ON - Desbravando as Brumas

Com o sol frio e encoberto, me aproximei dos soldados da prisão em busca de uma bebida quente. E para minha surpresa, eles pareciam menos assustadores do que durante a noite, embora eu ainda me mantivesse alerta. Afinal, duvidava que suas intenções houvessem mudado com o nascer do sol.

- Bom dia, Vasile! - Abri um largo sorriso. - Pessoal! Oh, claro. Muito grata pela bebida. - Completei com uma breve mesura.

O capitão da guarda nos alertou sobre as patrulhas na estrada e a necessidade de respostas rápidas. Ouvi cada palavra dele atentamente e assenti com a cabeça enquanto bebia do vinho quente.

Por fim, os portões foram abertos e era a hora de seguirmos. Após agradecer ao capitão e dar um forte abraço em Vasile, segui rumo a Tefeldort. E assim que nos distanciamos, repassei as informações que havia ouvido do capitão:

- Pessoal, o capitão disse que haverá patrulhas daqui até Tefeldorf, e eles perguntarão quem somos nós e qual nosso objetivo. Ele disse que é bom respondermos rápido e de forma direta, ou podemos acabar passando mais de uma noite na prisão do capitão.

Voltando minha atenção para a estrada, a atmosfera sombria e opressiva ao meu redor, senti meu coração acelerar e uma sensação de apreensão percorrer todo o meu corpo. Cada passo incerto na trilha aumentava o meu medo e a sensação de que estávamos sendo seguidos por algo sinistro na floresta. Os ruídos estranhos e os gritos assustadores ecoando ao nosso redor só intensificavam o pânico que começava a se espalhar entre nós.

Enquanto avançávamos, minha mente lutava para encontrar explicações racionais para o que estava acontecendo, mas a presença maligna que parecia nos observar constantemente desafiava qualquer lógica. As figuras pálidas e vultuosas que surgiam e desapareciam ao meu redor aumentavam ainda mais a sensação de que estávamos sendo perseguidos por algo além do nosso alcance.

Eu me sentia impotente diante dessas forças sobrenaturais, mas sabia que precisávamos nos manter juntos e enfrentar nossos medos para sobreviver. Mesmo com o cansaço e o desespero tomando conta de mim, eu me recusava a desistir. Eu tinha que encontrar forças dentro de mim para continuar lutando.

Quando finalmente emergimos da trilha montanhosa e avistamos a primeira patrulha de soldados, um misto de alívio e exaustão tomou conta de mim. Meus músculos doíam e minha mente estava abalada pela experiência aterradora que acabávamos de enfrentar, mas sabia que tínhamos chegado um passo mais perto de nosso objetivo. Embora eles pudessem significar problemas...