O Jogo dos Tronos - Yessenya Dayne

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@Xafic Zahi
Desculpa pela demora, estou aproveitando um intervalo no trabalho para fazer essa postagem, HAHA. Geralmente, em todas as mesas, vou postar ou bem cedo ou tarde da noite. Se preferir, você pode postar e depois aguardar o @Alexyus  atualizar para sabermos se encontramos o Arn, se algo mais acontece com o  @El Cabron  e se isso vai  juntar à nossa cena ou não. Agradeço pelas postagens e vocês têm tornado o jogo com os Dayne muito divertido.


9º DIA


Acompanho as considerações do Meistre com atenção e intercalo minhas próprias ponderações. "Solares, de fato, encontra-se em um dilema entre passado e presente. A questão que mais me preocupa é como as influências do seu passado estão afetando nosso presente. No entanto, planejo abordar essa situação com meu pai assim que retornarmos." Deixo escapar um suspiro carregado antes de prosseguir. "A posição que ele deve ocupar deve ser aquela que o faça internalizar seu juramento. A sua sugestão d é valiosa nesse contexto e agradeço." Solares necessita de uma função que lhe proporcione satisfação pessoal, mas, ao mesmo tempo, é crucial que ele demonstre sabedoria para merecê-la. "Por enquanto, aguardarei que ele se aproxime de nós ou que Eyvon, com Callahan, possa encontrá-lo ainda hoje. Se, por acaso, ele não aparecer antes da nossa partida, considerarei rompido o vínculo dele com os Dayne." Meus olhos vagueiam por um instante, como se tentasse articular meus pensamentos. "Estou curiosa para compreender como Solares conseguiu se libertar da prisão sem nossa intervenção. Embora não estivesse desesperada para resgatá-lo, também não queria que algo negativo lhe ocorresse. Com base no que Eyvon relatou sobre as ações dos mantos, suspeito que Solares tenha enfrentado situações difíceis... Mesmo que eu não nutra simpatia por Arn, não desejo mal a ele." Não é uma falsidade; apenas não desejo que Solares se coloque acima de mim ou tente me dar lições, especialmente considerando o que ocorreu no torneio. 

Querellon, sempre perspicaz, decide se sentar, marcando uma mudança no rumo da conversa. Ele indaga sobre Sor Eyvon. "Torentine, agindo como um sentinela vigilante, questionou as intenções de Cornell em relação ao convite que nos fez, procurando desvendar os complexos laços de aliança que se ocultam nas palavras de Sor de Alcanceleste."
Apoiei meu queixo nas mãos, como se estivesse delineando um mapa de pensamentos a ser desbravado. "Não tenho razões para queixas contra Eyvon. É evidente que Cornell está em busca de aliados, suas palavras deixaram isso claro. Ainda assim, seria ingênuo não suspeitar das suas reais intenções. Eyvon perguntou se ele poderia ser a ligação que nos conectaria ao jovem Edric." Ao reviver o embate com o jovem ousado do Norte - cujo nome tento trazer de volta à memória, "O 'gato do norte', exato! Cornell o fez provar o chão." - sinto um calor de simpatia pelo Sor de Alcanceleste . Qualquer um que humilhasse aqueles pretensiosos arrogantes, que se curvavam aos usurpadores, mereceria toda a minha admiração. Eu lhe daria uma coroa de flores do deserto, colhida por mim mesma. "O intrigante, Meistre, é que o destino parece ter entrelaçado nossos caminhos de maneira surpreendente, visto que Callahan descobriu que Cornell também é um nortenho."

Um riso denso, carregado de ironia, escapa dos meus lábios. "O véu da incerteza encobre a verdadeira Casa à qual ele pertence, no entanto, ele se ergue como senhor por direito próprio." A minha voz assume um tom teatral, enquanto meus gestos amplificam minhas palavras, conferindo-lhes peso e, ao mesmo tempo, uma pitada de humor peculiar. "Um nortenho que se tornará um senhor, mas que serve a uma casa dornesa agora... No mínimo, é digno da minha admiração e desperta a minha curiosidade." Recosto-me na cadeira com um ar de descontração. "Uma aliança promissora, a meu ver, conforme aprofundamos a nossa investigação. Cornell se comprometeu a visitar Alto Emiteirio e encontrar o meu pai, alegando ter um plano para romper as amarras que Beric impôs à nossa casa."

Agora a sombra de Beric Dondarrion, o Senhor de Portonegro, paira sobre as minhas palavras como uma nuvem tempestuosa e desafiadora. "Partimos com a missão de encontrar Edric, mas os desígnios do destino nos conduziram por um caminho sinuoso. Não me agrada a ideia de implorar o seu apoio quando a nossa própria casa é usada como peão nas artimanhas de Beric..." Fechando os olhos por um instante, recordo o quanto detesto estar submissa a Dondarrion dessa maneira. "Ele está noivo de Allyria Dayne e trata Edric como uma ave de rapina, sem qualquer traço de afeição paternal, apenas com um olhar afiado para a sua presa... Somos meros vermes diante dele. Ele não difere muito daquele que ocupa o trono..." A pressão dos meus dentes sobre o lábio inferior reflete o conflito interno que enfrento. "Aliados são uma necessidade premente para nós. Cornell, a lâmina juramentada dos Fowler, oferece uma conexão que pode tornar nossas comunicações mais fluidas com a casa a qual ele serve." Encaro o Meistre e murmuro, como se estivesse revelando uma verdade inegável. " Em alguns momentos, nossas muralhas parecem altas demais, isolando-nos em um silêncio perigoso..." Um brilho lilás irradia intensamente dos meus olhos. "O baile da rainha, para mim, é uma oportunidade para explorar possíveis alianças úteis, embora confesse que não me entusiasme muito. Não há dorneses com quem eu possa realmente conversar no evento. No entanto, é um teste pessoal; sei que minhas damas não têm origem nobre, então precisarei mantê-las por perto. Quem dera minha mãe tivesse vindo, assim me sentiria mais à vontade naquele covil de intrigas..." Nesse momento, deixo transparecer a garota de dezesseis anos que se sente um tanto frustrada e insegura, ao mencionar o termo "covil de intrigas". "Seja como for, cumprirei o meu papel como representante da nossa casa. Estou considerando recrutar cavaleiros habilidosos também; embora tenhamos Eyvon e Callahan, em casa há outros, embora mais velhos, alguns ainda marcados por conflitos passados. Somos uma casa militar que, infelizmente, carece de poderio..." Meus dedos pressionam suavemente a minha têmpora. "Enfim, Meistre, um passo de cada vez. O senhor tem sido de grande auxílio, assim como Torentine e Callahan."


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9º DIA


Levantei minhas sobrancelhas com surpresa perante as palavras do Meistre."Então, aquele cavalo teimoso angariou realmente aliados no Norte..." Minha voz foi impregnada com escárnio, uma tonalidade até então velada em minha expressão. "Hum, ele deve estar entre esses supostos amigos, possivelmente frustrado conosco. Nesse ponto, a espiã já deve ter transmitido todos os eventos, porém não lamento qualquer medida tomada, pois era imperativo. Nossos cofres estavam vazios, e de certo modo, a situação não mudou até que o Banco de Ferro, conclua os trâmites..."

Arn era uma farpa cravada em meu calcanhar, sempre presente para me recordar de sua incômoda postura. "Urgente é a necessidade de resolver o destino de Solares; se ele se aliou aos Felinights, considero nulo seu juramento para com nossa casa. Talvez, para todos os envolvidos, seja o melhor caminho..." Meu tom permaneceu neutro, mesmo que meus olhos lilases irradiassem irritação. "Cornell é um aliado intrigante, contudo é prematuro determinar o sucesso ou fracasso dessa relação." A batida na porta evocou um suspiro de minha parte.

"Entre, Tayla. A propósito, como deseja ser tratada? Senhora? Lady?" Ela exibiu um mapa, marcando pontos sobre a maneira como deveríamos prosseguir. Nesse instante, reforcei minha concordância com a escolha feita pelo Meistre e um sorriso de satisfação desenhou-se em meus lábios."Parece-me um plano excelente, um investimento em prol de nossa Casa. Já é hora de tomarmos essa iniciativa, Tayla. Agradeço pela sua abordagem e observo que o Meistre tem um olho apurado ao selecioná-la."

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9º DIA


"A proposta que você menciona parece-me bastante acertada," respondi enquanto lançava um olhar de Tayla para o Meistre. "Vamos disponibilizar os recursos necessários. Sobre a exploração de terras distantes, confesso que a perspectiva de avançarmos em nome de nossa casa me intriga animadamente." Eu mesma ansiava pela oportunidade de viajar sem amarras e responsabilidades, mas, por ora, meu objetivo principal residia em elevar a Casa Dayne à grandeza. "Qual é a sua opinião, Meistre? Partir para terras desconhecidas, desvendando mistérios que até agora habitavam apenas na imaginação dos mais sonhadores, ou permanecer firmes em solo conhecido?" Havia um tom de diversão em minha voz, afinal, ambos, ali, eram filhos do mar, e prendê-los à terra parecia quase uma heresia.
"O senhor pretende, de fato, acompanhar a construção do navio? Se assim desejar, pode reconsiderar. Quando retornarmos, tenho a intenção de conhecer nossas terras, entender as razões por trás das revoltas recentes. Creio que será benéfico para mim observar de perto o progresso da embarcação ou designar outra pessoa para tal tarefa, se preferir."


YESSENYA com suas servas


Pela primeira vez, parecia que minha agenda incluía uma atividade mais agradável. Meus olhos lilases percorriam os tecidos em exposição, e um suspiro de nostalgia escapou de meus lábios enquanto recordava Jardim de Água. O baile que se aproximava estava repleto de formalidades que eu nunca apreciara. Preferia dançar sem as restrições impostas por cerimônias pomposas, onde a música tinha um ritmo diferente. Em Alto Ermitério, tudo parecia pulsar com mais vida, mesmo após a recente revolta. Podia ouvir as mulheres cantando enquanto lavavam roupas à beira do rio ou ver as chamas da fogueira crepitando no alto da torre principal, onde os homens se reuniam, envoltos em seu próprio mundo. Porto Real, em contraste, me sufocava.


"Bem, Marla, adoraria estar descansando também, mas as obrigações nos mantêm aqui, e não é tão ruim assim", comentei, sorrindo gentilmente. "Maya está certa, animem-se, moças, afinal, fazer compras pode ser um desafio divertido." Soltei uma risada melodiosa e, em seguida, piscando para elas, acrescentei: "Lembrem-se de que vocês são belas e devem usar isso a seu favor." Analisei o primeiro vestido e declarei: "É bonito, mas talvez não seja adequado para o evento que se avizinha." Minha voz não continha reprovação, apenas uma constatação clara. "Ashanti, talvez você se destaque mais com algo que lembre o outono. Vamos encontrar algo que combine com você."

Escolhi algumas peças com facilidade. Era um baile importante, e, apesar de minha relutância em preocupar-me com a opinião alheia, sabia que não era conveniente que nós ou a Casa Dayne passássemos uma imagem desfavorável.


"Maya está certa, não muito extravagante, nem excessivamente simples. Além disso, cada uma de nós tem cores que realçam nossa beleza e transmitem mensagens sutis. Não estamos aqui para flertes insignificantes; estamos aqui para representar nossa casa." Sussurrei, fingindo mostrar um vestido que cobria meu rosto, mas logo movi minha cabeça de um lado para o outro, observando qualquer possível curioso. "Portanto, além de manterem seus modos, vistam-se como se fossem a uma guerra social, transmitindo uma imagem de poder. Não temos motivos para nos envergonhar de nossas origens, mas também não devemos negligenciar nossa beleza." Dei uma risada suave.


Após analisar as cores disponíveis, entreguei as peças às minhas servas para que as experimentassem. "Esse combina com você, Ashanti. Não é luxuoso, mas também não passa despercebido. Enquanto as mulheres daqui preferem tecidos mais pesados ou que cobrem mais a pele, nós, por outro lado, optamos por tecidos leves e bordados que fazem alusão à nossa terra. E pelo que sei, as mulheres da Campina costumam vestir peças elaboradas." Minha mãe, além de sua língua afiada, tinha um profundo conhecimento de moda. "O marrom expressa segurança, maturidade, conforto e simplicidade. Ashanti, você não deseja chamar muita atenção ou parecer extravagante, ao contrário de Maya, que quer ser notada e lembrada a todo custo, mesmo que arda como uma brasa ao vento. Mas, Maya, lembre-se de conter-se apesar disso." Olhei seriamente para Maya. "Tenho a firme convicção de que este vestido será do seu inteiro agrado. A tonalidade laranja, notadamente, evoca virtudes como força, coragem, determinação e ousadia, resgatando-nos do abismo do medo e da covardia."

Vestidos Ashanti e Maya:

"Minha estimada Rani, tua personalidade gentil se encaixa de maneira encantadora com o azul-claro e celeste; tais cores são vistas como emblemas de serenidade, proteção, calmaria, paz e confiança. Elas personificam valores como amizade e simpatia, os quais tão bem te representam." Com satisfação, selecionei o tom de verde para Marla, pois este simboliza a vitalidade da natureza. " O verde é associado ao crescimento, à renovação e à plenitude."Pausei por um momento, refletindo sobre minhas escolhas, antes de acrescentar com um tom suave: "Marla é como uma força indomável da natureza e deve vestir cores que ecoam sua essência. No final das contas, todas vocês estão absolutamente deslumbrantes, e os acessórios ficarão sob minha responsabilidade."

Vestidos Rani e Marla:

Quanto a mim, optei por um dos vestidos que trouxe e que pertenciam à minha mãe. Esta peça tem um significado especial, pois ela a usou poucas vezes e, de qualquer forma, estava destinada a ser transmitida a mim como herança.

Ao retornarmos, sentia-me fatigada, mas também contente pelo breve intervalo de descontração que compartilhamos. Nutria um apreço sincero por elas e tinha esperança de que fossem leais a mim. Acima de tudo, ansiava que nossa ligação se assemelhasse à de irmãs. De volta ao meu quarto, servi-nos um pouco de chá e expressei: "Será proveitoso revisarmos alguns detalhes sobre o comportamento. É imperativo permanecerem atentas, pois neste lugar não detemos a influência de Dorne. Qualquer ação que resulte em dificuldades poderá nos colocar em risco coletivo. Portanto, comportem-se de maneira exemplar, e ao retornarmos a Alto Ermitério, serão devidamente recompensadas."


Depois sentei-me, retirando as sandálias, e desejando que Callahan estivesse presente naquele momento. Contudo, ele, assim como Eyvon, estava ocupado buscando Solares. Daria qualquer coisa para que ele lavasse meus pés e realizasse pequenos luxos provocativos que só ele sabia proporcionar. Mal podia esperar pelo regresso a Dorne.

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9º DIA

Xafic Zahi escreveu:- Milady, diante do tratamento que nos é oferecido pelos demais Lordes, parece-me acertada a decisão de criar e reforçar vínculos comerciais e diplomáticos com outras nações. Eu ficarei satisfeito caso decida confiar a mim a função de representante de vossa Casa perante elas. Entretanto, o Sabre da Sapiência já está fretado para Lady Evelyne Vass, e esse é um compromisso do qual não podemos recuar. Uma terceira embarcação, então, será necessária.

El Cabron escreveu:- Milady, esta tarde recebi uma mensagem de Sor Arn, pedindo que o encontrasse no Septo de Baelor, e assim que a noite caiu, fui ao seu encontro. - fez uma pausa antes de prosseguir -Sor Arn revelou que não deve retornar, pelo menos até o momento, à nossa comitiva. Disse que seria arriscado, já que sofreu alguns ataques aqui em Porto Real. Ele pensa que há alguém orquestrando sua morte desde que chegou, então, pensando no bem de Lady Yessenya, preferiu manter-se afastado após ter sido libertado pelo Alto Septão e Lorde Beron, o qual desconheço.- Eyvon olhou para Yessenya, na esperança de poder notar alguma reação nela -Pelo que pude compreender, ele quer buscar alianças com este Lorde e levá-las para Alto Ermitério. Fiz questão de lembrá-lo de seu juramento como Espada Jurada. - nesse momento, seus olhos viraram-se para Querellon, antes de voltar sua visão a jovem  - E ele reafirmou sua lealdade à vosso pai, milady.

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