Enquanto caminhavam pelas ruas lotadas de Teufeldorf, os exploradores lutavam para passar pelos inúmeros transeuntes, trombando vez por outra com um e outro dos habitantes locais.
O balok era a língua mais ouvida, mas havia outros idiomas falados por algumas pessoas, línguas que os aventureiros não conheciam. A maioria dos locais tinha características físicas semelhantes, com algumas diferenças para alguns indivíduos específicos, embora fosse difícil ver claramente faces em pessoas que usassem capuzes e chapéus.
Uma chuva gelada começou a cair, primeiro em poucos pingos grossos e depois apertando rapidamente até se tornar uma pequena tempestade. A intempérie ajudou a esvaziar um pouco as ruas, na medida em que as pessoas procuravam abrigo em suas casas ou nas tavernas abertas naquelas horas iniciais da noite. Isso ajudou os viajantes a encontrarem o local que procuravam, a Estalagem da Viúva Chorosa.
A edificação estava envolta por densa névoa e parece quase se mesclava com as sombras circundantes. Sua aparência era típica das construções da região, uma mistura de estilo gótico e medieval, com torres pontiagudas e telhados inclinados.
A estalagem tinha o nome de "Estalagem da Viúva Chorosa", e um grande letreiro enegrecido balançava de maneira sinistra no vento noturno. Ao se aproximar, percebia-se que as janelas estavam iluminadas, lançando uma luz fraca e amarelada que convidava viajantes a adentrar.
Ao cruzar a pesada porta de madeira, havia um ambiente acolhedor, porém enigmático. O salão principal era dominado por uma lareira crepitante no centro, espalhando um calor reconfortante pelo espaço. A decoração era rica em detalhes góticos, com cortinas de veludo escuro, tapeçarias que retratavam cenas sinistras e móveis ornamentados de madeira escura. Uma grande estátua de um corvo negro, de olhos vermelhos brilhantes, ficava em um canto do salão, parecendo observar a todos que entravam.
A atendente da estalagem era uma mulher na casa dos vinte anos com uma expressão grave e olhar perspicaz.
Ela cumprimentou os viajantes com uma voz profunda e suave:
- Boa noite, senhores e senhoras! Sejam bem-vindos à Estalagem da Viúva Chorosa, meu nome é Alana Ivanova. Sentem-se e descansem perto da lareira para se secarem e aquecerem. Posso lhes oferecer algo para beber ou comer?Os outros hóspedes pareciam igualmente enigmáticos, vestindo trajes típicos da Baróvia, com capas e chapéus que sombreavam seus rostos, deixando apenas olhos penetrantes visíveis.
O cardápio oferecia uma seleção de pratos locais, que incluíam ensopados ricos, carnes defumadas e pães recém-assados. O vinho vermelho da região era a especialidade da casa, e seu sabor encorpado e único era uma experiência inesquecível, conforme escrito no menu.
Conforme a noite avançava, a atmosfera da Estalagem da Viúva Chorosa tornava-se ainda mais misteriosa, com histórias sombrias sendo trocadas entre os viajantes. Contos sobre assombrações, criaturas noturnas e o próprio Conde Strahd von Zarovich, o temido senhor de Baróvia, eram sussurrados ao redor da lareira.
Os quartos da estalagem eram confortáveis, porém modestos, com camas de dossel cobertas por cortinas escuras e móveis antigos que dão um ar de nostalgia e melancolia. O som da chuva contra as janelas criava uma sinfonia suave que embalava os hóspedes em um sono inquietante.
A Estalagem da Viúva Chorosa era mais do que um simples refúgio para viajantes; era um ponto de encontro para aqueles que têm histórias sombrias para contar e segredos a esconder.
No momento de pagar pela hospedagem e comida, Arthiel descobriu que mil moedas de ouro tinham sumido de sua bolsa, e Krossis percebeu qque todas as suas 24 moedas também tinham sido levadas.