ON - Desbravando as Brumas

Cada um dos três exploradores afastou a ameaça de suas mentes usando suas convicções pessoais, individualmente lembrando-se de suas próprias trajetórias.

Com a igreja do Senhor da Manhã diante deles foi-lhes possível enxergar o letreiro abaixo do símbolo de pedra do culto: Santuário da Luz Matinal.

Krezkov examinou a porta, constatando que se tratava de uma pesada peça formada de grossas tábuas de carvalho, com dobradiças de ferro escuro. 

A aldrava, examinada sob a luz de qualquer fonte que eles pudessem produzir, era uma obra de arte, com a cabeça do Senhor da Manhã esculpida magistralmente do mesmo modo que os detalhes da alça.

Spoiler:

O interior da igreja ainda era de absoluto silêncio.

Cabia a eles decidirem se tentariam despertar qualquer um que estivesse no interior do templo.

Ao sairem do quarto, não demora muito para Krossis perceber algo estranho, tudo parece silencioso de mais e um cheiro de mofo de ambiente abandonado enche seus pulmões. O ex vampiro avança alguns passos com os demais e ergue a mão pedindo silenciosamente parar todos pararem. Ele para e desconfiando olha de um lado para o outro, força o seu olfato, concentra-se em sua aldição fechando seus olhos. Então vira-se para os demais:

-Passamos tanto tempo assim aqui?

Eles descem e no salão tudo parecia arrumado. Era estranho, Krossis conhecia tavernas e pelo horário deveria ter alguém por lá perdido, mesmo que fossem altas horas. O que parecia não ser, já que o grupo não pareceu passar tanto tempo conversando no quarto. Como se não bastasse o silêncio era inquietante e assustador, extremamente e incomum. Desconfiado o ex-vampiro saca sua espada e empunha seu escudo.

-Tem algo muito estranho aqui... A taverneira deveria estar por aqui para informar se os demais disseram algo a ela. Infelizmente teremos que acorda-la...

Antes o ex-vampiro vai até a porta de entrada e abre para dar uma olhada na rua para ver se os demais não estariam ali, em seguida vai até o balcão procurar alguma anotação sobre os hóspedes e quartos para saber se os demais tinham ido para algum quarto específico. Por fim, caso não achasse nada enveredaria pela cozinha buscando talvez um quarto que possa ser da taverneira.

Ano do Senhor 755

"Mas, sejam fortes e não desanimem, pois o trabalho de vocês será recompensado".

Crônicas 2:15-7

Krystophor ainda estava indignado com a aparição e as falas do tirano, mas ele tinha um objetivo e uma missão sendo assim ele se acalma e se coloca frente a porta.

-Já vim até aqui e fui intimidado pelo mal e ele falhou... Devemos prosseguir.

Ações e Mecânicas: Testar a porta para ver se a mesma está destrancada e se estiver ai usará aldrava.

KRYSTOPHOR, DENNA & OKTAI

Krystophor experimentou empurrar a porta, mas ela estava barrada do outro lado, de modo que ele teve que bater com a aldrava.

O som da peça metálica batendo provocou um eco estrondoso que ressoou tanto no interior da catedral quanto na rua escura e nevoenta.

Passou-se um longo momento antes que uma janela no segundo andar se abrisse e um homem velho e sonolento colocasse a cabeça para fora.

Spoiler:

- Quem são vocês? O que querem a essa hora da noite?

Após a identificação, talvez devido ao emblema do Senhor da Manhã que Krezkov ostentava, o sacerdote pediu que esperassem e fechou a janela.

Um longo tempo se passou até que a porta se abrisse, dando passagem ao clérigo já trajado num manto sacerdotal. Havia um leve brilho ao redor dele, que Krystophor sabia tratar-se de uma magia de Proteção contra o Mal.

- Sou Helmar Mastarov, grão-vizir do Santuário da Luz Matinal. O que posso fazer por vocês?

Não passou despercebida a postura do clérigo, que se manteve na frente da porta, ainda dentro do edifício, sem convidar o trio de visitantes noturnos para adentrar o interior.


KROSSIS

Krossis caminha silenciosamente pelos corredores empoeirados da estalagem vazia e deserta. O chão range sob seus passos, e o ar está impregnado com o cheiro de mofo e abandono. Apenas um fraco raio de luz entra pela janela, criando sombras escuras que dançam nas paredes de madeira carcomida.

Ele move-se com cautela, olhando para os lados, sua respiração lenta e controlada. Seu coração bate forte, pois ele sabe que algo está errado neste lugar abandonado. A estalagem, outrora um local de alegria e encontros, agora parece um túmulo esquecido.

Krossis pára diante de uma porta entreaberta, o silêncio perturbador parece esmagá-lo. Ele empurra a porta devagar, revelando um quarto desarrumado. A cama está bagunçada, como se alguém tivesse saído às pressas. No chão, vê traços de poeira e pegadas, sugerindo que alguém passou por ali recentemente.

Sua busca continua, os olhos atentos aos detalhes enquanto ele explora cada canto sombrio da estalagem. O silêncio é interrompido apenas pelo som ocasional de um vento uivante passando pelas janelas quebradas. Cada som, cada sombra, faz com que Krossis fique mais alerta.

Ele se aproxima do saguão principal, onde uma lareira desmoronada fica como uma testemunha do tempo passado. Uma porta ao fundo chama sua atenção, rangendo quando ele a empurra. Lá, uma sala escura está cheia de objetos empoeirados e móveis cobertos por lençóis envelhecidos. Um espelho quebrado reflete um vulto irreconhecível.

Krossis continua sua busca, cada vez mais desconfiado e inquieto. Ele sabe que está se aproximando de alguma resposta, mas o mistério da estalagem vazia e deserta está longe de ser desvendado. Cada suspiro do vento parece sussurrar segredos há muito tempo guardados, e o silêncio da estalagem o envolve como um manto gélido.

Ano do Senhor 755

"Mas, sejam fortes e não desanimem, pois o trabalho de vocês será recompensado".

Crônicas 2:15-7

E lá estava ele ao relento batendo a porta de um templo bem poderia estar abandonado ou pior profanado por forças do mal, mas a porta se abriu e um velho sacerdote apareceu se apresentou e com toda a justificativa lhe questionou porque alguém estava a bater a sua porta aquela hora da noite... num lugar onde a noite e a ausência da luz favoreciam as forças do maligno...

Krystofor se empertigou e começou a falar.

- Meu nome é Krystofor Krezkov e como você também sirvo ao Senhor das Manhãs. Eu e meus amigos temos coisas a dizer, porém não podemos faze-lo ao relento e a mercê de ouvidos e olhos curiosos e profanos que servem ao tirano desmorto. Diz o sacerdote com dignidade olhando o velho clérigo nos olhos tentando passar a importância de sua missão.