu avô também me odiava... e para minha avó, eu nem existia... o único amor que importa é o de Deus... agora entendo isso melhor... mas eu prometo nunca odiar ninguém, nem o Dam e nem minha família, eu ainda... os amo. Amarei mesmo que... ninguém me ame.

    No cantinho escolhido para ler e descansar, a menina notava que de tempos em tempos era observada, as crianças ainda tinham medo e não se aproximavam, mas naquele dia a garota não se importava, ela não queria companhia mesmo.

    Após tomar seus remédios, dormir não foi fácil apesar do cansaço que sentia, pois estava em um lugar diferente, sem sua melhor amiga de pano e sem seu amuleto da sorte. Sentia-se tão desprotegida e vulnerável. Demorou muito para dormir, passando boa parte da noite em claro. Várias vezes se via pensando em Dam, se ele estava bem, feliz, se alimentando ou abraçando aquela "pessoa". Era doído isso. Pensava também em Yuki, Chae, ZZ e YeEun, tinha prometido conversar com ela e não o fez. Nem tinha se despedido de suas amigas e talvez nunca mais as visse de novo.

    Não foi uma das primeiras a acordar, mas achou curioso ver a disposição das crianças por ali. Viu-as arrumando suas camas, nada diferente do que ela fazia diariamente, mas por sentir-se melhor, ajudou algumas delas. Enquanto fazia aquela pequena tarefa diária, alguns dos pequenos tomaram coragem e se aproximaram, enchendo-a de perguntas.

    - Do K Pop Shine? Sim, participava do programa sim.
    - Estou aqui porque o conselheiro me mandou vir para cá.
    - Ye. E vocês queriam me ver?
    - Eu... acho que não tenho mais
    - ficou pensativa, será que sua família tinha sido presa? Será que sentiriam falta dela? - Serei a unni e a noona de vocês por enquanto.
    - Esse curativo? É porque me machucaram...
    - ficou triste ao lembrar, mas tentou não demonstrar para as crianças.
    - Falo engraçado por causa do curativo... logo volto a falar normal... se quiserem posso cantar para vocês quando eu me recuperar - e reproduziu o gesto que Dam tanto fazia nela neles.

    Ela ficou feliz ao saber que Bora tinha ligado e que iria lá.

    - Ela vem aqui? Eu poderei vê-la? Minhas coisas? Eu não tenho muitas coisas, só queria uma das minhas bonecas e a bíblia. Minhas roupas são velhas e não tenho muitas, cabiam numa prateleira só. Quando eu vou poder ir para casa?

    Na fila do refeitório, tentou sorrir para os curiosos que olhavam para ela. Era um pouco difícil, mas se esforçou ao máximo.

    - O... olá... me chamo Wong Eun-Ji... muito prazer! - e inclinava a cabeça.

    Foi sentar-se em uma das mesas para tomar seu café da manhã.
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    Gakky
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    Mensagem por Gakky Dom Ago 06, 2017 4:05 pm

    Apesar do elogio de MinSoo, Yuki não conseguia se sentir confortável naquele lugar, sabia que todos ali já tinham notado que ela era pobre. E também sabia que ele havia dito isso só porque era gentil.

    (...)

    Quando a garota exclamou "Oppa", Yuki respirou fundo, foi difícil continuar cantando agora. Estremeceu ao sentir MinSoo segurando seu pulso e a conduzindo para o sofá. Seu olhar ainda estava confuso quando sentou ao lado da "namorada" dele. Yuki olhou para a garota e percebeu que era mesmo a garota que tinha visto, mas havia algo estranho, os olhos dela eram diferentes. Não teve tempo para pensar, pois Minsoo pegou a mão da garota e a direcionou para Yuki, até ela ficou um pouco assustada.

    Yuki assistia a tudo bem confusa, mas quando MinSoo finalmente disse quem era Nana, ela arregalou os olhos espantada e logo entendeu do que se tratava. Foi estranho, porque logo um sorriso se formou involuntariamente no seu rosto, ao mesmo tempo também estava chocada por saber que MinSoo tinha uma irmãzinha cega, isso era até um bocado triste. Ainda mais sendo uma garota tão bonita. Também estava com uma certa raiva do garoto, por ele tem sido tão misterioso até agora.

    - Gomawo - Agradeceu Yuki.

    A japonesa ouviu as informação de MinSoo e ficou olhando os dois irmãos conversarem, ficou surpresa por ver que a garota tinha gostado logo da sua apresentação. Yuki riu sem graça, tinha pensado tantas coisas loucas no caminho que agora sentia vergonha de si mesma, de qualquer forma MinSoo também era culpado por ter feito tanto mistério.

    - Gomawo - Agradeceu mais uma vez sem jeito - Você disse que eu devo ser bonita, mas você que é muito linda, obrigada por ter gostado da minha apresentação. Ah! Você devia bater no seu irmão agora, ele nem me avisou direito onde estava me levando, fiquei curiosa a viagem toda até aqui e envergonhada por não ter me vestido melhor. E também me senti num filme de detetive quando ele apertou os botões da porta...

    Yuki fez uma careta de zangada, embora com certeza não assustaria ninguém com esse rosto, depois riu achando graça dela mesma:

    4º passo - Conceitos - Página 2 RjfHXvH- Ah não ligue para as coisas que digo, ás vezes me enrolo nas palavras... É um prazer conhecê-la, eu vim para te conhecer, então pode pedir o que quiser, Na Ji-Na.

    Yuki já não estava mais com medo, embora ainda se sentisse sem jeito por estar num lugar estranho e por ter achado que a garota era namorada dele. "Você me paga MinSoo" - Pensava, por ele não ter esclarecido antes. Ela olhou ao redor disfarçadamente para ver que tipo de casa MinSoo morava. Apesar dele ter sido implicante em não ter contado antes, ela estava até feliz por ele ter mostrado uma parte da vida dele para ela, parecia significar que ele estava confiando nela.

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    Mensagem por Persephone Dom Ago 06, 2017 5:28 pm

    Os olhares das senhorinhas não constrangeu Shin, muito embora ele também pedisse desculpas silenciosas enquanto seguia andando com Myeon. Depois que passaram por elas, ele ergueu as mãos unidas e beijou a mão de Myeon, demonstrando zero arrependimento e que poderia continuar assim o dia inteiro, se ela quisesse. O que o preocupou de verdade foi o gritinho que ele ouviu em algum lugar. Por instinto, ele até chegou a olhar ao redor, identificando uma menina com os olhos arregalados e a mão na boca enquanto uma amiga tirava fotos. Elas não tiveram coragem de ir até eles, mas Shin sorriu e acenou discretamente. Não foi nada espalhafatoso, porque também não se aproximou delas.

    De todo modo, ele não soltou a mão de Myeon até que um grupinho um pouco mais ousado se aproximado. Ele ajeitou o boné, dando um pequenino suspiro e se viu forçado a soltar a mão de Myeon por alguns instantes. Estava preocupado com isso, mas manteve a compostura e sorriu para as fotos, elogiou as fãs, recebeu elogios e deu autógrafos. Respondeu dizendo que elas eram ótimas e que era ótimo receber aquelas energias positivas. Por fim, ele pediu desculpas e disse que não gostaria de perder o horário do filme.

    Antes mesmo que ele pudesse pegar a mão dela, a garota acabou tomando a iniciativa. Ele olhou para ela com uma das sobrancelhas arqueadas, mas deu um sorrisinho no canto dos lábios, mostrando a covinha. Acabou rindo do comentário dela e meneou negativamente.

    - A máscara chama ainda mais atenção. - Deu de ombros. - Isso não me incomoda, mas fique tranquila, não vai nos atrapalhar, prometo... - A puxou um pouco mais para perto, levando a mão até a cintura dela, andando alguns passos abraçado a ela. Foi pouco, porque logo eles se dividiram porque Shin foi comprar as coisas enquanto Myeon foi atrás dos ingressos com o código que tinha.

    O rapaz não tinha percebido que ela ficou com ciúmes das meninas. Para ele, não havia motivos para isso.

    Quando finalmente ficaram à sós e bem abraçadinhos, ele a posicionou do lado direito do corpo, como se quisesse deixá-la bem longe do lado esquerdo. O lugar escolhido por ela parecia quase que estratégico, não era uma das últimas fileiras, mas ela escolheu de modo que ninguém sentou do lado deles também. Shin agradecia mais pelo espaço, porque podia deixar algumas coisas espalhadas e ficariam mais confortáveis ali. Olhava para a tela do cinema, beliscando um pouco da pipoca que ficava entre os dois enquanto a mão direita se ocupava e fazer uns cafunés na altura do ombro dela. Vez ou outra, o cafuné ia até o pescoço, a nuca e descia até metade do braço. Não estava prestando muita atenção no filme.

    Sinceramente, aquele não era o estilo favorito dele, mas até que achou uma boa ideia. A presença de Myeon o desconcentrava, não conseguiria prestar atenção num filme mais complexo. Estava começando a sentir um comichão estranho, uma necessidade de aproveitar aquele tempo, a privacidade e a ausencia de luz para tomar a iniciativa com ela, mas ficou um pouco travado, sem querer parecer muito ousado.

    Como se estivesse ciente das sensações dele, Myeon decide se afastar um pouco. Shin já estava com o braço meio dormente por ter ficado tanto tempo assim e virou-se de leve na direção dela para se ajeitarem de novo. Porém, ela o surpreendeu com um beijo na bochecha. O rapaz ficou parado, com os lábios entre abertos e os olhos fixos num ponto. Piscou lentamente e viu como ela se inclinava em sua direção, oferecendo aqueles lábios delicados e desenhados com perfeição, como se ela fosse uma boneca. Myeon já tinha fechado os olhos quando os lábios tocaram nos dele.

    Shin continuou com os olhos abertos, ainda inerte. Seu cerebro tinha pifado por um instante, mas ainda mais que os instintos funcionavam quando a razão ia embora. Suspirou, sorvendo os lábios dela em todos os selinhos que ela deu, gradualmente transformando-os em beijinhos lentos. Porém, antes que ela fosse além, ele afastou os lábios por um milésimo de segundos. Seria apenas para que eles se ajeitassem e para que a iniciativa fosse, finalmente dele.

    As duas mãos seguiram até o corpo de Myeon: a esquerda buscou pela cintura dela enquanto a direita encaixou-se em seu pescoço e a nuca, depois de ajeitar a franja dela. O rosto deles se aproximou de novo e, para eles, parecia que tudo acontecia bem devagar, no ritmo de uma musica que apenas eles ouviam. Os olhos escuros dele tentaram captar o brilho dos olhinhos dela. Ela pôde perceber que ele sorriu antes de continuar aproximando. Tombou a cabeça para o lado e, no instante em que os lábios se cruzaram de novo, seus olhos se fecharam.

    Era uma sensação ainda mais avassaladora do que a apresentação do dia anterior. Era a melhor sensação de sua vida, até o presente momento.

    Os lábios iniciaram num beijinho prolongado, mas foram além. Pela primeira vez, ele dava um passo tão ousado com Myeon, mas estava curioso para sentir aquele toque. Como seria a experiencia, se ela ia gostar tanto quanto ele estava gostando. Ele a trouxe mais para perto, usando de uma firmeza na mão esquerda que ela não conhecia até então. Os dedos a pressionavam enquanto eles continuavam com aquela dança inédita durante aquele beijo. Quando o fôlego se foi, eles afastaram suavemente os lábios, deixando a testa e a ponta do nariz roçando, numa extensão da conexão deles.

    Shin soltou um suspiro baixo antes de abrir os olhos para encará-la.

    Esperava não ter passado muito dos limites, porque a verdade é que esperava poder repetir nos próximos segundos.

    4º passo - Conceitos - Página 2 7aW45tO
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    Mensagem por 2Miaus Seg Ago 07, 2017 10:24 am

    Eu Se retribuiu o abraço apertado e soluçou com o rosto escondido em seu peito. Chorou até não ter mais forças e depois fungando observou o olhar de preocupação do Go Mi Nam.

    Ele afugentou alguns meninos do banheiro e ela pode lavar seu rosto sem preocupação. A menina estava com os olhos inchados e o nariz vermelho, mas estava bem mais calma. Quando saiu do banheiro seu amigo estava a esperando na porta.

    Ao ouvir a opinião do Go Mi Nam, seus olhos voltaram a se encher de lágrimas. O que ela poderia fazer?? Ela poderia continuar fingindo ser um menino, poderia continuar participando do concurso, mas para isso teria que abdicar de seus sentimentos pelo Min-ki.

    Se ela se assumisse como garota, seria o fim da sua tão estimada liberdade. E ela não tinha garantia nenhuma que isso faria o loiro esquecer da Rin. E responde com sinceridade a pergunta do amigo.

    - Moleugess-eoyo.

    Eu não sei.


    Tudo que ela poderia fazer naquele momento era chorar enquanto sofria sua primeira desilusão amorosa.

    Ela concorda com a sugestão do amigo e vai dormir no hotel com ele.  Eu Se acaba pegando uma roupa emprestada e depois do banho já estava se sentindo bem. Go Mi Nam estava estendendo o edredom no sofá.  

    A menina o olhava com imensa gratidão, mesmo sabendo de seus sentimentos pelo loiro, Mi Nam sempre esteve ao seu lado a apoiando. Ela começa a falar de cabeça baixa um pouco envergonhada.

    - Oneulgwa daleun modeun il-e gamsadeulibnida. naega gyeong-yeon daehoeleul iblyeog moheomgwa jasin-ui ileum-eul sayonghaessgi ttaemun-e naneun geoui jeongsangjeog-in salam-eulo mueos-inji algo iss-eossda

    Obrigada por hoje e todos os outros dias. Foi por sua causa que eu me arrisquei a entrar no concurso e  foi usando seu nome que eu soube o que era ser uma pessoa quase normal.


    Agora ela o olhava no fundo dos seus olhos.

    - naneun jamsi naui salm-eul bigyohandamyeon-i gotong-eun amugeosdo anida. jeog-eodo naega jeongmal joh-ahaneun salam-eul seontaeghal su-issneun gihoeleul gajyeossseubnida. geuga naleul bad-a jinsil-eul algo yeobuhaji anhdeolado ... naneun jayu uijihaessgo naega hangsang wonhaneundaelo geulaeseo geunyang nae jasingwa sasil dobolo naneun haengbog haeyo na ttaemun-e nappeun saeng-gaghaji anhseubnida .... sal su dali

    Por isso essa dor não é nada se eu comparar com minha vida a um tempo atrás. Pelo menos eu tive a chance de escolher alguém, de quem eu realmente gosto. Mesmo que ele não saiba a verdade ou não me aceite... eu tive o livre arbítrio e pude viver como eu sempre quis....então não se sinta mal por mim, porque eu estou feliz só pelo fato de andar com minhas próprias pernas.


    Ela em poucos passos cobriu a distância entre eles e lhe deu um abraço apertado. Disse com o rosto bem próximo ao seu ouvido.

    - dangsin-eun dangsin-i na-ege naui jayuleul jun ... nal choegoui seonmul salam-i gajil suhaessda.

    Você me deu o melhor presente que alguém poderia ter... Você me deu minha liberdade.


    Depois disso ela iria para o quarto, mandaria uma mensagem para Amihan avisando que estava bem, mas que iria dormir no hotel do seu amigo.

    Tentaria não pensar em Min-ki e nem no beijo com a Rin. De manhã ela iria tomar café da manhã com Go Mi Nam numa padaria e o acompanharia até a hora de ir embora.

    Depois voltaria para o hotel. Antes de abrir a porta do quarto, ela segura um pouco a respiração. Tinha escolhido ontem sua liberdade, então precisava deixar Min-ki livre também. Iria guardar seus sentimentos numa caixinha no fundo do seu coração. Queria que ele fosse feliz, assim como ela estava sendo ao conviver com eles. Sabia que seus dias de felicidade estavam acabando, então ela queria aproveitar ao máximo e guardar boas memórias de todo mundo.

    Por fim entrou no quarto.


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    4º passo - Conceitos - Página 2 Empty Re: 4º passo - Conceitos

    Mensagem por Luxi Seg Ago 07, 2017 12:15 pm

    ♪ Yuki ♪


    Nana sorriu quando foi chamada de linda. Minsoo encostou-se no sofá, parecendo mais tranquilo agora, até satisfeito.

    - Ele é assim mesmo. Sempre gosta de fazer surpresas. - Nana riu, um pouco tímida. - Aigooo, meu coração bateu tão forte agora - levou a mão ao peito. - Você é um tonto. Peça desculpas para ela.
    - Ei! - riu - Bem, de verdade, me desculpe. Eu devia mesmo ter falado, mas é que…
    - Ele tem medo que as pessoas sejam malvadas comigo. Nunca mais trouxe nenhuma amiga para casa. - deu um sorriso estranho, mas ela era bem direta. Minsoo ficou um pouco constrangido e coçou a cabeça, mas a irmã forçou mudarem de assunto. - Ah, por favor, me chame de “Nana” também, eu prefiro. Eu gosto tanto da sua voz. É como de um anjo. Eu me senti tão feliz quando ouvi sua apresentação. Pode cantar na minha festa de aniversário? Vai ser só no ano que vem, mas mesmo que você fique famosa eu quero muito que cante para mim.
    - Nana é bem direta às vezes. Já peço desculpas antes, por ela - riu.
    - Você é que devia pedir desculpas pra gente, por fazer a gente ficar preocupada - deu bronca. - Se quiser, pode ficar e conspiramos juntas contra o meu irmão. Ele já fez muito disso com você?
    - O que você pensa de mim, Nana? Isso não é verdade. É? - olhou preocupado agora para Yuki.
    - Bem, eu ficaria feliz também se você ficasse com a gente para conversar!
    - Se não se importar, pode ficar. Eu te levo para casa depois.

    Diferentemente do Minsoo simplista, a casa tinha um visual bastante moderno e limpo. Algum cuidado tinha sido pensado ali para que a menina não se machucasse acidentalmente e conseguisse ter acesso às facilidades básicas. Podia notar como tudo era espaçado e sem muitos enfeites, mas um deles chamou sua atenção: era um jarro que ficava em cima de uma mesinha, contendo as dobraduras de tsurus de diversas cores.

    ♪ Eu Se ♪

    Go Mi Nam sentou-se na cama para ouvi-la até o fim. Era um sentimento misto que tinha pelas palavras dela, mas deixou um sorriso no canto do rosto. Por fim, segurou seu rosto com as duas mãos e lhe deu um beijo fraternal na testa.

    - Quem deu sua liberdade foi você mesma. Você teve a coragem de dar o primeiro passo. Não se esqueça disso. Eu fui só um facilitador. - sorriu de leve e segurou seu queixo, fazendo uma gracinha antes de pular de volta para seu sofá.

    O dia seguinte foi tranquilo, Go Mi Nam se despediu dela temporariamente e disse para ligar se precisasse, pois ele voltaria de novo.

    Ao voltar para o hotel, encontrou Amihan terminando de colocar a camisa, Bae sentado na cama assistindo televisão e Minki, que olhou para ela franzindo o rosto. O porcoelho estava sobre a cama feita dela.

    - Onde é que você foi? - perguntou assim que a avistou.
    - O correto seria “bom dia”, não é mesmo, Minki?
    - Não. Estávamos nos divertindo, chamei todo mundo pra comer alguma coisa, mas você já tinha ido. Por quê?
    - Agora não, Minki.
    - Eu quero saber por que você foi embora mais cedo de novo…
    - Olhem. Estão falando sobre o programa. - Bae interrompeu, apontando para a televisão.

    Uma mulher estava à frente de uma igreja, com a foto de Eunji no canto da tela, comentando sobre as regras rigorosas daquele culto, que teria feito com que a participante do programa vivesse prisioneira em casa, nunca frequentando a escola até o ensino médio e sofresse de vários tipos de maus tratos. A família da garota estava sob investigação e, enquanto isso, a garota estava sob os cuidados do Conselho Tutelar. A irritação no rosto do loiro sumiu momentaneamente, e ele olhou para baixo, um pouco chateado.

    - Conselho Tutelar? O que isso quer dizer?
    - Quer dizer que ela foi pra um orfanato - o loiro comentou de má vontade, com a mão colada na bochecha.

    ♪ Shin-Hee ♪

    Myeon concordou de leve com a cabeça, sabia que não era possível que ele prometesse algo assim, já que as fãs só ficariam mais e mais apaixonadas, mas não queria pensar nisso naquele instante, embora o sentimento de ciúme estivesse borbulhando ali dentro.

    No cinema, a garota aproveitou também do escuro para fazer seus experimentos. Levou um pequeno susto quando sentiu a firmeza de sua mão esquerda na cintura e a outra na cintura. Ficou com um pouco de medo de ter acordado um Shin que ela não conhecia, ou de ter sido muito atrevida naquele beijo, mas a outra parte dela só sentia o rosto queimar na mesma intensidade que seu coração batia. Olhou-o de forma quase indefesa, respirando fracionado pela boca. Foi conduzida a chegar mais perto e ela fechou os olhos, mas da segunda vez que seus lábios se encontraram, acabou se entregando ao ritmo do beijo dele, encolhendo o corpo e juntando as mãos em seu peito, na medida do possível estreitando seu contato. A partir daí, esqueceu completamente do filme, que servia apenas para iluminá-los levemente. Não queria mais se afastar dele, de forma que seu rosto ficou encostado ao dele mesmo quando o ar acabou. Sorriu de leve, suspirando. Tinha ido longe demais? Talvez devesse se afastar. Ela o observou de baixo, mas encontrou aquela expressão envolvente, anunciando que queria de novo, como ela. Havia algum receio de culpa no rosto ofegante dela, mas sua natureza a fez inclinar de novo o rosto, buscando os lábios dele novamente.

    Myeon não percebeu quanto tempo levaram para experimentar aqueles beijos no escuro, mas o fato é que os créditos já ameaçavam subir e ela pensava que queria ver muitos outros filmes com ele mais vezes. Sentia como se estivesse deitada em nuvens e deitou-se sobre seu ombro direito, segurando seu braço e até fechou os olhos, com um sorriso discreto, respirando profundamente. Então riu baixinho.

    - Já acabou? Que pena~ - falou manhosa, finalmente olhando para ele com um pouco mais de luz no local. Ela levou um pequeno susto, sentou-se direito e murmurou - Aimeudeus. Oppa, oppa, olha pra mim - olhou em volta preocupada e limpou cantinhos de batom no rosto dele. Cobriu então a boca com as costas da mão e riu bastante. Encostou o nariz no dele, de leve e se afastou com o sorriso. Tornou a olhá-lo de forma apaixonada e esperou até que acendessem todas as luzes para fazer menção de sair, ajeitando os amassadinhos da roupa e recapturando a bolsa.

    A partir dali, a menina andava com os dedos bem entrelaçados nos dele e quis passear tranquilamente, um pouco sem rumo. Um grupo de meninas foi avistado cochichando sobre eles, mas tudo que a garota fez foi puxá-lo suavemente para outra direção. Ouviram um “oppa!!”, e Myeon suspirou pesadamente.
    - ... Cansei daqui. Quero ir embora.

    Tudo que ela queria era ir de volta ao carro. Pelo menos ali não “brotariam” meninas.

    ♪ Eun-Ji ♪

    - É muito nova para afirmar tudo isso - sorriu Cheong, com muita certeza no olhar, ainda que fosse gentil nas palavras. - Não se preocupe, você é jovem, é muito, muito, raro seguirmos com um primeiro amor, mesmo que ele acabe dando certo. A vida nos transforma. Nós crescemos, evoluímos… é muito difícil que duas pessoas permaneçam no mesmo momento de vida e aí está a dificuldade maior dos relacionamentos duradouros. Vai ter muito tempo para recuperar esse coração e amar novamente. Descobrir o amor, na verdade. Os jovens gostam muito de usar essa palavra, mas só ao longo do tempo percebem o que é isso. Mas fico aliviada por também acreditar em Deus, pelo menos saberá que nunca estará sozinha. O amor Dele é o maior de todos, mas existem vários outros. Esse amor romântico que você está dizendo ele vem com as experiências juntos, amar outra pessoa é sempre gostar “apesar de”, aquele sentimento que aceita os defeitos e trabalha para construir. Esse tipo de amor você ainda vai encontrar, tenho certeza. Mas antes de mais nada, é você que precisa se fortalecer e amar a si mesma. Passou por muitos momentos conturbados, pelo que está dizendo. Esqueça a preocupação sobre se alguém no mundo a ama. Deve olhar para Deus e sentir-se amparada por Ele sempre. Nós, seres humanos, somos falhos em nos amar, infelizmente. Mesmo assim, se olhar direito, vai descobrir quantas pessoas a amam de formas diferentes. No entanto, às vezes o amor daquelas pessoas não é o que precisamos ou podemos aceitar naquele momento. Sua mãe devia ter problemas consigo mesma e descontava isso em você. Ela não conseguia nem ao menos se amar, como poderia amar outra pessoa pessoa? É por isso que devemos descobrir o amor próprio, aquele que nos faz perceber o que nos faz mal e de quem devemos nos aproximar para crescermos como pessoa ou nos afastar para não sermos maltratados. Você precisará descobrir ainda a si mesma e seu lugar no mundo antes de conseguir pensar em lidar com os problemas e emoções de outras pessoas. Somente quando estamos bem conosco é que podemos oferecer amor a outra pessoa, pois somos falhos e não temos esse grande amor infinito. Quando tentamos oferecer algo que não temos nem para nós mesmos, sem querer exigimos muito mais do que o outro pode nos dar. Ufa, falei tanto. Mas não se preocupe, isso virá com o tempo e acompanhamento.

    - Unnie vai cantar para a gente??? Obaaaa
    - Siiim - responderam juntas sobre querer vê-la.
    - A gente não pode ver o show, mas agora você tá aqui!

    - Acho que isso não teria problema. Vamos ver quando ela trouxer. Você irá embora quando sair a decisão na justiça. Um juiz precisa dizer se a senhora Bora é capaz de cuidar de você e se não estava envolvida no caso. Ela precisa provar que possui uma família estável, também financeiramente, para assumir sua guarda e passar por algumas entrevistas. Falei com ela ontem indicando alguns advogados, mas esse tipo de processo é longo, e, infelizmente, somente alguém influente nesse mundo das leis é que poderia fazer sua “mágica” para adiantar algo a respeito. No entanto, acredito que você conseguirá se ver livre de nós em breve. - sorriu.

    No refeitório, a presença de Eunji parecia alegrar os rostinhos. O clima era de bastante festa e os cochichos que ela ouvia eram totalmente diferentes daqueles do programa ou na escola. Na verdade, ela era mais do que querida ali dentro. Era diferente da admiração de fãs comuns, eles pareciam admirá-la de verdade e absolutamente não se importavam em como estava se vestindo.

    - Seu cabelo é de verdade?
    - Seus olhos também?
    - Você gosta dessa comida? Eu acho ruim. Você quer meu bolinho?
    - Você é amiga de gente famosa?
    - Eu quero ser cantora também.

    - Crianças, deixem a senhorita Wong comer em paz, por favor…

    Ela conseguiu comer quase que em silêncio, mas as crianças em volta a paparicavam e disputavam presentes para dar a ela, como gelatina que tinham escondido em algum lugar. Quando tinha terminado de comer, uma menina chamou sua atenção, apontando para a TV.

    - Unnie! Unnie! É você!

    De fato, o programa matinal exibia o rosto da garota na tv, na foto que havia tirado toda produzida para “Come Back Home”. Os repórteres comentaram que a família da garota seria investigada por maus tratos, tortura e suposto cárcere privado, mas que a menina estava sob cuidados do Conselho Tutelar. A KPOP Shine não quis se manifestar sobre o caso, mas divulgou em nota que a participação da garota não seria afetada por fatores externos, mas que manifestava seu “apoio incondicional” à decisão que lhe parecesse mais confortável. A imagem da igreja de Eunji apareceu, com uma repórter na frente, mas uma voluntária desligou o programa.

    - Não é coisa para criança assistir - declarou para os rostinhos curiosos. - Vamos, vamos, recolhendo os pratos…

    - Eunji-ya? Sua professora está esperando na diretoria. Pode vir comigo? - Cheong aproveitou o momento um pouco tenso para tentar distraí-la com uma informação mais relevante.

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    Mensagem por 2Miaus Seg Ago 07, 2017 1:21 pm

    No hotel, ela sorriu e agradeceu o menino novamente. Na manhã seguinte, Eu Se estava feliz e animada com sempre. Desejou boa viagem para o amigo e prometeu que manteriam contato.

    Quando entrou no quarto, deu de cara com o loiro e ele parecia bravo. Conforme ele falava a menina abaixava a cabeça. Ele parecia estar realmente chateado.

    - naneun mom-i andoeeossda ...
    Eu não estava me sentindo bem...


    Disse num sussurro, talvez Min-ki nem tivesse escutado, já que sua atenção voltou-se para a Tv.

    A menina se apressou em sair da frente do loiro e foi sentar ao lado de Bae no sofá.

    E ficou surpresa com a notícia sobre a Eujin.

    - geunyeoneun hangsang hwalbalhago chinjeol han geos gat-assda. amudo geunyeoga geuleon il-eul tonghae gassda sangsanghal su eobs-eul geos-ida.
    Ela sempre pareceu uma pessoa tão animada e gentil. Ninguém iria imaginar que ela passava por esse tipo de coisas.


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    Mensagem por Persephone Seg Ago 07, 2017 4:32 pm

    Aquele sem dúvidas tinha sido o melhor filme que Shin-Hee já tinha assistido em sua vida. Não lembrava nem do nome dele direito, muito menos do elenco, mas foi um filme surpreendente, cheio de descobertas, quase que sensorial! Maravilhoso! Suas bochechas estavam bastante vermelhas e não duvidava que os lábios estivessem um pouco inchados depois dos vários beijos que eles testaram naquele escurinho. Tinha explorado vários ângulos, mas tiveram que parar quando os créditos começaram a subir.

    Shin riu da manha de Myeon e não se moveu, permitindo que ela ficasse naquela posição por mais um tempo. Também não tinha muita pressa de sair dali, esperando que os outros fossem primeiro. Enquanto recolhia o lixo para jogar fora, Myeon começou a chamá-lo com aquela urgência. Ele a encarou com uma expressão de dúvidas, mas logo compreendeu com o que ela estava fazendo. Arregalou os olhos até que começou a cerrá-los por conta das risadinhas dela.

    - Aish!! Esse batom!! O que vão dizer de mim se começar a aparecer com isso toda hora? - Perguntou meio preocupado, mas logo riu, movendo a sobrancelha. - Provavelmente morrerão de inveja. Ou vão me chamar de safado. Não ligo. - Em cada pausa de ponto final, ele roubou um novo selinho dela.

    Não transformou em mais beijos porque precisavam mesmo partir. Shin jogou o lixo fora e segurou a mão dela com a mão livre. Ajeitou o próprio boné e foi caminhando ao lado dela. Já era bem tarde, ainda que fosse claro por conta do verão, mas Shin tinha prometido entregá-la antes das 20h em casa. Estava meio distraído e se acostumando com a luz depois de ficar tanto tempo no escuro quando ouviu o "oppa!". À essa altura, Myeon já o tinha puxado para outra direção e ele chegou a ouvir os resmungos dela. Ficou um pouco preocupado com isso e decidiu fingir que não ouviu.

    - Tudo bem...Podemos ir embora...

    Ele respondeu meio sem jeito, mas assim que entrassem no carro, ela teria tempo de se explicar ou não. Fato era que Shin teve um dia muito feliz e divertido como há tempos não tinha. Tudo tinha mudado desde que ele se inscreveu naquele programa e a verdade é que cada dia trazia uma emoção diferente, mas Myeon conseguia superar todos eles.

    Quando chegou na esquina da casa dela, ele parou o carro para que pudessem se despedir com mais alguns beijinhos antes de serem comportados. Somente depois disso, entre risadas e bochechas coradas, ele estacionou em frente à casa dela. Assim como fez todas as vezes anteriores, ele deu a volta para abrir a porta para ela. Fechou a porta e os dois ficaram parados frente a frente, encostados na lateral do carro.

    - Espero que você tenha gostado tanto do dia quanto eu gostei. - Comentou num tom de voz baixinho e meio rouco. - Amanhã não vamos conseguir nos ver, mas combinei com o pessoal do programa de assistirmos à edição lá no Café. Seria legal se você pudesse ir também, poderia conhecer todo o pessoal e assistiríamos juntos. Não estarei com o carro, mas posso te trazer em casa. Claro, se quiser.

    Fez o convite e nem pensou, num primeiro momento, os sustos que isso geraria. Não sabia que Myeon já tinha estado frente a frente com Eu Se antes. Depois de receber a resposta, ele deixaria Myeon em segurança e voltaria para casa. O carro voltou sem nenhum arranhão e Shin parecia muito feliz. Sua mãe não estava em casa porque foi num jantar de negócios com o pai dele. O fim de semana costumava ser bastante movimentado com esses eventos.

    Shin passou a noite em seu quarto, lendo, ouvindo música e vendo algumas notícias aqui e ali. Também aproveitou para responder algumas mensagens, confirmar sobre segunda-feira e essas coisas.

    Já no dia seguinte, ele acordou um pouco mais tarde por ser domingo. Como não precisou manter a formalidade, ele foi comer ceral com leite no sofá da sala de TV. Enquanto zapeava a tv, parou num canal que mostrava a foto de EunJi. Quase se engasgou com o que viu diante dos olhos. Como assim aquela menina tão gentil e sorridente estava num abrigo? O que? Violência doméstica? Eram tantos horrores que ela passava que Shin não conseguia acreditar.

    De repente, lembrou-se da pergunta de Yuki e sua promessa de pesquisar sobre leis. Será que era por conta de EunJi que ela tinha perguntado? Bom, ela não tinha respondido sua mensagem, devia estar ocupada. Não sabia que ela não tinha créditos. Por isso, ele mandou mensagem pra Quan Lei e Tommy, no grupinho que eles tinham, perguntando se viram o que passou na TV. Agora pensava que tinha um trabalho naquele domingo: pesquisar tudo o que pudesse sobre aquele assunto para saber onde e como poderia ajudá-la.

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    4º passo - Conceitos - Página 2 Empty Re: 4º passo - Conceitos

    Mensagem por shamps Seg Ago 07, 2017 9:25 pm

    Cheong sorria e explicava coisas da vida para Eun-Ji e ela se esforçava para entender, pareciam coisas tão complexas, talvez por não ter vivenciado certas coisas.

    - Essas coisas de amor parecem complicadas, não é? - dizia com a expressão tornando-se mais leve - mas ainda gosto do oppa... bem... - a pedagoga prosseguia e a ruiva sorriu animada, finalmente, quando ela falou que acreditava em Deus, aquilo causou grande alívio na menina - louvado seja! Sim, eu acredito ... que o amor Dele é o maior - ela continuou falando dos vários tipos de amor e a jovem ficava matutando - mas eu não tenho essa experiencia no amor, como vou achar meu amor assim? - era um pensamento bem simples que ela tinha, não conviver com muitas pessoas tornou-a muito simples, mas continuou ouvindo, principalmente quando ela fala sobre amor próprio - acho que... eu tenho isso... passar pelo que eu... passei e continuar... sorrindo... seguindo em... frente... não é fácil... minha fé é o amor de Deus... e esse é amor é por mim... - ela olhou para a mesa - ainda que ninguém... me amasse em casa... eu amava minha família... sempre pensava ser... um bom dia amanhã... acho que estou aprendendo o que é... isso... agora... nunca me falaram sobre esse... amor próprio... a senhora Bora falou... comigo... pela primeira... vez... esse mês que comecei a perceber... essas coisas... ainda estou... aprendendo... a senhora acha... que é por isso... que o oppa não me ama? - também falou da falta de amor próprio que talvez sua mãe tivesse e aquilo chateou a jovem, pois agora achava que sua mãe era perversa, assim como o avô - mas ela nem tentou...

    A professora encerrou a conversa e ela seguiu para seu cantinho.

    Na manhã de domingo, ela iniciava um singelo laço com aquelas crianças, tudo se iniciando com a música, que coisa maravilhosa a música podia fazer pelas pessoas.

    - É, agora estou, Wong Eun-Ji um dia fará um show exclusivo para vocês... de que músicas gostam? - aos poucos ia se soltando com os pequenos.

    As palavras da responsável pelo abrigo deixou Eun-Ji um pouco preocupada, será que demoraria muito essa decisão judicial?

    - Mas eu posso falar para... o juiz que quero morar... com a senhora Bora... ela envolvida? Nunca... - o olhar dela ao falar de Bora tinha muito amor e ternura - a senhora Bora sempre me ajudou muito... ela foi a primeira pessoa que me abraçou... que me beijou a testa... que me elogiou... que acreditou em mim... ela brigou com um professor... para me defender do bullying... ela deu o primeiro presente que ganhei na vida... ela que me inscreveu no Kpop Shine... me comprou roupas bonitas, me maquiou para o programa... ela me dava carona todo o dia, para mim e para a Yuki...ela que pensou numa forma de participar do programa... um dia que fiquei triste, ela... me deixou deitada no colo dela o dia todo, só afagando meus cabelos... ela é a pessoa que mais confio no mundo... - a professora falava sobre os advogados e isso preocupava a garota - mágica? Onde tem esses advogados mágicos? Vou rezar... para Deus mostrar essas pessoas para a senhora Bora... - por fim sorriu junto com a professora.

    O estranhamento inicial sobre os cochichos iam se tornando um sorriso brando à medida que a jovem se aproximava da mesa, crianças eram tão sinceras, verdadeiros anjinhos do Senhor. Ela se sentiu bem entre eles e começava a sorrir com mais frequência. As crianças estavam animadas com a presença dela ali e isso a deixa realmente feliz.

    - Sim, meu cabelo é de verdade, hahaha... meus olhos também... olhem... - aproximou os olhos e os cabelos para que os pequenos observassem de perto.
    - Ruim? Não, isso é muito gostoso... é saudável... você cresce forte... seu bolinho? Que tal, eu como metade... e você a outra metade?
    - Amiga de gente famosa?
    - ela pensou um pouco, não era exatamente amiga de gente famosa - do programa? Bom... muito famosa... a senhora Bonnie nos treinou na semana que passou, também treinei na casa do Tae sunbae... ele é famoso, né? Acho que o Min-Ki shi também... mas ainda não converso muito com ele... tem a Peach, mas não conversamos nenhuma vez...
    - Ah, que glória! Posso te ensinar umas coisinhas... que aprendi... para você já ir treinando... será uma grande cantora... vou torcer...


    Ela sorriu com a bronca da professora, estava rodeada de afeto e amor. Conseguiu se alimentar bem, mesmo comendo devagar e de repente estava rodeada de comida que as crianças deixaram para ela. Comeu o que aguentou para não fazer desfeita a nenhuma delas.
    Ela olhou para a TV e viu a notícia sobre ela e achou estranho. Como as pessoas da TV já sabiam o que tinha acontecido com ela?

    - É, sou eu... como o homem da TV sabe disso tudo? Não tinha câmera na ...delegacia nem no hospital - ela sabia que era aquele equipamento que mostrava seu rosto na TV, mas no dia anterior não tinha nada daquilo, então como sabiam? - eles são muito inteligentes então - era um pouco triste ver eles falarem que sua família seria investigada por todos aqueles crimes, o policial e Bora tinham explicado para ela o que era tudo aquilo e a jovem não acreditava que tinha passado por tudo aquilo, mas uma coisa dita chamou sua atenção - senhora... isso significa que eu vou continuar no programa? Vou poder... cantar? Eu... vou poder sair? - sua igreja também aparecia na tela - não... por favor... me deixe ver minha igreja... não desligue... - queria saber o que falariam sobre seu templo de fé.

    Cheong conseguiu distrai-la ao mencionar sua querida professora. Ela saiu depressa da mesa e correu, não se importando com a dor, tudo para ver sua orientadora.

    - A senhora Bora? Vou já... - na diretoria correu para um abraço apertado, mesmo dolorida sentiu seu abraço forte - senhora Bora... que saudade... a senhora achou o advogado mágico? Eu já posso ir para sua casa? - estava bastante feliz e ansiosa por respostas positivas - aqui tem um monte de criancinhas... elas gostam de mim... me reconheceram da TV... nunca conversei com criança... a senhora foi na minha casa? Trouxe minha boneca de pano? Não consegui dormir direito sem ela e sem meu amuleto... e sem as mensagens do oppa... a senhora viu a TV hoje? O homem na TV tava falando de mim... ele disse que vou poder participar do Kpop Shine... a senhora vai poder me levar? Diretora - virou-se para a mulher - eu posso sair para ir no programa? - já estava ficando cansada de falar, mas tinha tanta coisa que queria saber - ai que saudade da Yuki... amanhã eles vão se reunir no cafe... de gatinho... do Shin-Hee shi... a senhora falou com ela? Com a Yuki? E com o oppa? Amanhã sai o resultado... quero muito que a unnie passe... eles vão assistir ao programa juntos... e comemorar... professora... a senhora vai no café? Pode comprar doces para as crianças? Elas vão ficar felizes... se minha família for presa, eles serão criminosos... eu serei filha e neta de criminosos... será que a Yuki ainda vai gostar de mim e ser minha amiga? Professora, vamos no juiz falar... que eu quero ir para sua casa... a senhora acha que minha eomma sentiu minha falta?

    Obviamente ela não sabia como eram os tramites da justiça e falava aquelas coisas com inocência e doçura. Não era por mal que falava aquelas coisas, queria mesmo ir embora porque ali não era seu lugar, mas não abandonaria as crianças. Queria mesmo era ter noticias de seus amigos.
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    Mensagem por Gakky Seg Ago 07, 2017 10:42 pm

    Yukiu sorri ao ver os dois irmãos conversando e fica surpresa quando Nana fala que MinSoo não trazia mais amigas para a casa. Yuki sabia como era bom ter essa relação de irmãos, ficou muito feliz de MinSoo compartilhar isso com ela, tanto que agora tinha até esquecido do aviso de sua mãe.

    - Claro que canto na festa do seu aniversário, mesmo que fique famosa, prometo estar lá! E obrigada por me escolher para esse evento tão especial.

    Yuki ri quando Nana fala sobre conspirarem juntas contra o MinSoo, o rapaz até ficou preocupado e olhou receoso para a japonesa, que logo respondeu rindo:

    - É a primeira vez que ele me deixa receosa assim, geralmente seu irmão é muito gentil com as pessoas. E sim, aceito conspirar contra seu irmão!

    Depois de falar isso, ela ri achando graça da ideia.

    - Estou brincando - avisa preocupada.

    A garota pediu que Yuki ficasse, mas a verdade é que ela não sabia se poderia, por causa dos seus pais. Também reparou que a casa de MinSoo era bem adaptada para Nana. Estava muito aliviada da garota não ser namorada do MinSoo. Não demorou a responder:

    - Eu queria ficar, mas tenho que avisar meus pais. Eles podem ficar preocupados, e talvez eu tenha que trabalhar na loja... Mas eu posso ficar mais um pouco sim! Me conte do que gosta de fazer, Nana né? Ah e quantos irmãos vocês tem? Eu fico confusa quando MinSoo fala de irmãos, não lembro dele ter me dito um número exato. Eu tenho um irmão mais velho, ele é muito legal.

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    Mensagem por Luxi Ter Ago 08, 2017 10:34 am

    ♪ Yuki ♪

    - Gostei dela, oppa.
    - Eii! Se eu soubesse que as duas se virariam contra mim, eu nunca teria feito esse encontro! - Minsoo ria tanto quanto elas.

    - Tenho dois oppas. Mas appa casou de novo e então nós temos… - ficou pensando. - mais dois? Acho que é isso.
    - Não somos próximos - explicou Minsoo - É um pouco complicado…
    - Não é complicado. Eles não importam muito. Na verdade eu só tenho dois irmãos que importam - Nana sorriu largamente e ele riu sem jeito. - Ah... Tá bem. Loja do quê?
    - Nana, ela disse que não pode ficar, então não insista. Da próxima vez programamos melhor, está bem? Eu realmente a trouxe de surpresa dessa vez, sem pensar realmente se ela podia. Me desculpe.
    - Tudo bem então. Da próxima vez, vamos conversar mais!

    Conversaram um pouco mais e Minsoo realmente não quis incentivá-la a ligar para os pais e ficar muito por ali, respeitando sua necessidade de ir embora. Ele já tinha ouvido aquele tipo de desculpa antes e, mesmo que soubesse que Yuki era gentil demais para fazer isso, tinha aprendido a não ser insistente e não forçar demais as situações. Mal sabia ele que no caso de Yuki era a verdade mesmo. Antes de deixarem a casa, Minsoo segurou de leve o pulso dela mais uma vez e a levou de frente ao jarro de tsurus na casa.

    - Reconhece? - sorriu, apontando o potinho com a dobraduras. - Eu coloquei o seu aqui dentro também. Obrigado.

    Depois das despedidas e a promessa de se verem novamente, ele a levou por todo o trajeto de volta.

    - Desculpe novamente por tê-la trazido sem aviso. Eu não queria constrangê-la ou forçar uma situação. Mesmo assim, a Nana ficou muito feliz, então eu agradeço por ter sido gentil com ela. Eu tinha quase certeza de que isso daria certo - sorriu de leve.

    (vou responder se houver diálogo por aqui Smile )

    Ele a deixou na porta de casa e se despediram com o reforço no convite para ir ao trabalho de Shin assistir à apresentação do programa. Mais tarde, ela recebeu uma mensagem de Bora. Um tanto misteriosa e estranha, dizendo:
    “Prometi enviar notícias, por isso escrevo.
    Eunji saiu de casa. Por favor, não se preocupe. Ela está em segurança agora. Estou resolvendo tudo.“


    Yuki mal podia imaginar o que aquela mensagem realmente significaria de verdade.
    A família Shimada não tinha o hábito de ver televisão antes de sair de casa, bem cedo. Dessa forma, ela foi blindada das informações importantes até ouvir de vendedores das lojas adjacentes do mercadinho. Conversavam com sua mãe, sob o mote de que Yuki participava do programa. Enquanto repunha o estoque de camarões na frente da peixaria, ouviu um pouco da conversa da futriqueiras e compreendeu que falavam de uma jovem do programa que tinha fugido de casa por sofrer severas torturas e que agora estava em um orfanato.
    (off: desculpa se eu corri demais! Eu respondo o que for necessário.)

    ♪ Eu Se ♪

    - Parece que não é mesmo possível dizer que conhece alguém só pelas aparências…
    - É… todo mundo tem problemas...
    - Por que vocês estão olhando com essas caras? E daí que ela foi para o orfanato? - Minki cruzou os braços. Bae olhou bem surpreso pelo absurdo que o loiro falava. - A última coisa que ela precisa é que vocês fiquem com peninha dela, tratando como aberração.
    - Mas ninguém está fazendo isso… - Bae se justificou.
    - Estão sim, com essas caras. Estão assistindo e estão com pena! Parem de assistir. A mídia idiota só está divulgando isso pra fazer uma imagem de coitada nela e mostrar para todo mundo com a vida dos outros “não é tão ruim”. Ninguém gosta de ser vítima. Isso devia ser uma coisa pessoal. Uma coisa que só ela sabe.
    - Você está muito irritado com uma coisa que não tem nada a ver com você…
    - Não tem? Você sabe se não tem? Você sabe alguma coisa sobre mim? - rebateu ele para o filipino. - Se soubesse ia olhar assim pra mim também? Eu sei o que vem agora. Vocês vão rodeá-la e fazer perguntas e olhar desse jeito estúpido para lembrá-la o tempo todo que ela foi jogada fora.
    Amihan não entendia mais por que Minki estava falando daquele jeito e trocou um olhar com Eu Se. Bae também parecia perdido naquela discussão de um lado só do loiro, que levantou da cama e resmungou.
    - Aish. Vocês não entendem mesmo.  

    ♪ Shin-Hee ♪  

    (off: O café ainda é no outro dia =x desculpe a confusããão.
    Sempre faço essas coisas)

    No carro, Myeon não contou o que a tinha aborrecido. Preferiu ignorar o fato, ligar uma música e voltar ao clima feliz de antes. Como estavam livres de fãs malucas, já estava satisfeita e sorridente de novo. Contanto que pudesse ter momentos a sós com ele, achava que podia aguentar isso, mas parte dela sabia que isso só pioraria com o tempo. Não queria pensar nisso.

    Quando pararam longe de casa, a menina comemorou segurando suas mãos e lhe dando vários beijinhos. Não tinha coragem de fazer isso em algum lugar movimentado, muito menos na porta de casa. Riu por ele ter lido seus pensamentos e contou isso a ele, fazendo manha para voltar ao carro, mas por fim o fizeram.

    Já na porta de casa, ela evitou encostar nele de qualquer forma, mas o olhava da mesma maneira de quando estavam parados na esquina. Segurava a bolsa com firmeza, para conter o ímpeto de pular nele, de repente.
    - Eu adorei. De verdade. Seus amigos vão estar lá? Quan Lei-shi também? - riu sem graça, não para provocá-lo, mas porque lembrava da história que o tinha feito se apaixonar por ela. - Eu vou, pode contar comigo.
    Despediram-se com uma reverência, por iniciativa dela, e encerraram o dia. As redes sociais da menina foram atualizadas com aquela bonita foto na ponte de jardim.

    No dia seguinte, a notícia da TV fazia até a Senhora Ming ficar perambulando na casa comentando a respeito. A mãe ainda dormia, após voltar tarde de um evento social com seu pai, o que era uma sorte tremenda dele.

    Eunji era provavelmente a maior notícia do dia. No grupo, Minsoo já estava falando sobre isso, querendo opinião e ajuda para a menina, já que era um dos amigos próximos dela. Disse que ela fazia comentários “estranhos” sobre aqueles maus tratos e que eles já tinham começado a pesquisar como ajudá-la, mas não sabiam o quanto aquilo era pesado.

    ”Acho que me sinto culpado agora.”

    Minsoo perguntou se um filho de senador não teria algum privilégio em uma situação como essa ou conhecia alguém que pudesse ajudá-los. É verdade que seu irmão era promotor, mas ele não era tranquilo como In Na, era distante dele e até um pouco arrogante publicamente, preocupado com sua própria família. Valeria a pena tentar se arriscar? Ele realmente não podia prever qual seria a reação do irmão.

    ”Desculpe pedir favor desse tipo.
    Sei que é errado, mas não sei mais o que fazer.”


    Myeon também lhe enviou mensagem preocupada com o caso. Disse que teria que trabalhar naquele dia, em nome da revista, e pediu que trocassem informações, caso tivessem novidades. Horas depois, Shin Hee recebeu dela os nomes das pessoas que estavam encarregadas do caso. Era o bastante caso pensasse em encurtar os caminhos.

    O problema é que isso tudo era um dilema para o rapaz: dever favores para a família e encurtar os caminhos com privilégios de seu nome.

    ♪ Eun-Ji ♪

    - Viu? Você foi muito forte esse tempo todo, e seu amor próprio a fez lutar por si mesma. Isso é importante, fico feliz que consiga reconhecer sozinha. Bem, não posso falar sobre alguém que não conheço, mas o que espera de seu “oppa” passa por muitas coisas: que vocês dois  tenham amor próprio, que tenham algo para acrescentar na vida do outro para se tornar pessoas melhores e se as fases que estão passando são compatíveis. Às vezes encontramos pessoas que pareciam ótimas, mas apareceram no momento errado de nossas vidas e assim por diante. Mas não me leve muito a sério. Eu não o conheço. Já sobre a sua mãe… Acredito que os problemas que ela enfrentava internamente eram maiores do que sua capacidade de amar no momento. Ela não procurou ajuda para ficar em paz consigo mesma, então sua infelicidade transbordou em tudo. Ela fez o que achou que devia e errou. Errou muito. Agora, terá que enfrentar as consequências de seus próprios atos.

    (...)

    “TWICE”, “BIGBANG”, “BTS”, “BoA”... vários nomes embolados de grupos foram ditos quando ela perguntou quais eram suas músicas favoritas. Alguns citaram músicas até infantis. Eram mesmo criaturinhas inocentes.

    (...)

    - Acredito que sua opinião pode ser levada em conta, mas como é menor de idade, não será decisiva. Nós entendemos o lado de sua professora, Eunji, mas ela manteve o segredo por muito tempo e, como educadora, deveria ter avisado as autoridades, pelo menos sobre a área que lhe influenciava mais: a educação que você demorou para receber. - fez uma pausa - Isso, querida, reze. É o que nós aqui podemos fazer nesse momento.

    (...)

    Mãozinhas agarraram mechas de seu cabelo, fascinados com o acobreado dos fios. A outra criança pareceu mudar de ideia sobre o gosto da comida, já que sua irmã mais velha tinha dito que era importante para ele. Eunji notava o quanto suas palavras tinham peso ali dentro. Era uma sensação nova não ser julgada e lidar com pessoas muito mais inocentes que ela. A mais impressionada era a menina que saiu pulando falando que seria treinada pela Eunji.

    À pedido de Eunji, a Tv ficou ligada tempo o suficiente para ouvir que o templo sugeria um estilo de vida rigoroso e radical que teria motivado as torturas e castigos físicos. Mas em seguida, foi desligada antes de mostrarem a igreja dela, pois a voluntária não queria que as crianças ficassem expostas aos termos violentos.

    No caminho para a diretoria, Cheong tentou se explicar.
    - Desculpe pelo desconforto. Vamos verificar se essa informação vazou para a imprensa por algum voluntário e, se isso for verdade, vamos dispensar sua participação. Sobre o programa... nunca tivemos uma situação como essa. É complicado permitir que saia dessa forma, mas como já está no ensino médio... É um assunto que vamos discutir ainda.

    Ao chegar na diretoria, Bora a aguardava com um olhar abatido. A professora a abraçou ao vê-la, fazendo carinho em seus cabelos e dando beijos no rosto. Ouviu o turbilhão de perguntas da menina, mas mal conseguia lembrar de todas na ordem. Apenas sorria por vê-la tão bem apesar de tudo.

    - Sente-se, querida. Vamos conversar com calma - sorriu de forma fraca. - Não foi possível ir até lá resgatar suas coisas, mas trouxe as roupas que estavam na minha casa - entregou a ela uma nova mochila, lilás. - Já entrei em contato com alguns advogados, mas todos me dizem que preciso ter paciência. Sei que o que eu fiz ao guardar o segredo e não comunicá-lo para as autoridades foi errado e o fato de ser divorciada também pode atrasar um pouco o processo. Mesmo assim... - essa segunda parte ela explicou também à diretora e a pedagoga. - Não vou perder as esperanças. Fico feliz de vê-la sorridente, isso deixa o meu coração mais leve.

    - Diretora, eu estava dizendo a ela agora há pouco que não tínhamos ainda pensado em uma solução para o programa...

    - Pessoalmente, não sou contra. Esse caso veio à tona para colocar a situação de milhares de crianças em pauta na televisão. Se ela continuar se apresentando, pode acabar ajudando muitas outras a fazerem denúncias e talvez a encontrarem um lar também. Mesmo assim, eu não tenho poder de fazer isso. Nós somos responsáveis por você neste momento. Não podemos deixá-la passeando por aí. É perigoso, de fato.

    - Yuki é uma amiga calorosa. Eu entrei em contato com ela tentando tranquilizá-la. Não entrei em detalhes para não deixá-la muito assustada, mas parece que meus esforços foram em vão...  Sobre os seus pequenos amigos, com certeza farei algo para retribuir a gentileza em breve. - sorriu. - De qualquer forma, peço de você um pouco mais de paciência, está bem? Vou sair agora e não vou descansar até encontrar alguém que me dê respostas positivas. A semana será extremamente decisiva.




    Olarrr
    Desculpem se corri ou não consegui dar muito material pra vocês trabalharem nesse post, mas, tirando a Eunji, vocês todos podem dizer se querem tentar interferir nesse caso de alguma maneira.
    Foi a forma que eu achei para envolver todo mundo nisso.  Espero que tenha ficado bacana.
    No próximo post devo avançar para o café e demais consequências. pirat
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    Mensagem por 2Miaus Ter Ago 08, 2017 11:35 am

    O clima começou a ficar tenso por causa da discussão. E de certa maneira a menina entendeu o recado de Min-ki e de fato, sentiu um pouco de pena do rapaz, que deveria ter sido criado num orfanato. Mas tentou contornar a situação.

    - amudo goawon nappeun il-e chungjeon bullyang gajog chilyoigi ttaemun-e, gaseo mal-eulhaji anhseubnida. geuligo jigeum-eun deo iss-eoyahanda.

    Ninguém está dizendo que ir para o orfanato é algo ruim, até porque a acusação é de maus tratos da propria família. Então ela deve estar melhor agora.


    Ela toma cuidado com a escolha das palavras, por que não queria magoa-lo.

    -  han dal jeon-e ulineun hamkke salgoissneun ulineun seoloui munjeleul algoissda. naneun yujin-i jung eotteon geosdo gong-gaehaji anh-assda saeng-gaghajiman, geugeos-eun uliga neu geugeos-e daehae geogjeonghaji anh-ado uimihaji anhneunda

    joesong neukkimgwa daleun jasin-ui munjee daehae algo, salam-eul dolbwa sip-eo ... naneun jinsim-eulo ujeong-eulo bol.

    Faz um mês que moramos juntos e não sabemos dos problemas de cada um. Acredito que a Eujin nunca tenha revelado nada também, mas isso não quer dizer que não podemos nos preocupar com ela.

    Querer cuidar de alguém, saber sobre seus problemas é diferente do que sentir pena...  eu vejo isso como uma amizade sincera.



    Eu Se abaixa a cabeça e suspira, estava desvirtuando do assunto.


    - nae mal-eun dasi peulogeulaem-e yujin-eun meosjin doel gyeong-u geunyeoga geobu neukkim gyeong-u-ida. ulineun neohuideul-eun eotteohge saeng-gaghasibnikka ... geunyeoleul wihae kkamjjag patileul mandeul su iss-eulkka?


    O que eu quero dizer é que se a Eujin voltar para o programa seria legal se ela se sentisse acolhida. Poderíamos fazer uma festa surpresa para ela...o que vcs acham?



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    Mensagem por shamps Ter Ago 08, 2017 3:11 pm

    As palavras da professora eram até reconfortantes e deixavam Eun-Ji animada, acreditando que sua força de vontade a ajudou a superar seus problemas e dores. Sobre sua mãe, a ruiva preferiu não comentar mais respeito, ainda sentia-se muito machucada por suas palavras duras e cruéis. Ainda ouvia ela dizendo qua não a amava e os motivos daquilo.

    ...

    Com as crianças, ela ficou um pouco perdida com tantas sugestões sobre as músicas, será que conhecia todas? Mas talvez conseguisse atender todos os pedidos delas.
    - Tudo bem, tudo bem... é bastante coisa! - sorriu para eles - posso cantar BEAST também? É o grupo que mais gosto...

    ...
    Ficou feliz com as crianças comendo um pouco melhor depois que ela as incentivou com calma. A comida era mesmo boa e feita com carinho.
    Elas gostaram de seu cabelo e aquilo surpreendeu a garota, deixando-a sem graça, mas sorriu com a garotinha que ficou animada com as aulas que receberia dela.

    - Eles são sempre animados assim? - perguntou para a mulher na mesa. Não sabia que ela era tão influente assim e já se considerava importante para as crianças - eu gosto delas... eu estava com medo delas no começo... mas agora... elas são amáveis...  

    Viu falarem de sua igreja e ficou pensando se seria sempre assim. Como louvar a Deus em um lugar daqueles?

    - Como irei à igreja agora? Preciso de um lugar para rezar... - ela lembrou das palavras de Dam sobre um lugar que a tratasse como um ser humano e da igreja que foi se confessar - senhora... é certo a gente ter vontade de mudar de igreja?  
    ...
    - Não se preocupe com isso, senhora. Não fiquei desconfortável, só não entendi como eles ficaram sabendo... oh, não... não desconte em ninguém, por favor...

    Ela ficou um pouco triste sobre a dúvida que a educadora demonstrou sobre a sua participação no programa.

    - Eu estou presa aqui para sempre então? - queria confirmar a sensação que tinha. Sair de um confinamento para outro, achando que lá seria melhor para ela, mas ela já estava acostumada à prisão - eu... entendo...  - disse cabisbaixa. Nunca mais teria a chance de cantar e ver sua voz atingir mais pessoas, como aquelas crianças.
    ...

    Estar ao lado de Bora sempre era reconfortante, ainda mais sabendo que seria difícil sair. Sentou-se como pedido por ela e a ouviu.

    - Não professora, não é sua culpa... se eu fosse mais esperta, eu saberia que isso era errado e eu mesma teria reclamado... me desculpe por deixa-la nessa situação  - sentia-se responsável pela tristeza de sua querida professora - eu amo a senhora, professora, me perdoe... - ela sorriu com as palavras de otimismo da orientadora - sim, muita fé e esperança. Vamos achar os advogados mágicos.

    Cheong e a diretora conversavam e a menina se animou novamente e sugeriu:
    - A senhora Bora sempre me levou para o programa... porque uma de vocês não pode me acompanhar também? Me levar lá e me trazer? Por favor... cantar é tudo para mim... não me tirem isso também... por favor... - tentou não chorar, mas as lágrimas estavam lá, presas entre sua pálpebras - e tem meus amigos... deixem pelo menos eu me despedir deles... naquele dia eu desmaiei e fui embora sem me despedir deles  - agora as lágrimas escorreram.

    Bora falava de Yuki e cortava o coração da menina saber que causava preocupação a ela.
    - Tadinha da Yuki... ela é minha melhor amiga... eu a conheci no programa... a primeira pessoa que falou comigo... não quero perder contato com ela... quero vê-la, lá no café... eu posso ir? É a comemoração... eles vão ver o programa juntos... já não pude ir na outra comemoração... vou perder essa também?... eles tem muito para comemorar...  

    - Fique mais um pouco senhora Bora, ainda é cedo... por favor - ela abraça sua orientadora - estou tendo muita paciência  - ela cruzou os braços, numa típica irritação infantil, já chateada com tantos altos e baixos em sua vida. Era a primeira vez que sentia essa sensação de frustração. Envergonhada, ela escondeu seu rosto no ombro da professora, achando tudo aquilo muito difícil.

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    Mensagem por Persephone Ter Ago 08, 2017 5:03 pm

    O som da TV ecoava pela sala, trazendo aquela matéria em plena manhã de domingo. Shin estava com o controle em uma mão, o celular na outra e a tigela com cereal entre as pernas. Diminuiu um pouco o volume da TV quando começaram a falar da igreja e deixou de lado, segurando o celular com as duas mãos enquanto começava a digitar.

    Minsoo já estava abordando aquela situação do grupo e Shin logo disse para que ele não se sentisse culpado por isso. Eles não tinham, até então, como passar pela autoridade dos pais dela e, ao mesmo tempo, não podiam fazer aquele tipo de acusação só pelo que achavam. Podiam ter feito uma denúncia anônima, mas era exigir demais de adolescentes que estavam constantemente sob pressão - fosse em casa ou no programa que participavam. Pelo menos foi o argumento que encontro para acalmar Minsoo. Ainda que, no fim das contas, todos sentissem aquele grau de responsabilidade pelo que aconteceu.

    Quando leu a pergunta, Shin entrou, imediatamente num dilema.

    A resposta mais óbvia era que "sim, podia". O problema é que existia uma relação conflituosa entre pai e filho e Shin nunca tinha pedido nada desse porte para o pai. Mesmo sendo por uma boa causa e não para abafar algum homicidio ou acidente, ele sabia qual seria a resposta do pai. Podia tentar mexer com o ego dele, falar sobre política, mas eles já tiveram várias situações ao longo do mês que o aproximaram do limite daquele relacionamento. Não podia contar com o pai. Além de não querer dever nenhum tipo de favor a ele.

    Porém, existia uma saída alternativa. Sabia muito bem quem seu irmão era e como ele desejava ascender. Era filho de político, podia ter apoio do partido, mas pelo pouco que convivia com o irmão, já tinha notado que ele não era dos mais carismáticos. Diferente do pai, que mesmo sendo um marido e pai duvidoso, sabia cativar o eleitorado. Mas o irmão era sério demais, regrado demais, faltava aquela lábia. Talvez se o convencesse a usar aquela situação para uma base de campanha futura, ele prestasse atenção ou ajudasse.

    A pergunta que ficava para Shin era: valeria a pena dever um favor ao irmão?

    Esperava que sim, porque já tinha se decidido.

    "Não tem problema. É por um boa causa.
    Verei o que posso fazer, mas se não der, talvez encontre outras alternativas..."


    Como mexer com a mídia. Quanto maior fosse a pressão, mais rápido aquilo sairia.

    O domingo foi de trabalho. Não fisico, mas mental. Respondia às mensagens do grupo e Myeon também. Explicou para ela a situação, até onde sabia e disse que se envolveria. Depois de seu trabalho, ele iria até a Promotoria falar com seu irmão, para ver o que poderiam fazer. Por isso, talvez se atrasasse um pouco para o café, mas eles podiam se encontrar no metrô ou em algum outro ponto que ela preferisse.

    Shin pesquisou como andavam as leis coreanas em relação a isso e o apelo da população. Chegou ao ponto de procurar até internacionalmente, outros modelos de combate à violência infantil pelo mundo. Sua mente já estava cansada de pensar e nem se deu conta do tempo que estava gastando ali. Resolveu dar um tempo na pesquisa e fazer o que era de melhor: influenciar.

    Ironico, não? Ele não gostava de favores, mas sempre influenciava as pessoas.

    A flor que ela tinha distribuido para todo mundo naquele dia, tinha sido guardada dentro de um caderno de partituras, que ele usava para treinar violão. Vinha guardando todas as lembranças do programa, inclusive aquela garrafa com o tonico, mesmo que estivesse se recusando a tomar de novo - achou horrível e preferia continuar com os surtos. Mas a garrafa ficaria ali por um tempo. Procurou dentre as partituras que tinha, alguma que estivesse em branco para que não pensassem além do que queria transmitir. Colocou a flor, já seca, bem ali no início da clave de sol e postou a seguinte mensagem.

    "De modo inesperado, a música uniu a todos nós.
    Começamos a descobrir o mundo...
    Sentimentos...
    Até mesmo uns aos outros.
    Não somos competidores em busca do estrelato,
    Pois já fazemos parte da mesma constelação.
    Não perca a fé em si mesma. Não perca a fé nos outros.
    Desde o dia que nos encontramos e até depois que esse maremoto passar, estaremos juntos.
    Te espero para que muitas outras músicas possamos cantar.
    Essa partitura espera pela parceria da sua voz.

    #WongEun-Ji #RH #Faith #Friendship"



    [Calma, Myeon, eu posso explicar~]

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    Mensagem por Gakky Ter Ago 08, 2017 10:14 pm

    Yuki sorri quando Nana fala que gostou dela, e ir também da piada de MinSoo. Ela escuta a garota responder as pergunta, realmente era complicado contar os irmãos do MinSoo. Nana perguntou onde Yuki trabalhava, porém isso a deixava constrangida, nem tinha falado para MinSoo direito sobre isso, e se eles sentissem nojo dela? De qualquer forma, Yuki respondeu:

    - Ah é mais uma vendinha dos meus pais, eu tenho que ajudar durante o dia, nós somos uma família bem simples... Agora que meu irmão tem outro emprego, as coisas ficaram pesadas para eles. Eu realmente ficaria se não fosse pelos meus pais, porque eu sei que eles precisam de mim, mas eu volto outro dia se o MinSoo me trouxer. Porque eu realmente não sei vir aqui sozinha e não quero incomodar também.

    Quando Minsoo a leva até o jarro de Tsuru, Yuki arregala os olhos surpresa e sorri:

    - Uall...

    Estava admirada pelo rapaz ter colocado sem presente simples em um lugar tão especial, esse estava sendo o melhor passeio que ela poderia ter, havia conhecido parte da família do MinSoo e agora isso!

    - O seu também está sendo muito útil.

    Depois de se despedirem, MinSoo tentava se desculpar, mas Yuki responde prontamente e muito animada, era difícil esconder seu sorriso:

    - Tudo bem! Foi ótimo, obrigada por me trazer aqui. Ela que foi muito gentil. Se eu soubesse não tinha ficado preocupada... Porque... Bom eu achei que... Que... E você não me disse na hora... Fiquei com medo de incomodar alguém... Se fosse sua namorada, eu ia ficar com vergonha... Porque, porque, porque... Na escola, as garotas eram bem ciumentas e fiquei com medo dela... E... E esses lugares mais ricos, é bom... Eu fico meio constrangida em lugares mais elegantes...Bom melhor eu parar de falar....

    Yuki viu que tinha falado demais então muda de assunto:

    - Ah adorei sua irmã, ela é tão bonita. Podia ter deixado ela ir ver você. Talvez ela possa ir no café do Shin! Só se você achar bom... Ela ia conhecer várias pessoas do programa, mas se achar ruim tudo bem, eu entendo. Você é o irmão dela e sabe o que é melhor. Eu só a conheci por poucos minutos, então não sei exatamente...

    Chegando em casa, Yuki estava de bom humor, mas recebeu a mensagem misteriosa da senhora Bora. Não entendeu a principio o que era sair de casa, mas logo imaginou que Eun-ji deveria estar com a senhora Bora, o importante era que agora ela estava em segurança. Yuki sentiu muita saudade de falar com a amiga.

    Trabalhando na vendinha dos pais, ela ouviu as fofocas da Eun-ji e ficou preocupada. Eun-ji tinha fugido? Estava em um orfanato? Yuki começou a suar frio, pegou seu celular e usando o restinho de créditos mandou sms a Senhora Bora:

    - Eun-ji no orfanato? Verdade? Como ela está? Quero vê-la!

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    Mensagem por Luxi Qua Ago 09, 2017 10:12 am

    ♪ Shin-Hee ♪

    Myeon tentou ajudá-lo como podia, concordou em esperá-lo direto no café, sem problemas, assim ele não precisaria se preocupar com tempo. Também estava buscando mais informações, tentando entrar em contato com fontes na delegacia e até no Conselho Tutelar. A garota também contribuiu para replicar seu discurso em seu blog e traçar um “perfil” da participação de Eunji até então, reunindo algumas fotos e uma lista de fatos que foram conhecidos por ela no programa. Tais atitudes fizeram com que o grupo de RH fosse apoiado pelos fã clubes de outros participantes, que demonstravam apoio naquele momento difícil. É claro que os raivosos da internet ainda existiam, para aproveitar para xingar a garota, desejando que ela fosse embora e outros criticavam aquele apoio todo só porque ela estava na televisão, já que ninguém lutava por outras crianças nessa situação, mas a maioria resolveu aderir à campanha virtual do “príncipe da internet”.

    Quando se deu conta, tinha passado o dia inteiro fazendo aquelas pesquisas. Todos os envolvidos estavam muito cansados, mas o verdadeiro objetivo no dia seguinte era conversar com o irmão.

    Primeiro, foi ao trabalho. Seu chefe estava de extremo bom humor e tinha mandado comprar os ingredientes do prato favorito de Shin Hee. Quando estava indo embora, houve a troca de turno e ele encontrou Taegyu, que o observou por um tempo até que ele quase saísse. Era um dia péssimo para conversar.

    - Desculpe. Yoon Shin Hee-shi - virou para ele - Sobre a história da garota do orfanato, ela é amiga da minha irmã. Eu deveria ter perguntado isso antes, mas sabe me dizer se Yuki está metida em problemas? Gostaria que me contasse se fosse o caso. Por favor, me procure se ela estiver passando por algum problema, está bem?

    Sabia muito bem em que covil estava se metendo, então precisou vestir-se nos moldes que dariam orgulho a seu pai. O procurador Yoon Hyun-Sik o recebeu em sua sala, após mais de uma hora deixando-o esperando, sem que ele soubesse se era de propósito ou não. Eventualmente uma secretária o levou até sua mesa, mas ainda assim, ele foi interrompido por um telefonema e teve que se ausentar mais uma vez, deixando-o observar os enfeites e a foto da família de HyunSik, consistindo da cunhada e sobrinhos. Após mais um tempo, o irmão retornou, com ar de apressado, mas o cumprimentou formalmente e sentou-se em seguida.

    - Que raro recebê-lo. Nosso pai choraria de orgulho - deixou um leve tom de sarcasmo no ar. - O que veio fazer aqui?

    ( Smile sua cena é aqui por enquanto. )

    ♪ Yuki ♪

    Nana não demonstrou nenhum sentimento negativo em relação à vendinha dos pais de Yuki, apenas pediu que ela voltasse um dia, mas também não se empolgou muito. Não sabia se a menina voltaria de verdade. Minsoo sorriu para a garota diante de sua reação aos tsurus e a levou de volta para casa. Não aguentou e acabou rindo da menina. Não exatamente dela, claro, mas ela era graciosa quando ficava sem jeito.

    - Eu não tinha pensado nisso. Acha mesmo que seria uma boa ideia levá-la? É verdade, ela conheceria várias pessoas que admira. Vou pensar nisso. Eu não quis que ela viesse para a apresentação porque achei um pouco perigoso e eu não poderia ajudá-la… mas parece que ela é mais independente do que eu pensava. Foi muito bom que se conheceram.

    No dia seguinte, a senhora Bora demorou para responder, mas preferiu ligar para ela.
    - Yuki, tudo bem? Eu visitei a Eunji agora há pouco. Está tudo bem, ela está alimentada e em segurança. Agora vou precisar passar por um processo para conseguir levá-la a minha casa, mas estou fazendo de tudo para que dê certo. Vai ficar tudo bem. Não se preocupe, está bem? Eu mando notícias. Cuide-se.

    O resto do dia passou sem notícias naquele sentido, mas os boatos se espalhavam por aí. Na hora do almoço, a mãe quis saber se ela tinha notícias da amiga e estava surpresa com a revelação dos maus tratos que ela passava. Taegyu a observava com atenção, pois lembrava das perguntas que ela tinha feito a ele. Parecia preocupado, mas ao mesmo tempo ficava se perguntando se havia mais segredos sérios como aquele que a irmã carregava. O pai da menina não se importou muito. Não que fosse insensível, mas não era do tipo que fofocava.

    Mais tarde, Chae lhe enviou uma mensagem que ela não poderia responder, perguntando se ela tinha visto as notícias e que Shin Hee tinha começado uma campanha na internet de apoio à menina.

    ”Ele é um príncipe, não acha? <3”

    Sem mais notícias da amiga, Yuki pôde ver o noticiário e uma rápida notinha passou sobre a igreja de costumes rigorosos e a família da garota, que estava sendo investigada. Uma matéria especial comentava sobre orfanatos e o tabu da adoção da Coreia, que ainda era muito ligada à questão do “clã”.

    No dia seguinte, a rotina da menina não mudou muito. Mesmo que a amiga estivesse em um orfanato. Bora não deu qualquer sinal de que a levaria até o local e essa informação não era divulgada. O café estava de pé e o programa seria exibido à noite. Ainda que fosse um momento de confraternização, não evitariam completamente o assunto “Eunji”, é verdade.

    Assim sendo, após um dia de trabalho até um pouco cansativo, a garota precisava se arrumar para o encontro. Dessa vez a Senhora Bora não a levaria, é claro, mas antes que pudesse sentir-se perdida, Minsoo apareceu para buscá-la, mas dessa vez estava de taxi, com a irmã no banco de trás com eles.

    - Fiquei sabendo que você quem teve a ideia de me trazer. Estou tão feliz - ela sorriu largamente e juntou as mãos. - Minsoo me contou o que aconteceu com a amiga de vocês. Sinto muito. Gostaria de poder ajudar.
    - Não se preocupe, nós já estamos tentando fazer algo a respeito. Eu acionei o Shin Hee para tentar falar com o pai dele. Não sei se vai dar certo…

    O carro partiu para o bairro nobre onde estava localizado o charmoso trabalho de Shin. Logo na entrada, ela notou que havia uma nova placa, dizendo que ali era o “café do participante do KPOP Shine”. Aparentemente alguém estava ganhando um bom dinheiro para fazer isso.

    Quando chegaram, Shin ainda não estava entre eles, mas Yuki reconheceu o funcionário que acabava de desembalar uma caixa de guardanapos: era Taegyu. Ao lado dele, mas de uniforme de garçonete, estava a moça que tinha comparecido a sua apresentação.

    ♪ Eu Se ♪

    - Tá, tá bom. - Minki cruzou os braços e aquietou no quarto. Aparentemente seu discurso tinha dado certo. Ele pegou o celular e começou a enviar mensagens, fugindo daquele assunto, mas isso não o impediu de comentar sendo um estraga-prazeres de sempre - Uma festa não vai mudar a situação dela.

    - Bem, talvez seja bom conversar com a garota que está sempre andando com ela, a Yuki. Ela pode te ajudar a fazer algo especial para ela, se você quiser.

    - Eu não tenho ideia do que fazer… - admitiu Bae timidamente.

    - Vocês não vão naquele café? Então pronto. Vocês conversam amanhã. - Minki continuava distraído com o celular.
    - Você não vai?
    - Acho que vou sair antes com a Rin.
    - Bom, de qualquer forma é um bom lugar para discutirmos se devemos fazer algo.

    Mais tarde, Eu Se também descobriu da campanha virtual criada por Shin Hee, que ganhava adeptos. Definitivamente, ele sabia bem como lidar com o público. No hotel, naquele dia, os outros competidores que “moravam” naquele hotel também só falavam nisso.
    Como seria quando seu segredo fosse divulgado? Ela já podia sentir um gostinho de como uma bomba daquelas teria repercussão.

    Go Mi Nam também entrou em contato com ela, querendo saber detalhes da história e se era uma amiga dela. No fim, era realmente uma notícia fácil de se espalhar.

    No dia seguinte, todos deveriam comparecer ao café. Minki foi o primeiro a sair, arrumado, para encontrar com Rin antes do café, dizendo que os encontraria mais tarde. Ele já tinha passado o dia anterior e esse um pouco avoado, provavelmente trocando mensagens com a loira e ignorando o resto do grupo.
    Assim, os rapazes acabaram indo por conta. Lá estava ela novamente, de volta a um bairro nobre, onde garotas como ela frequentavam. Percebeu o rostinho de Yuki e Minsoo lá dentro, junto de outra garota desconhecida, já acomodados.

    ♪ Eun-Ji ♪

    As crianças ficaram animadas com qualquer sugestão de grupo que ela desse. Eram muito novas para conhecer algumas mais antigas, mas aceitariam tudo vindo dela.

    (...)

    - Não há problema algum, se é isso que você chegou à conclusão que deseja. Precisa pensar quais dons você pode praticar em cada uma. E, de verdade, penso que um lugar que não aceita música não é ideal para você. Não se preocupe, eu tenho uma ideia. Conversaremos depois.

    A mulher não respondeu sobre a menina estar “presa” para sempre naquele local e não comentou mais sobre como a mídia tinha descoberto sua situação. Ela teria bastante tempo para aprender sobre a mídia e sua influência no futuro.

    (...)

    Eunji e Bora passaram por um momento de emoção dentro da sala da diretoria, trocando algumas lágrimas e afagos.

    - Não é como se fosse ficar sem vê-los para sempre. Não se preocupe. O momento certo de encontrá-los virá e seu comportamento vai colaborar para isso. Não podemos deixá-la sair enquanto for menor de idade. Você está sob nossa custódia e é inviável delegarmos essa função nas mãos de um programa. Não podemos fazer isso. Sobre a comemoração, é mesmo caso. Receio que terá de esperar mais uma vez. Caso fosse vista perambulando em comemorações e em programas, o advogado de sua família certamente usaria isso contra você e a senhora Bora. Seu foco agora deve ser recuperar-se emocionalmente.

    - No entanto, amanhã ainda posso levá-la à igreja. É a mesma que a minha, então eu ficarei com você durante todo o tempo, o que acha? - Cheong sorriu.

    - Tudo isso é temporário. Vai passar - a senhora Bora tentou acalmá-la. Assim, ela ficou um pouco mais na presença dela, até que a diretora a convidou para se retirar. - Ainda tenho muito a fazer lá fora, querida. Nos vemos em breve.

    As duas se despediram com abraços apertados e Eunji ficou com algum tempo livre, podendo levar suas roupinhas ao quarto, até que um psicólogo indicado pelo Conselho Tutelar chegou ao local para conversar com ela. Eles foram a uma sala privada e ele fez perguntas sobre como estava se sentindo, pedindo para descrever seus sentimentos e deixando-a desabafar completamente. Ele quis saber sobre o programa, sobre a senhora Bora, sobre amigos e, em geral, deixou que ela falasse o que quisesse. Passaram duas horas a li dentro tranquilamente. O senhor Ki a acompanharia todos os dias e ela podia chorar à vontade.

    Depois disso, as crianças quiseram conversar com ela e fizeram uma fileira para fazer um show para ela de forma desajeitada. Queriam que ela fosse jurada e desse os “sim” para eles.

    Todo o dia passou sem mais notícias.

    Na manhã seguinte, dia do café, a rotina seguiu normalmente, mas dessa vez a televisão ficou desligada no refeitório. A senhora Cheong a chamou novamente, mas quis levá-la à igreja, que era menor e aparentemente mais simples que a dela. O ambiente era acolhedor e ela também notou que havia muitos jovens, como ela. Um deles, que ficou a seu lado, cumprimentou a senhora pelo nome e sorriu para ela.
    - Senhora Cheong, trouxe alguém para a missa de hoje!
    - Sim, é uma das minhas, seu nome é Wong Eunji.
    - É um prazer. Eu sou Choi Si-Yang - sorriu para ela. - Por favor, sinta-se bem-vinda. A senhora Cheong é como uma mãe para mim. Está em boas mãos, pode ficar tranquila.


    4º passo - Conceitos - Página 2 8257bd5e58276e76e8edfa8635daad36--india-choi-min-ho
    (Presente da mestra abençoando Eunji com um anjo maravilhoso)

    Assistiram a uma missa longa, porém de palavras de paz, e a pedagoga ficou com ela até o fim. Ela foi apresentada ao padre, que a recebeu com carinho, e ficaram o tempo que ela quisesse ali dentro.
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    4º passo - Conceitos - Página 2 Empty Re: 4º passo - Conceitos

    Mensagem por 2Miaus Qua Ago 09, 2017 2:13 pm

    Eu Se olha um pouco chateada para o rapaz, pois ele parecia estar fazendo pouco caso da condição da ruiva. Mas então Amihan sugere que converse com a Yuki, o que ela acha uma boa ideia.

    Durante o dia cada um dos rapazes ficou ocupado com seus afazeres. A garota ficou deitada na cama com seu caderno de música, escrevia alguns esboços de partitura, já que gostava de compor. E escrevia um pouco dos seus sentimentos. Naquele momento era a melhor forma dela desabafar.

    Enquanto escrevia, ela abraçava seu bichinho de pelúcia. Mas tomaria o cuidado para ninguém ler, principalmente Min-ki que tinha a mania de ser curioso, mas ele estava entretido demais mandando mensagem no celular.

    Na hora do almoço, o assunto do momento era o caso da ruiva. Todos os participantes do hotel estavam comentando alguma coisa. O que deixou a menina apreensiva.

    Assim como apareceram paparazzis para a ruiva e na festa da mãe do Tae. Quem garante que não tinha alguém fotografando ali, naquele momento? E se descobrissem ela? E se seu nome real fosse revelado?

    Precisava respirar fundo e se acalmar. Não poderia ter uma crise de pânico ali. Mas comeu rapidamente e subiu para o quarto novamente e não saiu de lá até o dia seguinte.

    Ficou um pouco enciumada por Min-ki sair com a Rin, mas preferia não pensar nos dois juntos para não sofrer. Então ela se aprontou e foi junto com Bae e Amihan para o café. No caminho explicou o que sabia para Go Mi Nam e mandou uma mensagem saudosa para a mãe.

    Quando chegaram, Eu Se reconheceu o bairro chique, pois costumava vir com as amigas. Tinha uma loja de grife famosa bem perto do café. E vê o casal de manequins exibindo as roupas femininas e masculinas combinando, como um par de vasos. Ela deixa escapar um comentário.

    - Naneun chingudeulgwa hamkke yeogie waseohaneun de sayong

    Costumava vir aqui com minhas amigas


    Então ela percebe o erro e olha assustada para Bae. Dependendo da reação do menino ela tentaria contornar a situação. Ou se ele não achasse nada demais iriam para o café, mas ela tomaria um cuidado redobrado na presença dele.

    Quando entraram no café, Eu Se acena para Yuki e Minsoo e reconhece a menina que estava sentada ao seu lado. Ela já tinha visto a irmã dele num evento escolar, mas nunca tiveram próximas o bastante para se cumprimentarem. Ela se aproxima com os rapazes e faz uma reverência ao trio e volta sua atenção para Yuki.

    - annyeonghaseyo... naneun geunyeoga eotteohge, geunyeoui chingu TV leul algo iss-eossda?

    Oi tudo bem...Eu soube de sua amiga pela Tv, como ela está?



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    Mensagem por Persephone Qua Ago 09, 2017 3:04 pm

    Foi um domingo bastante cansativo, ainda que não tivesse feito nenhum exercício. O problema era que o assunto em questão era muito tenso e ele ainda acabou criando uma campanha pela internet. Ficou satisfeito ao ver que muitos fãs clubes começavam a se mobilizar. Ficou um pouco apreensivo por conta da repercussão que aquilo teria na vida íntima de EunJi, mas pelo menos eles estavam tentando mostrar um lado positivo. E, infelizmente, eles tinham assumido riscos quando se inscreveram naquele programa.

    Mídia era apenas consequência disso.

    O lado bom foi ver o apoio que recebeu de Myeon. Ela foi incansável em suas pesquisas e ajudas. Em dado momento, conseguiu trocar mensagens de carinho e ternura em meio àquela relevante questão social.

    No dia seguinte, Shin voltou à sua rotina. Pelo menos parcialmente. Além da roupa simples que usava para o trabalho, ele também estava carregando um terno protegido por um plastico. Deixaria a peça num local limpo, onde se trocavam e logo vestiu a roupa de garçom. Trabalhou com o mesmo vigor de sempre, mas toda hora olhava para o relógio, um pouco ansioso e apreensivo com o que estava por vir. O café estava cada dia mais cheio, mas ele mantinha o ritmo.

    Depois de um certo momento, o tempo simplesmente voou e logo Shin foi se preparar. Quando saiu da ala dos funcionários, parecia outra pessoa. Estava impecavelmente vestido com um terno preto completo - colete, inclusive - por baixo de uma camisa branca. Os sapatos também eram sociais e brilhavam de tão engraxados. O cabelo estava penteado para trás e ele limpava os óculos escuros enquanto esperava por um carro que tinha pedido. Taegyu tomou coragem de se aproximar dele e o chamou.

    - Sim? - Shin ergueu a cabeça para encará-lo. Tombou um pouco a cabeça quando ouviu que a menina era amiga da irmã dele. Será que era alguém do colégio? Seria uma super coincidencia. - E quem é sua ir...Yuki-chan?! - Ficou ainda mais surpreso.

    Taegyu tinha acabado de falar quem era sua irmã e agora perguntava se ela estava metida em problemas. Shin precisou parar um pouco para pensar.

    - Ahm...Certo. Mas eu não acho que ela esteja metida em problemas, Taegyu-shi. Pelo menos não que eu tenha visto, nenhum recente. - Terminou de limpar os óculos. - Mas aviso sim, ficarei de olho nela.

    Poderia dizer que ela ia no café hoje, mas visto que Taegyu omitiu isso dele por semanas, também omitiria esse encontro por algumas horas. Até porque, estava começando a se atrasar.

    - Mais tarde eu volto...Bom trabalho pra você, Taegyu-shi. - Acenou e entrou no carro que tinha pedido.

    Foi o percurso mais longo que fez em sua vida, mesmo que o trânsito tivesse fluído super bem. Shin estava com as mãos geladas, nervoso por aquele encontro. Já tinha pensado mil vezes no que poderia fazer, como iria fazer. Ainda estava pensando no discurso quando chegou, mas o irmão pareceu colaborar, de certa forma. Shin sentou-se e ficou mexendo no celular. Via o tempo passar e aquele era apenas o primeiro recado do irmão. Deixou que ele esperasse por mais de uma hora.

    Tudo bem, ele era ocupado, não é? E Shin nem tinha avisado que iria...

    Podia tolerar isso..

    Pelo menos achava que sim.

    A secretaria surgiu, pedindo para que Shin a acompanhasse. Ele seguiu até a sala do irmão, sorrindo para ele e o cumprimentando antes de se sentar. Mal ele se sentou, ele foi interrompido mais uma vez e o irmão se ausentou. Shin ficou observando o porta-retratos da família dele. Nem lembrava qual tinha sido a ultima vez que vira os sobrinhos.

    Parecia...outra família.

    O irmão voltou depois de um tempo, eles se cumprimentaram de novo, dessa vez de verdade e Shin já tinha outra postura: o insolente. Porque ficou tanto tempo esperando que já sabia que receberia um "não". Que pelo menos eles se divertissem, então.

    - Sim, realmente raro você me receber, hyung. - Disse num tom igualmente sarcastico. Porque o irmão nunca teve tempo. - Eu poderia dizer que estava com saudades e vim vê-lo, mas nós dois sabemos que seria uma mentira. E como somos pessoas ocupadas, acho que posso ir direto ao ponto.

    Sorriu, mostrando aquela covinha irritante e mexeu no bolso, pegando o pendrive. Mostrou o pendrive e colocou sobre a mesa do irmão.

    - Isso é um favor que eu gostaria de pedir para você. Você pode pensar nele como um favor para o seu irmão mais novo ou talvez uma escada para que suba com popularidade na sua carreira política. - Ainda segurava o pendrive. - Acredito que você já esteja à par do caso da menina Wong, não é? Todos estão falando disso. Acontece que ela é minha amiga pessoal e eu gostaria que essa história não a prejudicasse mais do que já fez. Aqui nesse pendrive tem tudo o que consegui coletar sobre ela, relações e quem está com o caso, é uma boa base para pedir que...você assuma o caso.

    Deixou o pendrive e recuou a mão, respirando fundo.

    - Você como promotor da justiça poderia pedir por esse caso e acelerar os ritos para que ela encontre um lar definitivo e volte para a competição. Eun-Ji é bem popular e digamos que os futuros eleitores da Coreia não esqueceriam o que você fez por ela. Pode ser que use como plataforma também, com apelo popular e essas coisas que você e o senador adoram. - Deu de ombros. - ou pode ser só um favor pra mim. Eu ficaria devendo um favor pra você e você sabe como "adoro" dever favores.

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    Mensagem por shamps Qua Ago 09, 2017 3:51 pm

    As notícia trazidas por Bora não foram nada animadoras para a garota e as palavras da diretora foram como uma bomba na cabeça da menina. Não estava presa ali, mas não poderia mais participar do programa e nem comemorar com seus amigos, e ainda queriam que ela aceitasse a ideia de, quem sabe, um dia vê-los. Pela primeira vez em sua vida Eun-Ji sentiu raiva e permitiu que ela extravasasse. Nunca tinha tido aquela sensação, nem nos momentos explosivos em que agrediu seus colegas de escola.

    - Eu odeio vocês - disparou após se levantar, alterada - odeio esse lugar... odeio meu avô e minha mãe... eles deviam ter me matado quando tiveram a oportunidade... - eram palavras que ela se arrependeria imensamente de ter dito, mas era algo que sentia no momento, algo condizente com a situação. Por hora só soltou as palavras sem pensar em nada, descontando sua frustração nas presentes na sala - a senhora me disse que eu não ficaria aqui para sempre... por que vocês mentem? Por que as pessoas mentem? Por que mentem para mim? - obviamente lembrou de várias outras situações como Dam e Quan Lei - vou ter que ficar aqui até os 21 anos... e dizem que não estou presa... malditos sejam! - ela saiu em disparada da sala, sem nem ao menos se despedir de Bora, estava com raiva naquele momento.

    Suas coisas ela largou de qualquer jeito no espaço reservado para ela e de lá seguiu para um lugar onde pudesse chorar sem ser incomodada.

    Ficou lá até a hora que o tal psicólogo chegou e um funcionário foi atrás dela para acompanha-la. Com ele, ela comentou tudo que estava sentido, até seu surto recente de raiva, algo que nunca tinha sentido e que tinha ficado  mal com aquilo. Falou também como estava triste e se sentindo sozinha, ainda mais que estava privada da companhia de seus amigos e do que gostava de fazer, que era cantar. Disse que estava sentindo-se muito frustrada. Relatou como foi sua infância, os trabalhos forçados, como era só ouvir os barulhos das crianças que brincavam na rua e sobre os maus tratos, da dor que sentiu ao saber que era rejeitada pela mãe. Falou tudo sobre Bora e como se sentia em relação a ela, que as duas se davam muito bem e reforçou sua vontade de morar com ela. Falou do programa e de seus amigos, incluindo sua história com Dam. Falou também como era seu dia a dia escolar e seu problema com o bullying e perguntou se ela iria continuar indo para a escola. Mencionou sua relação com a fé e sua igreja. Foram duas horas que ela pode falar tudo, em detalhes, expor seus sentimentos. Perguntou a ele se ela era uma garota burra por ter passado por tudo aquilo e porque ela teve que passar por tudo aquilo. Sim, ela chorou muito ao relembrar de tudo.

    Depois de falar com o psicólogo, ela voltou para o quarto para arrumar suas roupas e ficou triste ao lembrar de sua atitude, nem mesmo agradeceu a gentileza de sua professora e nem seu esforço. Agora só poderia conversar com ela outro dia.

    As crianças a chamaram para brincar e ver seus rostinhos felizes foi o que bastou para ela se animar. Era nessas horas que ela esquecia seus problemas e podia ser apenas aquilo que ela era, uma criança. Internamente agradeceu por ser apenas a jurada, já que não queria se movimentar muito devido a recuperação de seus ferimentos. Foi uma jurada atenciosa como Bonnie e deu sim para todos, aproveitando para dar suas dicas.

    Depois até contou uma história para eles, pensou em algo leve e emocionante, como a Ilha do Tesouro, que tinha muita aventura. Assim passou o dia, só com os pequenos e evitando o contato com os adultos.
    Em seu colchão, rezou bastante antes de dormir, tinha muito que pedir perdão e entendia as punições que Deus lhe enviasse e também pedia por luz em sua vida e na de seus amigos, que mesmo distantes dela, ainda estavam em seus pensamentos.

    Segunda-feira pela manhã não notou que a TV estava desligada, já que aquilo não fazia parte de sua rotina, só a notava quando estava ligada. Tinha aceitado o convite de Cheong para ir a igreja, ela precisava muito daquilo para se sentir segura, já que para ela só restava Deus, todo o resto tinha morrido.

    Notou que a igreja era parecida com a que tinha visitado com Dam - que droga era lembrar dele, quase tudo de bom que tinha vivido tinha sido com ele - só que mais simples, também mais simples que sua própria igreja. Seguiu a professora para onde ela fosse e mantinha a cabeça abaixada. Olhou com curiosidade os muitos jovens que tinha ali, jovens como ela e todos animados, diferente de como ela se sentia. Viu que Cheong era conhecida e querida e isso ia tranquilizando-a aos poucos. Um rapaz veio cumprimenta-las e Eun-Ji foi educada com ele.

    - Choi Si-Yang shi... muito prazer - ele foi muito gentil e falou bem de Cheong - sim, ela é muito zelosa - ela suspirou quando o garoto a comparou com uma mãe, porque ela se lembrou de Bora, que ela mesma já tinha feito comparação semelhante - agradeço pela acolhida, senhor Si-Yang.

    Eun-Ji achou interessante a maneira como a missa era conduzida, bem diferente do culto de seu templo, os rituais também, mas a mensagem de Deus era mesma, por isso sentiu-se confortável lá. Quando Cheong a apresentou ao padre, a ruiva foi educada e passou um bom tempo conversando com ele, onde o questionou sobre tudo que achou diferente e curioso naquela igreja. Aproveitou e falou de seus problemas, não aqueles complicados, apenas mencionou a sua solidão, tristeza e raiva que tinha sentido. Questionou também se ela seria acolhida naquela igreja, já que ela sentia a necessidade de um lugar de fé.

    Na volta para o abrigo desculpou-se com Cheong por seu comportamento impróprio no dia anterior e que já tinha se conformado em viver no abrigo para sempre.

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    4º passo - Conceitos - Página 2 Empty Re: 4º passo - Conceitos

    Mensagem por Gakky Qui Ago 10, 2017 10:54 am

    Yuki sorriu para Minsoo quando falavam da ideia de levar Nana, e disse:

    - Eu acho que pode ser bom, sua irmã com certeza deve ser mais independente do que pensa, mas eu entendo. Você é o irmão dela. E nosso amigos são legais, se não forem, vão ter que se ver comigo.

    Yuki faz uma careta fofa de brava, não parecia ameaçadora, mas ela teria coragem sim de enfrentar os amigos de fizessem mal a Nana. No dia seguinte, quando ficou desesperada com a notícia de Eun-ji, a Senhora Bora respondeu com uma ligação.

    - Que? - Respondeu ao telefonema nervosa - Eun-ji tadinha, como posso ver ela? Tá vou tentar nao me preocupar... Por favor, não deixa ela sair do programa. Até...

    Ela notou que a ligação deveria ser rápida, mas estava nervosa com essa situação. Ficou imaginando Eun-ji sozinha no orfanato. "Então é isso que aconteceria se eu denuncia-se a família dela?" - Pensou Yuki. No resto do dia, ela ficou distraída e meio desanimada com tudo isso. Os pais também tinham ouvido da amiga e Taegyu lhe observava. Quando mais tarde tarde lhe enviou uma mensagem, Yuki ficou surpresa. "Campanha? Isso parece bom"

    - Campanha? Não vi, estou sem internet. Falarei com ele na segunda. Você vem ao café? Ah não devo responder mais, estou economizando créditos. Beijos! - responde a Chae.

    No notíciario, Yuki viu tudo sem quase piscar, queria saber o máximo possível de tudo. Yuki lembrou que se sentia rejeitada pelas pessoas, na escola, na rua, nas lojas, os ricos sempre eram notadas e ela despreza. Mas agora, lembrava que seus pais nunca a rejeitaram, e se perguntam como seria se fosse orfã ou se fosse maltratada. Com certeza seria muito pior. Yuki teve um dia cansativo depois, mas se arrumou ansiosa para o encontro, ficou surpresa quando viu Nana com MinSoo de taxi. Ela entrou sorridente e disse:

    - Tomara que goste do café Nana, é sobre a Eun-ji, estou preocupada...

    Mas então Minsoo falou para não se preocuparem muito, pois ele tinha falado com o Shin.

    - Shin? Isso é bom, eu queria mesmo falar com ele sobre isso... Obrigada por fazer MinSoo.

    Chegando ao café, Yuki notou a placa, as pessoas sabiam mesmo como usar a mídia para fazer propaganda e se perguntou se daria certo na vendinha da sua família. Embora vender peixe, não tivesse uma imagem muito boa. É definitivamente não seria bom. Depois que entrara, Yuki procurou Shin com o olhar, mas não viu, ao contrário, viu seu irmão e aquela garota! Yuki surpresa acenou para o irmão e disse para MinSoo e Nana ainda com os olhos surpresos:

    - É meu irmão! Então ele trabalha aqui... Eu nem sabia. Ash, tomara que isso não seja um problema. Vou falar com ele rapidinho...

    Yuki foi até o irmão e o chamou:

    - Oppa! Que coincidência, vim com meus amigos no mesmo café que você trabalha! - Lançou um olhar de lado para a garçonete e voltou ao irmão - Vou lá me sentar com eles, tudo bem?

    Ela não estava com vergonha do irmão, porém tinha medo dele se juntar aos seus amigos e começar a fazer perguntas igual da outra vez na sua casa. Isso sim seria bem constrangedor. Ainda mais, se fosse espiada por ele. Depois ela volta para a mesa com MinSoo e Nana, e ela vê o garoto magrinho chegando com os amigos, não os conhecia bem, mas ele logo perguntou sobre Eun-ji, Yuki respondeu:

    - Oi, eu não sei bem..., Ela não pode se comunicar, mas me disseram que ela está bem. Ahn... vocês fizeram uma boa apresentação.

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