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A alcateia que falta
- Ankou
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Re: A alcateia que falta
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Re: A alcateia que falta
Axel Brown Um vazio grande consumia o coração do elodoth. Mas estavam ali também Samantha e Joe. Seus motivos de ficar eram claros e ainda assim ele se sentia impelido a ir. Mas ele sabia que seria mais útil onde escolhera ficar. Chloe e Skye decidiram ir. Eram as mais frágeis da alcatéia? Possivelmente. A verdade é que ele nunca seria capaz de protegê-las no meio de uma caçada como Connor. Era duro admitir isso para si. Era também profundamente verdadeiro. Era um tipo de sabedoria reconhece seus limites, não era? Ele engole seco. — Sim, faremos o que tivermos de fazer. Não existe guerra sem apoio ao fronte. - Os olhos de Axel encontram o de Joe e agradecem pelo apoio. Ali e antes. Depois correm para os de Samantha. — Vamos muni-los do que for possível, tálens e armas... E nos preparar para recebê-los: medicamentos, primeiros socorros, acordos. - Ele olha ao redor. Não eram só os irmãos deles que iam. — E se pudermos fazer isso não só para eles, melhor será. - Axel observa quem dos Uivadores e dos Corvos havia decidido ficar. Talvez fossem com eles que conseguiria erguer a rede de apoio que agora ele começava a maquinar na cabeça. |
- thendara_selune
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- Mensagem nº163
Re: A alcateia que falta
Chloe Moore
O emissário fala, a sua voz envia aquele comando primitivo que trazia ancestralidade a mente da Cahalith. A fé é um sentimento estranho aos descrentes, a racionalidade não coexiste com a fé, não adianta especialmente quando se é uma criatura que mantém os pés em terra e na sombra.
Chloe estava sentada em uma contemplação hipnótica. O uivo reverbera dentro dela como se o chão se esfarela-se e pudesse se sentir em queda livre, o sentimento que tinha era puro amor, uma devoção capaz de mover uma montanha inteira de dúvida. Aos poucos a sensação de estar fora do corpo começa a se dissipar e ela pode ouvir o lamento emitido por Skye. Antes que ela fizesse algo Connor surgia, ele falava com a jovem irraka e a ruiva escutou tudo. Quando ele tocou sua barriga, ela pode ver as lágrimas ali e suspira pesadamente. - Nenhuma escolha é fácil, nem um caminho é seguro, o que vi hoje me levou pra um lugar tão distante das minhas prioridades que é impossível fincar os pés no território agora…- Chloe sentia a garganta seca, um nó segurando outros sentimentos.
- Parece loucura, mas eles vão comigo e se não voltar é porque tinha que ser assim!- Se alguém dissesse meses atrás que ela seria Uratha Chloe iria rir, seu mundo era muito prático, obedecer regras, manter o segredo e a lealdade a sua família, mas agora sua lealdade a fazia ouvir a Lua. Naquela noite tudo fazia sentido, mas tinha coisas para acertar,eram doloridas, mas necessárias.
Ela levanta devagar, dando-se conta do estado das suas roupas, mas não se preocupava com a própria aparência. Ela viu Connor com a mãe, acabou lembrando da sua e infelizmente não teve nem tempo de vê-la de novo, era como se aqueles meses tivessem sido apenas uma brincadeira maldosa do destino. Chloe sempre teve medo, mas mesmo não sendo a melhor entre eles, sentia em seu íntimo aquele chamado que fazia seu coração queimar. Colocando em uma balança podia dizer que mesmo morrendo teria feito muito mais naquela caçada do que fez durante sua breve vida.
A ruiva olha a pequena uratha e respira fundo. - Sei que nunca fomos próximas, um erro meu,- Chloe parecia triste, mas ao mesmo tempo em paz de uma maneira que poucos entenderiam. - mas você aceitou o clamor da Lua, não hesitou em cumprir com aquilo que somos destinados a fazer, mas ainda assim se pudesse lhe dar um conselho é que se despeça daqueles que realmente ama!-Os olhos dela são cheios de sentimentos intensos que fazem a sua paz sumir por uns segundos. -Até onde sei palavras e gestos nunca são inúteis quando os sentimentos são verdadeiros e se deixar de falar o que sente ou por qualquer sentimento egoísta deixar de fazer um gesto precioso para alguém que ame você pode se arrepender amargamente quando a morte beijar seu rosto.- A ruiva suspira e olha em direção aos Algozes. Depois volta sua atenção a Skye. - Não vou dizer que vamos voltar vivas seria ingenuidade, mas as vezes devemos seguir o caminho perigoso para garantir que aqueles que ficam pra trás tenham uma chance de viver mais um dia! Acredito que a vida uratha é como caminhar sob vidro afiado e sentir os pés sangrarem, mas você sabe lá no fundo que é o certo a se fazer!- A Cahalith tocou a mão da outra de leve em um gesto de amizade. - Se precisar conversar nesses oito dias ou de algo que possa fornecer sabe onde me achar.- A uratha ali era tão adulta quanto Chloe, enfrentando uma guerra e consciente que a morte podia ser a porta final que iriam abrir.
Depois caminha devagar afastando-se da garota, não interrompe Connor em seu momento com a mãe poderia conversar com ele em outro momento. Então depois parou na frente de Axel com ares de quem ia atravessar um rio a nado, ela sabia que o Elodoth podia ler a entrelinhas dos sentimentos. -Axel primeiro quero dizer que compreendo as escolhas de cada um, essa caçada é muito mais sobre o que sinto e o que devo fazer, não tenho como explicar racionalmente essa vibração percorrendo meu corpo, mas agradeço o que tentou fazer.- Olhou para Samantha e deu um sorriso. - Espero que possam manter as engrenagens aqui funcionando, mas por agora já me ajudaria se emprestasse sua camisa, devolvo depois.- Havia algumas esperança na voz dela. Esperou que Axel fizesse essa gentileza, a mesma que Shaw fez quando se conheceram na praia, mas agora ele caçava junto com a Legião, mas foi o primeiro entre os Algozes a convidá-la para fazer parte daquela família disfuncional. Chloe riu lembrando que essas palavras foram usadas por Axel na noite em que se conheceram há alguns meses atrás.
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Re: A alcateia que falta
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Re: A alcateia que falta
Axel Brown — Não precisa explicar nada. Urum da Takus. É para o que somos feitos. - Diz o alfa com simplicidade. Seus olhos agora tentavam ver orgulho nos irmãos que havia se disposto a correr naquela caçada. Ele tira a camisa, mostrando um torso mais forte que o esperado, embora não fosse avantajado e evidente como o de Connor. — Pode ficar, pra não dizerem que eu nunca te dei nada. - Ele abre um sorriso, forçando uma brincadeira para afastar o ar pesado da reunião. Axel suspira fundo, olha novamente Joe e Sam. Assente com a cabeça para eles.
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- Mensagem nº166
Re: A alcateia que falta
Connor escreveu:lutar como deveria.
Skye olha para ele com a cara ainda inchada de choro. "Eu sei lutar." Ela diz mau humorada se afastando da mão do gigante. Os olhos dela mostravam claramente que estava disposta a arrancar os dedos ofensores com os dentes.
Connor escreveu: Eu não vou deixar os filhos da puta te encostarem, nem nas meninas
Ela suspira com o abraço do filho e por um momento se deixa acalentar. Se deixar tranquilizar. Mas então as palavras. "Se tentar essa palhaçada eu mesma quebro a sua coluna e tiro do caminho filho. Você não vai me atrapalhar. Você não vai decidir as minhas lutas e nem me tratar com esse desrespeito de novo." A mão dela afaga o rosto de Connor com uma mão terminada em garras afiadas e um carinho que não combina com as palavras.
Connor escreveu:Eu vou correr sob a liderança você for correr.
Ela sorri cheia de orgulho. "Eu gosto de ouvir isso. Gosto mesmo. Mas eu não preciso de você. Não preciso de um salvador. Corre do meu lado e não no meu caminho. Eu vou ver o teste do seu tio bem de perto." E ela obviamente anda para perto de Nestor enlaçando a mão do filho com um dedo no seu polegar.
Axel escreveu:Vamos muni-los do que for possível, tálens e armas... E nos preparar para recebê-los: medicamentos, primeiros socorros, acordos.
Joe olha para ele com uma mistura de dúvida e admiração. "A gente consegue." Ele afirma, mas era uma pergunta. "Vão atacar a gente. Vão testar a gente, precisamos olhar nossos aliados e passar os que vão trair a gente antes disso enquanto a gente tem todo mundo." Outra afirmação, mas ainda assim outra pergunta.
Então Axel fala que dar o apoio seria o melhor. Para todos. "Vamos ter que comprar armas?"
Chloe escreveu:...que é impossível fincar os pés no território agora…-
Skye fica vigiando Chloe e muda de posição para ouvir a ruiva sem olhar diretamente para ela e sem deixar Connor fora da sua visão.
Chloe escreveu:Sei que nunca fomos próximas, um erro meu,
A irraka olha para Chloe com seriedade e uma súbita hostilidade.
Chloe escreveu:...é que se despeça daqueles que realmente ama!
Skye faz que não com a cabeça e desvia os olhos. "Minha mãe tá presa." Mas ela olha furtivamente para algum lugar no meio dos outros urathas.
Chloe escreveu:...você pode se arrepender amargamente quando a morte beijar seu rosto.
A menina faz uma carreta e vira o rosto incomodada. Tocada. Irritada com tudo. Ela quase fala alguma coisa. Quase.
Chloe escreveu: Se precisar conversar nesses oito dias ou de algo que possa fornecer sabe onde me achar.
"Não." A palavra cortada no fim. Os olhos voltam para a ruiva cheios de desafio, mesmo que ainda vermelhos de choro.
Chloe escreveu: ...me ajudaria se emprestasse sua camisa, devolvo depois.
Joe se esforça para não olhar Chloe até a ela por a camisa de Axel.
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No centro, debaixo da lua, sob a luz que não parece mais tão brilhante, os grupos de caça começam a se formar. Alguns movimentos são claros e óbvios como os de Ash. Outros são deliberados como a divisão dos dragões. Alguns tímidos como Bartley e Declan se aproximando de Dalia. "Vocês duas vão correr comigo." Rail diz apontando Skye e Chloe cheia de animação. "Eu sei porque eu sei contar." Skye estava prestes a responder de alguma forma rebelde e voluntariosa. Mas ela segue os olhos de Rail para as outras duas alcateias já formadas. Já completas. "Vão ficar esperando mesmo?" Ela se adianta para falar com Nestor.
Axel e Samantha percebem Amy um instante antes de Chloe. "É, como a Imaculada falou. Vamos correr juntos nessa caçada." Ela parecia falar com todos ali e não só com Chloe. "A gente conversa depois, pode ser? Posso roubar a ruiva e levar ela para o nosso compromisso inadiável com Nestor?" Era uma pergunta, mas nada na voz e na postura dela parecia imaginar a possibilidade de ser negada. Ela olha da camisa de Chloe para o peito nu de Axel como se fosse difícil de entender primeiro e depois levemente engraçado. Ela mesma usava uma calça de moletom muito rasgada e os restos de uma camisa pendurados na cintura.
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Nestor era o líder do grupo de caça. Era o alfa até o fim da caçada. Shaw era o omega, claro como água. Baixo e humilde, sério e intenso. "Vocês me escolheram, me seguiram ou foram empurrados para cá." A voz de Nestor era inesperadamente calma. A voz confiante de alguém que sabe onde ir. Alguém que viu um segredo escondido para todos os outros. "Vocês lutaram antes ou não. Vocês me odeiam, admiram ou nem nunca me viram de verdade." Ele passa os olhos lentamente de um por um. "Alguns de vocês, a maior parte de vocês nunca viu uma cruzada prateada. Eu já vivi uma. Elas são diferentes de tudo e ainda assim a mesma coisa. Já ouviram isso antes: Não esqueçam o juramento. Agdamos é nosso guia ele toma o lugar do seu totem e nós tomamos o lugar da sua alcateia. É confuso e temporário." Ele era todo calma fria e certeza. "Estamos sob a luz da lua e vamos punir nossos irmãos. Vamos mostrar que somos mais fortes. Que estamos certos. Que somos o melhor caminho. Nossas maiores vitórias não são Anshega mortos e sim novos Urdagas. Aqueles do outro lado lutando por suas vidas, lutando para nos matar, eles são nossos irmãos e se depois de botá-los na lona pudermos levantá-los e levá-los a graça da lua essa é a vitória de verdade."
Ele não queria inflamá-los, não naquele momento. "Vão para suas casas, se olhem no espelho. Se limpem e respirem fundo. Se livrem das amarras que precisarem e me encontrem aqui todas as noites. No por do sol vamos começar a treinar e planejar. Eu preciso conhecer vocês. Vocês precisam se conhecer. Temos oito dias e vamos usá-los." Ele fala como um avô ensinando uma tarefa simples a um neto. "Nem todos me escolheram e eu não escolheria todos vocês e sei que o mesmo pode ser dito entre vocês. Essa é o único instante em que isso importa, essa rejeição vai ser posta de lado de agora em diante. Agora, agora vocês me escolheram e eu os escolhi e vocês se escolheram. Não havia nenhuma possibilidade melhor." A voz tinha finalmente um toque de autoridade, mas uma autoridade sem qualquer medo de ser desafiada.
- Ankou
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- Mensagem nº167
Re: A alcateia que falta
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- Mensagem nº168
Re: A alcateia que falta
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- Mensagem nº169
Re: A alcateia que falta
Axel & Samantha
Os três grupos de caça se formam no centro e começam a conversar, confabular. Em volta deles, em um círculo maior as alcateias começam a conversar. Richard e Angelo logo andam em direção aos Algozes vindo de suas próprias alcateias. O irraka anda bem devagar enquanto claramente avalia os três grupos no meio da clareira. Angelo é o primeiro a chegar. A marca dos que Caçam nas Sombras aparecendo pela metade escapando pela manga da camiseta branca e lisa. As pulseiras fazendo barulho para marcar cada um dos seus passos. Ele ajeita o cabelo duas vezes antes de chegar perto o bastante para falar, mas não hesita e sua voz é clara dizendo palavras bem articuladas. "Nossa tribo entende o que é proteger o território." ele estica a mão em cumprimento a Axel. Já o tinha visto antes, tinham sido apresentados. Todos ali tinham. "Eles vão correr com os puros e a gente vai correr atrás do inferno que se levantar aqui. Esse espaço cheira muito mal. Só três luas cheias não se juraram a caçada." Ele dá uma olhada para Joe como se ficasse feliz de ver ele ali. "Sorte nossa, vamos poder planejar e seguir os planos." Claramente uma piada, mas não só. Era um aviso, estavam fracos. Joe era novo assim como Clio e Magda era quase uma criança. Isso era uma fraqueza. Mas agir sem a impulsividade de Connor ou a brutalidade apressada dos dragões ou até mesmo a confiança inabalável de Anne e Sebastian era uma liberdade que o protetorado tinha provado poucas vezes.
"É, planejar. Planejar é foda quando vão lá e arrancam o chão debaixo dos seus pés." A voz de Richard tinha um tom amargo raro. "Os espíritos vão saber. Vão esperar. Vamos precisar correr por eles para esconder isso o melhor possível, porque se os puros ouvirem isso vão se preparar. Assim que a guerra começar esperem traições e rebeldia. Esperem que a merda toda exploda na sua cara de um jeito que cê nem pode imaginar. A gente vai precisar se ajudar de perto e colocar os sangue de logo no circuito. Cês tem alguma ideia?" Ele não tinha qualquer pudor de ter interrompido a conversa anterior, ele falava como se estivesse estado ali o tempo todo. "Cês vão precisar de alguma coisa?" Ele olha de canto de olho em volta passando primeiro por Sam e Joe e depois para todo o resto até chegar em Klaus e então volta para Axel casualmente.
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Skye faz que não. O rostinho sério e subitamente tenso. "Ela tá onde tem que tá." As palavras pouco mais que um rosnado.
Frustrantemente ela só balança a cabeça confirmando, mas as linhas do rosto ficam menos duras, menos hostis.
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"Disse e é verdade. Disse e isso não importa agora." Mas era claro que para ele importava. A mão pousa no braço do lua cheia e da um aperto. "Ash, com o que você alimentou ele para ficar tão grande?" Ele diz com um sorriso. "Shaw, você vai organizar nossas agendas. Consiga um tempo para cada um ir ao castelo comigo." O irraka assente com a cabeça sem dizer nada. "Amy e Rail, vocês Skye e Connor tem que deixar os segredos e trapaças para os Anshega durante essa caçada. Vou precisar de cada sujeira que vocês possam pensar e mais algumas. Cada luta que pudermos ganhar sem lutar é uma vitória que vale por duas." Ele parece pensar um pouco antes de mover os ombros para um e o outro. "Não cheguem tarde. Se preparem. Tragam suas ideias. Tragam o que puder ajudar. Venham prontos para mudar." Ele finalmente se afasta já seguindo a direção por onde os Filhos do Corvo entraram na clareira.
Os três grupos de caça se formam no centro e começam a conversar, confabular. Em volta deles, em um círculo maior as alcateias começam a conversar. Richard e Angelo logo andam em direção aos Algozes vindo de suas próprias alcateias. O irraka anda bem devagar enquanto claramente avalia os três grupos no meio da clareira. Angelo é o primeiro a chegar. A marca dos que Caçam nas Sombras aparecendo pela metade escapando pela manga da camiseta branca e lisa. As pulseiras fazendo barulho para marcar cada um dos seus passos. Ele ajeita o cabelo duas vezes antes de chegar perto o bastante para falar, mas não hesita e sua voz é clara dizendo palavras bem articuladas. "Nossa tribo entende o que é proteger o território." ele estica a mão em cumprimento a Axel. Já o tinha visto antes, tinham sido apresentados. Todos ali tinham. "Eles vão correr com os puros e a gente vai correr atrás do inferno que se levantar aqui. Esse espaço cheira muito mal. Só três luas cheias não se juraram a caçada." Ele dá uma olhada para Joe como se ficasse feliz de ver ele ali. "Sorte nossa, vamos poder planejar e seguir os planos." Claramente uma piada, mas não só. Era um aviso, estavam fracos. Joe era novo assim como Clio e Magda era quase uma criança. Isso era uma fraqueza. Mas agir sem a impulsividade de Connor ou a brutalidade apressada dos dragões ou até mesmo a confiança inabalável de Anne e Sebastian era uma liberdade que o protetorado tinha provado poucas vezes.
"É, planejar. Planejar é foda quando vão lá e arrancam o chão debaixo dos seus pés." A voz de Richard tinha um tom amargo raro. "Os espíritos vão saber. Vão esperar. Vamos precisar correr por eles para esconder isso o melhor possível, porque se os puros ouvirem isso vão se preparar. Assim que a guerra começar esperem traições e rebeldia. Esperem que a merda toda exploda na sua cara de um jeito que cê nem pode imaginar. A gente vai precisar se ajudar de perto e colocar os sangue de logo no circuito. Cês tem alguma ideia?" Ele não tinha qualquer pudor de ter interrompido a conversa anterior, ele falava como se estivesse estado ali o tempo todo. "Cês vão precisar de alguma coisa?" Ele olha de canto de olho em volta passando primeiro por Sam e Joe e depois para todo o resto até chegar em Klaus e então volta para Axel casualmente.
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Chloe escreveu:...fazer as coisas darem certo
Skye faz que não. O rostinho sério e subitamente tenso. "Ela tá onde tem que tá." As palavras pouco mais que um rosnado.
Chloe escreveu:mais dos seus problemas que você mesma?!
Frustrantemente ela só balança a cabeça confirmando, mas as linhas do rosto ficam menos duras, menos hostis.
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Connor escreveu: Na primeira vez que nos encontramos você disse que os Mcleary eram feito de uma material diferente, vamos provar que você estava certo.
"Disse e é verdade. Disse e isso não importa agora." Mas era claro que para ele importava. A mão pousa no braço do lua cheia e da um aperto. "Ash, com o que você alimentou ele para ficar tão grande?" Ele diz com um sorriso. "Shaw, você vai organizar nossas agendas. Consiga um tempo para cada um ir ao castelo comigo." O irraka assente com a cabeça sem dizer nada. "Amy e Rail, vocês Skye e Connor tem que deixar os segredos e trapaças para os Anshega durante essa caçada. Vou precisar de cada sujeira que vocês possam pensar e mais algumas. Cada luta que pudermos ganhar sem lutar é uma vitória que vale por duas." Ele parece pensar um pouco antes de mover os ombros para um e o outro. "Não cheguem tarde. Se preparem. Tragam suas ideias. Tragam o que puder ajudar. Venham prontos para mudar." Ele finalmente se afasta já seguindo a direção por onde os Filhos do Corvo entraram na clareira.
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Re: A alcateia que falta
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- Mensagem nº171
Re: A alcateia que falta
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- Mensagem nº172
Re: A alcateia que falta
Axel Brown A voz de Imaculada anuncia que Chloe e Skye iam correr com ela. Fazia tempo que Axel não falava pessoalmente com a irraka. — Ainda não foi dessa vez que nós corremos juntos, não é? - Ele lembrava do que havia dito o velho cahalith na prova de passagem deles. — Um dia há de ser. Mas já que dessa vez vai estar correndo com Chloe e Skye, tudo que posso fazer é pedir que cuide delas como for possível. - Entre as três, Imaculada era a mais experiente. Ele tinha visto a conversa de Skye com Chloe, sem intervir. Axel se abaixa para ficar da altura da menina antes de apontar para Imaculada. — Eu acho que ela também tem uns truques legais para te ensinar. Eu ficaria de olho. - Ele sugere, como se fosse um conselho. O conselho vem junto de uma piscadela cúmplice. Seu olhar corre de Imaculada para as duas da sua alcatéia. — Eu espero que esse seja o último capítulo dessa história. - Sabia que Imaculada também tinha marcas por conta do conflito com os puros. Quando Amy chega, Axel assente com um meneio de cabeça. — Vão lá! - A frase é para Chloe e Skye, quase uma torcida. Joe afirma e pergunta se conseguiriam. — Ou vamos morrer tentando. - Diz Axel com certa solenidade. Enquanto assente para as conclusões que o rahu vai tendo. — Acredito que sim. Mas esse vai ser só o primeiro passo. - Ele menea a cabeça indicando a aproximação de Richard e Angelo. A mão estendida do outro Meninna é encontrada pela de Axel. — As probabilidades estão contra nós, mas sempre estiveram. - Estavam com poucos luas cheias, o que indicava que precisariam ser muito, muito engenhosos. — Acho que temos pelo menos três preocupações maiores: manter as coisas sob controle depois do vácuo causado pelo deslocamento das alcatéias; dar suporte aos uratha na frente de batalha e aos que voltam dela; e manter os sangue de lobo à salvo. Parece muita coisa para darmos conta. Samantha sugere um lugar seguro. — Se formos espertos vamos aprender com aquela situação e vamos ter vários lugares seguros invés de um. Um lugar seguro é também um alvo depois que é descoberto. - Ele diz com certo desconforto de lembrar de tudo que aconteceu. — Temos que estar com os pés bem firmes na Sombra, senão as poucas vitórias que tivemos nesses últimos tempos vão por água abaixo. - Ele olha para Richard e Angelo. — Se não contamos com força bruta, vamos ter que contar com acordos, truques, evasão e contra ataque certeiro. |
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- Mensagem nº173
Re: A alcateia que falta
Connor escreveu:Rail tu sabe wargar?
"Tá falando russo?!?!" Rail olha para ele completamente perdida. "Sabe sim. Eles estão esperando." Amy completa com uma mão tranquilizante no ombro de Rail. Shawn ainda olhava para Connor, não sem expressão, mas indecifrável.
As despedidas são rápidas, mas carregadas de uma energia que demora para dissipar.
--
Axel escreveu: Um dia há de ser. Mas já que dessa vez vai estar correndo com Chloe e Skye, tudo que posso fazer é pedir que cuide delas como for possível.
Ela o olha com inesperada tranquilidade. "Estamos todos correndo sob a luz da lua." Um pouco mais beata que o esperado.
Axel escreveu: Eu acho que ela também tem uns truques legais para te ensinar. Eu ficaria de olho.
Os olhos marejados de Skye se viram, vermelhos, para ele. A irraka analizando as palavras e o próprio elodoth. Ela não dá nenhum sinal de repúdio, só assente com a cabeça uma vez. Um bom soldado recebendo uma ordem? Uma menina tímida demais para admitir mudança?
Samantha escreveu:No território mais distante da direção da guerra.
Olhar Curioso balança a cabeça concordando. "A fazenda era dos Mcleary. Nosso quarto do pânico não cabe todo mundo. Menos ainda agora." Ele passa a mão na cabeça e aperta o próprio ombro por um instante. "As distâncias fazem menos sentido em uma situação assim. Mas mais longe é melhor. Sebastian pensou em um cruzeiro." Ele dá de ombros como se a ideia fosse boba demais para considerar.
Axel escreveu:mas sempre estiveram.
"Sempre estarão." Quase um sussurro.
Samantha escreveu:Se Chloe permitir, podemos fazer um posto de ajuda na clínica. Lá tem medicamentos, tem espaço também. Seria bom levar Elise, se Ash permitir.
"Já ouvi isso antes. Mas o lugar já existe e não é grande o bastante. Caminho errado, se quer Elise precisa de Brendan." Com a emoção de uma criança que indica um lápis de cor a um colega daltônico. "São muitos urathas, não dá pra centralizar tudo e administrar como se pudesse ser otimizado. Como se fosse uma empresa. É complexo e emocional demais." em aparente total discordância. "Mas é o melhor caminho, pelo menos planejar."
Axel escreveu:. Parece muita coisa para darmos conta.
"E é, meu irmão. Mas só temos a gente ara fazer e vamos precisar dos sangue de lobo e eles vão correr perigo e é melhor crianças aprenderem a lidar com um kit de primeiros socorros. A presença da atenção dos humanos pode ser o melhor escudo contra os puros. Pode ser." Ele não parece nada entusiasmado com o que diz. "São três ótimos pontos. Mas só para começar. A gente precisa ganhar."
Samantha escreveu:No mais, eu me coloco a disposição para ajudar com os preparativos para com mundo espiritual, com os demais Ithaeur.
Richard olha para ele com calma e alguma coisa impossível de decifrar. "Vamos todos meter a mão em mais do que deveríamos. É bom te ver cooperativa, mas aposto que seu alfa vai pedir muito mais de você."
Axel escreveu:Se não contamos com força bruta, vamos ter que contar com acordos, truques, evasão e contra ataque certeiro.
Os dois parecem satisfeitos. Não, confiantes. Contatos são trocados e Richard convida todos até a clínica de Chloe. "Nos fundos, amanhã as 1900."
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- Mensagem nº174
Re: A alcateia que falta
A face cheia da lua acabou de deixar o seu lugar no céu.
O circulo estava mais vazio que da ultima vez.
A vitória tinha um gosto amargo de saudade. A glória tinha um cheiro azedo de culpa.
Ainda assim o protetorado se reúne para honrar os que deram suas vidas para mudar o futuro de escuridão que eles viveriam, que mundo enfrentaria. O rio de sangue e corpos sob a sombra do rei Anshega. Não mais. Esse era o real prémio da Cruzada de Dover. Não a liberdade sangrenta e caótica de Sparhall. Não a distância que se pusera entre os puros e destituídos. Não o território o poder tomados de volta a força. Não os corpos inchados e congelados nas esquinas frias da cidade. Não as casas destruídas pela água e pelo fogo. Não o vidro estilhaçado nas calçadas. Não o sangue correndo nos esgotos como pesadelos nas mentes atormentadas pelas lembranças. A vitória dos urdagas era também a vitória de Terror nas Sombras, agora senhor incontestável do medo. A Sombra estava mudando, a cruzada foi o estopim de um guerra ainda mais espetacular e complicada que tinha sido deixada de lado. Deixada de lado porque os Anshega foram derrotados, mas não exterminados. Diziam que o Rei estava morto, Haru sabia que sim, ela sentia isso nos seus sonhos agora livres.
Um grande número de puros foi encontrado assassinado pela cidade sem sinais de terem lutado, suas rotinas cortadas abruptamente e suas marcas arrancadas da pele. Dona trás o assunto a todos os Mestres do Ferro que a ouvem. Mas infelizmente ela soa como conspiração. As Sombras de Londres estão aqui. A ithaeur não fica muito, só o bastante para olhar nos olhos de cada um e proferir seu aviso. Ela não estava na reunião do protetorado, mas suas palavras ecoavam nos reportes que os outros davam do que viram em Sparhall. Enquanto muitos dos guerreiros da cruzada se recolheram para receber tratamento os outros urdagas vasculharam a cidade para reparar o segredo e testemunhar o a destruição que seus irmãos tinham causado.
Amálgamas e espíritos fugitivos são um problema imediato, assim como humanos que entram pelo caminho errado e acabam na sombra. Sparhall é puro caos. Os esgotos da cidade transbordaram. Muito da população de rua desapareceu. Vídeos da tempestade inesperada inundam a internet. Acidentes de todos os tipos atravancam o trânsito normal da cidade. O prejuízo em vidas é incalculável, mas o prejuízo financeiro chega a dezenas de milhões. Prédios, veículos particulares e públicos, as linhas de metrô, linhas transmissão de todo tipo. O que mais intriga a comunidade científica é a estranha intensidade de um evento tão pequeno. Muitas pessoas chegam perto demais da verdade e nunca mais são vistas, exceto por aqueles que se lembram dos seus últimos momentos. Uma lista de nomes é queimada no inicio da noite, mesmo assim as imagens ainda passam em uma tela enorme em um quarto de hotel na Sombra, ou é o que alguns espíritos dizem.
Quatro corpos próximos a fogueira que brilhava prateada. Nestor se aproxima, era ele que tinha que começar. Os ferimentos que o luno causou ainda marcavam sua pele, prata, o cahalith era uma ruina ambulante. Faixas e adesivos. Ele cheirava a sangue, a delicioso sangue uratha. "Todos aqui perdemos muito." Ele não olha para os corpos. "Não há porque negar ou esconder. Não razões para fingir. Um dia as histórias vão guardar só a glória ou a tragédia. Hoje vivemos os dois." Ele olha finalmente, se ajoelha como se não sentisse dor. "É o último momento. A despedida." ele faz um sinal com a mão chamando todos para perto.
Krantz por alguma razão espera até aquele momento para se por em movimento. O uratha em dalu era coberto de pelos cinzas e brancos. A faca militar na mão. O cinto de couro apertado entre os dentes. Um corte fundo. A lâmina cai entre as folhas. Na mão ensanguentada uma lasca de prata. No peito uma trilha de sangue fresco. Vapor branco subindo suave da pele aberta. "Seu merdinha escroto." Ele cai de joelhos ao lado do seu alfa. Couro marcado de dentes apertado entre os dedos. "Seu bosta ansioso do caralho. Que merda você fez..." A era vidro e cascalho. Os olhos cheios de raiva. As mãos tremendo para levar a bala velha até o garra sangrenta morto. "Não era sua vez ainda. Leva essa porra com você. Vocês levaram tudo que eu tinha seus imbecis inúteis. Que merda cê fez agora..." Rastros vermelhos na expressão plácida do urdaga caído. A bala de prata brilhava com as tags militares no peito destruído. O ithaeur empurra todos para dentro da carne do outro uratha antes de deixar o rosto cair entre as mãos e o corpo tremer com os soluços. Shaw era uma silhueta sóbria e imóvel atrás dele.
Anne segura as mãos queimadas de Aponi entre as suas. O nome da companheira repetido sem parar. Os olhos vermelhos com o choro. Samantha permanece ao seu lado triste, porém resignada. Decidida. Maria se aproxima devagar e para entre Aponi e Ash, suas companheiras. "Agora vocês completam a viagem que a nossa mãe fez, como a loba da morte, mergulham no maior dos mistérios. São um com a morte nos cerca a todos." Uma faca afiada e curva brilha com a luz do fogo.
Rail estava envolta em branco. Um casulo do qual ela nunca ia sair. Ela era menor ainda assim. Pequena e frágil. Seus companheiros de alcateia falam como se ela pudesse ouvir. Eadrick descreve o lugar e as pessoas com Amy e Jenna brigando sobre detalhes como magenta ou carmesim. Jay e Koji ainda lamentam, não foram rápidos o bastante.
Nenhum assunto era mais urgente que o luto. Não para os corações inquietos dos urathas. Até o sorriso implacável de Dalia tinha desaparecido enquanto ela oferecia seus sentimentos. Abraços eram trocados e dores divididas. Olhares compartilhavam sofrimento. Brendan mascava sem parar com um rosto feito de pedra e olhos distantes. Skye andava de um lado para o outro inquieta, em um momento ela se aproxima da alcateia de Rail, mas logo depois de afasta de novo. Joe fumava um cigarro artesanal que não era tabaco, ele tinha muitos desses nessa noite e os oferecia junto com seus sentimentos, não que ele sentisse a mesma coisa. Axel visita cada um dos enlutados com carinho e calma, com Rail ele divide palavras de tristeza e saudade, no fim ele sorri para companheira uma última vez. A alcateia que veio como uma de Sparhall presta suas homenagens como uma só criatura diferente da Irmandade Ardente que se divide e se une novamente. William era menos que uma lembrança até estar do seu lado com o coração na mão dividindo a sua dor como um irmão faria.
Rail é coberta por completo e retirada para aguardar o fim da reunião. Shaw e Krantz levam Atiçador para uma árvore com o símbolo marcado da Legião. Então Loba sem Sombra inicia o seu ritual. A faca traça novas marcas na pele das urdagas caídas, suas irmãs de tribo. Círculos completos de aço, de carne e passos. O dromo parece não existir. As chamas tem a cor da escuridão e seu crepitar é como o arrastar de correntes e patas arranhando gelo. "Devolvo o que devem minhas irmãs, dê a elas o que lhes é de direito." A névoa era densa e fria e tinha vindo de lugar nenhum. De alguma forma as chamas brilhavam na névoa densa. "Suas vidas marcadas na pele. Suas vidas marcadas nas memórias de todos. Suas vidas marcadas em espírito. Não há o que esquecer. A elas o que lhes é devido." A voz da ithaeur não suplicava, exigia. A lâmina cortava o ar deixando círculos vazios. "Por fim ao seu lado. Por fim onde todos esperam. por fim onde nos encontraremos. Levem consigo uma ultima oferta, não nós esqueçam. Se lembrem." Ela corta a própria mão e com a faca curva espalha o sangue na mão das duas Sombras descarnadas. No momento seguinte os uivos começam. A dor representa encontra um jeito de sair. Nestor segura o braço de Connor e Brendan e não precisa dizer nenhuma palavra enquanto avança para a Sombra descarnada com o fio manchado de sangue.
--
Dalia Knight com paixão pela Irmandade Ardente, eles iriam para Sparhall. Não fazia sentido ficar. "Há um preço a pagar por Sparhall e nós vamos pagar a nossa parte. Vai ser difícil e custoso, mas não vamos sozinhos."
Amy Crestwood fala logo em seguida. "Os Dragões de Aço também vão." Sem nenhum traço de confronto.
Richard Bradfort não deixa a confusão que essas afirmações causam animarem outros a falarem. "Vai haver uma aliança em Sparhall e os Seis Uivadores são parte dela." Era impossível não ler a satisfação do irraka, enquanto ele abre e fecha a mão do braço que perdeu em Sparhall.
Nestor concorda com a cabeça e se vira na direção de Bartley Murphy que faz que não com a cabeça e dá o assunto por encerrado. Eles não iriam a lugar algum. O velho senhor das tempestades da um passo a frente retomando a palavra. "Todos sabem que esses momentos podem trazer grandes mudanças e não tem nenhuma razão para sermos tímidos com isso. Connor Mcleary e Aedan Mcleary eu os convido para correrem sob as asas do Corvo das Brumas." Ele abre os braços machucados e enfaixados olha para um e para o outro. Silêncio.
O circulo estava mais vazio que da ultima vez.
A vitória tinha um gosto amargo de saudade. A glória tinha um cheiro azedo de culpa.
Ainda assim o protetorado se reúne para honrar os que deram suas vidas para mudar o futuro de escuridão que eles viveriam, que mundo enfrentaria. O rio de sangue e corpos sob a sombra do rei Anshega. Não mais. Esse era o real prémio da Cruzada de Dover. Não a liberdade sangrenta e caótica de Sparhall. Não a distância que se pusera entre os puros e destituídos. Não o território o poder tomados de volta a força. Não os corpos inchados e congelados nas esquinas frias da cidade. Não as casas destruídas pela água e pelo fogo. Não o vidro estilhaçado nas calçadas. Não o sangue correndo nos esgotos como pesadelos nas mentes atormentadas pelas lembranças. A vitória dos urdagas era também a vitória de Terror nas Sombras, agora senhor incontestável do medo. A Sombra estava mudando, a cruzada foi o estopim de um guerra ainda mais espetacular e complicada que tinha sido deixada de lado. Deixada de lado porque os Anshega foram derrotados, mas não exterminados. Diziam que o Rei estava morto, Haru sabia que sim, ela sentia isso nos seus sonhos agora livres.
Um grande número de puros foi encontrado assassinado pela cidade sem sinais de terem lutado, suas rotinas cortadas abruptamente e suas marcas arrancadas da pele. Dona trás o assunto a todos os Mestres do Ferro que a ouvem. Mas infelizmente ela soa como conspiração. As Sombras de Londres estão aqui. A ithaeur não fica muito, só o bastante para olhar nos olhos de cada um e proferir seu aviso. Ela não estava na reunião do protetorado, mas suas palavras ecoavam nos reportes que os outros davam do que viram em Sparhall. Enquanto muitos dos guerreiros da cruzada se recolheram para receber tratamento os outros urdagas vasculharam a cidade para reparar o segredo e testemunhar o a destruição que seus irmãos tinham causado.
Amálgamas e espíritos fugitivos são um problema imediato, assim como humanos que entram pelo caminho errado e acabam na sombra. Sparhall é puro caos. Os esgotos da cidade transbordaram. Muito da população de rua desapareceu. Vídeos da tempestade inesperada inundam a internet. Acidentes de todos os tipos atravancam o trânsito normal da cidade. O prejuízo em vidas é incalculável, mas o prejuízo financeiro chega a dezenas de milhões. Prédios, veículos particulares e públicos, as linhas de metrô, linhas transmissão de todo tipo. O que mais intriga a comunidade científica é a estranha intensidade de um evento tão pequeno. Muitas pessoas chegam perto demais da verdade e nunca mais são vistas, exceto por aqueles que se lembram dos seus últimos momentos. Uma lista de nomes é queimada no inicio da noite, mesmo assim as imagens ainda passam em uma tela enorme em um quarto de hotel na Sombra, ou é o que alguns espíritos dizem.
Quatro corpos próximos a fogueira que brilhava prateada. Nestor se aproxima, era ele que tinha que começar. Os ferimentos que o luno causou ainda marcavam sua pele, prata, o cahalith era uma ruina ambulante. Faixas e adesivos. Ele cheirava a sangue, a delicioso sangue uratha. "Todos aqui perdemos muito." Ele não olha para os corpos. "Não há porque negar ou esconder. Não razões para fingir. Um dia as histórias vão guardar só a glória ou a tragédia. Hoje vivemos os dois." Ele olha finalmente, se ajoelha como se não sentisse dor. "É o último momento. A despedida." ele faz um sinal com a mão chamando todos para perto.
Krantz por alguma razão espera até aquele momento para se por em movimento. O uratha em dalu era coberto de pelos cinzas e brancos. A faca militar na mão. O cinto de couro apertado entre os dentes. Um corte fundo. A lâmina cai entre as folhas. Na mão ensanguentada uma lasca de prata. No peito uma trilha de sangue fresco. Vapor branco subindo suave da pele aberta. "Seu merdinha escroto." Ele cai de joelhos ao lado do seu alfa. Couro marcado de dentes apertado entre os dedos. "Seu bosta ansioso do caralho. Que merda você fez..." A era vidro e cascalho. Os olhos cheios de raiva. As mãos tremendo para levar a bala velha até o garra sangrenta morto. "Não era sua vez ainda. Leva essa porra com você. Vocês levaram tudo que eu tinha seus imbecis inúteis. Que merda cê fez agora..." Rastros vermelhos na expressão plácida do urdaga caído. A bala de prata brilhava com as tags militares no peito destruído. O ithaeur empurra todos para dentro da carne do outro uratha antes de deixar o rosto cair entre as mãos e o corpo tremer com os soluços. Shaw era uma silhueta sóbria e imóvel atrás dele.
Anne segura as mãos queimadas de Aponi entre as suas. O nome da companheira repetido sem parar. Os olhos vermelhos com o choro. Samantha permanece ao seu lado triste, porém resignada. Decidida. Maria se aproxima devagar e para entre Aponi e Ash, suas companheiras. "Agora vocês completam a viagem que a nossa mãe fez, como a loba da morte, mergulham no maior dos mistérios. São um com a morte nos cerca a todos." Uma faca afiada e curva brilha com a luz do fogo.
Rail estava envolta em branco. Um casulo do qual ela nunca ia sair. Ela era menor ainda assim. Pequena e frágil. Seus companheiros de alcateia falam como se ela pudesse ouvir. Eadrick descreve o lugar e as pessoas com Amy e Jenna brigando sobre detalhes como magenta ou carmesim. Jay e Koji ainda lamentam, não foram rápidos o bastante.
Nenhum assunto era mais urgente que o luto. Não para os corações inquietos dos urathas. Até o sorriso implacável de Dalia tinha desaparecido enquanto ela oferecia seus sentimentos. Abraços eram trocados e dores divididas. Olhares compartilhavam sofrimento. Brendan mascava sem parar com um rosto feito de pedra e olhos distantes. Skye andava de um lado para o outro inquieta, em um momento ela se aproxima da alcateia de Rail, mas logo depois de afasta de novo. Joe fumava um cigarro artesanal que não era tabaco, ele tinha muitos desses nessa noite e os oferecia junto com seus sentimentos, não que ele sentisse a mesma coisa. Axel visita cada um dos enlutados com carinho e calma, com Rail ele divide palavras de tristeza e saudade, no fim ele sorri para companheira uma última vez. A alcateia que veio como uma de Sparhall presta suas homenagens como uma só criatura diferente da Irmandade Ardente que se divide e se une novamente. William era menos que uma lembrança até estar do seu lado com o coração na mão dividindo a sua dor como um irmão faria.
Rail é coberta por completo e retirada para aguardar o fim da reunião. Shaw e Krantz levam Atiçador para uma árvore com o símbolo marcado da Legião. Então Loba sem Sombra inicia o seu ritual. A faca traça novas marcas na pele das urdagas caídas, suas irmãs de tribo. Círculos completos de aço, de carne e passos. O dromo parece não existir. As chamas tem a cor da escuridão e seu crepitar é como o arrastar de correntes e patas arranhando gelo. "Devolvo o que devem minhas irmãs, dê a elas o que lhes é de direito." A névoa era densa e fria e tinha vindo de lugar nenhum. De alguma forma as chamas brilhavam na névoa densa. "Suas vidas marcadas na pele. Suas vidas marcadas nas memórias de todos. Suas vidas marcadas em espírito. Não há o que esquecer. A elas o que lhes é devido." A voz da ithaeur não suplicava, exigia. A lâmina cortava o ar deixando círculos vazios. "Por fim ao seu lado. Por fim onde todos esperam. por fim onde nos encontraremos. Levem consigo uma ultima oferta, não nós esqueçam. Se lembrem." Ela corta a própria mão e com a faca curva espalha o sangue na mão das duas Sombras descarnadas. No momento seguinte os uivos começam. A dor representa encontra um jeito de sair. Nestor segura o braço de Connor e Brendan e não precisa dizer nenhuma palavra enquanto avança para a Sombra descarnada com o fio manchado de sangue.
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Dalia Knight com paixão pela Irmandade Ardente, eles iriam para Sparhall. Não fazia sentido ficar. "Há um preço a pagar por Sparhall e nós vamos pagar a nossa parte. Vai ser difícil e custoso, mas não vamos sozinhos."
Amy Crestwood fala logo em seguida. "Os Dragões de Aço também vão." Sem nenhum traço de confronto.
Richard Bradfort não deixa a confusão que essas afirmações causam animarem outros a falarem. "Vai haver uma aliança em Sparhall e os Seis Uivadores são parte dela." Era impossível não ler a satisfação do irraka, enquanto ele abre e fecha a mão do braço que perdeu em Sparhall.
Nestor concorda com a cabeça e se vira na direção de Bartley Murphy que faz que não com a cabeça e dá o assunto por encerrado. Eles não iriam a lugar algum. O velho senhor das tempestades da um passo a frente retomando a palavra. "Todos sabem que esses momentos podem trazer grandes mudanças e não tem nenhuma razão para sermos tímidos com isso. Connor Mcleary e Aedan Mcleary eu os convido para correrem sob as asas do Corvo das Brumas." Ele abre os braços machucados e enfaixados olha para um e para o outro. Silêncio.
- Ankou
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- Mensagem nº175
Re: A alcateia que falta
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- thendara_selune
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- Mensagem nº176
Re: A alcateia que falta
O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte.
"Enquanto a neve cai e os ventos brancos uivam, o lobo solitário perece, mas a alcateia persiste!"
Esta era a segunda vez que presenciava a partida de Urathas. Meses atrás, quando ainda residia em Sparhall ao lado de meus tios, havia testemunhado um membro da alcateia cumprindo seu dever diante de Luna. As chamas dançavam alto, alcançando o céu noturno, e suas fagulhas subiam como um sinal de devoção à deusa Lunar. Meus sentimentos estavam carregados de respeito, embora eu talvez tenha endurecido um pouco ao longo do caminho, afinal, perdi quase todos os que considerava família. Agora, apenas meu tio e minha irmã permaneciam ao meu lado.
Nestor liderava a cerimônia e ao ouvir Maria falar, minhas lágrimas brotaram, minando minha determinação de manter a compostura. Não havia convivido tanto tempo com ela ou com Ash, mas a morte desta última liberou minhas emoções. Pude ouvir Anne lamentando ao ver Aponi ali, sabendo que ela não uivaria mais. Amy e Jenna estavam ao lado do corpo frio de Rail. A dor da frustração por não serem rápidos o suficiente ecoava nas vozes de Jay e Koji.
Até o velho Krantz permitia-se expressar suas emoções. Brendan, que geralmente mantinha um controle rígido, mostrava um pouco de vulnerabilidade ao se aproximar de Ash. Por sua vez, Nestor era o bálsamo entre os feridos e os mortos. Ao observar toda aquela cena, abaixei a cabeça por um momento, sentindo o crescente luto que pairava no ar, com os corpos sem vida repousando em seu sono eterno. A alcateia deles não podia quebrar as correntes da morte. Eu me sentia pequena diante daquela cena, minha Lua enlutada pelos que haviam partido, e não havia palavras capazes de expressar o que verdadeiramente estava em meu coração, a menos que quisesse provocar uma discussão sobre como os puros deveriam pagar.
Em seguida, meu olhar se voltou para Ash e seu filho. Uma expressão de indignação se refletiu em meu rosto, pois aquilo parecia profundamente injusto em todos os sentidos imagináveis. As leis dos Filhos do Primeiro Lobo não me pareciam justas, forçando os puros a deixarem a ilha por questões puramente legais. Se eu expressasse tudo o que realmente queria dizer, acabaria revelando verdades que muitos preferiam manter ocultas. "Imru nu fir Imru." Essas palavras ecoaram em minha mente, enquanto meu coração lutava para aceitá-las.
Nestor convocou todos para se aproximarem, mas optei por esperar um pouco, permitindo que aqueles mais próximos tivessem seu momento com os que partiram. Só então me aproximei dos corpos, levando flores em minhas mãos. Eu tinha meus próprios rituais funerários, mas não queria misturá-los com os deles.
Minha mão repousou suavemente sobre a de Ash. "Apresento meus sentimentos...", murmurei, olhando para Nestor, Connor e, especialmente, Maria, a quem abracei com força. "Um dia nossa caçada encontrará a deles, em uma terra fértil, onde o pai e a mãe cuidarão de nós como se fôssemos, mais uma vez, uma única Alcateia." Senti meu corpo tremer ao pronunciar essas palavras e, em seguida, me afastei, pois a sensação da partida me fez lembrar de minha mãe, e eu não queria fraquejar nem privá-los da oportunidade de sentir sua própria dor. Caminhei sozinha até uma árvore próxima à alcateia, onde observei Connor um momento depois conversando com Axel, meus olhos escuros fixados neles. "Então, o Lua Cheia se uniu a eles, é sangue clamando por sangue", murmurei para mim mesma, mas não me intrometi naquela conversa, apenas permaneci ali, ouvindo as palavras dos dois.
Falas
NPS ou Pensamentos
Esta era a segunda vez que presenciava a partida de Urathas. Meses atrás, quando ainda residia em Sparhall ao lado de meus tios, havia testemunhado um membro da alcateia cumprindo seu dever diante de Luna. As chamas dançavam alto, alcançando o céu noturno, e suas fagulhas subiam como um sinal de devoção à deusa Lunar. Meus sentimentos estavam carregados de respeito, embora eu talvez tenha endurecido um pouco ao longo do caminho, afinal, perdi quase todos os que considerava família. Agora, apenas meu tio e minha irmã permaneciam ao meu lado.
Nestor liderava a cerimônia e ao ouvir Maria falar, minhas lágrimas brotaram, minando minha determinação de manter a compostura. Não havia convivido tanto tempo com ela ou com Ash, mas a morte desta última liberou minhas emoções. Pude ouvir Anne lamentando ao ver Aponi ali, sabendo que ela não uivaria mais. Amy e Jenna estavam ao lado do corpo frio de Rail. A dor da frustração por não serem rápidos o suficiente ecoava nas vozes de Jay e Koji.
Até o velho Krantz permitia-se expressar suas emoções. Brendan, que geralmente mantinha um controle rígido, mostrava um pouco de vulnerabilidade ao se aproximar de Ash. Por sua vez, Nestor era o bálsamo entre os feridos e os mortos. Ao observar toda aquela cena, abaixei a cabeça por um momento, sentindo o crescente luto que pairava no ar, com os corpos sem vida repousando em seu sono eterno. A alcateia deles não podia quebrar as correntes da morte. Eu me sentia pequena diante daquela cena, minha Lua enlutada pelos que haviam partido, e não havia palavras capazes de expressar o que verdadeiramente estava em meu coração, a menos que quisesse provocar uma discussão sobre como os puros deveriam pagar.
Em seguida, meu olhar se voltou para Ash e seu filho. Uma expressão de indignação se refletiu em meu rosto, pois aquilo parecia profundamente injusto em todos os sentidos imagináveis. As leis dos Filhos do Primeiro Lobo não me pareciam justas, forçando os puros a deixarem a ilha por questões puramente legais. Se eu expressasse tudo o que realmente queria dizer, acabaria revelando verdades que muitos preferiam manter ocultas. "Imru nu fir Imru." Essas palavras ecoaram em minha mente, enquanto meu coração lutava para aceitá-las.
Nestor convocou todos para se aproximarem, mas optei por esperar um pouco, permitindo que aqueles mais próximos tivessem seu momento com os que partiram. Só então me aproximei dos corpos, levando flores em minhas mãos. Eu tinha meus próprios rituais funerários, mas não queria misturá-los com os deles.
Minha mão repousou suavemente sobre a de Ash. "Apresento meus sentimentos...", murmurei, olhando para Nestor, Connor e, especialmente, Maria, a quem abracei com força. "Um dia nossa caçada encontrará a deles, em uma terra fértil, onde o pai e a mãe cuidarão de nós como se fôssemos, mais uma vez, uma única Alcateia." Senti meu corpo tremer ao pronunciar essas palavras e, em seguida, me afastei, pois a sensação da partida me fez lembrar de minha mãe, e eu não queria fraquejar nem privá-los da oportunidade de sentir sua própria dor. Caminhei sozinha até uma árvore próxima à alcateia, onde observei Connor um momento depois conversando com Axel, meus olhos escuros fixados neles. "Então, o Lua Cheia se uniu a eles, é sangue clamando por sangue", murmurei para mim mesma, mas não me intrometi naquela conversa, apenas permaneci ali, ouvindo as palavras dos dois.
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Haru
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- Mensagem nº177
Re: A alcateia que falta
Haru escreveu:"Um dia nossa caçada encontrará a deles, em uma terra fértil, onde o pai e a mãe cuidarão de nós como se fôssemos, mais uma vez, uma única Alcateia."
"Vamos ter o que merecemos, irmãzinha." Ela diz retribuindo o abraço inesperado com candor. As duas sentiam o cheiro familiar da morte.
Sangue derramado. Preces feitas. Respeito em forma e ação. Não há mais o que se ver de Ash ou Aponi. Mesmo assim seus nomes são ditos em despedida. "Garra de Ébano que morreu como viveu, um exemplo sólido e firme do que devemos ser." Um suspiro longo e dolorido. "Canção no Vento que no seu último dia gravou outras palavras nas histórias, Céu em Chamas." Uivos seguem a fala de Loba Sem Sombra que recua até o seu lugar, cansada e fraca.
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Connor escreveu:Pra onde você olhar e tiver metal e concreto é o campo de Sagrim e você precisa de um filho dele pra navegar dentro disso, pra ver a ameaça chegando, as oportunidades também… Não é pra fazer porque eu estou pedindo, é pra fazer porque é certo.
"Eu tô feliz que achou seu caminho. Boa sorte e não se preocupa com a gente." as palavras tão inaudíveis quanto as de Connor.
Connor escreveu: Cuida bem dela. E quando achar que não tem solução, um charuto no terraço funciona pra mim.
"Ela sempre vai estar no meu caminho." Ele diz olhando a ithaeur por um instante.
Aedan fala discretamente com os membros de sua alcateia antes de andar até os Filhos do Corvo. Não demonstra pressa ou constrangimento. Cada passo uma afirmação sem palavras.
Dalia pede a palavra logo depois e convoca colaboração da sua tribo, eles tinham presas para caçar entre os antigos aliados dos Anshega. Presas capazes de distorcer tempo e espírito. Presas que se escondiam onde outros não ousavam caçar. "... rastros que eles não podem seguir, presas que nem sonham existir. O futuro dos nossos parentes, dos nossos territórios e das nossas alcatéias depende disso!" A tribo não encontrava muitos membros em Dover, mas os que haviam cobravam com antecipação da caçada.
Logo depois Dalia puxa dois dos seus a frente. Uma ruiva mal encarada e um pouco perdida e um negro com a tranquilidade de quem sabe o que vai acontecer. "Vocês não correm mais com a Irmandade Ardente. Que seus caminhos sejam cheios e seus corações também. Mas se tudo der errado, eu os recebo de volta." O negro, Rory Silverthorn assente com a cabeça e suspira, seus passos cheios de um dever triste, enquanto caminha para a legião de sangue. A ruiva, Magda Taylor surpreende a todos com um abraço apertado em Dalia antes de correr para Anne e Samantha.
Axel pede a palavra. Ele não responde Connor antes disso, não mais que um aceno de cabeça. "Há rastros e restos. Os Anshenga deixaram muito para trás, mas não deixaram a ilha. Eastmound e Willow Crest ainda abrigam nossos primos perdidos. Temos vasculhado toda area rural e extirpado tudo que encontramos com o cheiro deles, que tenha sido tocado por eles. O trabalho vai ser longo e difícil. Ele fala pela sua tribo.
"Eles deixaram sujeira por todo lado." Nestor fala devagar como se extremamente calmo. "Policia, politica, transporte... tudo. Vai ser um trabalho difícil para o povo de Sparhall. A próxima luta não será hoje. Precisamos dicar atentos, nossos parentes hoje e as alianças que vamos construir serão extremamente importantes no futuro. Na carne e na Sombra." Cada palavra dita com tranquilidade e um olhar distante, quase incerto.
"Um culto. Temos um culto na cidade que pode despertar os mortos e roer o Dromo. Temos evidências para acreditar que existem a muito tempo de uma forma ou de outra. Temos problemas em casa além dos Anshega na ilha." Ele não gosta do que diz. Mas precisava dizer. Haru sabia que o culto não tinha acabado só porque tinha parado de agir.
Devagar as pessoas deixam esse ser o fim da reunião. A ultima reunião de uma era. A primeira de outra.
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