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    Casa dos Algozes

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    Mensagem por Ankou Ter Abr 19, 2022 8:24 pm


    - Um salário gigante, férias no Caribe, um iate? Magina, quem ia querer isso? - puro sarcasmo que se finda em um sorriso afiado que a graça vai escorrendo pelos cantos da boca, um menear negativo com a cabeça e um gole no scotch, café da manhã dos campeões só que não.

    - Eu nunca entendi o lance de você adotar um garoto humano. - ele diz girando o copo devagar sobre o balcão - Mas eu posso sentir sua culpa, seu remorso, a gente tem que olhar pra frente e ser esperto. Agora, você sabe que amanhã a gente pode ter um trabalho ingrato pra fazer. - ele sabia que era melhor a criança ficar longe, era perigoso demais, e esperava que Chloe soubesse também, o olhar triste e baixo.

    Ele não se pronuncia mais sobre Tokyo, ele achava aquilo loucura, beirava o impossível em Dover, mas não impediria de ninguém tentar articular aquilo.



    O rosto vermelho, ele mordisca os dedos dela - "Muifa sovevivência e muita sassa e sempos ruins" - os dedos na fazem a voz dele ficarem engraçada, mas ainda tinha o rosto quadrado e bonito o queixo digno de um súper herói, quando os dedos dela saem da boca dele o fazem com um barulho quase indecente e ele nem parece ligar quando ela passa o dedo meio babado no rosto dele, ele a arrasta do balcão e a coloca de pé de volta no lugar com cuidado.

    Ele ri acompanhando Chloe, a felicidade dela contagiante, ele estica o braço e a água tá em cima do balcão antes dela verbalizar, ele ajeita as calças, não parece ter o menor pudor com as coisas dele.

    Ele ouve a gracinha de Axel e o sorriso contido aparece no rosto - Na sua situação eu tenho medo de entrar no banheiro do seu quarto e ficar colado, não sei como não tá com as calças meladas. - ele retruca em tom de piada, não acreditando nem de perto que um dia ele fosse fazer parte de um menáge ou uma suruba.

    Ele parece relaxado agora de volta no balcão rodando o copo de Scotch lentamente de novo. - Pode cuidar do livro, sem problemas. - ele diz parecendo confiar nas mãos de Axel pra aquilo.

    - Então você e James hã? - ele diz olhando pra Chloe, aquele tipo de pergunta que quase se tem certeza de um sim. - Eu não devia ter feito essa bosta, sentir o coração da alcatéia é mágico, num momento eu só queria tirar você de toda aquela angústia, no seguinte eu tava contaminado pela pepeka em chamas da Samantha, eu nem devia ter feito isso, a milf no entanto... - ele dá um risadinha, como se ela existisse em algum lugar.

    Ele se levanta e vira o resto do copo, a garrafa quase no fim, faltando uns quatro dedos - Deixa o Judas matar - ele fala pra Axel - O papo tá bom, mas eu tenho que pagar uma visita pro tio e tomar uma breja preta. - ele se move até o kit de primeiros socorros e faz uma tipoia improvisada com gaze, vai até a porta de saída e olha pra trás assim que abre dizendo pouco antes de sair. - Pornô anos 70 é uma merda, buceta cabeluda não é pra mim, a dela é lisinha. - ele dá uma piscadela pra ruiva e um sorriso, como se a zoeira não tivesse limites e sai no momento seguinte.

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    Mensagem por Wordspinner Qua Abr 20, 2022 3:25 am

    As fitas eram magneticas, daquelas que só guardam audio das conversas. Porém não foi difícil conseguir um tocador antigo com o músico da casa. Cada uma delas tinha um registro de identificação amarelado escrito a caneta. Nomes de pessoas. Pessoas que contavam suas histórias e relembravam canções e folclore. Velhos, todas as vozes eram velhas. Não parecia nada especial. Nada mesmo.

    Exceto... que a atenção dos urathas encontrava sinais de algo mais profundo. Pedaços da história de Dover entrelaçados com acontecimentos do outro lado. Nada que fosse imediatamente útil. As fitas somavam quase duzentas horas de história se realmente estivessem cheias.

    Já o livro era claramente um registro uratha. Rituais rabiscados que podem nem existir, pensamentos de todo o tipo, memórias e colagens. Tudo escrito na primeira língua. Formulas e instruções. Tudo feito para ser lido por uma só pessoa. Caótico e esburacado, com espaços preenchidos pelas memórias de quem escreveu aquelas palavras.
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    Mensagem por Wordspinner Sex Mar 24, 2023 8:35 pm

    Antes

    Connor sente a confusão normal de acordar subitamente. A pressão forte no braço é um aperto de ferro.

    'Ela não vai voltar." A voz não vinha de lugar nenhum, só existia dentro da cabeça dele.

    A luz entrava pela janela aberta, janela que ele tinha aberto sem perceber. O dia parecia bonito, raro para Dover e mais raro ainda para o outono.

    "Um belo dia para traição." Ele sentia o sol acariciar a pele junto do ar frio. "Você vai entender, orgulho é tudo o que fodeu a gente. Acabou de dizer você." O aperto era forte como a morte, mas o tom era casual e bem humorado. Alguém rindo de uma piada que só os dois entendiam.

    "Nestor confiou demais em você." A rua lá embaixo seguia seu caminho normal como se nada de errado fosse possível. Dali ele via os altos prédios espelhados do Corona. A pressão some deixando marcas vermelhas na pele e um gosto ruim de sangue velho na boca.

    Ele não conseguia mais sentir Chloe, ela estava longe demais.

    Difícil dizer o quanto ele esperou antes de desistir.

    --

    O lua cheia chega na casa sentindo e encontrando um vazio desconfortável. Ele sabia que Sam não estava lá, segura, mas distante. Além disso Chloe também não estava, provavelmente nunca mais. Ver os parentes reunidos conversando foi inesperado. A televisão passando um jogo de rúgbi local, mas ninguém via a tela. Estavam com Axel e Joe falando sobre caçada. Ele sentia que Skye estava perto fazendo alguma coisa que Nestor achava que podia ajudar na caçada. Alguma coisa que pudesse afiá-la e ocupá-la também.

    Eram exatamente aqueles que ele tinha que ver. Aqueles com quem compartilhar o vazio.
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    Mensagem por Ankou Sáb Mar 25, 2023 2:22 am


    - Você não sabe ainda, nem eu. - esperava saber, queria saber. - Eu tô acostumado a apostar alto e não gosto de perder. - Não é orgulho nenhum, é só raiva, nada velha como do espírito que me atormentava, mas eu não podia tirar conclusões precipitadas, eu ainda tinha fé, ou teria que tomar decisões que eu não gostaria de tomar.



    Minha entrada na casa dessa vez não é nada de anormal, eu não usava nenhuma entrada secundária, só eu passando pelo portão. Achar todos eles ali era bastante incomum, eu esperava os uratha, mas não os Sangue do Lobo.

    Eu não chamo atenção, ou pelo menos não pretendo, não de início, até desligar a televisão sem o menor aviso. - Me escutem, se a Chloe ligar, pedir ajuda, socorro ou qualquer coisa assim ninguém se move até eu averiguar isso, ela pode ter mudado de lado e eu não posso dar mais detalhes que isso. - Eu sei que aquilo podia soar como uma pedrada pra todo mundo, mas era pior ainda pra mim porque podia terminar comigo arrancando a cabeça dela, a mesma história se repetindo de novo e outra vez. - Eu torço pra que não. - eu não podia ver meu rosto mas devia ter a expressão de um funeral.

    Eu me levanto no momento seguinte dá pra ver minhas mandíbulas trincarem as têmporas subirem, o corpo todo relaxa logo em seguida, eu dou três passos em direção de Axel - Eu te desafiei por muitas razões Lobo Partido, inércia, decisões ruins quando você tinha números maiores do que antes e ainda assim permitiu que a alcateia se enfraquecesse, perdesse território, um loci, os acordos, desafiei porque eu tenho certeza que posso fazer um trabalho melhor, mas também desafiei por orgulho, porque depois de tudo o que eu sacrifiquei, e todas as decisões indigestas que eu tive que tomar, incluindo a de ir embora de Dover eu achava que o mínimo que eu merecia era reconhecimento e meu lugar de volta, mas isso é orgulho, isso é feio e foi a derrocada de todos que vieram antes de mim e será a de muitos que ainda virão. E o orgulho cega, mas essa lição você aprendeu primeiro do que eu, marcada na carne. - Eu dou três passos pras trás de volta, tiro um maço de cigarros do bolso, acendo um deles e dou uma longa tragada, ou olho pro entorno instintivamente pra ter certeza que nenhuma criança estava ali, eu nunca fumava na frente delas, ainda que reclamassem do cheiro vez ou outra.

    - A gente pode seguir com a disputa até o fim, não por orgulho, mas pela honra, pela tradição, eu te respeito cara, você aceitou um desafio que você sabe que não pode vencer e eu to te dando todo o direito de voltar atrás e recusar, sem retaliação, discussão como se nunca tivesse acontecido. - eram palavras do coração e uma oferta de paz porque alguém tinha que dobrar, pela primeira vez eu não estava tentando dobrar o outro lado na força.

    Eu não olho de volta, na verdade não olho pra ninguém, meus cotovelos apoiados sobre os joelhos e eu continuo fumando meu cigarro, as cinzas sendo batidas na palma da mão.

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    Mensagem por Bravos Sáb Abr 01, 2023 11:13 am




    Axel Brown

    Seu coração bateu um passo errado com a entrada de Connor. Será que estava com medo? De Connor? Era claro que os dois saindo na porrada, ele não teria como vencer. Estava com medo de perder a liderança? Nunca tinha a querido, por primeiro. Mas a verdade é que se se acostuma com posições e cargos. Com o fato de falar e ser ouvido. Algo por dentro adorava aquilo e queria mais. Mas esse não era Axel.

    Seu pensamento foi destroçado pelo que o rahu dissera. Chloe os havia traído? Sua mente revisita a história dela dentro da alcatéia e algo se move com raiva e vingança para retomar aquilo que ela agora os arrancava. Então era isso que significava traição? Parecia doer mais do que quando o próprio Connor os havia deixado. Já que, naquela ocasião, ele os deixou desamparado, mas não levava consigo informações e meios de causar destruição. Sentia o sangue correr nas veias com batidas fortes. — Eu esperava nunca ter que ouvir isso. Mas espero que você me conte os detalhes. Há muitos flancos para proteger. - A voz saiu esganiçada, pois tentava conter dentro de si uma fúria que era grande demais.

    Axel se levanta quando Connor se aproxima. Ele ouve as palavras que eram conciliatórias. Foi uma surpresa. Não era bem o que ele esperava. Mas era o que ele precisava. — Fico feliz de ouvir essas palavras, Rei Vermelho. Você cresceu. - Não tinha deboche, era um sincero elogio. — E você me conhece. Sabe que eu não vou voltar atrás. Nós vamos disputar, é a coisa certa a ser feita. - Pensou em explicar como Connor o havia desafiado e ele havia aceitado, e como isso era honrado, etc, etc. Porém, não havia necessidade alguma. — Eis meus termos: há uma boate aqui no território. Há vários espíritos de prazer lá. O desafio é trazer o melhor pedaço de um deles. A porção mais generosa. Sem ter o próprio sangue derramado, até o amanhecer. Sem sair do território.

    Botava condições em que fosse possível competir. Na verdade era isso que Lobo Partido ansiava: disputar. Talvez tivesse algo que tinha que provar mais para si que para os outros. — Você escolhe o juiz que dirá o vencedor.






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    Mensagem por Ankou Seg Abr 03, 2023 2:28 am


    - Ver é pior que ouvir… - dá pra sentir meu próprio desgosto na garganta antes mesmo daquelas palavras saírem. - A gente não tem como proteger, ela sabe tudo, nossas fraquezas, nossos tratos, a gente tem que se adaptar, mudar nossa estrutura todinha e rápido… - Minha cabeça se balança em negativo tentando encontrar uma alternativa pra aquilo. - O que a gente pode fazer por hora é ficar de guarda e proteger todo mundo na ignorância - As palavras já não saiam mais da minha boca, não queria deixar o pessoal alardeado. - Tu é do ramo de construção, é bom a gente já ir pensando em como realocar o pessoal porque todo mundo precisa de um endereço novo se a gente vai manter o território, e quem tem trampo fixo e indispensável a gente vai ter de ficar de olho até essa merda acabar… Fredo, Marco, Judas tão de boas, mas como a gente vai falar pra Silvia meter o pé da corporação? Além disso ela é a mais vulnerável, uma chamada falsa e ela tá no meio da merda sem nem ver, eu fico de olho nela o que der ok? - Não tem uma porra de beco que eu não conheça, até os mais duvidosos, ter vivido aqueles dias todos como cachorro tinha seu preço, mas também. Eu meneio em positivo pra Axel, esperando alguma reação dele.



    Pelo visto nenhum de nós voltaria atrás, mesmo sabendo que deveria, eu sabia que deveria, e eu acreditava que ele também sabia, eu meneio em positivo pra resposta dele, era hora de disputar então, no momento seguinte era impossível segurar a gargalhada, ele havia sido esperto e tirado minhas garras e presas da jogada, teríamos de jogar na sutileza ou eu terminar de matar todos eles tão rápido que eles nem chegariam a me tocar, mas isso provavelmente não era uma opção.

    - Essa merda vai ser degradante pra caralho e você vai dar munição pro Brendan me zoar o resto da vida. - Eu meneio em positivo e me levanto do sofá, era hora de começar a caçada. - Vamo passar na caverna e recarregar as baterias, a gente tem que fazer isso rápido, tem muito mais no nosso prato que a gente pode mastigar. - eu me endereçava ao elefante na sala, sem pudor nenhum, em seguida eu estendo a mão em cumprimento a Axel.

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    Mensagem por Bravos Qui Abr 13, 2023 10:56 am




    Axel Brown

    Connor vai falando e o semblante de Axel vai empalidecendo. O problema de ter uma traição era estar completamente exposto. Era preciso se reinventar. Com certa rapidez. Respondeu-lhe mentalmente, para que as preocupações ficassem entre os dois, pelo menos por enquanto. "Sim, precisaremos nos adaptar. Tomar um desvio. Irei procurar novos lugares para nos abrigar. Quanto à Sílvia... Podemos tentar pedir e cobrar uns favores, colocar ela num cargo administrativo, longe da rua. Não vai ser imediato, mas ao longo prazo podemos fazer e pode ser bem mais proveitoso.

    * * *

    Axel sorri. — Eu não esperaria menos. - A mão estendida de Connor logo encontra a dele. Talvez era a primeira vez que se falavam amistosamente depois de tudo que havia acontecido. Era um pouco poético e tosco que as coisas se resolvessem assim entre meninos, homens e lobos. — Mando uma mensagem para Brendan, para que nos encontre em meia hora. - O celular já deslizava na mão, digitando um pedido cifrado. Havia chegado a hora de por as coisas em pratos limpos.

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    Mensagem por Ankou Sex Abr 14, 2023 1:45 am


    - Não vai rolar. Cara ela é a melhor das melhores, ela viu uma carnificina na frente dela e nem tremeu, ela já teve oportunidade de fazer trabalho corporativo e nunca topou porque ela quer ficar nas ruas, ela tá há mais tempo nisso que eu e você e o problema dessa merda é que ela já perdeu o medo, principalmente porque ela sabe que pode sair viva, pode sair viva igual a gente sai. - devia ser estranho pro resto do pessoal na sala eu e Axel nos encarando sem dizer porra nenhuma, eu vejo a cor dele sumindo, não dá pra não colocar um sorriso de nervoso no rosto - Caiu a ficha? Calculou o tamanho da merda? - minha pergunta era retórica e soava como tal, não era nem de perto um espezinho, era a hora da gente ficar mais unido do que nunca.

    - Deixa a Silvia comigo, eu troco uma ideia com ela, espero que ela tenha férias pra tirar, por que eu não posso quebrar um braço dela pra colocar ela de molho. - e sim eu tinha cogitado aquilo de verdade se fosse necessário.

    - Tem outro porém também, a gente tem que procurar um novo guia, o Caminhante… - Me faltava um pouco de coragem pra dizer aquilo, mas era necessário - Eu nunca morri de amores por ele, mas sempre fiz minha parte, mas ele também tá exposto, William já me avisou no dia do aeroporto, ele tá fodido, alguma merda grande vai acontecer com essa caçada toda que cê, o Rich e sabe-se lá mais quem tão arrumando. - Eu tomo meu tempo em silêncio, me levanto e tiro a carteira do bolso. - Eu sei que eu andei ocupado pra caralho e não tive tempo de mostrar essa parada. William disse que tinha amigas passando férias na cidade, não faço ideia de que porra sejam essas amigas. - ainda assim eu tiro o papel escuro e muito dobrado da carteira, o escuro eram letras sobrepostas e não do próprio papel em si - De acordo com ele esse é o endereço delas, mas tem mais, tem coisa pra caralho escrita nesse papel, o branco destacado diz em Ruski - eu sei que ele não entenderia as palavras que viriam em seguida, então eu traduzo logo assim eu termino de falar - Seu totem não vai gostar. A balança da sombra vai mudar drasticamente na ilha. É melhor vocês ganharem. - Eu pauso um momento pra ver se Axel tem alguma resposta sobre aquilo ou se faz algum sentido pra ele então prossigo. - Eu não sei o que tá rolando cara, mas eu não quero pagar pra ver isso, mas tem mais, o Caminhante apesar de adaptável já está ostracizado na própria corte, se ele for abandonado pela gente ele vai enlouquecer e vai se tornar mais um problema… - meu semblante se fecha, aquilo era uma decisão importante, uma decisão que ia impactar a alcateia inteira. - Rich me deve um fetiche, a gente pode soltar ele daqui uns anos e negociar a reentrada dele na corte do medo quando a poeira baixar. Não vai ser bonito, ele vai odiar a gente pro resto da nossa existência, mas ele vai ficar vivo… Em teoria. - Eu me recosto no sofá e esfrego a palma das mãos no rosto, era uma decisão horrível atrás da outra.

    - Eu vou deixar você com seus pensamentos, vou ter aquela conversa com a Silvia. - Então eu me levanto do sofá, passos lentos e tranquilos em direção a policial de rosto bonito - A gente precisa conversar a sós. - Ela com certeza já sabia que era ruim, meu afago no ombro dela e olhar não escondiam isso.



    - Fechado. - Não havia mais o que ser discutido sobre o desafio, eu só sabia que não podia perder, e sabia que Axel amargaria uma derrota em breve, sabia onde, como e o que fazer e aquela merda não seria nada bonita… Estava faminto por essência, era a hora de me fartar, aquele tinha sido um dia de merda, um monte de investimentos que não tinham dado em nada.


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    Mensagem por Wordspinner Qua maio 03, 2023 6:48 pm

    Nenhum dos dois tinha um plano bom o bastante para sobreviver ao encontro com a realidade. O lugar era caótico e ninguém queria um dos Algozes ali. Muito menos dois. Claro que tudo podia piorar e piorou assim que Connor mostrou as garras. Ameaças, promessas, rosnado e medo. Palavras cuidadosas e um jogo delicado de contra pesos. Tudo lutando sob as luzes coloridas e entre as formas sinuosas, insinuantes. Na confusão era fácil se perder um do outro. Era bom até.

    O caminho de volta deixava mais do que incertezas e pactos voláteis para trás. Deixava uma fome por reparação. Deixava raiva e medo. Sementes.

    Não importava agora, Axel tinha nas mãos o que precisava. Sentia o poder entre os dedos. Só precisava chegar.

    Chegar. Connor esperava com que o tinha arrancado a contra gosto apertado nas mãos. Ninguém disse que tinha que ser um presente.

    As ruas frias e tranquilas do bairro ainda tinham um ar de paranóia mesmo quando, húmidas, refletiam as luzes bem colocadas e de bom gosto que as ladeavam. Cada sombra um abismo de possibilidades. Uma pior que a outra. Todo tipo de horror aguardava, rastejava nelas, ao menos dentro da cabeça deles. Uma simples faca de prata nas mãos de um sociopata metido e... um fim inglório e curto.

    Do lado de fora Axel consegue ver todos esperando lá no fim da rua. Quase todos. Olena estava preocupada, mas não sabia o que estava acontecendo e ele sente um desejo súbito de vê-la ali. Mas lá estavam Março e Silvia enrolando as línguas para conversar. Joe andando de um lado para o outro apressado. Nervoso. Brendan mascava alguma coisa, provavelmente a folha que deixava os dentes azuis e do seu lado estava Judas cheio de casacos.

    Sky. Connor sente assim que ela põe os olhos nele. A curiosidade é tão grande quanto a desconfiança. Ela era pequena e leve. Podia não ser nenhum grande guerreiro, mas era silenciosa e julgando que ela estava andando no telhado chique de uma mansão ela sabia subir.

    O fim estava inevitavelmente próximo e um frio inesperado enchia as veias dos dois.
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    Mensagem por Bravos Sex maio 05, 2023 4:59 pm




    Axel Brown

    Finalmente havia chegado. Os planos diante da realidade pareciam se desfazer. Mas ele havia feito o que tinha que fazer. Essa certeza dava a ele uma certa tranquilidade. Uma tranquilidade que muito provavelmente dizia que ele precisava ser mais. Precisava melhorar. Não para que um dia voltasse a ser alfa, se fosse o caso. Porém, tinham pessoas que esperavam dele. Foi assim com os pais. Ia ser assim com os irmãos de alcateia. Sua mente viajou até Olena. Ele deveria estar mais do lado dela também. Eram tantas coisas. Lamentações por não ser suficiente para tudo que tinha que dar conta. Respirou fundo e entrou. Acenou para cada um que estava ali.

    Ele chegou de cabeça em pé. Sabia que haveria problemas para resolver depois e possivelmente seria ele mesmo que teria de dar conta. Ele ia permanecer de cabeça em pé.

    — Cá estamos.






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    Mensagem por Ankou Qui maio 11, 2023 12:16 am


    Aquela porra de desafio estava me saindo pior do que a encomenda, na verdade estava me deixando exausto, não fosse um favor aqui ou ali eu estaria faminto agora, faminto por essência, mas eu não estava longe - “Você tava certa ok? A gente já tá fodido, mas me deixa morrer com a porra do meu orgulho!” - eu gritava na minha cabeça como se a vadia pudesse escutar, ela podia não podia? Não estava lá o tempo todo me vigiando?

    Já tava morto, tava morto desde o dia que havia matado TB, Harry e o Matt, eu podia ver eles, podia sentir o gosto deles, mas eu não lembrava das vozes, os gritos nem estavam lá, eu não tinha raiva daqueles espíritos, mas eu estava com raiva, raiva de mim mesmo, mas qual era a diferença se eles não podiam diferenciar isso?

    Eu finjo o melhor que posso, finjo que não tenho pena, finjo que sou o maior dos canalhas, tudo que sai de mim é medo exalado sobre uma máscara de fúria e ameaças, os menores se afastam, eles sabem quem sou eu, eles podem ver as minhas marcas, mas eu quero tomar daqueles que não tem medo ou seria inútil, eu sabia como aquilo terminaria, mas a viagem, a viagem era outra coisa, o bastante pra incutir medo, mas não o bastante pra eles virarem a mão na minha cara, no final eu me sentia péssimo, e me sentia mal pelo Axel também, a gente devia estar caçando mas estávamos ali os dois merdas, eu reduzido a um bully e ele a um bajulador, ainda assim eu preferia a ingratidão a acordos mal costurados pra foder a alcateia inteira, ainda assim aquilo era ruim, era péssimo, em breve era eu que teria de dar de volta e eu daria, daria sim, sem que me fosse cobrado.

    Sair me faz respirar aliviado, ainda assim eu olho sempre pras costas como se algum daqueles desgraçados fosse sair do outro lado do dromo e me arrancar um pedaço, felizmente não.

    Axel chega na frente, não muito, era como havia sido planejado, mesmo que eu sentisse que o tempo estava contra mim eu estava no exato lugar onde devia estar, onde estava planejando estar.

    Eu troto pra um lado e pro outro, longe demais pra qualquer ouvido me ouvir, mas não Skye, ela estava perto, mais perto do que eu gostaria então eu escolho o lado oposto, as cercas baixas e os buracos nelas que eu conhecia tão bem.

    Eu raspo a pata no chão e chamo o poder das sombras sobre mim, as sombras se movem pra me cobrir, meu próprio pelo nem brilha, nem reflete mais nada, as manchas dele próprio parecem se mover pra me camuflar entre aquelas cercas baixas.

    As palavras de Axel me fazem hesitar por um momento, tão puro e inocente, como um Caça nas Trevas deveria ser, aquilo me arranca uma lágrima, é quase como se meu coração entrasse em luto por algo que nem tinha morrido, mas era muito estranho quando era um Irraka que vestia vermelho que tinha lhe dado a lição do que é justo e do que não é, por um momento eu consigo sentir o cheiro do sangue de Amy e Michael misturados no ar.

    Tudo que eu sou agora são passos abafados, nenhum rosnado, nenhum barulho, perto demais pra sentir o cheiro, e quase o gosto.



    Connor Mcleary
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    Mensagem por Wordspinner Seg maio 15, 2023 1:52 pm

    Axel se vira para o cão enorme e é tarde demais. O elodoth se joga grama rolando para o lado sem nenhuma dignidade.

    O momento carrega Connor direto pelo lugar onde Axel estava. Judas grita assustado se escondendo atrás de Joe. Esse não se move. Mantém os olhos fixos no cão e parece nem respirar, paralisado entre um passo e outro.

    Marco sorri encantado, ou confuso, impossível saber. Silvia chega a sacar uma pistola e apontar para Connor. Horror na face bonita.

    Brenan cospe uma massa azul no gramado.

    "É pra isso que eu vim? Vocês se merecem." Ele não se move mais que o necessário. Os olhos desviam para onde o sol deveria aparecer e depois olhando Axel com cuidado.

    "Nunca gostei de teatro." Parece que falta alguma coisa, que ele tinha mais a dizer. Mas nenhuma palavra segue.
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    Mensagem por Bravos Seg maio 15, 2023 5:01 pm




    Axel Brown

    A voz de Skye soou na sua cabeça: "Ele vai te atacar!". As batidas rápidas do coração galopavam pela sua mente. Depois daquilo tudo era assim que Connor queria vencer? Ele via agora como água as palavras mal tecidas que davam espaço para uma ação como aquela e nisso ele aprendia que precisava crescer ainda mais como elodoth. Havia proposto um desafio em que não sairia correndo atrás, mas havia deixado espaço para a sagacidade aguçada dos mestres do ferro.

    Deu o que podia pra esquivar-se. Aquele era o prenúncio de algo que ele não tinha mais como evitar. Só que se ele tivesse uma chance, uma só, ele poderia virar a mesa. Ainda rolava evitando as garras do rahu enquanto tentava se colocar de pé. Só o tempo o bastante para jogar para Brendan, que estava claramente decepcionado, o fruto da sua própria caçada. Ele nem olha mais Connor, estando de frente para o resto dos presentes: — Se é assim que pretende vencer, vai em frente. - No fim daquela frase, poderia vir o segundo golpe, do qual ele nem tentaria se proteger. — Vai honrar os Farsil Luhal, mas irá honrar os membros da alcatéia? - A quem se devia mais lealdade? Era uma discussão possivelmente sem fim.

    A disputa com Connor fez Axel entender muitas coisas, inclusive suas críticas. Ele ainda precisava percorrer muito daquela trilha. Connor era mais uratha que todos da alcatéia. Por um lado, é o certo a se fazer. Por outro, o transformava num grande filho da puta. Ele conseguiria liderar assim?






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    Mensagem por Ankou Seg maio 15, 2023 5:10 pm


    Impossível! Duvidava muito que algum deles além de Skye havia me visto, tinha certeza que havia de ter acontecido alguma interferência dela, mas não era hora de cuspir acusações.

    O segundo ataque nunca chega, poderia, mas eu preferia falar agora do que usar minhas garras, eu entro pela porta enquanto Axel está estirado na grama e retomo minha forma humana, câmeras demais pra todos os lados, o segredo tinha que permanecer bem guardado.

    Eu paro do portal da porta com pouca ressalva - Um final injusto pra um desafio injusto. - eu puxo a porcaria do Talen que havia me custado uma “noite” de trabalho, a moeda com a cara da Rainha  Elizabeth deslizando entre os meus dedos, que ficavam ali mais pelo tamanho da minha mão do que por habilidade e treino em rodar aquela coisa.

    - O que esse desafio prova, Axel? Que eu posso fazer o seu trampo por você? - Decepção no rosto, no coração também - No aeroporto eu sugeri uma caçada, uma caçada porque isso é o que todos nós temos em comum, sem questionar métodos, sem regras, então você pensou na ideia mais suja que podia pra tirar uma caçada vindo de mim da jogada, se reduziu a um bajulador e me reduziu a um bully. - Eu respiro fundo e olho em direção da alcateia toda, especialmente de Joe, depois Skye.

    - Na nossa primeira noite reunidos com todo mundo, Michael e Amy caíram na porrada e Jay comentou com a gente que aquilo tinha sido um desafio justo, mas como justo? Eu me perguntei como havia de ser justo se o cara havia sido desmontado por ela… Demorou um tempo pra cair a ficha. Regras Axel, regras… Ela deu a ele exatamente o que ele tava procurando, uma luta e um desafio limpo. - Meus olhos passa por cada um deles de novo sem nunca baixar a guarda.

    - Quando a gente foi injusto com o Franky eu arranquei meu olho fora por reparação, não precisou ninguém me pedir e fiquei feliz que você seguiu meu exemplo, exagerado… Exagerado pra caralho, mas quem sou eu pra julgar? - meus ombros se movem pra cima e pra baixo, uma história velha do passado que servia de alguma lição.

    - Teatro nenhum - minha voz soa pra Brendan sem exaltação nenhuma - Quem ditou as regras foi ele, o desafio termina na sala ao amanhecer sem derramar o próprio sangue, mas ele não vai chegar na sala e nem eu vou sangrar, ainda assim eu vou ser mais justo com ele do que ele foi comigo a noite toda. - eu tiro a minha bowie da jaqueta e solto ela no gramado. - Se você não consegue compreender a santidade de tudo que eu te falei Axel, então me desculpe, eu realmente falhei com você. - Minha respiração é profunda e pesada, quase uma lástima - Recomendo não cruzar a sala de jantar. - a voz soava mais como um conselho do que ameaça.

    - Desculpa lindeza não queria te te assustado não. - Minhas ultimas palavras iam pra Silvia, de alguma forma eu imaginava que ela já havia visto pior e aquela situação havia causado algum gatilho sobre ela. Logo eu me afasto da porta e do janelão blindado antes de retomar a minha forma canina preparado pra destroçar quantos braços e dentes Axel conseguisse regenerar antes mesmo que ele conseguisse me tocar.

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    Mensagem por Bravos Sáb maio 20, 2023 8:36 am




    Axel Brown

    Ele escuta o que Connor dizia. Ele sempre escutava. E Connor nunca conseguia olhar para alguém que não fosse para ele mesmo. — Você pediu uma caçada e eu propus uma. Você aceitou os termos. Se achava-os injustos, dissesse no momento que foi proposto ou quem sabe até antes de iniciarmos, depois de pensar por algum tempo. Você está diante da sua alcatéia, é-te permitido falar. - Ele vai dando passos lentos em direção a porta. — Agora me admira você falar sobre regras e a interpretação delas para mim, que recebi da lua a incumbência de olhar bem para elas e discernir. Você sabe que me atacar durante o desafio não é condizente com ele. É baixo. É trapaça. - Ele então sorri. — Mas nisso você está certo, não há nada nas regras que diga que é proibido. Eu só me pergunto se é assim que você pretende vencer, se é assim que trata e tratará os irmãos de alcatéia.

    Ele aproveita para olhar ao redor e cruzar o olhar com cada um ali presente. — Sabe o que também não estava esclarecido nas regras? Que não poderia haver ajuda externa. - O sorriso que antes mostrava os dentes agora se mantém apenas com os lábios cerrados. — Mas diferente de você, Connor, eu não vou agir contra o espírito do desafio. Skye me avisou que você iria me atacar, foi o que me deu a chance de esquivar do seu ataque covarde no último instante. Skye provavelmente não entende bem o que estava acontecendo e agiu na boa fé de ajudar alguém que gastou tempo com ela. Por isso peço diante da alcatéia e de Voz do Inverno desculpas por ela. - Ele chega a dois palmos de distância de Connor, na soleira da porta. — Como não era expressamente contra as regras, não me ajudou a trazer a porção caçada até aqui e como eu mesmo já avisei que não irei desviar do próximo ataque, considerarei que o desafio continua de pé e válido, aceito por ambos os lados.

    Ele puxa do bolso um cigarro, as mãos levemente trêmulas. — E você deve me achar um paspalho para pensar que eu não vou entrar na porra dessa casa. - Acendeu e tragou. — Se quiser vencer de uma forma injusta, vença. Faça isso na frente de todos. Voz do Inverno vai dar a palavra final e, se eu fui injusto, porque é sempre difícil avaliar a si mesmo, ele vai me dizer e eu irei honrar. - Dizendo isso, Lobo Partido entra na casa.






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    Mensagem por Ankou Dom maio 21, 2023 4:42 am


    Connor dá três passos pra dentro do escuro antes de voltar sua forma humana pra poder falar e aparentemente rebater as palavras de Axel - Eu estou honrando a alcateia Axel, é por isso que você tá aqui, se não fosse parte dela, no meio tempo que você estava costurando seus tratos pra conseguir o Talen eu estaria costurando os meus pra te atacarem e te protegerem depois, arrancaria suas pernas e te jogaria numa vala no deserto espiritual, pegaria seu Talen pra mim e só voltaria lá depois de tudo estar terminado… Mas eu não posso enfraquecer a alcateia Axel e você precisa caçar. Nesse instante você é meu rival, mas não acima de tudo. - Ele permanecia agachado nas sombras revelando um plano muito mais macabro do que uma mordida pueril no calcanhar, algo muito mais perigoso e canalha que ele parecia ter toda segurança em ser capaz de executar.

    - Seu honrar nesse sentido é fruto da sua cabeça, se pergunte o quê cê vai fazer com essa honra quando a Silvia for emboscada numa chamada falsa e a gente tiver que tirar três puros da cola dela, ou quando tiver um monte de neonazi querendo abrir a cabeça do Marco? Ou tentarem raptar as crianças da Dulce? Pior, se cê perder tudo da noite pro dia e precisar botar comida na boca da Olena e da sua criança. - As linhas do rosto dele se movem no escuro, pra algo sério e visivelmente aborrecido, eram hipóteses bem desagradáveis, a última envolvendo Olena bem menos improvável que as outras. - Para com essa fantasia, como se eu não tivesse apreço pela nossa alcateia. - a voz soava mais séria no final, mais firme, as palavras no fim como se ele tivesse calculado um infinidade de possibilidades de um monte de merda que poderia ocorrer, como se tivesse pensado uma possível solução pra cada uma delas.

    - Reclamar sim seria desonrar minha tribo, meu trabalho é me adaptar e vencer… Mesmo com um monte de decisões desagradáveis... - ele é o mais breve possível, ninguém precisava saber daquilo, nada pra se orgulhar, nada que quebrasse o juramento também.

    Ele finalmente se levanta, no escuro parecia até mesmo maior do que realmente era. - Soa hipócrita né? O mundo sem as ilusões é bastante hipócrita, gente rica doando pra criancinha faminta na África, mas não dá uma marmita azeda pro mendigo na esquina. Eu vou fingir que não escutei que ter soluções menos óbvias pra um desafio e interferência são a mesma coisa, você sabe que não é. Mas é bom ver cê não compactuar com isso, porque a mãe sabe, ela sempre sabe, ela vai cobrar da Skye, ia cobrar muito mais de você. - O tom é quase professoral.

    Pisar dentro da casa faz Connor mudar facilmente pra forma de Dalu, não parecia doloroso pra ele mais, parecia tão natural quanto respirar, ele ainda tinha quase a mesma aparência, mas dava pra ver as “cicatrizes” que Sagrim-Ur havia deixado nele, os pelos antes negros como noite escura agora eram um ruivo intenso quase como sangue os olhos amarelados como os da Loba Negra já não estavam lá e davam lugar a um azul faminto, impossível passar por um Dalu tão grotescamente grande, simplesmente não havia espaço físico entre o portal da cozinha pra sala principal.

    - A mãe vai reconhecer seu sacrifício, ela sempre reconhece. - a voz é dele, ainda mais grossa do que o habitual, gutural característica da forma em que ele se apresentava, mas dessa vez é cheia de respeito, ele também parecia reconhecer, talvez antes da mãe.

    No momento seguinte ele é só um vulto passando por Axel, era quase impossível a velocidade com que se movia, ainda mais pra um Dalu tão grande, as garras raspam no braço do Elodoth o próprio movimento faz um monte de salpicos na parede, o sangue escorrendo descontroladamente pelos dedos até o chão.

    - Eu não te acho um paspalho Axel. - a voz dele nessa altura era tão humana quanto poderia ser, ela treme um pouco, a dor emocional vindo na garganta e voltando, sendo engolida à força - Não perde sua essência irmão eu realmente não sou exemplo pra ninguém... Da primeira vez me empurraram você goela abaixo, mas dessa vez você vai ser minha escolha. - A voz sai baixa, uma fungada no nariz e os olhos marejados sendo enxugados na manga da jaqueta delatam que Connor não era a máquina que ele parecia ser ou parecia ter se tornado, os dedos ensanguentados vão pra dentro do bolso da calça.

    - Tem gaze na bancada da garagem. - ele diz pouco antes de passar da soleira da porta, sabia bem das câmeras dos vizinhos, sabia que Axel também sabia.

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    Mensagem por Bravos Qua maio 24, 2023 10:20 pm




    Axel Brown

    — Tente lembrar quantas vezes eu tentei lhe explicar sobre Pureza, Connor. Ou quantas vezes eu questionei sua Pureza. - Nenhuma vez. Nem quando ele fugiu deixando a alcatéia para trás. — Eu sei que você tem apreço pela alcatéia, mas parece, para você, que a alcatéia não são pessoas. É uma área que precisa crescer, uma lista de inimigos que precisam morrer e uma conta que no final precisa ser positiva. Isso é uma empresa, e eu sei disso porque eu tenho uma. Só que a alcatéia não é isso.

    Um trago a mais no cigarro. — Eu mantive essas pessoas unidas e ainda juntei outras. É o meu papel. Eu vou cobrar isso de você. Como você me cobrou o território que diminuiu ou os acordos que ruíram. Eu espero que você lembre do que eu estou falando. Pessoas não ficam unidas com força ou com "soluções menos óbvias". É um eufemismo bonito que não serve para relações pessoais. - Uma baforada.
    Você é duro de aprender, mas guarde esse conselho não solicitado. Eu vou cobrá-lo.


    — Interferência, solução alternativa... - Ele dá de ombros. — São jogos de palavras. - Ele não dá uma de professor. — Adaptar e vencer, não é? - Três toques para deitar a cinza e ele força a entrada. O golpe faz seu estrago. Se voltasse para qualquer uma das formas, logo voltaria a estar bem. Ele bem sabia que se tivesse sido um ataque real, provavelmente ele estaria sem braço. Ele não emite som nenhum.

    — Não precisa. - Ele continua e espera os demais e Voz do Inverno, para finalizar o desafio.






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    Mensagem por Wordspinner Qui maio 25, 2023 7:51 am

    Os parentes presentes são os primeiros a reagir. Silvia se coloca o melhor possível no caminho das câmeras e arrasta Marco com ela. Marco que parecia uma criança assistindo o filme do godzilla no cinema. Olhos vidrados e uma mistura de espanto e alegria no rosto. Enquanto claramente Silvia estava pensando nas repercussões possíveis.

    Judas segue Brendan que avança lentamente para dentro da casa evitando pisar no sangue. A decepção é tão clara no rosto do elodoth quanto a luta do medo com a sanidade é no rosto do primo de Axel.  

    Joe é último a entrar. Passos lentos e tensos. Olhos no senhor das tempestades enquanto ele estica a mão aberta para Connor. Brendan mastiga lentamente esperando a moeda e depois de avaliar a mesma ele por um tempo ele a coloca na mesa junto com o que Axel trouxe.

    "Primeiro vocês deviam se sentar e conversar. Acha um espelho primo. Skye foi menos desleal que você e a lua deu a escuridão para ela e a luz pra você."

    Ele se senta confortável sabendo que todos ainda esperavam ele dar o veredito. Ainda davam atenção.

    "O desafio acaba quando o sol nascer. Se nada mudar até lá, você perdeu Lobo Partido. Sinto muito." Ele mastiga um pouco com os olhos em Axel. Nenhuma aprovação. Nenhuma oferta de conforto. Nenhuma compaixão.

    "É tão bom quanto você imaginava?" Ele olha para primo sem julgamento. Uma curiosidade clínica nos olhos frios.

    "Merda." A voz pequena de Skye é uma surpresa pra quase todos. "Se ele sangrar ele perde?" Ela pergunta andando para perto de Axel.

    Brendan responde sem olhar para ela. "Até o nascer do sol."

    "Aí tudo volta ao normal?" A esperança e ansiedade lutavam na voz da menina.

    "Não tem normal cara. Só tem essa merda e merda pior lá fora pra essa aqui de ser menos." Joe fala sem esconder o desagrado.

    "Vocês definitivamente vão fora e com a minha cabeça." Silvia abre uma lata de cerveja, mas não bebe. Segura a lata como se fosse uma boia salva vidas.

    "Ainda da tempo." Marco fala na primeira língua. "Pode terminar melhor do que começou. Dá pra colar os pedaços." Ele passa a ponta do dedo indicador no rosto e sorri para Connor. "Acordos unem quando obrigações separam."

    "Isso não é espanhol." Silvia toma um gole. Depois outro.

    "Não?" Judas procura confirmação nos presentes. "Caralho! Eu entendi a porra toda..."

    Brendan olha o relógio depois a janela. Estica as pernas e se acomoda. Nenhuma palavra a mais. Nenhum encorajamento. Nenhuma emoção.
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    Casa dos Algozes - Página 13 Empty Re: Casa dos Algozes

    Mensagem por Ankou Qui maio 25, 2023 8:03 pm



    - Minha natureza Axel, provavelmente um dos motivos pelo qual Sagrim me roubou pra ele, estava a elogiar, não o contrário, mas se te ofendeu me desculpe, nervos à flor da pele, não está sendo uma noite fácil pra nenhum de nós. - Eu passo pela soleira da porta e pego minha faca no gramado, ela não tinha mais utilidade lá, tempo o bastante pra ver todo mundo entrando.

    - Não, não é, isso se chama sobrevivência porque a gente tá no meio de uma guerra. - minha resposta pra ele é plenamente objetiva, como deveria ser - E a gente tem locis logo ali que eram nossos, eu to com fome Axel, faminto! Faminto e enfraquecido, todo mundo tá… Podia ser menos pior. - Podia sim, só precisava de um pouquinho de esforço.

    - Pode cobrar o que achar que deve eu vou estar lá pra escutar, mas agora nesse instante eu tenho que me focar em tirar a gente vivo desse mar de merda, a gente tá se afogando em merda. - o tom era de preocupação, é claro que era e eu precisava de autonomia pra agir.



    - Não me elogia assim que eu fico sem jeito. - eu deixo meu melhor sorriso pontudo se abrir pra Brendan, por mais decepcionado que ele pudesse aparentar. Eu sabia exatamente o que era aquilo, era ele indo dar um veredito que ele não concordava, não concordava porque ele não me achava o melhor, não me achava merecedor e eu não era, mas não precisava ser também.

    Eu me encaminhava pra dentro junto com eles a guarda nunca baixa, sempre distante, próximo de uma linha de fuga.

    O veredito era exatamente o que eu esperava que fosse, sem mais, nem menos, “se nada mudar” e “sinto muito” eram palavras desnecessárias, mesmo que fossem naquele tom indiferente que ele gostava de empregar.

    - Ao contrário, eu imaginava que seria ruim, é muito pior, eles são meus pra proteger, sempre foram, mesmo que cê ache que eu não mereça. - Quem seria o idiota disposto a lutar pela ponta de uma alcateia que estava a ponto de ser estilhaçada? Pior, dizimada…

    - Guarda sua disposição pros puros menina, a gente vai precisar eu sei que cê gosta mais dele do que de mim e que cê tem motivos de sobra pra isso. - Meu olhar pra ela é pura dissuasão de violência, ainda nos melhores termos.

    - Uma merda que a gente vai tá encarando lá fora, você e eu, cara a cara, cada um de um lado, não vai ser divertido, se a gente sair inteiro provavelmente vai ser com uns pedaços a menos, mas se a merda respingar aqui. - o indicador pra baixo e pra volta, indicando eles, cada um deles - A gente falhou miseravelmente. Eu não vou ter tempo de te ajudar diretamente Joe, cê vai ter que confiar no que aprendeu até agora, e no instinto que a mãe te deu, depois disso eu vou precisar de um parceiro de treino e cê também. - eu ofereço a ele um olhar de cumplicidade, era quase tudo que eu podia fazer por hora. - Rich me deve um fetiche, mais tarde a gente caça depois de descansar, tá todo mundo com fome, no limite, pode dizer pro Richard em meu nome pra fazer uma boa Klaive pra tu, tem um monte de espírito merdeiro, deixando minha mãe e Maria de cabelo em pé, não vai ser difícil achar e tombar um deles. - E precisava ser rápido, tava abrindo mão de um favorzão? Tava sim, da minha moto que ia poder atravessar a sombra também, mas Joe era mais importante vivo.

    Meu sorriso se abre pra Marco, ele sempre foi meu favorito desde que tinha arrancado ele de Twin Pine, ele tinha razão, de alguma maneira ele sempre me trazia paz.

    Era claro que não era espanhol, mas o fato de Judas entender me deixava preocupado, visivelmente preocupado, eu olho pra Axel e depois pra Judas, pra Axel de novo e depois pro primo loiro dele mais uma vez, meu nariz caçando alguma coisa anormal no ar fungando aqui e ali. - Quando eu falo que a mãe sempre provém é porque é verdade, anda tendo sonhos estranhos Judas? - Eu não lembrava dos meus sonhos estranhos, nenhum deles, mas era algo pra ficar atento por hora.

    - Acordos  e promessas sobre a mesa então. - Meu olhar vai em direção de Axel primeiro. - Eu vou cumprir esse, mesmo que eu não queira, eu não vou atrás das minhas crianças, eu não sei que tipo de acordo cê amarrou com os lobos de Cup Gill, mas eu confio no julgamento da Sam, assim como confio que cê não faria nenhum mal a eles, mas gostaria que tudo que envolvesse minhas crianças passasse pelo meu crivo daqui pra frente. - Era uma verdade acreditava que ele não faria mal algum, pelo menos não de propósito, ainda que nunca concordasse com aquela merda, mas por mais cruel que parecesse eu precisava caçar, mas eu não precisava dizer isso em alto e bom tom a maioria deles não entenderia - Segundo, nosso propósito é caçar, eu não sei o que cês tão tramando com a corte do medo, mas eu não vou botar meu dedo nisso, por hora quanto menos eu souber melhor, eu preciso me focar na cruzada, mas eu ouvi sobre soltarem um cara grandão aí, fiquem esperto vocês dois, Richard aposta alto e tem horas que ele quebra a cara. E claro, o que quer que a gente pegue mais tarde Joe, a Klaive é sua, sua arma e sua responsabilidade. - eu meneava em positivo pra que ele entendesse que estaria sim carregando uma arma, assim como um criminoso preso dentro dela.

    - Agora a próxima merda é pessoal - eu coço ca cabeça e minha voz embarga, eu pigarreio pra passar por cima daquilo o melhor que eu posso - A gente já discutiu parte disso antes Axel e agora a minha opinião é totalmente contrária do que já foi, sua mãe, é hora de trazer ela pra dentro cara, ela tá exposta, metade da cidade sabe quem é você e o que você faz, Chloe tá do lado de lá agora, me ajuda a te ajudar, eu quero que ela se vá velinha e feliz porque eu nunca vou poder fazer isso pela minha. - meus dentes rangiam de nervoso, minha mãe ia morrer caçando e eu sabia bem disso, podia não ser na cruzada, mas uratha nenhum morria pela idade. - A dela também… Eventualmente. - minha cabeça apontava pra Skye - Mas ela tá no seguro por hora. - decisões difíceis, um monte delas.

    - Não menos importante, Silvia, é hora de sair das ruas, aceita sua promoção, tira férias, o que eu disse é real gata, uma chamada falsa e vai tu e mais um parceiro seu da corporação pro meio de uma merda que dificilmente a gente vai conseguir te tirar. - eu respiro, já tinha falado pra caralho, quase a porra de um monólogo, nada que eu me importasse de Brendan ouvir, ele podia me julgar como quisesse, mas pra mim meu coração estava no lugar certo e eu ia usar todos os recursos pra manter todo mundo ali vivo.

    - Já falei pra cacete. - eu me afasto em direção da geladeira puxando de lá um galão branco, golada após golada eu o bebia até a metade, era a vez deles falarem, a minha vez de ouvir, eu apontava pro meu ouvidos indicando que estava ouvindo, a boca ocupada demais espirando depois de um monte de água gelada, depois ocupada de volta com o galão.

    Connor Mcleary
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    Casa dos Algozes - Página 13 Empty Re: Casa dos Algozes

    Mensagem por Wordspinner Dom maio 28, 2023 2:38 pm

    "Eu não gosto dele." Diz Skye de cara fechada. "Não gosto de você também." A expressão azeda como limão e sal. Ela olha de um para o outro. Esperando.

    Joe tira um cigarro de maconha do bolso da jaquetavelha e acende. Um trago e ele oferece para Axel. "É sempre à força. É assim que os bullies fazem, Skye." Ela finge que nem ouve. Ele tinha ouvido Connor e balançado a cabeça quando ele falava. "Tu não é melhor que Franco era. Não tá nem aí pro que eu penso, só pro que eu posso." Não havia nenhuma luta ou rebeldia nele.

    "Minha mala tá pronta a uns dias, a gente fica?" Ele coloca o cigarro na boca de novo e olha da cabeça de Skye, que se negava a olhar para ele, para Axel.

    Silvia drena a lata até o final. "Eu preciso de outra." Mas não pega.

    Judas responde a pergunta balançando a cabeça que não. "Eu não sonho..." Mas parece assustado de ser o alvo de alguma atenção.

    Quando Connor fala as palavras acordos e promessas os olhos de Marco brilham de emoção. Mas seu rosto logo mostra que esperava outra coisa. Ele anda até a porta sem parecer prestar atenção em mais nada.

    Connor: A dela também… Eventualmente

    Skye faz que não com a cabeça. Ainda seria.

    Connor: Silvia, é hora de sair das ruas

    "Claro que não." E finalmente vai pegar outra cerveja.
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