Off: Desculpem pela demora em postar. Estive adoentado esses dias. Mas já estou 100% melhor! É um prazer dividir esse espaço com vocês!
On:
A velha estrada de Svalich não era um caminho agradável. Aliás, não havia caminhos agradáveis nos malditos domínios de Strahd, e na amaldiçoada Baróvia. Estávamos já há algum tempo comendo poeira de estrada enquanto deixávamos Vallaki com destino à Vila de Baróvia.
Atrás de nós, o tormento de um insano que acha que alegria artificial e imposta poderia afastar o Lorde Vampiro de sua vila desprezível. Adiante... Quem sabe?
Comigo vinham dois Guardiões, Livius e Alana.
Livius era um falastrão, fanfarrão, mas uma boa companhia, à sua própria maneira.
Já Alana era um exemplo claro do que todo o povo da Baróvia era: uma tola supersticiosa e rancorosa. Ela me odiava e me tolerava, tudo ao mesmo tempo. Isso era suficiente.
Os dois
corvos podiam ser excêntricos, mas eram úteis e competentes. Viajar na companhia deles garantia que os Guardiões não iriam vir atrás da minha cabeça - ao menos, não de imediato - e que provavelmente eu conseguiria estar um passo à frente de Lucius, o que era bom. Eu não alimentava ilusões de que Strahd não soubesse por onde andávamos. Apenas tinha esperança de que, por ora, ele não se importasse.
Por fim, paramos um pouco.
Estávamos naquele caminho penoso porque a organização tinha interesse em interceptar um grupo de aventureiros antes que os vampiros o fizessem. Talvez fossem mais competentes que Alana e Livius. Ou talvez fosse apenas questão de, a um só tempo, obter um ativo e impedir que os Poderes Sombrios obtivessem um, eles também.
Essa informação, contudo, não tínhamos. A inteligência da Ordem das Plumas era bastante reservada, para seu próprio bem.
Quando os corvos param para descansar, dormir e comer, eu me voluntario para o primeiro turno de vigília. A noite tinha sido tranquila, e o amanhecer trazia com ele o calor de brasas de fogueira, e a fome.
Livius: - Eu cansei de comer essa merda, tem gosto de ração pra cachorro... Não dá pra a gente caçar alguma coisa não??
Alana: - Eu também não gosto dessas rações de viagem, mas se pararmos pra caçar vamos perder tempo.
Livius: - Mas o nosso sangue-suga particular também tem que comer, não é não??
Mesmo não precisando respirar, suspiro, contorcendo minha face em uma carranca.
Pare de reclamar, Livius... Você ainda tem ração de cachorro para comer.
Então, encaro duramente Alana, antes de prosseguir.
A patrulheira tem razão. Eu posso aguentar um pouco mais sem precisar me alimentar adequadamente. Não podemos perder muito tempo aqui. Vamos.
De imediato, me levanto e começo a pisotear o que tinha sobrado da fogueira, e depois cubro as cinzas com terra. Bato a poeira das roupas, e cubro o corpo e a face com capa e capuz, liderando os outros dois pela estrada, em busca de alguém ou alguma coisa de interesse para a Ordem.