O Jogo dos Tronos - Felinight

Sor Ruud aceitou o convite de Esdres a servir a casa Felinight, Esdres ficou feliz, depois do torneio iria apresentar ele ao pai, como uma forma de mostrar um troféu.

...

Ja na justa, Esdres avançou confiante em direção ao Woods, e viu que espalhar os boatos sobre a maldição da viúva negra tinha funcionado, tanto a lança quanto o escudo do combatente estava tremendo mais que vara verde. A lança acertou no ombro de Langley em cheio, espedaçando-a e fazendo o Woods sair voando pela arena, fazendo uma nuvem de poeira se criar quando o mesmo caiu no chão.

Esdres ouviu a multidão ovacionada comemorando sua vitória. Antes mesmo de fazer seu cavalo parar da investida, sabia que os planos de seu pai estavam dando certo, a multidão estava ovacionada com a vitória, muito provavelmente fruto da contratação de Maehra. Logo os boatos negativos sobre a família seriam esquecidos. Ja tinha feito um dos pedidos de seu pai, que era não aceitar o premio pela vitória. Agora iria realizar o outro pedido, o pedido que Esdres mais queria realizar, a de comemorar ostensivamente.

Ainda em cima do cavalo e dentro da arena Esdres tirou seu elmo e foi primeiro até o rei e a família real e fez uma reverencia. Depois aproveitou para passar pelos nobres, acenando e lançando uns galanteios para as jovens nobres, principalmente as do norte. Também fez um movimento da cabeça para o seu pai, que comemorava ostensivamente também, um sentimento de dever cumprido invadia o peito de Esdres.

Depois deu a volta e cavalgou para o lado dos plebeus, onde por la comemorou sua vitória com eles também, de uma forma um pouco mais livre, acenava para eles, e até tocava suas mãos. Demorou até um pouco para sair da arena, mas tinha que aproveitar o momento o máximo que pudesse.

Asdulfor já estava preocupado, achava Archay tinha escapado, porém ao ouvir as conversas dos guardas descobriu que o raposa estava já na fortaleza vermelha. A Coruja-Asdulfor seguiu para a fortaleza vermelha, iria dar uma olhada nas Celas Negras dos calabouços do Refúgio de Maegor em forma de coruja, enquanto isso o Rato-Asdulfor se aproxima de Gaspar e sob suas duas patas traseiras aponta com sua pata direita dianteira para a fortaleza vermelha.

Para Asdulfor Gaspar já poderia ir embora, apesar de achar que deviam vigiar por mais um tempo o local no caso de aproximação de alguém estranho. Não tinha muito mais o que fazer a não ser tentar adentrar os Calabouços com a coruja.

O bastardo fala sem mesmo abrir a porta. "Não se preocupe com isso amigo. O meu cocheiro terminar isso para mim." Então ele se lembra de avisar ao motorista para ficar na frente da taverna, para que a garota gravida pudesse olhar a porta. "Me espere um instante, não vou demorar." Ele observa até o homem o sair de perto da porta para que pudesse sair sem expor a convidada.

O bastardo manca direto até a porta. Para por um instante para por um sorriso no rosto e adentra o lugar onde conheceu os Lugus e Mayo. Ele finge respirar fundo e apreciar tanto o aroma quanto a vista do lugar. Na verdade observa calmamente a cena dentro da taverna.

Queria encontrar seus amigos e talvez até mesmo o mercador Braavosi e os chamar para fora. Para serem ao menos vistos pedindo para tratar de um assunto mais privado.

Naquela noite sombria, Gaspar seguia o Rato até a Fortaleza Vermelha.

—Preciso achar o sujeito, Asdulfor... Temos de achar o Raposa, pois só ele tem a informação cruscial para sabermos sobre quem esta armando essa cilada... Temos de agir rápido, aliás creio que precisaremos liberta-lo nós mesmos dentro do que esta acontecendo... Se os guardas estão prontos pra nós, penso que amanhã precisamos atuar no torneio. Arthur não pode sair dele. Hoje temos ir até onde realmente

Falava com o pequeno animal, enquanto se deslocava noite à dentro ao lado do roedor, as vezes se esgueirando junto dele.

A Pequena criatura põe uma mão na cabeça e balança ela negativamente, em seguida abanava as mãos de um lado para outro sinalizando que não concordava. Gaspar não sabia naquele momento, mas Asdulfor entendia que seria muito arriscado invadir a Fortaleza Vermelha e a mais ainda, Celas Negras dos calabouços do Refúgio de Maegor. O A pequena criatuira aproveita-se dos buracos não calçados de onde estavam e na terra pega uma pequena pedra e escreve: "Perigo", "Voltar já".

NOITE DO SEGUNDO DIA

ASDULFOR & GASPAR

Enquanto o gato/Asdulfor convencia Gaspar de que era melhor ficar longe da Fortaleza Vermelha, uma outra parte de sua mente viajava no corpo da coruja/Asdulfor justamente par o castelo erguido pelos Targaryen e ocupado atualmente pelos Baratheon.

Havia muitos guardas despertos e alertas na fortaleza, e muitos deles avistaram a Coruja/Asdulfor, mas não fizeram nada enquanto ele mantinha distância. Porém, quando ele tentou entrar no interior do castelo, os guardas enxotavam a ave com as mãos, lanças ou de outras formas ainda mais perigosas. 

Asdulfor então decidiu abandonar o corpo da coruja e saltar para o corpo de um dos inúmeros gatos do castelo, muito mais ágeis e amplamente ignorados pelos soldados. Isso possibilitou que o trocador-de-peles explorasse durante bastante tempo o interior do castelo, sendo espantado apenas ocasionalmente por algum servo ocupado.

O meistre ancião já tinha estudado superficialmente a história e a arquitetura do Refúgio de Maegor, embora soubesse que os segredos da construção tinham se perdido com a morte do próprio Maegor, que assassinara todos os trabalhadores da construção após sua conclusão. Asdulfor estava ciente de que as Celas Negras ficavam nos níveis subterrâneos do palácio, tendo quatro níveis diferentes. Munido desses conhecimentos, o Gato/Asdulfor foi obrigado a abandonar sua forma para uma mais comum nas masmorras, os ratos.

Spoiler:

Foram horas explorando as passagens subterrâneas, checando todas as celas uma por uma, verificando cada prisioneiro, o que era dificultado pelo fato de Asdulfor nunca ter visto pessoalmente o tal Cavaleiro Raposa. Todos os prisioneiros pareciam iguais, desprovidos de quaisquer roupas e ornamentos que qualquer plebeu poderia possuir, e muitos dos cativos tinham sido surrados até ficarem deformados com os inchaços e cortes. Asdulfor era esperto e sabia que Arshay não teria sido torturado ainda, então pelo menos podia descartar alguns desses da lista de possibilidades.

Spoiler:

Mas os ratos, embora habitantes mais numerosos das masmorras, não estavam totalmente seguros. Diversas vezes, os ratos personificados por Asdulfor foram esmagados pelas botas de soldados particularmente irritados ou cruéis, e algumas vezes um ou outro prisioneiro faminto agarrava um dos roedores para devorá-lo de maneira selvagem. Asdulfor compartilhava os últimos momentos de vida desses animaizinhos e muitas vezes não conseguia interromper a ligação entre eles antes de sentir também as dores mortais, o que causava choques na mente e no corpo humano do meistre.

Por fim, mais uma morte adicional foi demais para o corpo de Asdulfor e ele perdeu a consciência antes de descobrir o que queria.

Quando Gaspar voltou ao acampamento Felinight já era madrugada avançada, e o dia raiaria dentro de menos de três horas.  



MANHÃ DO TERCEIRO DIA

ASDULFOR & GASPAR

Gaspar percebera o comportamento menos racional de Ballerion e Rakashar e fôra ao encontro de seu pai na carruagem do meistre, encontrando Asdulfor desacordado.

Foi relativamente fácil despertar o velho meistre, mas Asdulfor ainda sentia o cansaço de uma noite sem dormir trocando de peles e vivenciando mortes de animaizinhos nas masmorras da Fortaleza Vermelha. O próprio Gaspar não dormira muito e já sentia o acúmulo do cansaço, mas isso não o impediria de fazer o que precisava ser feito.

Após um desjejum rápido, quando Gylen Snow começou a rearrumação do acampamento, Gaspar assumiu as rédeas da carruagem do meistre para levar Asdulfor a Porto Real e à Fortaleza Vermelha. Não foi muito fácil, já que Gaspar nunca fôra muito bom em lidar com animais, mas todos os outros servos e soldados já tinham tarefas designadas pelo bastardo Felinight, de modo que Melchior teve que se virar do jeito que pôde. Isso resultou numa viagem cheia de solavancos, sacudindo o próprio meistre que não conseguia sequer cochilar durante as quase três horas de viagem.

Na entrada da Fortaleza Vermelha eles enfrentaram as formalidades de se identificarem para os guardas, declararem suas intenções, esperar que checassem suas autorizações, tudo isso enquanto os olhos do velho meistre quase se fechavam de sono. Mas finalmente alguns guardas vieram buscá-los para conduzi-los para as Celas Negras. Na entrada para os calabouços, os soldados se postaram perante um homem grande, careca no cume da cabeça mas com longos cabelos nas laterais, bastante intimidador. O homem não disse nada, apenas os olhou com olhos duro enquanto um soldado explicava:

- Este é Sor Ilyn Payne, magistrado do rei. Ele vai supervisionar o interrogatório.

Spoiler:

Seguindo Sor Ilyn e um punhado de guardas, Asdulfor e Gaspar percorreram escadas e corredores cada vez mais fundos e escuros, descendo até o quarto piso subterrâneo, onde uma sala de interrogatório cheia de instrumentos de tortura estava à espera de seu próximo hóspede, embora manchas de sangue, urina e fezes ainda estivessem frescas.

Spoiler:

Um soldado chegou correndo e sussurrou algo para o capataz dos calabouços, e ambos pareciam perplexos. Quando finalmente alguém se dignou a explicar algo a Asdulfor e Gaspar, foi o capataz que disse com voz tremula:

- Meus homens acharam Arshay em sua cela, morto. Ele parece ter sido afogado.

Os soldados não fizeram objeções a que Asdulfor e Gaspar fossem checar o corpo. Muitos dos soldados também foram, e o capitão e o capataz às vezes faziam perguntas agressivas para um ou outro carcereiro. Numa cela do terceiro subsolo, Sor Clayton Arshay, o chamado Cavaleiro Raposa, estava sentado encostado à parede de uma cela escura, fria e quase sem palha, iluminado apenas pela luz dos archotes que os soldados carregavam. De fora, parecia como se estivesse apenas dormindo, e era apenas ao entrar na cela e examiná-lo de perto que se notava que o corpo estava molhado e que escorria água de sua boca. Não era água doce. Era água salgada.

Spoiler:

GYLEN SNOW

Gylen posicionou a carruagem de frente para a porta da estalagem para que Alyse Brazier pudesse ver quem saísse.

Ao entrar na estalagem, ele foi recepcionado pelo estalajadeiro, Lyle Brewer, de um modo cortês:

Spoiler:

- Estamos lotados, milorde, mas se quiser beber, o bordel em frente, o Fonte de Jade, serve bebidas de boa qualidade o dia todo...

O salão estava vazio, mas Gylen percebeu que Lyle se referia aos quartos. Aparentemente, depois que Lady Maria e os demais Felinight tinham se mudado em definitivo para o acampamento, o estalajadeiro não tivera dificuldades em achar outros hóspedes. Quando o bastardo explicou que estava procurando os Lugus ou o mercardo Mayo Vierro, o estalajadeiro respondeu:

- Estão todos no torneio, milorde, mas estarão de volta ao anoitecer. Eles fazem festas bem animadas todas as noites aqui. Mas se quiser festejar mais cedo eu sugiro o bordel aqui em frente...

Quando Gylen saiu da estalagem, ele viu o bordel ao qual o estalajadeiro se referia, e havia várias mulheres bonitas à porta, incluindo uma moça bonita de traços exóticos que acenou para ele:

- Bom dia, milorde! Não quer relaxar um pouco...?

Spoiler:

OFF: Gylen deve rolar um teste de Percepção.    



TARDE DO TERCEIRO DIA - O TORNEIO

LÍCIA

-Mãe posso me sentar junto a elas, não saio muito do nosso castelo e queria fazer algumas amigas no Norte, para um dia visita-las ou me visitarem. Não quero viver igual a um corvo preso em uma gaiola isso vai acabar me matando mãe... Vou ficar perto prometo que não vou sair dali...Dou a minha palavra mãe... Juntava as mãos frente do rosto.

Lady Maria ponderou um momento e depois disse:

- Fique onde eu possa ver. Isabella, vá com ela, não deixe que ela faça nenhuma besteira.

Assim acompanhada da perceptiva dama de companhia, Lícia foi conversar com as outras damas nortenhas.

-Lady Lyessa Flint, a senhora tem uma tonalidade muito bonita e única de cor nos olhos, é um prazer conhece-la...

Lady Lyessa sorriu minimamente para Lícia, acenando com a cabeça:

- Obrigada, minha jovem. Pelo seu brasão, você deve ser filha de Beron Felinight, não é? Qual o seu nome?

-Lady Sybelle Glover, bonito vestido, devemos conversar mais tarde sobre o seu bom gosto em belos tecidos e suas tonalidades, preciso urgentemente que alguém me salve das cores fortes dos tecidos que uso em meus vestidos...Sorria mostrando as cores gritantes do seu vestido.

Lady Sybelle parecia uma mulher séria, mas abriu um amplo sorriso ao ver... Isabella?

- Ah, Isabella, minha querida, como é bom revê-la! Como você está?

Isabella respondeu e tratou de apresentar Lícia:

- Muito bem, milady, e faço votos que vossa senhoria também esteja. Essa é minha senhora, Lícia da Casa Felinight. Lady Lícia, antes de ser senhora de Bosque Profundo, Lady Sybelle era da casa Locke assim como eu.

Lady Sybelle abraçou Lícia educadamente, dizendo:

- É um prazer conhecê-la, Lady Lícia, espero que esteja cuidando bem da minha querida Isabella! Precisamos conversar assim que tivermos oportunidade, creio que teremos muitos assuntos interessantes!

seguia caminho até parar frente a  Jonelle, aproximando seu rosto perto do rosto dela.
-Tem alguma coisa te incomodando aqui na arquibancada Lady Jonelle Cerwyn, vejo que está tão desconfortável se precisa de algo ou alguém para conversar pode ir ao meu acampamento... Apontava para o brasão de sua casa.

Lady Jonelle se encolheu toda quando Lícia aproximou o rosto dela e seus olhos se arregalaram. Ela olhou para o brasão que Lícia mostrava e disse numa voz quase sumida:

- O-obrigada, milady...

Por fim deixava a mulher em paz sempre sorrindo tão logo que chegou onde queria reverenciava  as irmãs Manderly.
-Eu me chamo Lícia Felinight, é um prazer encontra-las, posso me sentar junto a vocês, sabe está um pouco entediante o dia e não tenho com quem conversar além do meu irmão, não tenho muitas amigas no Norte, pois meu pai não deixa eu sair muito e acho que hoje é uma boa oportunidade de fazer novas amigas... Sorria gentilmente e sentava ao lado da Wynafryd Manderly.
-Estão gostando das festividades? É a primeira vez que venho a um torneio e estou adorando... Acenava para o Esdres da Arquibancada assim que ele olha-se para a arquibancada sem gritar se não sua mãe a mataria.

As duas irmãs sorriram para Lícia e Wynafryd cedeu espaço para que ela e Isabella se sentassem ao lado dela, tendo Wynlla ficado mais distante.

Wynafryd disse:

- Sente-se, Lady Lícia, fique à vontade! É um prazer conhecê-la!

Wynlla disse para a irmã:

- Ela não é a lady, a mãe dela que é!

Wynafryd replicou:

- São apenas formas de tratamento, Wynlla, não quer dizer que ela é a senhora de... como se chama seu castelo mesmo?

Quando falaram das festividades, Wynlla disse:

- Está muito lotado, tem gente demais nessa cidade!

Wynafryd ponderou:

- Certamente era o que se esperava de um torneio do rei dos Sete Reinos! É um pouco difícil andar pelo festival, mas há muitas coisas interessantes para ver.

Quando Lícia acenou para Esdres, as duas irmãs também olharam na direção dele e acenaram discretamente.

Wynafryd comentou:

- Seu irmão é um bom cavaleiro, Lady Lícia!

Wynlla completou:

- E muito galante também! Mas você tem outro irmão, não tem? Aquele que lutou com o cavaleiro morcego? Ele está bem?

As duas jovens eram tanto ricas quanto adolescentes, dispostas a fofocar alegremente por todas as horas que durasse o torneio. 


ESDRES, LÍCIA & MAEHRA

Ainda em cima do cavalo e dentro da arena Esdres tirou seu elmo e foi primeiro até o rei e a família real e fez uma reverencia. Depois aproveitou para passar pelos nobres, acenando e lançando uns galanteios para as jovens nobres, principalmente as do norte. Também fez um movimento da cabeça para o seu pai, que comemorava ostensivamente também, um sentimento de dever cumprido invadia o peito de Esdres.

Depois deu a volta e cavalgou para o lado dos plebeus, onde por la comemorou sua vitória com eles também, de uma forma um pouco mais livre, acenava para eles, e até tocava suas mãos. Demorou até um pouco para sair da arena, mas tinha que aproveitar o momento o máximo que pudesse.

O rei e a rainha aplaudiram educadamente, mas o Príncipe Joffrey parecia um pouco contrariado, e Esdres o ouviu dizer:

- Você terminou muito rápido! Não teve graça! Ele nem sequer quebrou a lança em você! Qual o problema com esses cavaleiros do Norte?

As jovens nobres por sua vez eram bem mais apreciadoras da vitória de Esdres e aplaudiam-no coquetemente. As irmãs Manderly sentadas ao lado de Lícia eram as mais empolgadas, principalmente a loira-esverdeada Wynlla.

Apesar de muitos cavaleiros ainda para justar naquele dia, havia um intervalo maior entre um duelo e outro do que no dia anterior, de modo que Esdres pode fazer todos os gracejos que queria, impressionando bastante os plebeus que vibravam com sua vitória, e alguns já o chamavam de "cavaleiro gato do Norte". 

Ele também viu Maehra e a torcida que ela orquestrara fazendo grande fanfarra, com cantos e músicas, levando à multidão a um estado que beirava o êxtase com o segundo filho Felinight.

Quando saiu da arena, foi recepcionado com parabenizações por Olac e Tasso, que cuidaram de seu cavalo e suas armas. Por aquele dia, Esdres já poderia retirar sua armadura, pois não haveria outra luta para ele até o dia seguinte.

Horas mais tarde, Tasso chamou-o para a área dos cavaleiros com um pouco de agitação.

Havia dois servos em túnicas marrons e enfeites verdes que passavam por árvores, o símbolo da casa Woods. Eles traziam um cavalo e a armadura que insistia em atrair o olhar de Esdres para suas partes baixas.

- Sor Esdres, sou o escudeiro de Sor Langley Woods. Vim trazer-lhe o cavalo e a armadura dele. Sor Langley não pôde vir... ele morreu após o combate.

ARTHUR

Inês beijava Arthur apaixonadamente, mas sua mente continuava ativa e sua atenção focada em cada palavra do Herdeiro Felinight.

Quando Arthur tentou puxar Inês para o leito, suas costelas estalaram e ele sentiu uma pontada lancinante de dor, que não passou despercebida de Inês. A jovem Allafante riu e ajudou Arthur a se acomodar melhor, mantendo-se ela mesma ainda sentada.

- Calma, vai com calma, querido! Você devia descansar, e seu pai não vai ficar contente se eu for culpada pelos seus ferimentos piorarem...

Ela suspirou e voltou a olhar para o mapa. Após um momento, ela retomou o assunto:

- A sequência das ações não é difícil. A primeira coisa a fazer seria enviar corvos para o Norte orientando seu castelão a construir armazéns no porto do oeste, em Breakstone Hill e no próprio Castelo dos Sussurros. Se seu pai e o meu concordarem, sua irmã pode embarcar aqui em Porto Real com alguns navios. Eu acho que essa cidade de Porto Real não tem os grãos que precisamos, então ela poderia ir comprando alimentos durante a viagem, em Dorne, Vilavelha, a Campina, Lannisporto, Guardamar. Viajando pelo mar, ela poderia chegar antes às suas terras do que o resto de vocês viajando por terra. Eu e meu pai viajaríamos para Braavos para procurar os especialistas e depois iríamos com essas equipes encontrar vocês. Enquanto isso, você, Lorde Beron e os demais viajam pela Estrada Real, levando os colonos daqui de Porto Real e também de todos que encontrarem pelo caminho. Provavelmente Breakstone Hill ainda não teria capacidade de abrigar todas essas pessoas, então a maioria das pessoas teria que ficar no Castelo dos Sussurros.

O belo rosto dela de repente ficou tenso e ela disse:

- Arthur, perceba que isso mudaria bastante o perfil da sua população. Os seus plebeus não seriam mais nortenhos "puro-sangue", seriam uma mistura de pessoas de origens e culturas diferentes, que poderiam alterar as tradições nortistas. Seria preciso equilibrar a bondade de dar comida e abrigo para essas pessoas com um punho de ferro ao fazer cumprir a lei e manter a ordem. Não tolerar crimes, não permitir vagabundagem e excessos, talvez construir um septo da Fé dos Sete. Além dos construtores e artesãos, eu acho que seria importante ter uma guilda de entretenimento para divertir as pessoas de modo controlado e sutilmente incutir os valores que queremos que eles tenham com músicas, peças de teatro e oradores habilidosos.

Ela esperou um pouco antes de concluir sua ideia:

- O porto do oeste é nosso melhor ponto de entrada e saída de mercadorias, porque já está pronto e teria comunicação mais fácil com os reinos do sul. Breakstone Hill, eu quero que seja a nossa grande obra, nosso legado para as futuras gerações, então temos que começar o mais cedo possível. O Castelo dos Sussurros é o lar do seu pai, então eu não ousarei fazer muitas sugestões de mudanças por lá. O complexo do lago, por mais que eu entenda a importância dele para vocês, é a minha menor preocupação, e a sua também; deixe que o Esdres ou até o Gyllen toquem esse projeto, porque eu quero você em Breakstone Hill comigo. Aliás, quando vamos nos casar afinal?

Ainda quando estava na preparação para o embate, Esdres percebe sua irmã acenando para ele, e ao lado dela, duas jovens lindas também acenavam, de uma forma mais tímida. Esdres retribuiu o aceno, tentando ser o mais galante possível. Pelo jeito seu laço com sua irmã tinha realmente voltado ao normal. Raramente ela daria lado para alguma garota em favor de Esdres, Lícia costumava ser um pouco ciumenta com as escolhas femininas de Esdres. Apesar de que ele não sabia dizer se era as escolhas ou a quantidade delas.

Aquilo também podia ser um plano de sua irmã de afastar Maehra do convívio de Esdres. Independente da motivação, Esdres gostou da atitude de sua irmã, e do gosto também.

...


Quando fez a reverência para a família real, Esdres ouve o Príncipe Joffrey dizer:

Príncipe Joffrey escreveu:- Você terminou muito rápido! Não teve graça! Ele nem sequer quebrou a lança em você! Qual o problema com esses cavaleiros do Norte?

Os gritos da multidão estavam bem altos, talvez o jovem príncipe não ouviria o que Esdres iria dizer, mas mesmo assim tentou acalentar o estranho reclamar do príncipe.

- Perdoe-me Vossa Alteza, prometo esforçar para agradar-lhe em meu próximo embate.

E com mais uma reverência, saiu para comemorar sua vitória. Não seria um comentário negativo de um príncipe mimado que iria arruiná-la.

Em contrapartida, a plateia de nobres ja se encontrava em grande fervor. Principalmente as jovens nobres que se dedicavam mais aos aplausos, e dentre elas, as duas meninas que estavam com sua irmã, se destacavam pela sua empolgação, para a felicidade de Esdres.

Depois foi a vez de comemorar com os plebeus, que pareciam ainda mais em êxtase do que os nobres, muitos tocavam-lhe a mão, e Esdres comemorava com eles. Ouviu de algumas bocas o nome "Cavaleiro Gato do Norte" e gostou. Todo grande cavaleiro tinha seu codinome, até mesmo o jovem Sor Loras Tyrell era chamado de "Cavaleiro das flores" e Esdres o considerava muito bom, então ser chamado por um codinome poderia significar que os plebeus o consideravam tão bom quanto Sor Loras. Viu Maehra animando o pessoal, cumprindo o combinado que seu pai tinha feito com ela. Caso seu olhar cruzasse com o dela, faria um aceno com a cabeça.

Voltando para a área dos cavaleiros, Esdres comemorou com Tasso e Olac, abraçando-os. Depois de lhe retirarem a armadura, Esdres ajudou eles a desmontarem o cavalo. Como não precisava mais lutar naquele dia, não era necessária sua armadura. Esdres então vestiu um sobretudo cinza prateado, em que suas partes internas eram vermelho escuro e apareciam em dobras nos pulsos e no peito. Colou botas altas e negras, combinando com o seu cinto e luvas que tinham o mesmo tom.

Spoiler:

O torneio continuaria por mais algum tempo, então Esdres voltou até a arquibancada, e cumprimentando a todos por quem passava de forma educada, foi direto ao seu pai, para ve-lô orgulhoso de sua vitória. Deu um aperto de mão/abraço em seu pai e disse:

- Essa vitória é por nossa casa, meu pai!

Comemorou um pouco com seu pai e sua mãe, até olhar mais adiante e ver que Lícia ainda continuava a conversar com as lindas meninas de antes. Elas ja estavam conversando um tempo, e pareciam estar se dando bem. Esdres então foi até elas, teria enchido o peito de ar para ganhar confiança, mas aquilo ali não era problema para Esdres, ele estava acostumado com a situação.

Chegando perto Esdres percebe que pelas cores e brasão se tratava das filhas Manderly, não sabia o nome delas ainda, mas tinha um grande apreço pela região da família. Quando mais jovem, Esdres sempre quis ir visitar Porto Branco, por ser a única cidade do Norte, e obviamente a cidade mais perto das terras Felinight, queria ir visitar suas tavernas, bordéis e tudo o que uma cidade poderia oferecer, que para Esdres seria sempre melhor do que uma simples vila ou aldeia. Chegou cumprimentando Lícia, e elogiando seu vestido novo, depois completou: Chegando de mansinho

- Diga-me, querida irmã, quem são essas belas companhias que estão embelezando o torneio?

Assim que elas se apresentassem, Esdres pegaria e beijava, individualmente, a mão de Wynafryd primeiro e depois de Wynla, e diria:

- Muito prazer, Esdres Felinight, ao seu dispor.

Agora sim, com elas confirmando serem Wynafryd e Wynla Manderly, Esdres puxaria uma conversa:

- Confesso que sempre quis visitar Porto Branco, por histórias parece ser um local muito divertido e bonito. Bom, pelo menos sobre a beleza que vem de la, agora posso dizer que as histórias são verdadeiras.

E conversaria para conhece-las melhor, isso não era difícil para Esdres, sempre se sentia tranquilo quando estava nessa situação. Ainda após algum tempo, diria as irmãs:

- Ja que falei de confissões, ai vai mais uma: Me arrependo de não ter tido a graça de conhece-las antes. Caso contrário, seria de muito bom grado dedicar essa vitória a vocês. *Esdres diz essa frase no plural, mas seu olhar fixava no olhar de Wynafryd.*

Mas logo sua conversa foi interrompida por Tasso, que de forma agitada o chamava para ir até a área dos cavaleiros, Esdres responde o chamado de Tasso, só pedindo para ele aguardar enquanto se despedia das garotas.

- Infelizmente tenho que ir agora. Fica aqui meu convite para nos visitar em nosso acampamento, meu pai tem rédeas curtas com Lícia, o que a mantém muito em nosso acampamento sem muita companhia. E quem sabe vocês não ganham a confiança de meu pai, e conseguem levar Lícia até as feiras do torneio? Além do mais, não seria apenas Lícia vangloriada pela visita de vocês, mas meus olhos também.

Com mais um beijo em suas mãos, saia.

...

Chegando a área dos cavaleiros, Esdres recebe servis da casa Woods que traziam o cavalo e a armadura com o detalhe fálico de Langley.

- Sor Esdres, sou o escudeiro de Sor Langley Woods. Vim trazer-lhe o cavalo e a armadura dele. Sor Langley não pôde vir... ele morreu após o combate.

Esdres leva um susto e não consegue disfarçar.

- Pelos Deuses!

Esdres estava chocado, não era sua intenção mata-lo, nem de perto. Esdres se sente um pouco culpado por espalhar os rumores.. O choque foi grande por dois motivos, um pelo inesperado, e outro que, não era de longe a primeira morte de Esdres, mas era o primeiro Nobre que vinha a falecer com um golpe seu. Esdres coloca a mão em seu rosto, e respira por um instante, e recuperando, responde ao escudeiro:

- Desculpe, qual o seu nome? *Espera ele responder e o chama pelo nome* - (Nome), primeiramente, peço perdão pelo ocorrido, nunca foi nem de perto minha intenção que algo trágico como isso acontecesse, eu apenas quis ganhar a disputa.

- Diga, Sor Langley Woods veio com algum familiar para o torneio? Preciso prestar minhas sinceras condolências. Diga a eles que em honra a vida de Sor Langley Woods, não aceitarei nem a armadura e nem o cavalo, para que sua família coloque sua armadura em um local de memória.

- Você escudeiro, deve ter sido muito bem treinado por ele, mas agora com sua morte, será escudeiro de quem? Se me permitir a honra, gostaria de continuar o legado de sor Woods e lhe oferecer que seja meu escudeiro. Tasso é um escudeiro muito bom, mas está apenas emprestado a mim, logo voltará a ajudar meu irmão.

Asdulfor fez tudo que pôde naquela noite, pulava de um animal para outro para conseguir adentrar a a Fortaleza Vermelha, entrou no corpo de corujas, gatos e por fim ratos, quando finalmente chegou a prisão que era imensa, por horas ele vagou observando os locais, ele não sabia quem era o raposa mas tinha ideia dos que poderiam ser, os ainda não torturados, pretendia dividir sua mente em vários ratos para vigiar os "intactos", porém nem assim tinha paz, quando não eram os guardas que entediados caçavam os ratos, eram os presos famintos.

Várias de suas "cascas" foram mortas sem ter muitas chance dele pular para outro corpo e cada um desses que era morto seu espirito era atingido o que refletia em seu corpo que já era velho e não conseguiria resistir a tantos impactos mesmo que indiretos, até que após mais uma morte o velho acabou ficando exausto e perdeu a consciência sem conseguir cumprir o que pretendia.

Quando se deu conta foi despertado por Gaspar que viu o corpo de seu pai desacordado e fora de uma posição comum de sono. Asdulfor acorda bastante cansado ainda, ele senta-se põe a mão na cabeça por alguns segundos e fala para Gaspar:

-Eu...eu fui até as últimas consequências para vigiar os locais e os suspeitos de ser o Archay... Planejei passar a noite fazendo ronda no local no corpo de ratos. Mas nem eles conseguiam escapar dos guardas entediados e dos prisioneiros famintos...-O velho respira fundo, levanta-se olha pela janela da carruagem e senta-se novamente. -Não sei se você sabe, meu filho, mas quando estou no corpo de qualquer animal eu sinto os impactos contra ele como se fosse no meu próprio corpo, mas não sou afetado fisicamente, mas em espírito, esses impactos vão "drenando" minha vitalidade e me deixando cada vez mais exausto e quando chega a um limite eu caio desacordado, afinal, não tenho mais a vitalidade de minha juventude para resistir mais.

Foi isso que ocorreu, eu não iria desistir, nem ceder mesmo que caísse pois a segurança de nossa família está em jogo, mas não consegui... -o velho suspira e levanta-se, toma seu desjejum, alimenta seus animais e segue.- Agora vamos, temos coisas a fazer o Rakashar vem, ele pode nos auxiliar na tortura do homem, utilizando-o como um canal de medo.

A viagem até a Fortaleza Vermelha duraria três horas e seria uma boa oportunidade de Asdulfor descansar, porém, a falta de trato com os animais por parte de Gaspar e de soldados para auxiliar nessa viagem, fizeram dela algo extremamente desconfortável impedido que ele descansasse. Ao chegar ele se apresentou, apresentou Gaspar e pediu a permissão para adentrar a prisão com o Rakashar, que estava com sua coleira segurada por Asdulfor. Mas o pior ocorreu quando ambos chegaram até o local e trataram com o o responsável pela tortura o Sor Ilyn Payne pois durante a conversa um dos guardas aviso que o raposa estava morto, teria sido afogado. Asdulfro achou muito estranho, afinal, para afogar alguém numa sela não seria nada discreto.

O velho estava ao mesmo tempo irritado, revoltado e desconfiado, mas evitava esbravejar como costumava pois estava cansado até para isso, simplesmente foi examinar o corpo para saber a mais ou menos quantas horas ele estava morto e comparar com o tempo que passou lá.

Em seguida se dirigiu a Sor Ilyn Payne:

-Quem foi ou foram os guarda responsável pelo turnos da noite passada neste local? E quem foram os Guardas que Deixaram ele aqui? Quando ele chegou já estava desacordado?

Esse raposa, vinha plantando falsas ações para prejudicar os Felinights e ao mesmo tempo tentando prejudicar a família desde que partiram do Castelo dos Sussurros, armou dois ataques contra nós e no segundo perdemos um de nossos homens!  Estávamos em seu encalço e finalmente o capturamos, quando iriamos extrair a verdade dele ocorre esse assassinato.

Sabemos que ele está a mando de alguém com interesse em prejudicar a nobre família e provavelmente esse alguém conseguiu acesso a ele no seio desta prisão, o que só poderia ocorrer com o apoio dos guardas! Em nome do Lorde Beron Fenlinight eu exigo que os guardas do turno da noite se apresentem a mim para interroga-los! Espero contar com seu auxílio Sor Ilyn Payne, afinal, aqueles que ajudam os gatos das sombras sempre terão suas garras ao seu lado! O Lorde Beron será extremamente generoso...

Enquanto falava o velho olhava atentamente para a os rostos de todos os guardas ali queria perceber uma reação ou postura disfarçada ou não sobre o ocorrido.

Quando o Meister viu Gaspar se afastar visivelmente chateado e após ouvi-lo se pronunciou de modo rude e autoritário, afinal precisava manter a postura.

-Gaspar, não lembro de ter dado autorização para irmos, volte! Só sairemos daqui quando eu decidir!

Então voltava sua atenção para o Sor Ilyn Payne aguardando sua resposta, Rakashar estava entre Asdulfor e os guardas deitado como se não estivesse atento a nada, apenas observando o local mansamente.

OFF:

Mestre quero saber se durante  anoite Asdulfor chegou a ver o Archay se sim, ele parecia vivo?

Oura coisa, para matar alguém afogado "no seco" como poderia ser? O Asdulfor deve saber certo? Tem chances de terem matado ele antes dele chegar a sela?

Realmete, não era de se esperar que Gaspar entendesse o modo de falar do velho com ele. Na cabeça de Asdufor, jamais Lorde Beron viria pessoalmente a esse local decrépito e também não enviaria seus filhos, mas alguém teria que vir. E enviar Asdulfor como Meister já seria considerar essa investigação importante e se tem uma coisa que soldados entendem é de hierarquia, coisa que Gaspar repudia e um meister não viria a um local como esse cruzando a cidade sem um protetor, que geralmente seria um soldado, o velho manteria essa narrativa e percebendo que seu filho estava irritado ele respira e baixa o tom:

-Gaspar, você veio aqui porque é um dos melhores e tem a confiança do senhor de nossa casa, mas a determinação de Lorde Beron é que eu liderasse essa empreitada. Não é porque somos amigos que as vezes falamos informalmente quando conversamos sobre o nome de nosso senhor que devemos falar em todos os lugares. Ele sempre será Lorde Beron. Suas indagações foram pertinentes, mas precisei repeti-las para reforçar a importância e acrescentei algumas coisas a mais complementando-a como as perguntas que aguardo a resposta do Sor Ilyn Payne para tirar algumas conclusões.

Encerrava o velho lançando uma bravata para ambos não entrarem em conflito e atrapalharem a investigação. Assim que terminasse as indagações ele conversaria com Gaspar.

   
       
       
   

Informações Mote: Sou a última da minha casa, e cabe a mim garantir que seus nomes se tornem lendas! Itens Carregados: Adaga (oculta em meio as roupas), Gazua (oculta em meio as roupas), Traje de Viajante, Mochila, Traje de Nobre, Odre, Bolsa (Cinto) e Perfume. Vestimentas: Camisa preta, calças pretas, casaco com capuz preto, botas pretas e um cachecol preto.

Ao ver o claro desapontamento dos musicistas, mantive-me sorridente e calma. Mas não posso negar que por um instante ocorreu-me de questioná-los sobre aquela expressão. Contudo, não era hora para tal ato. Por fim, a apresentação de ambos cavaleiros fora mais demorada que o próprio combate. Logo na primeira investida Esdres já se via vitorioso. Enquanto continuávamos com a comemoração tive a impressão de que Esdres assentiu com a cabeça quando olhou em minha direção. Na incerteza, acenei de volta com um tchauzinho. Assim que Esdres deixou a arena, segui até os músicos e paguei-lhes os os quatro gamos a cada um deles como acordamos. - Não disse, amigos. - Disse com o olhar matreiro antes de deixar o local. - Um bom lucro por um tempo mínimo de trabalho. Os vejo em breve. A primeira meta do dia já havia sido realizada, agora era hora de focar na segunda parte do acordo. Off:

OFF:
Vou fazer aquilo de tipo andando pela rua encontro uma conhecida pato papo de 3 minutos ou menos e me convido ou convido para algum tipo de (encontro para conversar mais) com as damas.
Tentar levar elas lá para onde minha mãe está ( Não tinha pensado em usa-las, para ter uma liberdade virtual longe do papai e mamãe)

MANHÃ DO TERCEIRO DIA

ASDULFOR & GASPAR

Sor Ilyn Payne não dizia uma palavra, mas com apenas um olhar seu ele fazia seus soldados saírem correndo para cumprir as instruções não ditas.

Gaspar escreveu:—Mais da metade dos homens fieis ao Rei matariam esse cavalheiro pelo simples prazer de dizer que destruiu o último dos servos fiéis ao
Rei Louco... Agora a casa Fellinight será esmagada pela morte das informações que esse homem tinha.

Asdulfor escreveu:-Quem foi ou foram os guarda responsável pelo turnos da noite passada neste local? E quem foram os Guardas que Deixaram ele aqui? Quando ele chegou já estava desacordado?

Esse raposa, vinha plantando falsas ações para prejudicar os Felinights e ao mesmo tempo tentando prejudicar a família desde que partiram do Castelo dos Sussurros, armou dois ataques contra nós e no segundo perdemos um de nossos homens!  Estávamos em seu encalço e finalmente o capturamos, quando iriamos extrair a verdade dele ocorre esse assassinato.

Sabemos que ele está a mando de alguém com interesse em prejudicar a nobre família e provavelmente esse alguém conseguiu acesso a ele no seio desta prisão, o que só poderia ocorrer com o apoio dos guardas! Em nome do Lorde Beron Fenlinight eu exigo que os guardas do turno da noite se apresentem a mim para interroga-los! Espero contar com seu auxílio Sor Ilyn Payne, afinal, aqueles que ajudam os gatos das sombras sempre terão suas garras ao seu lado! O Lorde Beron será extremamente generoso...

Gaspar falara com Sor Ilyn apenas de passagem, mas Asdulfor se prolongou um pouco mais. O magistrado do rei não encarava o meistre ancião, movendo seus soldados apenas com movimentos dos olhos e da cabeça, mas quando Asdulfor mencionou a generosidade de Lorde Beron, os olhos cruéis de Sor Ilyn perfuraram os de Asdulfor como mortais setas de besta e ele levantou uma mão dura impondo silêncio.

Após um momento, ele apontou o comandante de seus soldados, que começou a fazer um relatório em tom oficial:

- Ordenamos que o carcereiro-chefe reúna todos os carcereiros que estiveram aqui desde que trouxeram Arshay. Eles já estão chegando.

Asdulfor notou que a meia dúzia de soldados que viera com Sor Ilyn estavam mais irritados que preocupados, embora cada gesto do magistrado os fizesse estremecer.

O chefe dos carcereiros voltou com seis homens, dois que tinham trabalhado no dia anterior quando Arshay chegara, dois que tinham ficado responsáveis pela noite, e os últimos dois que estavam de serviço agora naquele dia. Todos os seis estavam assustadíssimos, e o próprio chefe deles demonstrava tensa preocupação.

O interrogatório dos carcereiros foi feito pelo capitão dos guardas, com Sor Ilyn apenas observando de braços cruzados e expressão de desagrado. Os mantos dourados tinham trazido Clayton Arshay no fim da tarde do dia anterior. Ele chegara acordado e não disssera nada a não ser um ocasional xingamento contra seus captores. Ele não estava molhado ao chegar. Ninguém entrara na cela dele após sua chegada. Não houve nenhum visitante durante todo o tempo que ele estivera no calabouço.

Por mais que se repetissem as perguntas, as versões não mudavam, e cada companheiro de turno corroborava as palavras do outro. Não surgiram novos detalhes em nenhuma das narrativas, e aparentemente os carcereiros trataram Arshay como qualquer outro prisioneiro... mas nenhum outro havia morrido.

A um gesto de Sor Ilyn, os carcereiros do dia anterior foram dispensados do interrogatório, e o capitão deixou que partissem. Os carcereiros da noite foram presos pela suspeita de talvez tenham dormido em serviço. Os carcereiros daquele dia voltariam ao trabalho para completar seu turno, mas se a verdade não aparecesse até o fim doa dia, também seriam lançados nas cela por tempo indeterminado.

Sor Ilyn Payne saiu da masmorra sem olhar para trás, deixando que o capitão explicasse a Asdulfor e Gaspar:

- Vamos averiguar esse caso e avisaremos vocês se surgir algo que precisem saber. Por enquanto, não há mais nada a fazer.
  

GYLEN

A mulher de exóticos traços orientais era tentadora, assim como as lindas mulheres na varanda do bordel, mas foi uma delas em especial que chamou a atenção de Gylen.

Ele nunca a vira antes, e embora fosse linda, não foi a beleza dela que chamou a atenção do bastardo Felinight.

O movimento de seu corpo sinuoso... as formas de suas curvas... sua altura...

Gylen achara que Maehra era uma suspeita provável de ser a mulher que escapara dele há noites atrás, mas aquela mulher, aquela prostituta...

Todas as formas dela se ajustavam perfeitamente. 

A certeza não era total pois ele não vira o rosto da fugitiva e ela trajava vestes negras, enquanto aquela jovem meretriz vestia trajes mínimos e reveladores.

Spoiler:

ARTHUR

- Demora só o tempo de você preparar a sua festa, que toda jovem sonha, mas posso pedir a sua mãos para seu pai, hoje mesmo se assim o desejar, ele levará um susto, mas eu sei o que eu quero e a filha dele também sabe, não é meu amor?

Inês sorriu enquanto beijava Arthur:

- Quanto antes, melhor!

Passaram-se alguns minutos até que Arthur retornou aos planos em feitura:

- Minha cabeça brilhante, você acha que a barda que meu pai contratou, daria conta de desenvolver essa parte cultural?

Inês pensou por um momento antes de responder:

- Ter talento artístico não é o mesmo que comandar uma companhia de artistas. Ela me parece jovem e habilidosa, mas não sei se ela tem talento para administração e negociações. E pelo que eu percebi, seu pai ainda não confia totalmente nela...



TERCEIRO DIA - O TORNEIO

LÍCIA

-Minha senhora eu me chamo Lícia Felinight, filha de Beron e Maria Felinight senhores do Castelo Sussurro, é um prazer conhece-la, a Senhora conhece o meu pai ou minha mãe? Ficaria muito feliz com sua visita a terra do meu pai ou ao nosso acampamento mais tarde, pois não tenho muito com quem conversar além das minhas servas, meu querido pai não me permite sair, pois eu queria saber mais sobre as novidades além das terras do meu pai...

Lady Lyessa Flint respondeu vagarosa e educadamente:

- De fato, eu conheço Beron Felinight, e também sua esposa, Maria Mallister, não? Mas eu venho à arena apenas pelo torneio e para ver meu filho Robin competir, pois estou hospedada em Porto Real. Talvez haja uma oportunidade futura para conversarmos junto com seus pais. Transmita meus cumprimentos aos dois, senhorita Lícia.

Assim dispensada, Lícia seguiu para Lady Sybelle Glover:

-A senhora Isabelle é parte da minha família assim como outros poucos que considero, não teria como não agradecer a benção que é tê-la ao meu lado me ajudando...Lady Sybelle Glove, assim que possível se for do seu agrado pode aparecer no acampamento da minha família para desfrutarmos de uma boa tarde de conversas...

Lady Sybelle ponderou pensativa:

- O torneio ficará a cada dia mais curto à medida que os combatentes forem eliminados, então teremos mais tempo disponível nas próximas tardes. Acredito que meu marido Robett Glover disse que os Felinight estão acampados ao lado do pavilhão dele, então posso ir encontrá-la quando for visitá-lo. Com certeza será um prazer para mim passar algum tempo na companhia de vocês.

Lícia intuiu que Lady Sybelle estava mais interessada na companhia de Isabella Locke do que na sua, mas era muito educada para ignorá-la por completo.

Com a sua próxima abordagem, Lady Jonelle Cerwyn, Lícia teve que ser mais incisiva:

-Eu me Chamo Lícia Felinight, é um prazer conhece-la senhora, se for do seu agrado poderia me visitar no acampamento dos Felinight, ficaria muito contente em passar o fim de tarde em sua companhia conversando... Se tiver algo te incomodando basta me chamar ou vá a meu encontro estarei sentada por perto... Se você desejar mais tarde vou te visitar...

Lady Jonelle se encolhia cada vez mais e sua voz ficava cada vez mais sumidade:

- C-claro, milady...

Já sentada ao lado das irmãs Manderly, ficava olhando para a área assustada com a chuva de perguntas despejadas sobre ela.
-O prazer é todo meu em conhece-las... Apontava para Isabella. Está é Isabella minha guardiã oficial...
Voltava sua atenção a  Wynafryd
-Chama-se Castelo Sussurros...E meu irmão pelo visto é bem eficiente neste tipo de competição mesmo... Ele é bem disciplinado quando quer. não seria surpresa alguma seu destaque no torneio... Falo no modo de treinar e dedicar-se a algo...
Voltava sua atenção a Wynlla e sorria ao ouvir seu comentário ao Esdres e tão logo tratou de sanar sua curiosidade em relação ao seu irmão mais velho.
-Sim Esdres é bem simpático, quanto ao meu irmão mais velho ele está bem, Se não me falhe a memoria ele esta descansando no acampamento, sabe que não é fácil derrubar um felino...

Lícia percebia que Wynafryd era cortês e educada, mas não se impressionava facilmente. Já sua irmã mais jovem Wylla era menos experiente e se maravilhava mais facilmente. 


ESDRES, LÍCIA & MAEHRA

As palavras de Esdres para o príncipe Joffrey se perderam na algazarra da multidão de ovacionantes, mas o príncipe não parecia esperar qualquer justificativa mesmo.

Após se trocar, Esdres foi ter com seus pais no estrado dos nobres que assistiam o torneio. Seu pai fez um gesto aprovador com a cabeça, e sua mãe queria saber se ele tinha se machucado ou se sentia alguma dor. Mas ambos não o detiveram quando ele se afastou na direção de Lícia e das donzelas Manderly, fato que não passou despercebido por Maehra.

- Diga-me, querida irmã, quem são essas belas companhias que estão embelezando o torneio?

Assim que elas se apresentassem, Esdres pegaria e beijava, individualmente, a mão de Wynafryd primeiro e depois de Wynla, e diria:

- Muito prazer, Esdres Felinight, ao seu dispor.

Wynafryd foi cortês e graciosa como as melhores damas seriam ao apresentar-se e conceder a mão para que Esdres a beijasse. Já Wylla deu risinhos e seu rosto alvo ficou cor de rosa ao ser cumprimentada pelo gêmeo de Lícia.

Elas abriram espaço para que Esdres se sentasse entre elas e Lícia, e Wylla pediu para trocar de lugar com Wynafryd, ao que a irmão mais velha aquiesceu. Quando estavam todos sentados, a sequência deles era Isabella, Lícia, Esdres, Wylla e Wynafryd.

- Confesso que sempre quis visitar Porto Branco, por histórias parece ser um local muito divertido e bonito. Bom, pelo menos sobre a beleza que vem de la, agora posso dizer que as histórias são verdadeiras.

Os flertes de Esdres fizeram Wylla corar como um pimentão, mas Wynafryd aceitou o elogio com um aceno gracioso de cabeça.

A conversa fluía facilmente na presença de Esdres. Lícia ficava à vontade na presença de seu gêmeo, Isabella fazia comentários ocasionais breves mas inteligentes. Wynafryd também deixava transparecer uma mente arguta e afiada, embora demonstrasse a modéstia e discrição apropiadas de uma dama de alto refinamento. Wylla, por sua vez, era mais direta em suas palavras, e deixava claro quando gostava de uma coisa ou não; diversas vezes, ela emitiu opiniões fortes e decididas. Enquanto Wynafryd era polida e mantinha suas expressões nos limites da boa etiqueta, Wylla era mais enfática quando falava. Wynafryd demonstrava um conhecimento da corte e das casas nobres que até superava o de Gylen, mas falava de todos com distanciamento e sem comprometer-se, ao passo que Wylla dizia claramente de quais casas gostava e quais desprezava e os motivos disso. 

As duas irmãs se davam muito bem. Ambas também estavam deleitadas com a companhia de Esdres, e lhe faziam elogios sinceros junto com perguntas inteligentes. Wynafryd era mais recatada pois como neta do senhor de Porto Branco estava acostumada a ser cortejada, e media cautelossamente o valor de cada homem. Por outro lado, Wylla era aberta e franca, rindo com prazer das piadas de Esdres e maravilhando-se com as coisas que ele contava.

Foram horas agradáveis de conversas enquanto outros cavaleiros justavam, mas finalmente Esdres foi interrompido:

- Infelizmente tenho que ir agora. Fica aqui meu convite para nos visitar em nosso acampamento, meu pai tem rédeas curtas com Lícia, o que a mantém muito em nosso acampamento sem muita companhia. E quem sabe vocês não ganham a confiança de meu pai, e conseguem levar Lícia até as feiras do torneio? Além do mais, não seria apenas Lícia vangloriada pela visita de vocês, mas meus olhos também.

- Será que isso é possível irmão! Nosso pai é um pouco cabeça dura quando quer me supervisionar...
Encarava ambas
-Vocês estão convidadas para aparecer a qualquer hora no acampamento da minha família, ou me visitar no castelo Sussurro, não querem se juntar a minha mãe para ela conhece-las melhor, assim reforçamos ainda mais nossa amizade... E ela não precisa ficar tão preocupada comigo...

As duas donzelas Manderly ficaram tristes em ver Esdres partir, mas aceitaram graciosamente o convite de Lícia para conhecer Lady Maria, Wylla mais animada com isso do que Wynafryd.

MAEHRA

A violinista pagou seus colegas o combinado, e os artistas ficaram animados ao ver a prata.

Um deles comentou com ela ao despedir-se:

- Se eu fizer uma canção em homenagem aos Felinight, eu ganho algum bônus?

ESDRES

Esdres percebeu que o escudeiro também estava triste e passara por um choque com a morte de seu cavaleiro.

Spoiler:

- Desculpe, qual o seu nome?

- Walt Brod, se lhe agradar, sor.

- Diga, Sor Langley Woods veio com algum familiar para o torneio? Preciso prestar minhas sinceras condolências. Diga a eles que em honra a vida de Sor Langley Woods, não aceitarei nem a armadura e nem o cavalo, para que sua família coloque sua armadura em um local de memória.

Walt respondeu:

- Não, senhor, a família dele ficou no Norte, sor. Sor Langley veio a Porto Real mais para conhecer sua noiva do que para justar, sor...

- Você escudeiro, deve ter sido muito bem treinado por ele, mas agora com sua morte, será escudeiro de quem? Se me permitir a honra, gostaria de continuar o legado de sor Woods e lhe oferecer que seja meu escudeiro. Tasso é um escudeiro muito bom, mas está apenas emprestado a mim, logo voltará a ajudar meu irmão.

Brod pareceu surpreendido, e levou um pouco de tempo para responder:

- O senhor muito me honra, sor Esdres. Mas ainda não estou livre do serviço de Sor Langley. Como última tarefa, preciso levar seu... seu corpo... de volta à terra de sua família. Mas se me aceitar depois disso, eu posso servi-lo bem, sor...