O som do vento lamentoso sussurrava pelas vielas estreitas, enquanto eles procuravam freneticamente por qualquer sinal de seu alvo desaparecido. O silêncio sepulcral que pairava sobre a cidade era interrompido apenas pelo ocasional gemido distante ou pelo rosnado distante de um cão vadio. As barracas dos comerciantes eram vedadas com grandes capas de tecido, dando privacidade a cada comprador e criando a curiosa atmosfera de vazio mesmo quando estava movimentado.
De repente, uma figura sombria emergiu das sombras, movendo-se com uma agilidade sobrenatural. Os corações dos aventureiros dispararam enquanto observavam, horrorizados, a figura se aproximando. Seus passos ecoavam pela praça, mas parecia flutuar em vez de pisar no chão de pedra.
Uma risada sinistra ecoou pelo ar, enviando arrepios pela espinha dos aventureiros. Eles recuaram, sentindo um frio intenso percorrer seus corpos. Os olhos brilhantes da figura brilhavam na escuridão, sem vida e cheios de malícia.
Com um gesto casual, a figura ergueu uma mão esquelética em direção a eles, e uma onda de terror envolveu os personagens. Suas mentes foram invadidas por imagens grotescas e visões horríveis, enquanto a presença sinistra se aproximava cada vez mais.
Em um momento de desespero, os aventuireiros reuniram suas forças e brandiram suas armas, prontos para enfrentar o terror que os assombrava. Mas quando a figura finalmente emergiu completamente das sombras, revelou-se apenas uma estátua antiga, corroída pelo tempo e pela negligência.
Ofegantes e tremendo, os aventureiros se entreolharam, percebendo que o verdadeiro terror não estava apenas nas sombras da cidade, mas também em suas próprias mentes, onde os medos mais profundos e sombrios residiam. E assim, com a névoa continuando a envolver a cidade como um manto de segredos sinistros, eles continuaram sua busca pelo companheiro desaparecido, sabendo que cada esquina poderia esconder um novo terror à espreita.
Antonija parecia não ter percebido nada, e virou-se para eles com uma expressão interrogativa:
- Vocês estão bem?
Arthiel, mais acostumada com ambientes selvagens, não conseguia distinguir o que seus olhos viam, achando tudo muito normal. Sharla, por outro lado, estava tomada de curiosidade por todos os itens e histórias encerradas em cada barraca dos comerciantes. Krossis e Krezkov também tinham sua visão comprometida pelo ambiente, mas suas perambulações pela praça deram às suas audições aguçadas uma recompensa: havia uma câmara de eco estranha numa das grandes cavernas que rodeavam a praça, e ao explorá-la, eles encontraram um pequeno túnel lateral totalmente oculto da visão de quem estivesse fora da caverna.