Akachi estava prostrada cheia de feijão pelo corpo e cabelo e uvas espalhadas. Ela se sentou, lágrimas saíam de seus olhos, e ela gritou uma maldição africana antiga utilizada pela realeza ou burguesa de se muitas famílias desde a antiguidade: -"Filha da Puta! Vou contar tudo para o meu pai!"
Em uma performance semelhante ao de Scarlet Ohara em “O vento levou”, Akachi, segurando em uma de suas mãos uma linguiça, vociferou as antigas palavras aos céus...
Mal sabia ela, em seu estado altamente brisado, que coincidências cósmicas estavam em jogo.
Estando em uma dimensão altamente religiosa, mesmo tendo apenas 3 seguidores, acabou tendo poderes de uma deusa menor, também em estatura e outros atributos. Sendo agora nesta dimensão a Deusa da Feijoada, e futuramente estampada em tampas de metal de feijoadas em lata, tinha poderes divinos limitados, que permitiram chamar seu pai.
Coincidentemente, havia uma Akachi divindade em Terra Africanis, nativa desta dimensão. O chamado da Akachi de outra dimensão confundiu seu pai divino, que olhou dos céus para os olhos lacrimejantes de sua “filha” e resolveu castigar Juliana.
A mandinga das brabas se materializou em um cinto de castidade na esposa de Sebastião, que ao proferir as palavras de que ninguém seria comida naquele dia, acabou sendo algo como profético.
Sentindo algo muito gelado em suas partes baixas, Juliana levanta a saia, e todos puderam ver que ela estava usando a calcinha da mulher de ferro (Iron Woman’s panties).
Isto faz com que Heimart logo tome uma decisão!
-Busquemos Sebastião, procurem velas ou candeeiros que iremos partir durante a noite na floresta brasileira. Estamos acompanhado de todas as raças e os tipos humanos, nada mal nos faltará
Porém a chegada de outro homem chama a atenção de todos.
- Olá a todos. Eu sou Demétrio de Abreu, para quem não me conhece, e cheguei a esta estadia ainda ontem, quando soube o acontecido com o meu contemporâneo. Tive o privilégio de conhecer alguns de vocês - e aqui, ele faz um aceno para Aimberê e para Heimdart, se ele ainda estivesse por ali -, e tenho certeza de que estão aqui para ajudar.
Juliana, que já se mostrava irritada com a presença do cinto de castidade, desabafa. “Ah não, mais um? Olha, só para lembrar que ta todo mundo aqui me fazendo favor, não vou pagar ninguém! Caraca, são vocês e a tribo do Corinthians? Quando for invadir Portugal eu aviso vocês, hein? Pelamor!”, diz, retornando para casa.
Anahi, que também estava doidinha, come um pouco da feijoada caída no chão e começa a ter visões. Ela fala em transe, em tupi, -"Perto do mar! Rio acima! Homem branco atormentado achará! Antes ajudar guaraxaim! Direção sol nascer! Preso!"
Apesar de falar em tupi, todo mundo entendeu. Ashanti acena com a cabeça. “Sim, rio acima... Iremos pelo rio Amazonas, a sudoeste de Santos... La encontraremos Pumba, Timao e Simba, no ciclo da vida que renasce em nova versão”.
Emma Rousseau surge, portando um bacamarte de dois canos, um chicote preso ao seu cinto e um chapéu de arqueóloga. “O Amazonas... Terra de relíquias antigas... creio que la poderei encontrar o crânio de cristal... Esta comigo nessa, Aimbere?”
O índio beija seu próprio ombro musculoso, portando uma gatling giratória de flechas, o aparato selvagem-tecnologico mais da hora da ciência Tupi de ponta. “Demorou, ruiva, vamos nessa!”
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Off: Algumas pequenas modificações no quote...
Após a viagem pelo Rio Amazonas que dura alguns dias, o grupo desce do barco e segue pela trilha de terra batida em direção ao destino incerto. A trilha era larga, podia passar uma carroça de bois facilmente. Conforme avançavam pela trilha não encontram ninguém, talvez seja o fato de ser domingo e nenhum cristão trabalhar de domingo. Andaram mais ou menos uma hora quando ouviram vindo da mata alguns ganidos distantes. Anahi arregala os olhos: era o som de guaraxains. A indía, animada, segue para a mata e é seguida pelos demais.
O grupo chega por detrás de duas árvores entre a mata meio alta e, fora de vista, notam três guaraxains filhotes alvoroçados em uma pequena clareira ganindo e rosnando para algo, parecia que havia algo sobre eles. Vocês afastam um pouco da folhagem da frente e vêem um guaraxaim um pouco maior preso em uma rede de caça. Uma armadilha de homem branco. Então os guaraxains filhotes notam vocês e começam a rosnar em resposta, como se estivessem protegendo o guaraxaim preso. Parece que a índia não estava alucinada no final das contas.

Aimbere começa a girar sua gatling. “Os três pequenos animais já estão na mira... Aguardando comando!”, diz o indio, com os músculos flexionados e fazendo cara de mau.