O Jogo dos Tronos - Rowan

Lorde Crane se mostrou bem solicito, parecendo gostar da ideia de Aldos casar-se com sua filha.

- Eu quero observá-lo, rapaz. Fique conosco enquanto ainda estamos aqui, o tempo que quiser e puder ficar longe de seus irmãos. Converse com Erin à vontade, confio na discrição dela.

Aquilo com certeza era um teste, ele queria observar Aldos, verificar suas qualidades e seus defeitos, e ponderar se era mesmo uma boa escolha.

- Compreendo, Lorde Crane. Com meu irmão acamado, e com o torneio chegando ao fim, não restam muitos compromissos, assim posso ficar mais tempo com vocês.

Erin sorriu e abriu os braços, e um coelho meio que automaticamente pulou em seu colo. Aldos nada disse sobre a ocasião inusitada.

- Que bom que está conosco agora, Aldos! Você tem muito a aprender, e eu mal posso esperar para começar a ensiná-lo..

Aldos retribui o sorriso a amada, ela parecia feliz com o rumo que estava se dando.. Perai, começar a me ensinar??

- Espero estar com vocês, e especialmente com você senhorita, não só agora, mas por muito tempo! Agora, diga-me milady, o que preciso aprender contigo?

Erin levantou-se, deixando que o coelho saltasse de seu colo, e convidou Aldos:

- Caminhe comigo, sor Aldos!

Ela se retirou primeiro, enquanto o Lorde Crane ficouu sentado, apenas acenando afirmativamente para Aldos.

Erin passeou pelos campos de acampamentos até chegar à beira do Rio Água Negra, passando a margear o curso de água. Os olhos dela se perdiam na distância, sem encarar diretamente Aldos.

A dama estava vestida com um longo vestido de seda azul que lhe dava um ar de mistério. Ela sentou em um tronco de madeira, com o cavaleiro em pé diante dela, com seus cabelos reluzindo sob o sol. Ela estava nervosa, mas parecia decidida a contar seu segredo.

Erin olhou para Aldos com um olhar sério e solene e começou a falar em um tom baixo e cuidadoso, para que ninguém pudesse ouvir:

- O que sabe sobre os Primeiros Homens, sor Aldos? Sobre os Velhos Deuses e a cultura dos povos anteriores aos ândalos?

— Assim que o festejo da rainha acabar se essa for sua vontade deve ir a Bosquedouro, mas antes disso fale com meu irmão Thomas, ele vai apreciar que seja claro com ele e sem arrodeios.-Ela conhecia seus irmãos e dois não eram dados a floreamentos. — se ele sentir que sua intenção é verdadeira com toda certeza lhe será dirá que pode ir até meu pai.-Thomas era herdeiro da casa, embora Aldos tivesse voz, era o mais velho entre os três que tinha maiores responsabilidades direcionando os mais novos.

Ela tinha a sensação que a mão dele irradiava tanto calor. Assim como na arquibancada e agora estavam só os dois ali. Briana queria tirar a mão dele, mas isso era impossível, estava tão confortável com a presença dele que desejava manter aquele toque.

— Eu não deveria estar aqui sozinha, o senhor sabe disso tão bem quanto eu, mas se o fiz é que porque na primeira noite que o conheci suas palavras demonstram que o senhor é honrado, preocupado com o bem-estar daqueles que vivem em Águas Claras e assim creio que a Donzela não me permitiria sentir…-Briana pausa desviando do olhar dele. — este sentimento caloroso em meu coração quando penso no senhor, mas por favor não me tome como tola, se fizer qualquer coisa que eu julgue errada me retirarei de sua presença e não mais lhe dirigirei a palavra.-O tom dela é sério. O tecido do vestido roçou na altura da sua coxa a fazendo tomar consciência do quão perigoso era aquela proximidade.  — Não posso me demorar, minhas damas e amigas não estão comigo, assim como Sor Jax então devo ir agora.-Ela morde o lábio inferior percebendo que o tratou com informalidade. Briana apertou a mão dele com carinho e o fitou cheia de timidez.
— Visite meu irmão amanhã, venha a tenda dele ao entardecer, já conversei com Thomas sobre seu interesse, mas este é um assunto entre homens e a minha vontade já está bem clara aos seus olhos.-Briana sussurrou como se contasse um segredo que só os dois sabiam até agora. Ela imaginou que Aldos estaria ainda entretido com o assunto do casamento com Erin.

Briana falava e falava, e quanto mais nervosa ficava, mais ela falava.

A cada palavra, Alekyne parecia se aproximar mais e mais dela, sem mesmo dar um passo, como se flutuasse em sua direção.

Os olhos dele estavam fixos nela, mas se mexiam, desviando de seus olhos para seus cabelos e então descendo para seu corpo, detendo-se um momento no pingente entre seus seios e então subindo para sua boca até retornarem a seus olhos.

Foi quando ele falou novamente, dizendo algo totalmente desconectado do que ela falava:

- Seus olhos são lilases! Nunca em minha vida vi olhos mais bonitos e fascinantes que os seus, Briana!

A mão dele, quente e forte, enorme sobre a pequena e delicada de Briana, fê-la dar-se conta da proximidade dos corpos deles.

Um mero gesto seria o suficiente para que os lábios se unissem.

Mas mesmo que Briana não fizesse o gesto, parecia provável que, se ela continuasse ali, em poucos segundos ele a tomaria em seus braços. E o que poderia ocorrer além disso, ela não saberia prever...

Erin escreveu:- Caminhe comigo, sor Aldos!

Aldos prontamente aceitaria o convite, mas por educação olhou primeiro para o pai da moça, Lorde Crane, que prontamente o permitiu caminhar com sua filha. Então logo Aldos se colocou a caminhar ao lado dela.

Os dois passearam pelos campos de acampamentos até chegar à beira do Rio Água Negra, passando a margear o curso de água. Os olhos dela se perdiam na distância, sem encarar diretamente Aldos. Ele se perguntava as vezes sobre os reais sentimentos de Erin.

Aldos estava apaixonado por aquela dama como nunca tinha sentido nas inúmeras mulheres com quem tinha se engraçado, ele não tinha dúvida disso. Mas Erin.. Erin era um mistério para ele, ela de certa forma parecia gostar dos galanteios de Aldos, e para Lorde Crane o aceitar tão facilmente assim, pelo menos deve ter consultado sua filha, e ela deve ter dado uma resposta positiva a isso.

Então isso parecia dizer que os sentimentos dela eram recíprocos ao de Aldos.. Pelo menos era o que ele tentava se convencer..

Pois apesar de tudo isso, Erin era sempre misteriosa, com olhares vagos e distantes, de poucas palavras, deixava esse ar de mistério que criava essa incerteza dentro de Aldos.

Por fim seus pensamentos foram cessados, quando Erin se sentou em um troco de árvore, Aldos estava a frente dela, o sol fazia seus cabelos reluzirem, junto com o seu vestido, criando uma aura celeste dourada sobre a dama. Ela era linda demais. Mas, percebendo a beleza da dama, percebeu também que ela estava nervosa, e parecia que iria contar algo bem importante.

Aldos se alegrou por ela decidir contar a ele, independente do que fosse. Mostrava que ela confiava nele.

Erin escreveu:- O que sabe sobre os Primeiros Homens, sor Aldos? Sobre os Velhos Deuses e a cultura dos povos anteriores aos ândalos?

Bom, não era muito o que Aldos esperava, apesar de não estar esperando nada.. Aldos vasculha na sua cabeça sobre coisas que sabia sobre os primeiros homens. Respondeu no mesmo tom que ela, respeitando sua privacidade.

- Não posso te dizer que não sei nada sobre os velhos Deuses, Lady Erin.. Mas também não posso dizer o contrário, minha família tem a base de sua fé nos Sete.. Então minha educação foi mais voltada para os Novos Deuses do que para os Antigos.. Porque a pergunta, milady?

- Não posso te dizer que não sei nada sobre os velhos Deuses, Lady Erin.. Mas também não posso dizer o contrário, minha família tem a base de sua fé nos Sete.. Então minha educação foi mais voltada para os Novos Deuses do que para os Antigos.. Porque a pergunta, milady?

O olhar de Lady Erin Crane desviou-se de Aldos, vagando sem foco pelos arredores.


- Ao se aproximar de minha família, você descobrirá coisas que desafiarão sua fé nos Novos Deuses. Como todos sabem, minha família é devota dos Deuses Antigos. O que poucos sabem é que eles ainda atuam em Westeros, de formas discretas e misteriosas...

Ela voltou a encará-lo, de modo quase suplicante por compreensão:

- Eu e meu pai não somos pessoas más ou cruéis! Mas há coisas que devem permanecer desconhecidas para o resto do mundo, um segredo... Acha que está preparado para conhecer e manter esse segredo? Só diga sim se tiver total certeza do seu amor e devoção por mim, Aldos!

— Não deveríamos...

Alekyne estava tão perto de Briana que ela podia ouvir a respiração dele ao mesmo tempo em que sentia o ar saindo da boca dele quando ele falava:

- Realmente não deveríamos... Mas se eu a tomasse agora, ninguém mais poderia se opôr ao nosso casamento...

— Penso em você desde a noite que nos conhecemos...

Briana sentiu as mãos dele envolvendo-lhe a cintura e puxando-a contra o corpo dele num gesto ao mesmo tempo forte e gentil, aproximando ainda mais seus lábios dos dele.

- Eu sonhei com você antes mesmo de encontrá-la... Acho que ainda estou sonhando...

E beijou-a, pressionando os lábios contra o dela, abrindo-lhe a boca, com sua língua a explorar-lhe o interior, enquanto seus corpos apertavam-se um contra o outro.

Briana ouvia fogos de artifício estourando em sua mente, e parecia que tudo ao seu redor esra silêncio, num momento congelado do tempo em que apenas os dois se moviam. 

Mas havia algo mais. 

Passos? Vozes? Briana estava tão envolvida no momento que não conseguia distinguir nada com certeza.

Mas Alekyne estava prestes a avançar ainda mais em seus gestos ousados, e Briana poderia tentar detê-lo contra sua própria vontade, ou poderia apenas ceder a seus próprios desejos e entregar-se de corpo e alma àquele homem.

Aldos sente um arrepio percorrer sua espinha quando Erin diz querer revelar o segredo de sua família. Ele sabe que a religião dos Deuses Antigos é antiga e misteriosa, mas nunca imaginou que alguém ainda a seguisse, ainda mais uma família da Campina. Ele olha nos olhos de Erin e percebe a seriedade em sua expressão. Um misto de ansiedade e confusão passa pela cabeça de Aldos, um pouco pela curiosidade de saber o que sua amada iria revelar, e outro lado por tentar imaginar um segredo tão sombrio que aquela bela moça guardaria, porém, apesar de seus sentimentos, responde Aldos com convicção:

- Eu amo você, Erin, e estou disposto a manter qualquer segredo para proteger nossa união. Sei que a religião dos Deuses Antigos é importante para sua família, e prometo que manterei a mente aberta e respeitarei suas crenças

Após proferir suas palavras, se ajoelha e se põe aos pés de sua amada.

- Eu juraria pelos sete, mas.. Nesse caso, acho mais apropriado jurar pelos antigos. Seu segredo estará seguro comigo!

BRIANA

Desvencilhando-se de Alekyne relutantemente, Briana teve que fazer força para afastar as mãos dele do corpo dela. Recuperada a compostura, ela impôs suas condições:

"Se desejas me tomar por esposa, deverás encontrar meu irmão esta tarde."

Alekyne fez um muxoxo de confusão:

- Pensei que seu irmão ainda estava em recuperação da justa de ontem...

Briana continuou a declarar-se para ele até ouvir uma voz familiar chamando-a do exterior da tenda:

- Lady Briana!!!

A voz era de Sor Jax Falkar.


ALDOS

- Eu amo você, Erin, e estou disposto a manter qualquer segredo para proteger nossa união. Sei que a religião dos Deuses Antigos é importante para sua família, e prometo que manterei a mente aberta e respeitarei suas crenças

Após proferir suas palavras, se ajoelha e se põe aos pés de sua amada.

- Eu juraria pelos sete, mas.. Nesse caso, acho mais apropriado jurar pelos antigos. Seu segredo estará seguro comigo!

Erin sorriu agradecidamente para ele.

No instante seguinte, os olhos dela pareceram rolar para cima e tornarem-se embranquecidos, e o corpo dela amoleceu e caiu lentamente, de um modo suave que permitiu a Aldos amparar-lhe a queda.

Enquanto observava a dama inconsciente, Aldos percebeu algo roçando-lhe a capa.

Era um coelho branco.

Idêntico ao que Erin estava segurando antes na tenda dos Crane.

"Peça a Sor Jax para entrar. O que menos desejo é que minha espada juramentada pense que estou em uma situação vexatória ou que fui forçada a algo. Assim que ele entrar, nós dois iremos juntos até meu irmão. Este é o momento certo para que peça minha mão e mostre-me que é um homem honrado!"

Alekyne tentou alisar as próprias roupas, com alguma dificuldade para pôr-se apresentável, embora aos olhos de Briana ele estivesse tão galante como sempre.



- Tem certeza sobre isso?


Mas ele já se encaminhava para o exterior da tenda, ao encontro de Sor Jax.

- Ah, você é o escudo juramentado de Lady Briana, não? Entre, por favor!


A voz do cavaleiro foi ouvida:


-  Não preciso entrar em sua tenda, a menos que tenha feito mal a ela, sor Alekyne! Diga a ela que venha para fora!


O tom de Sor Jax não era amigável.


Briana conseguiu ver que Jax estava acompanhado de outros cavaleiros da casa Rowan.

Erin sorriu para Aldos, demonstrando que estava prestes a contar seu segredo. Porém, talvez um mal estar fez ela desmaiar, Aldos foi rápido em pegar seu corpo.

- Erin! Minha amada! Você está bem?

Aldos ficou tentando acudir a jovem nobre, sem muito sucesso. E enquanto acudia a moça, sentiu roçar a sua capa, um coelho, semelhante ao que Erin fazia carinho, provavelmente o mesmo. O animal deve ter um apreço pela jovem e deve ter seguido ela. Aldos não da muita bola para o Coelho, estava mais preocupado com Erin, o que pensariam dele? Como iria explicar aquilo?

Quando Erin desmaiou, Aldos ficou sem saber o que fazer.

Foram necessários alguns minutos antes que Erin voltasse a si, acordando serenamente como se tivesse estado apenas dormindo.
- Ah, sor Aldos! Desculpe por esse pequeno desmaio, acontece às vezes. Mas devia prestar mais atenção nos animais também! Não viu meu coelho?

Ela levantou-se e desvencilhou-se dos braços de Aldos, ajeitando seu vestido.

- Devemos voltar agora. Meu pai vai justar no torneio e devo estar na plateia para aplaudi-lo. Você me acompanhará, sor?

Ao caminha de volta para o acampamento de Lorde Crane, Erin ainda fez mais uma pergunta a Aldos:

- Seus cavalos não têm nome, sor?



Sor Jax apenas aquiesceu ao pedido, que era quase uma ordem, de Briana para que ele a esperasse.

Alekyne entrou na tenda e vestiu uma bela capa para se aprontar, e então saiu com Briana para ir até o acampamento Rowan.

Enquanto caminhavam, Briana notou que Sor Ken Keller já não estava junto com o grupo.

Quando chegaram, Thomas estava à entrada de sua tenda e disse assim que chegaram:
- Olá, minha irmã! Informaram-me que sor Alekyne deseja falar comigo? Muito bem, deixe-o entrar e eu falarei com você mais tarde.

Colocada assim à parte, restou a Briana esperar enquanto os dois homens discutiam seu futuro. 

Foram minutos plenos de ansiedade, embora a Briana parecessem horas ou até mesmo dias. Observar os arredores do acampamento não era um passatempo que a distraísse o suficiente para esquecer do motivo de sua angústia.

Quando finalmente Alekyne saiu da tenda, ele não parecia nada feliz. Ele estava com uma expressão muito séria, quase zangado, mas dirigiu-se no limite da educação à Briana:
- Não tema, Briana! Nós ainda ficaremos juntos!

Ele virou-se e saiu do acampamento, pisando duro e firme num passo muito rápido.

Diana Struts saiu para a entrada da tenda e chamou:

- Lady Briana, Lorde Thomas deseja falar com você agora! Entre, por favor.

Briana entrou e Diana entrou atrás dela, postando-se junto à entrada como se montasse guarda.

Thomas estava sentado em sua cadeira, fazzendo um grande esforço para mostrar-se forte e são, mas Briana o conhecia bem demais para deixar de perceber a dor que ele tentava ocultar. A expressão em seu rosto era preocupada e ele fitou Briana com seriedade incomum até mesmo para ele.
- Sente-se, Briana. Precisamos conversar.

Thomas esperou até que ela se acomodasse para começar a falar:

- Sua mão foi pedida em casamento a mim.

Briana já sabia disso, e não precisava que Thomas lhe dissesse isso, mas achou que aquilo seria apenas uma introdução ao assunto.

Mas as próximas palavras de Thomas a surpreenderam:

- Isso aconteceu duas vezes essa manhã. 

Aldos ficou sem saber o que fazer por alguns minutos enquanto Erin estava desacordada, porém logo ela ela abriu os olhos como se tivesse apenas dormindo. Aldos aliviou-se, visivelmente voltando ao seu estado normal.

Erin escreveu:- Ah, sor Aldos! Desculpe por esse pequeno desmaio, acontece às vezes. Mas devia prestar mais atenção nos animais também! Não viu meu coelho?

Aldos respondeu meio ofegante ainda pelo susto, ficando meio sem saber o que falar.

- M.. Mas, está tudo bem, minha lady? Não preciso me preocupar? Isso acontece sempre? Já consultou seu meistre pra ver se isso não tem a ver com um problema maior? Temo pela saúde de minha amada

Quanto a pergunta sobre o coelho, Aldos responde todo confuso. Era uma pergunta nada a ver para o momento.

- Eu vi seu coelho minha lady, aliás achei ele muito bem adestrado, pois nos seguiu sem eu percebe-lo. Porém, no momento, você precisava de minha total atenção. Não seria um bom futuro marido se a deixasse de lado enquanto estivesse tendo um desmaio, não acha?

Ela, porém, convida Aldos para ir a arena ver o torneio, sem nem mencionar que momentos antes estava prestes a lhe contar um segredo, deixando Aldos curioso.

- Claro, minha lady. Irei contigo ao torneio e ansiarei por sua vitória. Mas devo lhe perguntar.. Nâo me acha mais digno de confiança em guardar seu segredo?

Voltando ao acampamento, Erin ainda fez mais uma pergunta a Aldos, que respondeu com um sorriso no rosto, aproveitando a pergunta para mostrar uma das qualidades de sua família.

- Minha família tem umas linhagens próprias, então temos muitos cavalos em nossas terras. Então obviamente não consigo dar nome a todos. Mas os que são destinados a mim, eu faço questão de identifica-los, isso trás mais intimidade entre animal e condutor, e conseguimos cavalgar melhor em situações mais arriscadas.


- Atualmente estou com quatro montarias, uma égua chamada "Campina prata", um bem veloz que chamo de "Máximus", Outro que chamo de chamo de "Sardas", e meu garanhão, que o chamo de "Carvalho Dourado"

- M.. Mas, está tudo bem, minha lady? Não preciso me preocupar? Isso acontece sempre? Já consultou seu meistre pra ver se isso não tem a ver com um problema maior? Temo pela saúde de minha amada

Erin respondeu despreocupada.

- Acontece com alguma frequência, sor Aldos, mas não há nada com que se preocupar. Como pode ver, estou perfeitamente bem, e além disso você estava aqui para zelar por mim.

- Eu vi seu coelho minha lady, aliás achei ele muito bem adestrado, pois nos seguiu sem eu percebe-lo. Porém, no momento, você precisava de minha total atenção. Não seria um bom futuro marido se a deixasse de lado enquanto estivesse tendo um desmaio, não acha?

O coelho reapareceu e saltou para as mãos de Erin. 

Ela riu e respondeu a Aldos:

- Precisamos sempre estar atentos aos nossos irmãos animais, sor Aldos! Em Lago Vermelho, damos grande importância a todas as formas de vida, desde a fundação da casa, pela filha de Garth Mão-Verde, Rose do Lago Vermelho. Eles não existem apenas para montarmos neles ou para caçá-los e comê-los. Existe um propósito para tudo que vive, sor...

- Claro, minha lady. Irei contigo ao torneio e ansiarei por sua vitória. Mas devo lhe perguntar.. Nâo me acha mais digno de confiança em guardar seu segredo?

Erin sacudiu a cabeça, fazendo os cachos dourados de seu cabelo balançarem.

- Não, sor Aldos! Não pense assim! Não se trata de ser digno, mas sim de estar preparado para compreender o que descobrir. Você ainda não está, mas há muito ainda para aprender, tanto para você quanto para mim... 

- Minha família tem umas linhagens próprias, então temos muitos cavalos em nossas terras. Então obviamente não consigo dar nome a todos. Mas os que são destinados a mim, eu faço questão de identifica-los, isso trás mais intimidade entre animal e condutor, e conseguimos cavalgar melhor em situações mais arriscadas. Atualmente estou com quatro montarias, uma égua chamada "Campina prata", um bem veloz que chamo de "Máximus", Outro que chamo de chamo de "Sardas", e meu garanhão, que o chamo de "Carvalho Dourado"

Erin ouviu aquilo com atenção, parecendo genuinamente interessada no que Aldos dizia.

Quando ele terminou, ela comentou:

- Eu já sabia sobre as linhagens que sua família cria. Gostaria de conhecer seus cavalos quando puder, e se me permitir, é claro...

De volta ao acampamento Crane, Erin foi informada que Lorde Vortimer já tinha ido para a arena, preparar-se para sua justa. Assim Erin disse a Aldos:

- Podemos ir diretamente à arquibancada então, a menos que tenha que passar em outro lugar antes, o que acha?

"Querido irmão, não desejo me unir a outro além de Alekyne. Ele faz meu coração acelerar, e na noite do banquete ele expressou seu desejo de casar comigo. Hoje, ele reiterou o mesmo. É por isso que ele veio falar contigo, porque nossos sentimentos estão entrelaçados... " Minhas lágrimas salpicaram um sabor agridoce em minhas palavras. "Ele é um herdeiro jovem e saudável, sua linhagem é digna e a união fortaleceria nossas casas ao ter os Florents como apoio... Sinto-me como uma criança temendo um castigo ou repreensão por falar tão abertamente, mas é a verdade e não posso negar meus sentimentos."

Thomas fez Briana levantar-se e sentar-se à sua frente como era apropriado para uma dama.

- Recomponha-se, Briana! Não se deixe levar pelos seus sentimentos! Agora me escute com atenção!

Thomas esperou pacientemente que Briana obedecesse o comando dele antes de continuar a falar.

- Primeiro, acho que devo repreendê-la por deixar-se guiar pelo coração num assunto tão importante assim para toda a nossa família. Então, está repreendida.

Aquilo foi dito da maneira menos severa que qualquer bronca que Briana já tivesse levado, e Thomas fazia aquilo quase com arrependimento.

Mas ele logo prosseguiu.

- Agora devo dizer que não tenho dúvidas sobre a qualificação de Alekyne Florent enquanto pretendente à sua mão. De fato, se ele fosse indigno dela, eu já o teria rechaçado de pronto. Do mesmo modo, se ele fosse inferior ao seu primeiro pretendente, eu também o teria descartado, visando sempre os melhores interesses seus e de nossa casa.

Aquilo parecia consolador para Briana, mas de um modo muito limitado, e Thomas continuou de modo mais pensativo.

- Mas ocorre que realmente não sei qual dos dois é o melhor. As duas casas que eles representam poderiam ser boas alianças de casamento, e ambos são herdeiros de suas famílias. Acho que essa decisão não deve ser feita por mim, mas sim pelo senhor nosso pai, o senhor da Casa Rowan.

Thomas acrescentou num novo tom de reprimenda.

- Você está tão enlevada por Sor Alekyne Florent que nem perguntou quem é seu outro pretendente. Fui procurado esta manhã por Sor Dickon Tarly.

OFF: @Alexyus Só pra esclarecer HEHE