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    Casa dos Algozes

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    Mensagem por Bastet Dom Abr 03, 2022 10:28 pm




    Sam já ia se levantando pra pegar um abajour no quarto e procurar uma lanterna também, com a sugestão de Chloe – Bom, em quatro mãos podemos deixar o ferimento aberto pra ele não cicatrizar. E, bem, espero que sejam semelhantes o suficiente – estremeceu. Ela sabia o suficiente pra ajudar e até pra fazer algumas coisas sozinha, mas temia de fazer alguma besteira e ele ficar pior ou entrar em Kuruth.

    Não externou as preocupações, só xingando quando viu Connor começar a se levantar. – Para de fazer esforço, inferno – ela tava nem aí pro sofá. Depois acharia ruim, mas naquele momento não... Só que Connor era teimoso feito uma mula e se levantou da mesma forma. Ela ajudou ele para que não fizesse tanta força pra chegar na garagem e limpou a mesa antes dele deitar.

    - Onde tem lanterna aqui? – perguntou, já fuçando. Tinha uma luz mais focal em cima da bancada, mas era sempre bom uma luz extra.

    (...)

    Durante o procedimento, deixou Chloe guiar, ajudando ela em tudo o que podia. Sam não gostava do barulho enquanto trabalhavam, mas não importunou quem tava fazendo o trabalho maior. Quando ela terminou o mais difícil, Sam tomou a frente – Vai, descansa. Eu termino aqui. Não vou estragar esse trabalho bonito, pode deixar – falou, pegando o material pra fazer as últimas suturas. Assentiu sobre as crianças – Tem leite no congelador, eu sempre tiro pra deixar pra Dulce cuidar deles. Eles tão lá em cima com o Judas... Pede ele pra esquentar, por favor.  Você não devia ficar mais em pé, seus pés tão enormes – indicou com a cabeça. Chloe já estava grávida demais pra aquelas coisas. – Chloe... Obrigada – deu um pequeno sorriso grato pelo cuidado com Connor e com os bebês.

    (...)

    Depois de terminar as suturas, limpou Connor da maneira que conseguiu ali. E puxou a cadeira, ficando ali pra esperar o rahu acordar, testando os batimentos dele de tempos em tempos, pra ter certeza que ele tava vivo. Encostou a cabeça na mesa e, ao parar de ouvir Chloe no primeiro andar, começou a cantarolar baixinho uma música que Ash tinha mencionado, no dia da Praia, que o pequeno Connor gostava pra dormir. Ela tinha ensinado pra ninar os gêmeos.


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    Mensagem por Ankou Seg Abr 04, 2022 1:00 am

    - Eu não tenho tempo pra isso “dotôra”, mas vou me esforçar. - ele sorri, a única pontada de bom humor no meio daquele monte de dor. - Eu vou precisar de mais um favor depois, a história de hoje você quem vai contar ela, de como eu roubei os puros e saí vivo disso, geralmente eu terceirizava isso pro tio Nestor ou pra mãe, mas a honraria agora é sua. - ela diz tão sério quanto podia soar.

    A bronca de Sam arranca uma resposta rápida dele - Minhas pernas tão boas eu ainda posso andar, relaxa mulher. - ele se aproxima e dá um beijo no topo da cabeça dela, as mãos escorrendo pela nunca e depois pras costas, cheias de carinho.

    Connor aponta uma gaveta da bancada quando Sam pergunta a ele da lanterna, uma lanterna grande e amarela, que parece um farolete de carro - Já tava aí antes, era da Loba, acho que a gente nunca usou isso. - mas nunca era tarde pra usar, só não tinha certeza se funcionava.



    O organismo de Connor é infernal, ele não dá sossego um segundo sequer, a ampola vai embora toda na cirurgia, elas precisam reaplicar constantemente conforme ele parece dar sinais de que vai acordar qualquer hora, nem ele antes imaginou que ia levar tanto tempo assim pra fazer um trabalho bem feito, mas dá pra perceber a respiração dele melhorar consideravelmente conforme elas tiram qualquer coisa de dentro do ferimento e limpam a carne que parece teimar em fechar o tempo todo.

    Um corte que não tava mais lá minutos depois exige paciência pra ser refeito de novo e de novo.



    Ele acorda respirando fundo o ar, não tava inteiro, sabia que não estava, mas se sentia muito melhor - Eu dormi? - ele pergunta perdido, como se achasse que só tinha passado os quinze minutos que ele disse que tinha, até ele olhar pra cima e ver o dia amanhecendo pra responder a pergunta dele.

    - Eu não sei que milagre vocês fizeram nas minhas costas, mas tô me sentindo bem melhor. - ele diz se sentando na bancada, ele se move um pouco sentindo a pele repuxando, os pontos bem amarrados e bem feitos.

    - Vem, vamo lá pra dentro. - ele fica de pé e puxa Sam por uma das mãos, enquanto Chloe futucava a cozinha, ele volta pra perto da caixa, veste as luvas de MMA, revira o pescoço e trinca os dentes. - O porrinha de merda continua pistola aqui dentro. - mas as luvas eram meio apertadas, desconfortáveis.

    Ele se aproxima de Chloe tirando as luvas jogando em direção dela as deixando largadas em cima do balcão da cozinha  - A lua te deu uma oportunidade de continuar o dever dele, ele era meu melhor amigo… Irlandês doido do caralho. - ele sorri, com o semblante triste, tão estranho pra quem só mostrava explosão ou frieza. - Fica com elas, você vai precisar. - uma mão lavava a outra, era a regra mais básica de todas.

    Ele trás a caixa pra mais perto e futuca no fundo dela tirando uma papelada. Ele deixa a coisa em cima do balcão e fica olhando mudo pra aquilo alguns segundos, um contrato pro time de base de rugby do Liverpool. - Vinte e cinco K de salário inicial, nunca vai acontecer, eu devia queimar isso. - ele diz levemente frustrado e com raiva.

    Em seguida ele tira um jornal, de dez quase onze meses atrás, a manchete estampada “Explosão de Gás Mata Sete Jovens em Confraternização”, na foto em preto e branco o resto de uma casa de “brownbricks” carbonizada, o silêncio toma ele, agora muito pior - Foi aí que começou o rio de merda, parece uma década atrás, como se eu tivesse vivido mil vidas. - o olhar dele fixo no jornal, mas distante como se pudesse ver através da coisa, sem certeza se devia tocar naquele assunto ou não.

    Connor Mcleary
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    Mensagem por thendara_selune Seg Abr 04, 2022 9:04 am




    Chloe foi surpreendida negativamente. Ela sabia que precisavam de estrutura, mas era arriscado ir até a clínica e mais uma vez sujeitar humanos à fúria dos lobos. Quando tudo se desenrola daquele jeito, ela praguejou mentalmente, tinha que ter ajuda de outro uratha ali. A frieza dela é uma máscara, empapada de suor, enquanto a cena fica pior, ela não fala nada, apenas tenta e tenta entender.
    O cara baba, mais agitado que um viciado em uma porcaria pesada que ela já viu chegar quando ficou no internato médico, depois é um revirar de olhos, aqueles espasmos que enviam mil alertar do tipo de merda que poderia estar acontecendo, olhou de relance para Sam e depois se concentrava apenas na cena tenebrosa com um pensamento que o Connor podia morrer. “Ninguém precisa de uma médica histérica!" A frase cortava o pensamento dela em letreiros vermelhos garrafais.  A onda de adrenalina a faz cobrar de si mesma um esforço sobre humano para se manter tentando e se estivesse sozinha certamente as coisas teriam sido um mar de merda maior como diria Shaw se ainda fosse um Algoz. Enquanto talvez a morena externou tudo, a ruiva se manteve fria enquanto o suor indo inundando seu rosto, não tinha tempo para gritar e causar um alerta na casa toda ou quem sabe atrair atenção indesejada. A voz dela não sai, apenas usa as energias para que as duas ali façam o melhor possível.

    Quando tudo termina, Chloe era a própria figura do terror com aquele sangue todo manchando seu rosto, cabelo e dava passos incertos para trás após confirmar que o Rahu ainda estava vivo. Ela recosta-se na parede deixando o corpo deslizar, o cansaço mental é pior que o físico, seu coração parecia bombear todo o sangue em descompasso, mas era a tensão por ter visto alguém tão forte quanto Connor passar por aquilo, se fosse um humano ela teria deduções lógicas, mas com Urathas a coisa toda é um mistério.  Chloe sentiu que aquele anestésico podia ter um nível elevado de a toxicidade , mesmo destruída a mente dela  buscava uma resposta, imaginando se a reação veio pelas doses administradas em um curto espaço de tempo ou se exposição do organismo uratha ao conjunto de substâncias químicas dentro daquilo condicionou erroneamente o  não bloqueio de estímulos no sistema nervoso central. Talvez na verdade tenha enviado estímulo em onda e Connor acabou parecendo estar em uma convulsão macabra ou talvez um possível alerta para parada cardiorrespiratória. Ela bateu no chão com a mão, aquilo era a sua frustração somada a seu orgulho que ganhou uma rachadura, a falta de conhecimento a deixava puta.


    ***


    Pós cirurgia macabra



    Chloe ficou com Sam um bom tempo depois da cirurgia, apenas deu uma espiada nas crianças rapidamente, ela estava lactando e toda aquela situação deixou seu corpo em desalinho. Ela nem consegue ordenhar nada, sendo obrigada a recorrer a fórmula, mas era necessário dessa vez e pedia ao parente que desse a Aidan. O estresse não era bem-vindo para uma grávida uratha ou não, se não fosse a sua capacidade de tentar se manter fria enquanto trabalhava as coisas poderiam ser piores e muito piores. Depois ela disse para Sam ir ver os filhos enquanto observava Connor, verificando como ele estava, assim que a morena volta, as duas aguardavam ele acordar. Um bom tempo depois quando o dia já lançava seus primeiros raios pelas frestas perdidas ali o rahu acorda.

    -Dormiu?!- A voz dela é carregada de uma coisa ácida e preocupada. - Você nos deu um susto enorme, revirou olhos, babou, espasmos e outras coisas dignas de um filme de terror…- Ela nem sabia quais palavras podiam ser mais claras que aquelas. - Eu não sei se seu organismo teve uma reação alérgica ou se essa coisa simplesmente enlouqueceu seu cérebro em vez de bloquear estímulos pareceu dar uma descarga elétrica neles de um jeito assustador!- Depois segurou o ar por um segundo para prosseguir. - Quem fez isso não tinha ideia do efeito que podia causar ou não tem conhecimento total de toxicidade anestésica ou pior ainda é um jogo de erro e acerto muito comum para quem estuda fórmulas eficazes.- Se alguém tinha conhecimento para criar aquilo a ruiva queria saber, mas agora não era o momento de averiguar isso. Deu uma olhada para Sam porque desde o começo aqueles dois compartilharam emoções intensas, então para a ruiva era o tipo de ligação afetiva que causa muitos efeitos, para morena a cena toda deve ter sido um soco no estômago tão violento que ainda devia estar reorganizando as ideias.



    Chloe Moore
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    Mensagem por Bastet Seg Abr 04, 2022 12:17 pm




    No começo Sam achou que ia tudo bem. Apesar de precisarem insistentemente refazer os cortes e recomeçar a busca, até imaginou um final tranquilo, com ela cuidando de Connor sem nenhuma complicação, depois da cirurgia terminar... Mas, bem, não foi bem assim.

    Cada vez que vasculhavam mais, mais encontravam problemas. Perda de sangue, fragmentos de ossos dentro do tecido pulmonar, batimento caindo ou acelerando demais, respiração alterada... Tudo muito difícil de perceber antes de ser grave sem os equipamentos da clínica.

    Mas o pior foi quando ele começou a convulsionar. Sam sabia lidar com aquilo, mas ele era grande demais... Precisou entrar em Dalu pra segurar ele o suficiente pra não machucar a si mesmo e pra Chloe poder aplicar os medicamentos e continuar o procedimento. Sam não se desespera, na verdade, parece mais focada que nunca naquele momento que o amigo precisava mais dela.

    Quando tudo acabou ela parecia ter vivido um dia inteiro em menos de 5 horas. A mente nem parecia funcionar, as mãos tremiam. Ela saiu da sala por um instante, fechando a porta atrás de si e indo até a pia da cozinha... Todo o nervosismo que segurou saiu junto com a bile dos salgadinhos que tinha comido antes de ir pra lá. Precisou de uns segundos pra se recuperar... Pro estômago parar de revirar e as mãos pararem de tremer. Limpou a sujeira que fez e botou água pra ferver pra esquentar as mamadeiras e pegou uma maçã e água, levando de volta pra garagem, como se nada tivesse acontecido.

    - Você precisa comer e se sentar – falou para Chloe, indicando a cadeira. – Eu tenho uma bomba no carro, se quiser tirar o leite – os peitos da ruiva pareciam que iam explodir. Não era o ideal compartilhar, mas o corpo das duas não era frágil e álcool resolvia boa parte dos problemas que poderiam infectar o leite. Se ela insistisse em não comer ou descansar no tempo que cuidavam de Connor no pós cirurgia, Sam ameaçaria a trancar pra fora da garagem... Esperava não precisar chegar a isso, pois não sabia quanto Connor ainda precisava de cuidado médico.

    (...)

    Samantha estava ao lado do rahu quando ele acordou e tentou se levantar. Uma mão meio loba o travou no pescoço, impedindo. – Tenta levantar de novo e eu quebro seus dois joelhos – rosnou, mas logo o abraçou, deixando Chloe explicar o que tinha dado errado na cirurgia.

    - Não sei se tava errada a anestesia, mas a dosagem que você passou pra gente com certeza não tava certa... E aumentar ela não foi uma boa idea. – ela suspirou, sentindo o pulso dele pra ter certeza que o coração tava batendo direito – Você tava uma bagunça... Bem maior do que aparentava, Connor. Vamos precisar de mais que essa bancada aqui. E levar as crianças pra Dulce. Ela pode cuidar do Aidan se quiser, Chloe. Podem ficar no meu Apartamento ou sua casa. Aqui não vai ser seguro sem a anestesia...

    ----

    Depois de Chloe fazer umas ligações pra clínica pra conseguir pelo menos um monitor cardíaco, os três aguardavam na sala enquanto Joe e Marco desciam uma cama de solteiro pelas escadas e montavam o quarto improvisado na sala de jantar. Elas tinham colocado ele numa cadeira de escritório pra entrar e não ficar na garagem sem aquecimento.

    Sam ficou quietinha, preparando um lanche pros três enquanto Connor conversava com Chloe sobre Franco. Fazia pouco tempo, mas parecia mais de ano que tinham perdido ele quando aquela merda aconteceu com a Chloe. Aproveitou pra mandar uma mensagem pra um amigo de Londres sobre anestesia para animais selvagens e também pra um cara que trabalhava em uma loja de armamento e equipamento para caças, que morava no bairro dos imigrantes.

    E uma mensagem pro Richard.

    Voltou com um bife pra Connor, picadinho igual pra criança, e carne com legumes pras duas mulheres. Um café da manhã dos campeões.

    - Eu não tava aqui na época, mas lembro dessa notícia passar na TV. Foi aí que você transformou? – Samantha viu a manchete, colocando o prato no colo de Connor.

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    Mensagem por Ankou Seg Abr 04, 2022 5:12 pm

    - Eu morri na real. - ele responde Chloe e a própria pergunta com a cara mais lavada do mundo, ele fica com a cabeça baixa por um tempo - Fui eu que fiz, com ajuda da tia Elise, mas pelo visto eu não sou bom nisso. - ele parece sereno e estranhamente relaxado. - Melhor não usar aquela nota, eu certamente caguei alguma coisa. - ele comenta brevemente.



    Ele come da carne de maneira lenta e arrastada, sem fome, o olhar continua no jornal. - É… - a resposta é arrastada pra Sam - Terrance era meu melhor amigo, Terry Barnes, TB, a gente só chamava ele de TB, ele não gostava do nome dele, achava feio, a gente se conheceu no primário, estudamos no colegial juntos, começamos a jogar juntos, fizemos os dois melhores campeonatos que o time Griffith já teve, até que eu comi metade dele, um mês e os os pais deles tavam separados, o casamento já não tava bem, todo mundo sabia… - o olhar parece perdido, triste - Harry era um nerdola - ele sorri sem mostrar os dentes, nostálgico - ele colou com a gente no colégio porque queria se dar bem com as meninas, a gente sempre sacaneava com ele, mas ele até que conseguia dar os pulos dele, ajudava pra caralho nas provas, ele sabia mais das nossas matérias mais que eu e TB, até que eu afundei ele na parede junto com a TV… Carol e Mary terminaram em algum canto esmagadas, eu passei por cima delas e nem vi, irreconhecíveis, Jessica foi a primeira a morrer, eu tava com ela só porque ela tinha esse fetiche de pau grande, ela era nova com a turma e eu tava brigado com a milf… - Ele para e pega o contrato e o rasga, o rosto contrariado, um monte de memórias ruins. - Eu ainda não sei o motivo, tinha esse zagueiro novo eu ainda acho que ele colocou alguma merda na minha cerveja, a cabeça dele tava boiando no ponche e eu nem sei onde foi parar o corpo, tinha uma outra menina, mas eu nem lembro o nome dela... E eu amei cada segundo dessa merda, nunca tinha sido tão livre, tão inteiro. - ele balança a cabeça em negativo e dobra o jornal, joga ele de volta pra caixa - Meu avô e Brendan chegaram depois, o velho explodiu a casa pra cobrir o rastro e proteger o segredo, aí uma amálgama me atacou, entrou pelo meu nariz e começou a comer meu pulmão, foi tia Elise e Brendan que tiraram ela de lá e o anestésico que ela usou deveria ser o que tinha dentro da ampola, mas eu devo ter errado a mão em alguma coisa, quando a hora dos lunos chegou eles tavam lá, eu não sei quem ou quais foram, mas eu lembro da luz prateada deles mesmo com os olhos fechados e chapado de sedativo. - ele passa as mãos pelo cabelo, e enxuga os olhos marejados com as mangas da camisa - Eu nunca disse isso pra ninguém, Franco sabia metade da história. - o semblante parecia mais leve agora.

    Ele olha pra Sam e Chloe - Não se enganem não, a lua é surtada, pirada de tudo, a gente também, os lunos mais ainda, mas o que tem do outro lado é pior ainda que isso. - ele diz sem um pingo de dúvida. - Eu já acreditei em destino e profecias e essa merda toda, era meio inocente com isso até, mas eu também não acredito em coincidências, vocês duas e Joe? Ahum, a lua pode ser surtada, mas ela quer algo da gente. - ele bate os dedos em cima do balcão da cozinha - Isso é como o AA eu conto minhas merdas, agora é o turno de vocês, a primeira vez nunca é fácil, nunca é bonito. - ele dá uma volta até a mesa de centro da sala e volta com a garrafa servindo um copo pra ele e deixando ali pra quem quisesse beber junto.

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    Mensagem por thendara_selune Qua Abr 06, 2022 1:29 am

    thendara_selune escreveu:




    -Deu pra notar que sua viagem deve ter sido bem astral.- Chloe respondia com uma expressão cansada, mas atenta ao que ele ia dizendo.  - Sua tia é uma pessoa interessante de se conhecer, mas acho que ela não estaria disposta a compartilhar a composição conosco por tantos motivos que precisaria de uma lista gigante.- A voz dela é séria e o olhar vai de Connor até Sam. Quando a morena aparece com comida a ruiva agradecia e comia devagar processando o evento enquanto escutava a troca de palavra dos dois.

    - Obrigada preciso mesmo de ajuda com Aidan se vamos revezar nos cuidados de Connor, não acho que devemos mexer mais com anestésicos até termos algum embasamento científico ou compreendamos os traços que existem nessa fórmula aplicada nele.-
    Depois que ela acaba de comer respondia a Sam. - Eu vou tomar um banho rápido  e passar um olho nas crianças, mas agradeço sobre a bomba, mas agora não conseguiria devido ao estresse todo,-Deu um sorriso para a morena. - tenho fórmula na bolsa, faço uma mamadeira e volto já.- Chloe toma um banho pega um vestido confortável que trouxe na bolsa de Aidan, assim que se troca vai até onde os bebezinhos estão, a aquela altura todos estavam alimentado e ao que parece seu pequeno estava dormindo agarrado a um mordedor de dinossauro. A ruiva agradeceu a parente e logo lembrou de fazer o que Sam pediu. Um monitor cardíaco seria levado para eles na casa.


    Ao chegar na garagem ouvia Connor falando do passado, ela recosta-se em uma parede enquanto o escuta. Havia traços de saudades, dor e memórias amargas no Rahu. Ela sentia isso claramente, a morena pega o pedaço de jornal e parecia recordar do ocorrido. -Você viveu muitas aventuras hein?!- Connor deve ter despedaçado corações, mas pelo que ela notou tinha uma parte dele fragmentada, mas parecia que o Rahu preferia vestir uma capa de invencibilidade que afastava quem não o conhecia. Os olhos âmbar observam Sam, a morena se preocupava com ele e a ligação dos dois era algo bonito. - As vezes precisamos perder tudo em um mar de caos para encontrarmos algo valioso um longo tempo depois, mas sei bem que existem dores irreparáveis.- A voz tinha empatia assim como seu semblante é acolhedor. A ruiva respira fundo e depois olha para as mãos antes de responder sobre estarem em um “AA’’.  -Todos nós olhamos no espelho a meia noite e o que nós vimos foi mais que um reflexo de tudo que somos…- Ela trava um tempo e depois diz tentando não soltar palavras que tornaram o momento um desaguar de eventos ruins. Aquilo é um pedaço dela que parecia naufragar no escuro onde ninguém podia alcançar.  - É sofrido, a Lua pode ser pirada mas ela nos permite a força que temos…- A voz dela se perde por uns segundos. - Não conheci Franco da maneira que gostaria, mas a Lua o tocou intimamente e o inflamou de uma maneira épica, sei que muito do que estou dizendo é uma onda de ilusão pra alguns, mas como você disse o fato de estarmos juntos não pode ser uma coincidência.-  Deu um meio sorriso enquanto Sam fala que aquilo saiu na TV.


    Roupinha:

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    Mensagem por thendara_selune Qua Abr 06, 2022 1:40 am



    -Tudo que você vivenciou na mudança, os capítulos que escreveu depois contam muito sobre você, - Ela apontou pra ele e suspirou. - Marcam profundamente, assombram e fazem um mar de espinhos cheios de culpa…Como cada um vai lidar com isso é algo difícil de responder.- A ruiva se afasta da parede e senta em uma cadeira. - As coisas depois que você foi embora foram diferentes, nós não tivemos contato além do telefónico, mas sei que posso ter me equivocado com você, mas ainda tem muito que podemos aprender uns com os outros se aprendermos a aceitar os erros e melhorar os nossos passos dentro da alcateia.- Chloe deu um novo sorriso embora ainda estivesse cansada. - O que nos disse agora é uma comprovação que a vida uratha é um mar de coisas violentas, será que vamos perder tudo e todos ao longo do caminho?- A pergunta fica no ar, mas aquilo era algo que se perguntava todos os dias depois da própria mudança.

    Off:Só pra completar  Very Happy  Cool




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    Mensagem por Bastet Qua Abr 06, 2022 1:50 pm




    Sam bufa com a resposta de Connor – Você FEZ a anestesia que deu pra gente usar? Tá de sacanagem né? – balançou em negativo a cabeça, bastante irritada com aquilo.  Já tinha se metido sabe-se lá onde e ficado todo ferrado... E vem com uma anestesia quem nem tinha sido feita por alguém com conhecimento. Mesmo com a ajuda de Elise era muito arriscado... Nessas coisas um grama a mais de qualquer substância podia causar... Bem, morte. E isso quase tinha acontecido.

    Sam não fala mais nada, assentindo à medica sobre o cuidado com as crianças e ficando calada enquanto ela ia cuidar de si e dos pequenos. A ithaeur evita olhar pra Connor, só indo verificar vez ou outra se ele tava bem... Mas ele conseguia sentir confusão e medo vindo dela, o que provavelmente era traduzido em raiva externamente.

    Quando a ruiva voltou, ela foi pra cozinha preparar as coisas, usando o tempo pra se acalmar.

    (...)

    Ouviu atentamente a história da transformação de Connor, sem conseguir colocar um pedaço de comida na boca. Primeiro por aquilo lembrar a ela mesma sobre a sua transformação e, segundo, pela tristeza de Connor a invadir. Ela ainda não tinha aprendido bem como se resguardar dos sentimentos dos outros membros da alcateia.


    Quando ele terminou de falar, pegou na mão dele, entrelaçando os dedos. - Sinto muito – murmurou pra ele e sentia mesmo. – Quando o sangue está em nossas mãos é difícil entender que a Lua não quer apenas nos torturar, né? É um preço alto pela sua bencão...

    Chloe era melhor com palavras geralmente... Mas Sam nem sempre conseguia acompanhar o raciocínio poético que ela colocava nas falas. “Por que Cahaliths tem de ser assim?”, pensou. Cada um tinha sua forma, mas todos que ela conhecera eram confusos e misteriosos (no caso de Franco, confuso e explosivo, mas isso devia ser por conta da tribo).

    Por fim, só respondeu a última afirmação dela, a mão apertando demais a do Rahu. – Eu desde que cheguei tento unir um pouco mais a gente... Mas isso era mais fácil quando era sangue de lobo. A lua me trouxe de forma tão horrível que eu mal tenho disposição para me manter inteira. Imagina todos nós – encolheu os ombros, não gostava de falar aquilo, mas tinha segurado e escondido por tanto tempo – Quando a gente já não tem muito o que perder, precisamos manter o que é importante com unhas e dentes. Não sobra energia pra lutar por quem não tá disposto.

    Samantha não se sentiu à vontade de compartilhar sua história quando percebeu que Chloe tinha fugido do assunto. Se uma Cahalith evitava contar sua própria epopeia, não achava que devia partilhar com ela o começo de tudo. Talvez em outro momento contasse pra Connor.

    Olhou pra ele – Onde você se meteu, afinal? Espero que valesse a pena mesmo, pra arriscar sua vida por isso...


    Samantha Doiley
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    Mensagem por Ankou Qua Abr 06, 2022 3:59 pm

    - Astral não, morte. - ele repete - Talvez quase dentro de um “Affahissu”, a primeira vez que ouvi deles foi numa história macabra em Londres, sobre uma Sombra Descarnada que sabe como chamar os mortos, os urathas mortos, ou a sombra deles, algo realmente medonho que eu até hoje não entendi direito. - ele comenta, mas não prossegue, não achava que era história pra aquela hora.

    No momento seguinte ele abraça Sam, a preocupação dela é reconfortante, deixa ele feliz, verdadeiramente feliz, ele aproxima o rosto mais do que deveria, ele quer, ele a quer, mas alguma coisa o segura, um beijo no rosto é tudo que ele oferece, as mãos escorrendo pelas costas, um aperto discreto em uma das nádegas da magrela, bem fora da visão de Chloe, no momento seguinte ele se afasta, lealdade, é tudo que segura ele ali, lealdade e admiração.

    - Que escolha eu tinha? Eadrick que tratou masomenos isso, uma merda, eu não sei como os Dragões tão se virando, ou não tão, sara sem tratamento, só ficaria de molho o resto do mês eu acho, e isso é um luxo que eu não tenho. - ele responde sério e com preocupação estampada no rosto.

    Ele suspira e fita Chloe - Ela não é difícil, só é velha e cheia de desconfianças, cheia de preconceitos que não cabem mais nos nossos tempos, se serve de ponto de partida, anestésico pra cachorro funciona, pelo menos funcionou comigo uma vez, do tipo que usam na carrocinha, em dardos, mas a segunda vez não fez nada além de me deixar relaxadão. - não sabia se aquilo tinha muito valor, mas era um ponto de partida.



    Ele ouve as palavras de Chloe de maneira paciente - As coisas sempre mudam, nós vamos perder tudo e recomeçar do zero, de novo e de novo, vida é puro dinamismo, você se adapta ou morre, no fim o que te sobra é só o juramento, mesmo que você se ocupe com todos os artifícios pra não enlouquecer, no fim é tudo um jogo de gato e rato gigantesco. - Adapte-se ou morra eram as palavras mais icônicas de um Mestre do Ferro, não havia nenhum deles que não acreditava naquelas palavras como um de seus lemas principais, e Connor fala aquilo sem expressar nenhuma dúvida.

    No momento seguinte ele prossegue com sua filosofia respondendo Samantha. - Eu achei que estava amaldiçoado, mas nem é isso, ela só não entende, sentimentos humanos, ela não entende, assim como os lunos não entendem, eles só entendem sacrifício, risco e perda, eu te disse uma vez que nós éramos soldados condecorados com medalhas de dor, esse buraco que vocês amarraram é minha dor, pronto pra virar mais uma medalha. - ele fala confiante, mesmo sem ter certeza nenhuma de que aquilo se tornaria realidade, mas por dentro ele reconhecia que seu sarrafo de glória era bem mais baixo do que a maioria dos urathas com marcas da mesma largura que a dele, e se sentia confiante de tomar um próximo passo pra algo realmente substancial como aquela noite.

    - Eu entendo que vocês não queiram falar e sinto muito não estar lá pra ajuda vocês, eu deveria, mas não podia, preferia escutar a história da boca de vocês, antes que algum espírito ou morto me contasse, ou eu sonhasse com isso. - aquilo podia soar muito confuso, mas ele não tinha dúvida nenhuma do que estava falando - Mas essa merda toda vira uma bola de neve, eu sei que vira… - ele não prossegue no assunto, ele dá mais uma garfada na carne e engole mais um pedaço, e toma mais um gole de Scotch.

    - Sparhall. - Ele responde Sam de maneira direta e honesta. - Ainda nem sei por que, mas to pronto pra descobrir. - Ele aponta pra mochila em cima da mesa de centro poucos metros atrás deles - Tem umas fitas ali e um livro, se o Richard queria é porque tem valor, ele ficou de fazer da minha motoca um fetiche, uma Lobo de Aço, pode não soar como muita coisa pra vocês, mas pros Mestres de Ferro é uma questão de prestígio, mas não só, eu to me preparando pra guerra, minha mãe tá com uma lista extensa de espíritos pra caçar, ele vai fazer o serviço pra mim, é só eu levar o cara certo pra ele. - Ele olha pras duas o rosto mortalmente sério - A guerra vai vir até nós, ou nós vamos até ela, isso é inevitável, os Anshega são uma máquina de guerra azeitada e bem equipada, tem alguma coisa segurando eles, eles não querem cadáveres, se quisessem eles já teriam isso, seja lá como for eu quero angariar o máximo de recursos que eu puder, isso inclui um veículo diferenciado, quantos fetiches eu conseguir colocar a mão, eu não sou bom com armas mas posso conseguir um carregamento cheio de AKs direto do IRA se eu tiver dinheiro pra isso. - Aquela velha história de um amigo de um amigo meu, ele se lembra do contrabandista conhecido de Fumaça, tinha certeza que isso era mole pro negão arrumar.

    O tempo todo ele intercala o olhar entre Chloe e Sam.

    - Então eu fui até Sparhall e roubei, roubei o museu, vai ser capa de jornal mais tarde, e roubei o livro que tava muito bem escondido numa academia que provavelmente era o QG de uma alcateia de puros, mas um cara deles tava de olho, me perseguiu e chamou os amiguinhos, depois de três tiros pra derrubar um elefante e uma granada na cara, cá estamos, e já tá prometido, eu vou enfiar o pendrive no toba do desgraçado com Sinnatra e tudo, da próxima vez ele pode até atirar, mas eu vou revidar. - Um orgulho inabalável no rosto, claramente um semblante vitorioso. - Depois eu te passo os detalhes sórdidos, quando tu for contar isso pros Cahalunim, eu entrei no no gueto dos caras, roubei eles na cara dura, e saí vivo de uma puta treta pra contar história. - ele termina com o sorriso e olhar afiado, agora os dentes todos no lugar.

    Connor Mcleary
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    Mensagem por thendara_selune Qua Abr 06, 2022 10:52 pm



    Chloe ouviu Samantha, ela sempre pareceu ostentar uma carapaça difícil de penetrar, isso era algo que a ruiva admirava na morena, mas evidente que assim como ela mesma Sam tinha espaços em branco que buscavam ser preenchidos. Lembrou que mais de uma vez a morena falou “sobre serem um familia" ou menos tentarem ser. Entre todos ali foi a que tentou criar laços com ela sinceros, isso aquecia o coração de Chloe embora as duas fossem opostas. - Sinto por muito.- Disse com um  olhar entristecido para os dois. -Nenhum de nós deveria passar por isso, não é fácil entender, não entendo até agora porque sou uma Uratha nunca pedi isso, mas já aceitei que é isso que devo ser…- Confuso, mas na mente da ruiva tem sentido e cravava fundo dela um punhal doloroso, mas sem chance de ser retirado

    - A tragédia em todas as circunstâncias devora muito de nós e arranca nossas forças, mas você tem razão em dizer isso Sam. Precisamos agarrar tudo com unhas e dentes se não qual sentido permanecermos juntos?! - Chloe os olhou e respirou fundo cansada de lembrar das piores partes então se esforça para buscar alguma serenidade para silenciar o drama que os cerca.

    Connor ia falando e a ruiva o escutava com atenção genuína, ao que parece ele tinha vivido uma década em meses e sua família tem uma sangue do lobo que é valiosa de muitas maneiras. Seria terrível se alguém a sequestrasse, por isso os Corvos são reservados daquela maneira e tinham razão em fazê-lo ou estivessem cegos diante de coisas ainda sem nome que poderiam estragar sua redoma protetora.

    Quando ele vai desaguando tudo aquilo Chloe realmente parecia ficar petrificada quando ele citou que o seu perseguidor parecia gostar de Sinatra. Tinha pensando milhares de vezes nele, pesadelos intensos protagonizados por ele e que a faziam choramingar sozinha abraçando um travesseiro como se fosse uma menina perdida em um corredor escuro. Quantas coisas ela aprendeu a esconder sobre si e mesmo agora pensar em Devon lhe causa tremores.

    Ao pensar na música “My Way” de Frank Sinatra só conseguia sentir um timbre sombrio. Ela abraça o próprio corpo recordando dos ataques de pânico nas madrugadas pós sítio e mesmo no apartamento ela cansou de conferir se tudo estava trancado, mesmo que uma porta nada fosse para um uratha ou na rua quando notou alguém parecido sentia um calafrio.  Chloe não deu detalhes sobre o que viu no celeiro para ninguém e aquilo é uma página que queria arrancar, lembrou da moça no equipamento e da violência pura que emana de Devon nem Ian tinha sido violento quando a encontrou em  fuga.

    Passou a mão pelo cabelo  incrédula diante do que Connor disse. - Sinatra é?!- A ruiva mordeu o lábio inferior com força. - Você viu como ele era? Alto, forte e intimidador, quem sabe…Um charuto queimando no escuro, brasa laranja  ardendo e os olhos famintos por violência…Perigoso, astuto e cruel…- Depois afundou na cadeira lembrando da música e o quanto o rosto dela ficou desfigurado. Medo passou em seus olhos, uma sombra que a fez lembrar do quanto queria arrancar um pedaço de Devon de alguma maneira a faz trincar os dentes com força.

    - Não sei se é o mesmo cavalheiro adorável que me sequestrou meses atrás, mas se for espero que a Lua me permita retribuir as gentilezas dele quando tiver uma chance.- Ironia cheia de maldade no tom da ruiva e os olhos vagueiam pra longe dali.  Ela dava uma risada cheia de um humor maldoso e guiava aquilo para uma outra página, não queria pensar no desgraçado e nem no sítio não naquele dia. -Connor teremos muito para contar ainda e farei meu melhor para contar tudo que realizarem!-  Chloe bateu no apoio da cadeira com força e com os olhos cheios de uma coisa faminta que ainda estava esperando uma nova chance de causar estragos como na noite da mudança, mas dessa vez não haveria arrependimentos mas sim o desejo de retribuição contra um inimigo “O povo não assassina o povo!” o pensamento rasgando a fome da ruiva e fazendo segurar a respiração. -Muitas histórias serão contadas após essa caçada e a beleza contida na violência bem como na piedade vinda da mãe será lembrada mesmo após nossa partida!-  



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    Mensagem por thendara_selune Qui Abr 07, 2022 2:08 pm



    Connor falou - Vem, vamo lá pra dentro. - ele fica de pé e puxa Sam por uma das mãos, enquanto Chloe futucava a cozinha, ele volta pra perto da caixa, veste as luvas de MMA, revira o pescoço e trinca os dentes. - O porrinha de merda continua pistola aqui dentro. - mas as luvas eram meio apertadas, desconfortáveis.

    Ele se aproxima de Chloe tirando as luvas jogando em direção dela as deixando largadas em cima do balcão da cozinha  - A lua te deu uma oportunidade de continuar o dever dele, ele era meu melhor amigo… Irlandês doido do caralho. - ele sorri, com o semblante triste, tão estranho pra quem só mostrava explosão ou frieza. - Fica com elas, você vai precisar. - uma mão lavava a outra, era a regra mais básica de todas


    Chloe o observa lembrando de Franco na verdade ele era bem assustador, intimidador aos olhos dela, grosseiro, arisco e ainda ela o via como aquela verdade necessária, mas que poucos querem ser responsáveis por revelar. -A Lua deu a todos nós escolhas, caminhos e sussurros indecifráveis, para Franco foi partir pelo que ele sentia ser o certo, não vou esquecer o que vi naquela noite e de como ele foi corajoso de muitas maneiras que palavras não podem  expressar…Talvez seja o mesmo destino que me aguarda.- Deu um sorriso sem mostrar os dentes e dava pra notar que ela parecia não ter medo. - Brendan lembro dele, o vi assim que cheguei em Dover na casa de Sebastian, depois nas reuniões é um rapaz honrado e ele me inspira muita confiança, mas admito que vocês são bem diferentes.- Não é uma crítica é um comentário movido pela curiosidade de entender o Elodoth que nutria desconfiança de William e é dono de um olhar intenso do tipo que afunda dentro de você buscando todos os seus segredos. Quando Connor respondeu Chloe pensava em si mesma nos últimos meses, tentando esconder feridas, aprender a filtrar o que valia expor e o que devia permanecer trancado dentro de si pelo bem de quem amava ou admirava.


    OFF: Pra não passar batido complementei aqui e vamos tentar alinhar Axel dentro das coisas.








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    Mensagem por Bravos Sex Abr 08, 2022 5:39 pm




    Axel Brown

    Deixou o clique da porta lhe denunciar, embora soubesse que boa parte deles sabiam que ele estava ali. Deu um suspiro aliviado ao ver os três bem. — Que bom ver todos inteiros. - Axel entra e senta próximo dos demais. Ele olha para Connor. — Você tem sorte que temos duas garotas que sabem remendar pessoas. Talvez tivesse sido importante pedir ajuda. - Ele diz com um sorriso amarelo. Ele suspira fundo e levanta.

    Vai então até as fitas e livro que foram roubados. — Vamos ver o que tem de bom aqui dentro? Estou certo que em algum lugar dessa casa tem um toca fitas. - Ele pega o livro com cuidado e o folheia. Tenta achar ali a informação que valia a pena aquele feito. — Lembrei! - Ele deixa o livro e se encaminha até a garagem para buscar o toca fitas numa caixa na prateleira. Instantes depois está de volta e começa a instalar o tocador na televisão. Quando está devidamente instalado, ele estende uma das fitas para Connor. — Faça as honras.

    Repostei aqui pra desemerdear o negócio.






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    Mensagem por Bastet Qui Abr 14, 2022 11:22 pm




    Sam aceita o abraço... Talvez aceitasse o beijo também, se ele viesse, mas ficou mais curiosa com o sentimento vindo do rahu.  Olhou pra ele como quem diz “quero saber sobre isso”, mas não comenta no momento, dando um tapa na mão boba dele. Um misto de ciúmes e curiosidade em seu corpo... Sentimentos que foram apagados quando ele falou sobre Edrick e seu tratamento “masomenos”... Como os Crestwood conseguiam estar em toda e qualquer confusão relacionada à alcateia? Sempre de forma duvidosa se era positiva ou negativa.

    Prestou atenção sobre o anestésico, mas não interrompeu, deixando o assunto tomar outro rumo.

    ---

    Samantha apenas olhou pra ele quando ele discursou sua filosofia sobre serem soldados condecorados com dor. Não respondeu. Não concordava, a lua podia ser louca sim e os obrigar a se tornarem monstros, sem escolha. Mas podiam jogar a culpa do sangue e coisas terríveis que faziam na deusa? Achava que não.

    Continuou calada sobre a transformação. Saber que ele poderia saber de outras formas não a fez se sentir melhor... Até piorou, mas as palavras a deixaram curiosa.  – Eu pensei que só eles tivessem sonhos ou coisas do tipo – indicou Chloe, claramente falando dos Cahalith -  e só Sombras falassem com os mortos... Como você faz isso? – ficou inquieta. Queria falar com o avô... Queria se desculpar. Queria que ele a xingasse, amaldiçoasse... Qualquer coisa que fizesse a culpa diminuir.

    Chegou a se encolher, se sentando no braço do sofá.

    Suspirou, ouvindo Chloe falou sobre ser Uratha – Não temos muita escolha, no fim né? – tentou sorrir, mas saiu um sorriso triste. – Qual o sentido? Seria bom saber, não é? Supor é algo que me deixa... –angustiada”, pensou, mas não completou, deixando a frase morrer.

    A Ithaeur presta atenção na história que Connor contava... De como tinha arrumado aqueles machucados. – Aponi me disse que o que ela e William fizeram lá no sítio** pode ter algo a ver com os puros terem parado as ofensivas... Usaram um objeto que acreditam ter um pedaço de Gurim-Ur... Pra tentar ultrapassar o “véu que ele tinha colocado nos Cahalith” – fez as aspas com as mãos, citando o que ela tinha dito o mais literal que lembrava.

    OBS:

    Não pôde evitar sorrir quando Connor falou em Dinheiro e Axel apareceu. Ele e Chloe eram quem tinham mais grana pra ajudar em algo grande assim. Sam talvez, mas quebraria o canil com certeza. – Cuidar de cachorros é mais fácil que desse aqui – ela falou, em resposta ao que o alfa disse, dando uma olhadela pra Connor, que já bebia como se não tivesse acabado de sair de uma cirurgia. “Filho da puta teimoso”, pensou, pegando a garrafa e querendo dar um gole, mas se segurando, colocando ela na mesa.

    Percebeu Chloe ficar agitada com a história, sem entender o motivo.... E logo entendeu, pela fala dela. Rosnou – Se for o mesmo filho da puta, ele merece coisa bem pior do que morrer – se lembrava de como Chloe tinha chegado. Se lembrava dos machucados, da dor e terror no rosto dela. Sam foi a única que viu, única que prestou atenção na época. Temia a própria pureza quando pensava nisso. Teria forças pra deixar ele vivo depois de machucar bastante?

    Sentiu as unhas furarem a palma da mão, quando as apertou com força... Por sorte aquilo a fez se concentrar novamente, voltando ao assunto.

    - Será que isso que você roubou tem a ver com isso que a Aponi disse? – perguntou, olhando pro rahu, depois pro alfa, que se prontificou a achar um toca fitas. Sam foi até a mochila, entregando as fitas pra Connor quando Axel voltou e olhando o livro, tentando entender sobre o que ele era antes de abrir.


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    Mensagem por Ankou Sex Abr 15, 2022 3:26 am



    - Não tem outro jeito de ser. - ele retruca Chloe, sem sentimento nenhum aparente, mas não era verdadeiramente feliz, não tinham escolha. - É o destino que aguarda todos nós, nunca ouvi falar de uratha que morreu de velho, já é difícil o bastante ficar vivo pra ser velho, pra alguns é difícil até de envelhecer. - ele diz verdades, mas verdades que também nem todas ele compreendia.

    - Trabalho pra um homem só. - ele responde enquanto cumprimenta Axel com um acenar de cabeça, isso era ele sendo educado, porque o que queria dizer mesmo era que ele ia voltar com um cadáver nas costas invés de só um buraco, ou seriam dois cadáveres.

    - Eu escutei de um amigo que tribos tem seus segredos, que quando um membro sai dela ou descobre e utiliza esses segredos coisas inomináveis acontecem com a pessoa. - Ele gira o banco e olha pra Axel - O livro vai precisar de uma remendada, as fitas eu não sei exatamente pelo que olhar, mas até onde me consta essas paradas pertenciam a um Ithaeur dos Mestres, se você vai bedelhar isso é por sua conta e risco. - ele avisa Axel, mas o aviso servia pra todos os outros. - Eu não ia querer Sagrim na minha cola, não mesmo. - só de imaginar aquela porra tinha um calafrio, mas ele não se opõe a Axel olhar as coisas, só deixa o Elodoth entretido e continua sua conversa com as meninas.

    - Minha família sempre teve ligações estranhas com a Sombra. - ele diz fazendo algum mistério inicial semi-cômico sobre sua afirmativa - Bem é isso que minha mãe diz - mistério que ele não faz muita questão de sustentar. - Eu devia tá morto Sam, mais de uma vez, eu devia ter morrido hoje de novo… - ele se volta pra Chloe - Reconhecer o perigo é saudável, mas ter medo não cai bem num Cahalith, o olhar deles hoje também tinha medo, depois de três tiro e uma granada eu ainda corria mais do que eles, o olhar de medo, do mágico e inacreditável. - não tem orgulho na voz, dessa vez não, é pura afirmação. - Amy arrancou a mão dele, ficaram de me mandar um dedo de presente mais tarde, o dedo do gatilho… Ele não vai precisar e nem usar por um tempo mesmo. - sem humor nenhum, chegava a soar macabro.

    - Hikaon-Ur é distante, ela não te dá atenção quase nunca, mas de vez ela gosta de soprar a resposta do que você tá caçando no seu ouvido, Axel sabe do que eu to falando. - ele diz olhando brevemente o companheiro de alcateia - Mas Sagrim? Sagrim não, ela olha bem de perto quando você tá fazendo algo interessante, eu carreguei sete faces de Sagrim-Ur dentro de mim, se me perguntar cem vezes se eu devia estar vivo, eu vou te responder cem vezes não, só estou feliz por estar. - ele diz dedilhando alguma coisa no balcão de madeira, alguma coisa sem ritmo, mas que acompanhava os pensamentos. - Eu não sei Sam, eu não faço ideia por que isso acontece comigo, mas se eu tivesse que apostar minhas fichas… - ele não prossegue - Eu não tava lá, eu não tenho mais do que as palavras de vocês pra saber o que aconteceu, mas acredite um pedaço é o bastante pra fazer um estrago, você não vai querer encontrar Gurim inteira. - tava cansado daquelas reflexões, já havia remoído coisa demais por uma noite.

    - Se for o mesmo filho da puta, ele merece se tornar um Urdaga, eu vou dar uma coça de borrachada mole nele antes, só pra descontar, mas o cara pode tá controlado, pode tá maluco, pode só tá cego com promessa de glória, provavelmente tá como todos os Garras de Marfim estão, se achando a última bolacha do pacote, com o cu cheio de graveto, como se fossem alguma espécie de uratha melhor, nazilobos do caralho.
    - Verdade? Não exatamente, era mais como ele queria que fosse do que realmente era, todo mundo sabia que ele já tinha se cansado de repetir que cada um era dono de seu próprio juramento.

    O gesto pra Sam com um dos ombros indicam que ele não faz a menor ideia.
    Connor Mcleary
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    Mensagem por thendara_selune Sex Abr 15, 2022 4:51 pm




    @Wordspinner quando puder deleta a postagem acima dessa pq errei ali  Cool  tongue

    -Na verdade, não tive nada assim até agora,- Ela teve pesadelos contínuos com o sítio, nos meses anteriores à mudança e eles eram persistentes em assombrá-la. Às vezes na madrugada o vento noturno assobiando “My Way”, a madeira do chão rangia de um jeito assustador, mas ela sabia que todos os materiais, em maior ou menor medida, sofrem uma dilatação quando a temperatura sobe e uma contração quando baixar. Mesmo assim ela tinha medo, mas, ao mesmo tempo fome de retribuição. - talvez exista um significado maior para o que você vivencia, não sei se existem registros orais sobre isso ao alcance de todos, mas certamente pelo que noto sua família tem uma história e quem sabe sua mãe saiba lhe dar algum norte.- A voz dela é calma, tinha curiosidade sobre aquilo, mas tinha tato o suficiente para não ser invasiva demais.

    Sam fala do sítio e Chloe lembra daquilo com clareza porque também teve pesadelos vívidos sobre tudo que acontecia com a outra gibosa, mas quem era o vilão real nas sombras podia ser ainda mais complexo do que o irraka revelará a Sam.  A ruiva notou o sorriso triste da morena, assim como já notara que a outra não era aberta a demonstrações de afeto, mas ainda assim nutria por Connor aquele sentimento fraterno que foram construindo antes em algo muito intenso entre eles. “Talvez ele esteja imerso demais no caminho que escolheu e não consegue captar os sentimentos que ela guarda fundo dentro de si?!. Imagino que Sam tenta como pode se manter nos trilhos, enquanto Connor se joga em missões solo e volta sangrando como se fosse algo perfeitamente natural, mas só de olhar consigo ver toda a preocupação dela em uma onda, será que ele perdeu todo que ama ou quem sabe a mudança também cavou fundo dentro da alma dela como fez comigo?!” O pensamento fica ali crepitando na mente da ruiva.

    Se sentiu tocada pelo sorriso triste de Sam. -Talvez nunca de fato tenhamos decidido as coisas, mas no final das contas vamos conviver com essas escolhas e elas vão gerar toda gama de sentimentos.- Havia uma coisa melancólica na ruiva. O rosto bonito e delicado esperando tanto quanto Sam que tivesse mesmo uma razão maior em tudo. - Seria ótimo saber o sentido, a razão e ao menos supor que tudo não passou de um daqueles erros imensos que a gente comete e acaba arrumando uma desculpa útil para fingir que foi a escolha certa.- A cahalith suspirou, desviando o olhar para o alfa, mas não estava exatamente olhando para ele. - É claustrofóbico para mim, supor sem ter a total certeza, mas é confortável tentar encontrar uma resposta para nos dar fé no que somos, não creio que tudo isso se resuma a vulgarmente “caçar, trepar e sobreviver”.- O tom dela foi frio no final, aquilo soava supérfluo de alguma maneira coisa de uma criatura fraca que se agarra apenas ao primitivismo de existir. Chloe quer mais, precisava de mais por isso iria caçar para fazer o coração dela pulsar selvagem em busca de expiação, de uma verdade pessoal e das bênçãos piedosas da mãe Lua.

    - O sítio foi uma coisa surreal, os irrakas falam entre linhas, me parece serem sempre os primeiros a ver algo além da cortina, esmiuçando tudo, tentando resolver o quebra-cabeça antes dos outros, aquilo que aconteceu ali é apenas o começo de uma coisa que ainda não pode ser nomeada com exatidão.- Agora havia nela um tom indecifrável, uma emoção não lida e o tremular de uma visão vinda de dentro dela como se fosse um sussurro que os demais iam achar vago ou coisa de cahalith. A ruiva passou a mão pelo rosto voltando mais para perto da realidade, agitação por tudo que dissera ali dando uma amornada. O rosnado de Sam é agradável aos ouvidos, inegavelmente apesar de não viverem de abraços e confidências tinham a mesma visão sobre aquele assunto.- Acho coincidência demais os dois caras gostarem de Sinatra.- Seu semblante ficou taciturno. -Se for o mesmo cara ele merece acordar para verdade e ajoelhar-se diante da mãe, estão perdidos do outro lado, movidos por forças cruéis, cegos e possuído por entidades antigas que querem inundar tudo com o caos corruptor.- As palavras ditas como se fossem um sussurro prosaico digno do augúrio que carrega. - Porém concordo com a vibração de suas palavras e o desafio nesse rosnado.- Um sorriso afiado e predatório quebrando então de novo aquele devaneio da ruiva tão imersa no perfume da Lua. -Uma mão, um braço ou até uma perna, pelo que senti emanando dele isso apenas vai deixá-lo ainda mais interessado em caçar, em ferir e nos alcançar irradiando violência, mas não nego que tenho satisfação eu ouvir seu feito Connor, quando a hora chegar a história vai ser contada como deve ser. Vou mencionar não apenas vocês, mas os outros envolvidos nisso com grande orgulho e emoção tenha certeza. As suas marcas não mentem!- A voz dela tinha até uma dose de admiração por ele agora, o sorriso branco demonstrava que ela genuinamente sentia gratidão ao ouvir aquilo.


    Escutou as palavras de Connor como se aquilo fosse um fio interminável de coisas interessantes que envolviam os Mcleary. Ela adoraria desbravar tudo sobre eles, assim como conhecer cada história que envolvia Dover e esse magnetismo que atrai tanto os inimigos até ali como se uma força maior tivesse típicos planos macabros. Ele fala dos primogênitos, a ruiva não deixa de fazer ela mesma uma análise sobre as culturas tribais como cada uma seguia o mito da criação, algo que era passado adiante em uma espécie de contação oral coletiva ao longo de eras, Chloe queria se aprofundar naquilo, saber até onde o mito se perde na evocação pessoal de cada tribo.  As palavras dele ganham mais força quando escuta que ele carregou às sete  e faces de Sagrim-Ur dentro de si. Aquilo a fez arquear as sobrancelhas em clara surpresa. Porque aquele garoto passou por isso? Chloe é mais velha que ele, completou vinte e cinco há poucos meses.  Connor às vezes falava como se fosse um Uratha velho demais, carregado de histórias, com marcas que compravam seus feitos, muitas vezes se perguntou porque ele tinha de fato voltado? Os algozes ainda estavam tão frágeis, Axel tinha se esforçado para mantê-los seguros depois que Shaw seguiu o chamado dele por isso olhou o Rahu um tanto perplexa, mas aquilo era algo que apenas a Lua podia entender não lhe cabia uma análise lógica sobre as palavras de Connor. Depois a voz dele meio que morre, parece  cansaço, algo que o deixa mais próximo da alcateia, porque sempre que o viu parecia despreocupado ou envolto naquele ar de quem sabe tudo em demasia com grande relutância em encarar possíveis fraquezas. Mas na última reunião viu mais um lado dele que desconhecia, por isso disse aquelas palavras o respeitava, podia não concordar com muito que ele dizia, mas não podia desmerecê-lo ou tratá-lo com indiferença.



    Axel já tinha chegado e também ouvia a pergunta da morena sobre as coisas que Connor pegou, agora o silêncio da ruiva aguardando um fio de luz que pudesse esclarecer um pouco mais a trama que o rahu se enfiou. Connor retrucou as palavras dela, Chloe mordeu o lábio de leve, então se sentou, os olhos brilhando cheios de sentimentos que ele seria incapaz de decifrar. -Mil possibilidades, mil respostas e talvez nada certeiro.- Murmurou muito mais para si mesma do que para o Rahu.Ele alertou Axel sobre as coisas que ali estavam, a ruiva não se meteu naquilo, ficou à espera que o alfa dissesse o que tinha de dizer e só um tempo depois é que falou de novo. -Inteiros por agora.- Um meio sorriso que constata que a realidade em oito dias podia ser outra.  O alfa fala da habilidade das duas Chloe escuta, mas não mostra nenhuma emoção ou concordância sobre, porém assentiu quando ele falou sobre o Rahu“ pedir ajuda”. -Nós somos alcateia, mas, em simultâneo, sei muito bem que cada um tem coisas para fazer  e nem sempre dá tempo de raciocinar consequências, mas ainda assim espero que possamos  acertar os ponteiros.- Connor agia sozinho, tinha aquela coisa clichê de lobo solitário desde que voltou, talvez o lado lobo dele estivesse cada vez mais presente, os modos do Rahu, o olhar feroz escondido no sorriso cínico e aquele eterno ar de quem sabe a força que tem. O lobo de Connor cada vez mais presente, enquanto os demais ainda se agarram no teatro da vida que os cerca e Chloe não se arrependia disso, pois era o que a tornava ela mesma.



    OFF: Prontinho gente se esqueci alguma coisa desculpa, tentei reagir a tudo da maneira que deu e por isso ficou uma postagem longa porque senão ia ficar muito seco a personagem não pensar em nada durante toda essa carga de revelações e sentimentos que é possível pra Chloe ler porque tem empatia para isso. Qualquer coisa posso acrescentar mais quando o Bravos postar ou quando os demais derem andamento, mas tenho gostado da chance de conhecer mais os personagens em ON.




    Chloe Moore
    -Essência: 7/10
    -Dano: 0/7











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    Mensagem por Bastet Dom Abr 17, 2022 11:22 pm




    Samantha encolhe de leve os ombros quando percebe que Chloe tinha prestado atenção demais no que ela tinha dito. Tinha entendido muito. Apenas assente, enquanto ouve ela falar – Se fosse só caçar, trepar e sobreviver ia ser mais fácil, na verdade. A gente só foi jogado nessa realidade, sem saber porra nenhuma... E pra não perder um pouco da humanidade que nos resta precisamos buscar sentidos – olhou pra Connor. Ele já estava parando de buscar, aquilo deixava Sam com medo – Eu queria só trepar, caçar e sobreviver e não pensar em mais nada... Mas se eu fizer isso, vai passar um ano e minhas crianças não vão ter as mães e o pai. E se tiverem, não vão estar próximos. Vão crescer criados por terceiros – aquilo a angustiava, faria de tudo pra essa história não se repetir. Connor e Anne amavam as crianças, mas achava que, no fim, o dever era maior que a proximidade; Connor com a pureza, Anne com a alcateia que estava desmoronando.

    Sam observava a capa do livro, passando a unha de leve pra sentir as texturas, vendo a lombada desgastada, procurando algo que indicasse sobre o que ele era. Talvez por curiosidade, talvez pra fugir do assunto que estavam conversando... Provavelmente um pouco das duas coisas, na verdade. Quando Connor fala sobre os segredos de Tribo, ela desiste de abrir, deixando ele apoiado no colo. Caso Axel quisesse abrir, entregaria pra ele.  – Bem, é a sua tribo, afinal – falou com o Rahu. Talvez o único que poderia bisbilhotar ali sem prejuízos.

    Ouviu sobre os lobos primordiais e como Connor parecia ligado àquilo tudo. Ele parecia o protagonista fodido de uma odisseia, enfrentando todos os perigos sozinho. Sam não sentia inveja disso, não mesmo. Gostava de ficar nas sombras... Sentia falta de ser apenas uma sangue lupino sem noção.

    - Foi uma bosta lá. Eu senti em mim aquela merda... E foi só um pouco. Nem posso imaginar a dor que Aponi sentiu naquilo tudo... Mas se isso irritou a Gurim... Eles tavam mexendo em coisas que não pareciam certas, poderosas demais. Se você acha que os puros vão atacar em breve, com ou sem ajuda de um lobo desse, e tão com esse poder de fogo todo... Talvez a gente devesse fazer como fizeram em Tokyo. A porra de uma aliança que rejeita qualquer um que é de fora. Não é só palavra, como é o protetorado. Eles parecem um... – olhou pra Axel – Eu não sei se eles nos ajudariam com isso, mas seria importante conversar com todas as alcateias... todas... E não digo pra sempre, só pra ficar preparados caso precisemos, temos muita gente pra proteger que não consegue se defender de um ataque... – Será que Shaw ajudaria com a legião? Seria lindo ver eles entrando com rabo entre as pernas, pra não sentir aquela rejeição infernal que Sam sentiu em Tokyo.

    Quando o assunto pairou no filho da puta que atacou Chloe, Sam não parecia concordar com Connor. Ficou inquieta. Sabia que ele estava certo, mas precisava ainda meditar bastante para trazer ele pro lado dos destituídos ao invés de torturar como tinha feito com Chloe. Quando a ruiva falou sobre o cara, Sam abriu um sorriso – Quanto mais motivado, maior a queda. Um dedo não seria um troféu ruim. Talvez você até consiga cheirar, ver se reconhece o cheiro, se for o caso...

    Observava os dois, enquanto falavam de feitos a serem contados. Aquilo era algo que nunca tinha imaginado, Connor e Chloe se dando tão bem. E como ficavam bonitos juntos... Pertinho assim. Connor perceberia uma atração estranha vindo de Sam, direcionada aos dois. Será que isso despertaria algo nele também?

    Samantha Doiley
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    Mensagem por Ankou Seg Abr 18, 2022 3:50 pm


    - Eu não gosto de pensar que as coisas tem significados especiais, todas as vezes que eu fiz isso eu acabei quebrando a cara. - ele retruca Chloe com honestidade inconfundível - Mas eu já tenho um norte, não tenho tempo. - ele passava pelo menos metade do tempo dele cuidando de assuntos da alcateia e das crianças e a outra metade sabe-se lá fazendo o que, dessa vez o bastante pra voltar com as costas estrepadas.

    Ele dá mais uma golada na bebida e fica escutando Samantha falar sobre o triatlo favorito dos urathas, ou de quase todos eles - Caçar e trepar é a parte divertida, mas não se engane, não tem nada de humano em nenhum de nós, se você acha que tem é só um eco do seu senso do que era ser humano se confundindo com o que a lua te deu agora, e se você não tivesse isso você não seria diferente de um Anshega. E é por isso que eu nunca vou ser um deles. - uma certeza inabalável, que vinha misturada com dor, como se tivesse sido por muito tempo uma tortura mental entender tudo aquilo.

    Ele se levanta devagar e se aproxima de Chloe, ele a acolhe no momento certo, o braço enorme e bom passando pelas costas dela trazendo o corpo dela pra bem perto, a mãozorra logo alcança a cabeça dela, os dedos afundando no cabelo volumoso,e a mão puxando a cabeça contra peito dele, cheio de  músculos empedrados - Deixa esses sentimentos de lado, você não é indefesa mais, e enquanto eu tiver aqui eu vou fazer meu trabalho, não tem um centímetro desse território que eles possam entrar onde eu ou Axel não vamos saber, vocês estão seguras. - ele diz olhando pra Sam por cima da cabeça de Chloe, e mesmo ferido ele não parecia ter medo nenhum de um ataque, parecia até ansiar por ele.

    - Merda acontece, a gente nunca vai gostar delas como qualquer criatura na face da terra, vocês precisam achar a verdade de vocês - naquele instante ele soava como um professor que desafiava as alunas a pensarem por si só e desacreditarem em tudo o que ele falava, por que ele sabia que tudo mudava, e no dia seguinte ele podia pensar diferente, podia até concordar com elas - Vocês não chegaram lá ainda, mas vão. - ou pelo menos esperava que fossem.

    Ele mantém Chloe perto, fazendo um afago nela as mãos deslizando pelo cabelo sedoso - Eu já ouvi falar de Tokyo, não lembro se foi Amy ou Rich, sem alcateias, mas eles se juntam pra chutar qualquer forasteiro incômodo de lá, eu gosto da ideia, minha mãe nunca aceitaria isso, nem os novatos, o protetorado funciona bem com esforços cavalares, mas funciona. - ele diz como quem dava a entender que era melhor não mexer nisso.

    As emoções de Sam o invade, fazem ele fraquejar por um momento, o olhar feroz e luxurioso dura só um segundo, pra no momento seguinte roubar um beijo da Cahalith, ele era um Mestre do Ferro, ele tomava o que ele queria, mas não deixava de ser de certa forma sutil, os toques dele leves num primeiro momento, dando a certeza de que ela poderia sair dali quando quisesse, no momento seguinte ele é Connor que tinha que ser, o corpo espremido contra o dela, sem nunca perder o cuidado com a barriga grande e oval, mas o bastante pra ela sentir o desejo vindo dele, ele tinha gosto de carne e scotch bom, um braço bom é o bastante pra colocar ela sentada no balcão como se fosse uma boneca de pano pra nivelar a altura dela com a dele, a respiração forte e excitada contra o rosto dela, algo entre um gemido e um rosnado, uma mão arranhando a madeira com as unhas logo perto da perna dela e então dor.

    Ele descola o rosto e olha bem pra Chloe, a desgraçada era linda, tirando o cabelo ruivo que era uma preferência pessoal não tinha uma merda pra botar defeito, como se ela fosse capaz de cagar cheiroso, ele corre o olho mais pra baixo olhando a barriga dela, pensa no quanto o vô ia adorar se fossem dele, mas nem eram, mas também nem importava, não tornava eles mais ou menos importantes pra ele, todos eram importantes.

    - Para de colocar essas ideias na minha cabeça Sam, minha fase de piranho já foi. - ele diz como se ela tivesse feito uma proposta tentadora demais, mas sem perder o próprio humor, sentia falta de Tuya, já havia tanto tempo.

    Ele olha pra Chloe de novo - Considere meu jeito de dizer obrigado… Pelas costas. - ele não soa envergonhado, na verdade soa como um cara de pau, mas um cara de pau honesto e verdadeiro. Ele dá a volta no balcão agora e volta pro seu copo de Scotch dando uma outra bicada.

    - Eu vou olhar o livro mais tarde, quanto as fitas, duvido que o cara tenha guardado algo secreto nelas, elas estavam largadas no museu, e não chumbada atrás de uma parede, mas tem algo relevante certamente, mas isso eu vou deixar por conta do Sr. “Big Brains” - ele diz olhando na direção de Axel entretido pela dezenas de VHS antigas.

    Connor Mcleary
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    Mensagem por thendara_selune Seg Abr 18, 2022 11:45 pm




    -A vida poderia ser isso mesmo, mas no fim nenhum de nós teve o que realmente queria.- A voz baixa e profunda pensando nos próprios filhos. -Nem sei como vai ser com os meus, pensava em ter filhos desde sempre, me soava muito natural, mas agora parece que estou com síndrome de ninho vazio antes mesmo deles nascerem. - Mordeu os lábios e suspirou.- Então veio o Aidan e entendi melhor que tipo de uratha tento ser, não é uma tarefa fácil, mas ainda assim vou tentar meu melhor.- A morena falava da experiência em Tokyo e Chloe ouvia com atenção interessada no tal objeto, um pedaço de história nas mãos de outro uratha aquilo fez algo nela ficar tentada em saber mais sobre aquilo, de onde veio e, porque estava nas mãos de William. O assunto vai então para uma espécie de aliança que ela conheceu lá, logo a ruiva ia traçando os prós daquilo, mas ficou pensando em como fazer os reclusos Corvos participarem, a Legião de Sangue presa em uma guerra selvagem, as alcateias novas eram um mistério, mas ainda assim achou uma ideia interessante. -Talvez alguns escutem, só saberemos se tentarmos e dada a situação não temos nada a perder.- Apoiou a ideia da Ithaeur. - Verdade talvez isso ajude,-Apontou pro nariz dando agora um sorriso mais aberto para Sam.- de uma maneira estranha eu o considero uma espécie de caminho que preciso cruzar de novo para resolver coisas que me assombram.- O olhos brilham perdidos na memórias do sítio, mas dessa vez não inquietação nela.


    ***


    O gesto de Connor é recebido de maneira fraterna por ela, não tinham toda essa intimidade, Chloe estava habituada a lidar com homens sisudos, sérios e não tão expressivos no que se dizia respeito a expressar o que sentiam com clareza, talvez o pai fosse o único que lhe foi mais carinhoso, gentil e sempre com braços fortes que a envolviam quando menina. Ela lembrou do pai enquanto estava dentro do abraço as palavras do Rahu passaram-lhe confiança em um amanhã melhor. -Eu só quero que todos nós tenhamos mais um amanhã.- Cahalith  não se afastou do afago, ouvia a conversa, mas sentia uma grande nostalgia ao lembrar do pai. Escutou sobre a maneira que agiam em Tokyo e realmente confirmou de novo que os Corvos não iam aceitar. Chloe os via quase como uma ordem secreta, você pode até conhecer os nomes, mas não suas reais motivações tanto que chegou a suspeitar deles quando foi levada, até porque Brendan sabia da história toda, não acreditava que ele compactuaria com aquilo, mas era o avô  dele não é mesmo!? O pensamento martelou na mente dela por um tempo, mas depois do ocorrido com James optou em virar a página, deixar as coisas seguirem seu curso e deixou o assunto morrer. Porém, uma filha faminta por vingança poderia muito bem tentar buscar as entre linhas no juramento para saciar ao menos um pouco a sua sede por reparação? Chloe não a culparia por isso, afinal seu pai naquele dia lhe lançou um olhar que a fez se sentir a pior das mulheres, é aquele tipo de olhar que apenas os pais sabem usar e aquilo mexia com ela de muitas maneiras.

    Por isso a Cahalith  acreditava que mesmo todos presos ao juramento ainda assim algumas vezes não haveria consenso sobre tudo e assim sendo havia uma grande chance de fazer um caminho do meio quando se tratava do juramento. Ficou presa nos seus pensamentos então o que se seguiu a pegou de surpresa, quando por algum motivo o Rahu tentou roubar um beijo dela, Chloe  agiu como a cena pedia, e prontamente enfiou os dedos na boca dele de uma vez só e depois os tirou passando a saliva na cara dele - Pronto Connor penso que deu para medir sua temperatura usando uma técnica nova e seu prognóstico é ótimo.- Ela riu depois deu de ombros como se o evento tivesse um teor cômico do tipo que se espera de um adolescente cheio de si e sempre pronto para provar alguma baboseira. Ela tinha primos, lidar com Rahu meio que lembrou da época que muitas vezes os primos agiam do mesmo jeito. Um beijo roubado, um flerte bobo em uma reunião familiar, mas sempre longe dos adultos atentos e então de alguma maneira a situação toda a fez rir até sentir o rosto ficar quente. Fazia tempo que não conseguia rir daquele jeito, eles talvez não entendessem, pensassem que ela perdeu um parafuso quem sabe fosse efeito do augúrio, mas era a nostalgia de dias que não poderia viver de novo. - Eu preciso beber água se não vou morrer de tanto rir, desculpa grandalhão, mas não resiste, segura aí seu freio de mão porque eu tenho compromisso com outro cara e prefiro ele enfiando a língua na minha boca.- Depois ela pegou um copo qualquer e bebeu com vontade. A ruiva ainda soltou uma piada que pra ela realmente fazia sentido. - Acho que você tá tendo aumento anormal de hormônios mesmo já sendo velho pra isso. Quem sabe em algum lugar além daqui tenha uma milf gostosa disposta a reencenar algum pornô dos anos 70 com você “ Desbravando uma coroa ou quem sabe Connor contra ataca no campus e as lideres de torcida peitudas parte 1”- Os ombros dela finalmente relaxam após todo o caos que tinham passado tentando ajudar Connor. Ficou sentada em uma cadeira parecia realmente não ter se importado com aquilo e via a situação como uma grande piada que compensa o estresse.


    Chloe Moore
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    Mensagem por Bastet Ter Abr 19, 2022 12:21 am




    Sam observa o carinho dos dois, feliz por ver eles se dando bem. Depois de uma conversa como aquela, era bom ver que tinham se aproximado...

    A proximidade também levou a desejos antes desconhecidos pela Ithaeur. Talvez pela beleza dos dois juntos ou por Anne estar um tempo longe... De toda forma, ela pensou e esse pensamento pareceu atingir em cheio Connor.

    Os carinhos ficaram mais assertivos e um quase beijo rolou. Ela chegou a dizer um “Conn...” pra impedir ele, mas Chloe se saiu bem em parar o grandão. Sam só riu, erguendo as mãos quando foi acusada de colocar aqueles pensamentos na cabeça dele.

    - Eu não Fiz nada... É o aumento anormal de seus hormônios, a doutora aí disse – brincou.

    - Vou dar uma olhada nas crianças e tomar um banho também. Mais tarde eu volto pra ficar de olho nele e você poder dormir, ok? – Tava mais cansada do que queria admitir, mas um banho resolveria. Um banho e férias de 30 dias.

    Deixou os dois ali na cozinha e foi pro segundo andar da casa resolver suas coisinhas.


    Samantha Doiley
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    Mensagem por Bravos Ter Abr 19, 2022 6:55 pm




    Axel Brown

    — Ela sempre prefere olhar de longe. - Ele retruca quando Connor fala de Hikaon-Ur. A loba negra observava. — Não tenho interesse em me meter em nenhuma treta entre tribos. Basta as tretas que temos. Mas você está certo que o livro vai precisar de um remendo. Eu posso fazer isso, vai ficar resistente como novo. - Perder páginas de um livro daqueles, afinal de conta, era perder um conhecimento importantíssimo. Axel não tinha o pecado da curiosidade. Poderia bem ajeitar o livro sem lê-lo. — Não será um problema. - Ele diz, fechando novamente o livro e deixando-o sobre a mesa. Esperaria um sinal verde para ajeitá-lo, se fosse o caso. Sabia mexer com couro e costura.

    Samantha fala sobre a experiência em Tóquio. Connor diz que seria improvável. Chloe diz que alguns talvez escutem. — Estamos numa fodida guerra. As alcatéias se misturaram para formar uma nova. Períodos de mudanças assim podem mudar interpretações. Mas é certo que precisamos estar mais unidos do que estamos até agora. Tanto vocês que vão estar no fronte como nós que vamos estar nos bastidores. Eu gostaria de ouvir mais sobre lá, Sam. - Axel diz, avaliando o que poderia e que deveria mudar naquele tempo.

    Assistir a cena de Connor se aproximando de Chloe foi um pouco exótico. É verdade que Connor já não era mais tão humano quanto qualquer um dos que estavam ali. As conversas sobre caçar, trepar e sobreviver inflamavam o jeito uratha de ser. — Uau, se forem transar me convidem ou me desconvidem antes, ficar assistindo é meio paia. - Aproveita a deixa galhofa para seguir a linha.






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