Chloe Moore

(Chloe ouvia Asia com um leve sorriso nos lábios.) —  Vou aguardar ansiosa por isso Asia...vai ser uma noite incrível!

(Quando a loira fala sobre a falta de interesse de Sebastian, Chloe prefere não perguntar mais sobre, mas sente pena dele e pensa nele por alguns instantes até que escuta Asia falando de caçadas e de não se segurar.)

—  Essa coisa de caçada é algum ritual de vocês, suponho? O que acontece após isso...Não precisa detalhar, sei que muitas coisas não devem ser ditas pros parentes e não quero lhe colocar em uma saia justa.( Ela abre um sorriso calmo olhando Asia depois vai ouvindo ela falar até que  James volta a conversa,  Chloe  reconhece o nome Jason, foi o mesmo que Amy falou. A palavra “mãe” faz o semblante dela ficar surpreso como se tentasse compreender o que foi dito por Asia) —  Quem é Jason? Me explica isso de feitiço...é possível algo assim?! (Ela se mostra curiosa)

(Ela  fica rindo vendo Asia jogar fora a chave imaginária. Pensou quem seriam os sortudos que ela ficou. Chloe sentia afinidade com a loira de tal maneira que estava surpresa consigo mesma. Chloe fica surpresa quando Asia fala sobre o passado. Depois fica emotiva pensando o quanto ela pode ter sofrido, como as pessoas precisam de ajuda e Sebastian sempre agindo como um anjo.)

— Eu vou ajudar da melhor maneira.(A voz dela é muito suave)...O prédio da Clínica quero colocar no nome de outro parente, talvez James se ele aceitar ou até mesmo você…(Ela sabe que o tempo está correndo, até agora está longe das mãos de Ian e de sua família,mas custa acreditar que as coisas vão ficar assim pra sempre) se algo me acontecer quero ter certeza que os ajudei, que pude contribuir positivamente de alguma maneira, temos que acertar isso  o quanto antes…(Ela parece calma os olhos brilhando e uma leve sombra no olhar)


(Chloe escuta Asia com atenção quando ela fala sobre se um deles precisarem de ajuda. O coração dela se agita com as palavras ditas, mas quando vê a pequena mudança senti um arrepio.  Os olhos dela  ainda não se acostumaram com a capacidade que  eles têm de se curar das coisas. Ela pisca algumas vezes olhando as mãos de Asia, às tocando com delicadeza e depois fica com a voz trêmula. Um sentimento de pena surge, afinal aquela mulher mesmo sendo uma criatura tão poderosa, pode não voltar de suas empreitadas e Chloe entende o quanto a vida de Asia, bem como dos outros é furiosa e ao mesmo tempo frágil.)

— Se vocês precisarem de cuidados, vou me arriscar da maneira que puder, não vou deixar de ajudar nenhum de vocês, vou adaptar uma entrada discreta nos fundos do prédio, uma sala no térreo pode ser usada, mas minha casa tem um porão, eu pretendo fazer dele um local seguro para cuidar de vocês casos precisem, lá terei liberdade de agir e prometo cuidar de cada um de vocês!( Ela segura forte as mãos de Asia)

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Falas em branco

Chloe escreveu: Essa coisa de caçada é algum ritual de vocês, suponho? O que acontece após isso...Não precisa detalhar, sei que muitas coisas não devem ser ditas pros parentes e não quero lhe colocar em uma saia justa.

"É quando a gente pega e mata alguma coisa perigosa que tá andando fora da linha. Nada difícil de entender. É isso que a gente faz Chloe. Caça e mata." Ela sério e sem nenhum constrangimento. "Queria trabalhar dando festas. Mas não a vida que eu tenho e no fim de uma caçada a gente sempre fica meio louco de um jeito ou outro. Muitas vezes quando a gente ganha dá vontade de completar a vida com sexo barulhento e bruto." A voz carregada de uma excitação quase palpável. "Jason? É o filho do James. Menino ótimo. Tem uns nove ou onze ou treze. Sei lá. Sei que o é louco pra ser um uratha. Mas essa coisa de feitiço não bem magia, saca? Ela enfeitiçou ele." Asia termina fazendo lentamente um gesto com a mão. Como se abrisse um zíper imaginário na frente de seu rosto. Depois ela finge surpresa e lambe os lábios.

Parecia que iria continuar, mas ri da cara que Chloe faz até engasgar um pouco.

"Rich é melhor com essas coisas de leis. Eu sou a ilegal aqui, não é?" Ela brinca. "Tenho certeza que ele tá vigiando tudo que você faz pra impedir que cê de mais pinta do que já deu até agora. Também apostaria que ele tá criando um rastro falso seu por aí."

Ela pensa nas ultimas palavras de Chloe. "Legal essa de arruma sua caça. Aposto que o James vai adorar te ajudar. Meter umas madeiras lá." Ela ri alto e abraça Chloe com um braço só. "Nossa como aquele homem resiste a você? Garota, eu to torcendo por você. Mas como você aguente?" Não era uma pergunta de verdade. Ela estava tentando alegrar Chloe.

(Chloe arqueou as sobrancelhas delicadas o pensamento cravou-se em imaginar a cena descrita por Asia. Ela sentiu que aquilo lhe parecia primitivo demais. Depois ela respondeu sobre quem era Jason. Não podia culpá-lo por ter interesse na mulher que lhe deu um filho, mas ao mesmo tempo pensava se os dois deviam manter as coisas acontecendo ou se ela deveria se afastar antes que tudo ficasse realmente sério. O gesto de Asia faz Chloe dar um risinho e sente que está diante de uma boa amiga)


— Eu realmente não sei até onde as coisas podem ir com James, não quero  impor nada, não estamos em um relacionamento, (Ela olha pro teto por segundos e depois dá um sorriso) — Eu tive uns sonhos tão reais com Ian, parecia que podia até sentir a presença dele no ambiente mesmo depois de acordar...Tenho medo de estar me precipitando com James, ele tem um filho e uma família que o ama…

— Por agora vou pensar em ajudar vocês, fazer as coisas darem certo e estou em dívida com vocês e quero ajudar em tudo que puder(Chloe sorri pensando como as coisas mudaram tanto)

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"Ele tem sim... Mas a mina? Ele não tem muito como ter sentimentos por ela eu acho. A vaca correu pra longe assim que o menino desmamou. Engraçado, né? James nunca quis que a gente encontrasse ela. Mas aposto que o Rich tem o endereço novo da... mãe do Jason." Ela sorri com mais veneno que humor. "Sabe guardar segredo? Ele tá trabalhando em um projeto em madeira que tem a sua altura." Ela coloca um dedo na boca como se pedisse silêncio.


"Não se liga nisso de dívida, a gente tem que se ajudar. Sabe, cê é medica de verdade, né?" Os olhos delas se estreitam por um segundo. "Quer olhar um caso impossível? Um uratha em coma?" Ao invés de oferecer mais ela se levanta. Andando lentamente para a porta. "A gente se vê de noite Chloe. Nada de marcar com o James."

— James, lidou com muita coisa, uma pena a mãe do garoto não ter ficado e cuidado do filho, mas não se preocupe o que falamos aqui morre aqui.

( Depois Asia propõe  aquilo Chloe a olha com interesse) — Espero você a noite e farei o melhor.(Ela dá um abraço suave na loira e se despede dela. O restante do tempo Chloe lida com as coisas ali, se tudo estava como deveria, as vezes olha pro celular pensativa, imaginando até quando poderia fingir que Ian não existia?! Remoendo as coisas que ouviu sobre James e pensando no que faria mais tarde quando Asia chegasse.)

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Chloe passa em sua casa nova para se arrumar. Assim que ela põe a chave na porta uma criança grita "MOÇA!!" e vem correndo com um embrulho na mão. A criança larga tudo nos degraus da entrada e sai correndo. Chloe vê as flores. A caixa de bombons aberta. Tudo em uma sexta coberta com tecido delicado. Velas escupidas na forma de rosas. Um sabonete na forma de cristal transparente com uma floresta verde por dentro. Um lenço da cor dos cabelos de Chloe preso em um anel de madeira muito escura com um risco branco.

Um cartão sujo de chocolate tinha James escrito a mão na assinatura. O resto do bilhete manchado demais para ler.

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A casa de Asia era muito mais arrumada e austera do que se poderia imaginar. Algumas peças estranhas escondidas em uma decoração normal. Um sino de vento que não fazia barulho. Um pássaro de pedra virado de cabeça para baixo bebendo água em uma fonte com cheiro de canela e hortelã. Um incenso de fumaça pesada bem na porta. Mas de resto? Parecia uma casa perfeitamente normal. Uma televisão grande em frente a um sofá.

"Chloe, qual dos dois?" Ela mostra dois vestidos colocando um de cada vez sobre o corpo. "huh? Um deles era longe e negro e pesado. O outro vermelho cor de sangue com detalhes brancos, leve como uma pluma e muito revelador.

Roupinha:

(Quando Chloe girava a chave na fechadura o grito da criança a fez se virar apressadamente. O embrulho a deixa curiosa. Os olhos buscando o menino, mas ele se foi tão rápido quanto apareceu. A cesta é coberta pelo tecido, fazendo os lábios delas curvarem-se em um sorriso. Ela vai para o quarto, senta-se na cama para olhar o conteúdo com cuidado, o bilhete manchado, mas o nome de James ainda visível, os dedos percorrem os objetos com admiração. As flores são colocadas em um vaso perto da janela. Com cuidado ela observa as velas,tudo em uma cesta coberta com tecido delicado. Velas esculpidas na forma de rosas, o sabonete parecendo um cristal é tudo tão bonito. O lenço lhe enche os olhos da mesma maneira que as flores, mas o anel de madeira lhe encanta profundamente. O corpo delicado dela se deixa cair na cama, os pés balançando como se fosse uma menina que ganhou algo que sempre desejou. As mãos buscam o celular e manda uma mensagem para James “ Obrigada, mas a mensagem sofreu uma avaria, fiquei curiosa sobre o que tinha nela e você precisa me dizer pessoalmente, assim posso lhe agradecer apropriadamente os presentes senhor Crestwood.”


Ela ficou nas nuvens, nem acreditava que poderia mesmo esquecer Ian, seguir adiante e assim que se ergue da cama toma um banho rápido, quando vai escolher uma roupa fica olhando um vestido verde, lembrou-se que fora um presente do ex-marido, o coração ficou pesado, temeroso e a aliança estava guardada em uma gaveta ao lado da cama parecia chamar seu nome. Após se vestir com um vestido amarelo escuro, abriu a gaveta olhando o anel e pegou o celular, o número de Ian estava ali assombrando-a. Chloe liga,  mas antes que ele atenda ela desliga, fica trêmula, não tinha coragem ainda para falar o que sentia, não estava pronta, mas teria um momento que precisaria enfrentá-lo para que pudesse seguir adiante. Ela respira fundo, depois joga o celular na bolsa, pega o carro e vai para a casa de Asia. Quando entra fica visivelmente encantada, especialmente com o cheiro de canela e menta vindo da fonte. O ambiente a faz esquecer de Ian ou de suas ansiedades. O incenso lhe agrada, depois Asia aparece com os vestidos e Chloe os olha, imaginando a loira deslumbrante no vermelho. Os dedos dela tocam o vermelho e ela fala com total segurança)

—O vermelho com toda certeza, vai ficar maravilhoso, ele vai realçar o tom da sua pele e olhos(Ela fica ali medindo o vestido e mostrando um sorriso sincero) me pergunto se alguma coisa que você vista poderia ficar ruim?! (Ela toca o braço de Asia com delicadeza) — Você é um arraso Asia!

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"Pra mim não... pra você!" Ela fala como se fechasse uma armadilha com palavras. "Vou te levar em um lugar demais. É meio louco, mas demais. Nessa época do ano se chama Sol da Meia Noite. Quando o outono chega eles mudam tudo e se chama Estrela." Ela coloca o vestido na frente do corpo de Chloe. Se concentra no que vê por um tempo e então sorri radiante. "Vai amiga, veste esse. Vai." Ela deixa o vestido onde está e corre para a cozinha. Ela abre o forno que começa a apitar. "Biscoitinho!" Ela cheia a bandeja. Eles não parecem bonitos, mas definitivamente agradam Asia. A verdade é que o cheiro é bom. Gengibre e maçã. Ela larga a bandeja na pia completamente esquecida um instante depois.

"Pedi uma carona pro James pra deixar ele com ciúmes. To do seu lado cara." Ela dispara outro sorriso. "Amy não vai poder ir. Olena vai chegar depois direto do bar. Laura é chata. A Beca é doidinha, mas tá se arrumando lá em cima. Acredite ou não, ela dança." A loira imita uns passos de alguma dança mexicana com castanholas imaginarias. "Você dança, né?" Ela parece ter sido acertada por um tapa. Completamente imóvel. "Se não dança eu te ensino." Ela ri e volta ao normal.

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Asia tentou com toda força e charme arrumar Chloe mais e mais. Pulseiras, acessórios para o cabelo, cordões combinando e uma maquiagem que ela jurava que ia brilhar na casa noturna. Ela não obriga Chloe a nada, mas pede muitas vezes antes de desistir. Beca aceita resignada as atenções de Asia e realmente fica muito mais impressionante que antes.

James aparece para levar as três. Mesmo Chloe sabendo que não era necessário. "Nossa meninas, a onde vocês vão assim?" Ele dá uma atenção educada a Asia e Rebeca, mas seus olhos logo se pousam em Chloe e ficam paralisados. "Eu penso em você quando acordo e luto pra te esquecer toda vez que tento dormir. Minhas mãos tremem quando lembro da sua voz e meu coração corre no peito tentando te encontrar." Ele fala chegando perto de Chloe sem tirar os olhos dos dela. A voz séria e solene. Ele a segura com firmeza e a puxa até seus corpos se tocarem. Uma das mãos desce até a base das costas a apertando com força a outra mão sobe pela lateral do seu corpo subindo até os ombros e então o pousada delicadamente ao lado do seu rosto. O beijo que segue é cheio de abandono, paixão e desejo.

(Chloe escutava a voz de Asia com aquela gota de armadilha prévia. Ela nunca foi a nenhum lugar como aquele. Ela tocou o vestido, provocativo, não era dada a escolher peças tão ousadas, mas daquela vez optou em esquecer suas regras pessoais sobre vestimentas.  Ela então sente o cheiro dos biscoitos,  morde um enquanto troca de roupa e se deixa levar por Asia. A ruiva aceita tudo que Asia propõe de bom grado e aprovando o resultado final)

— Faz um tempo que não danço(Ela ri Asia e sua brincadeira)mas estou ansiosa, vai ser divertido...(Ela pisca pra loira em total cumplicidade quando escuta sobre a carona)— Você é incontrolável Asia!( Chloe estava se sentindo leve apesar da agitação antes de chegar na casa de Asia) — Ficou incrível Beca!( Chloe assobia olhando o resultado) —Asia, você ficou tão linda... (Chloe estava visivelmente encantada com a presença da loira)—Estou amando meu visual, não costumo usar nada tão ousado(Ela fica corada) Obrigada!


(Assim que James chega Chloe dá um sorriso largo.) — Nós três estamos nos aproveitando da sua boa vontade, mas prometo compensar de alguma maneira.( Quando ele chega tão perto, ela fixa os olhos nele com intensidade. Cada palavra dita causa um sentimento intenso dentro de Chloe. Quando os corpos ficam tão juntos  e os lábios se calam, ela fica tentada em não ir com as garotas, mas se afasta dele com a cara vermelha. Ainda sentindo o sabor de James perfumando os sentidos.)

—Eu…(Ela fica ali sem ação por alguns segundos, depois sussurra no ouvido dele) desse jeito você me faz ficar tentada em não ir com as garotas...Que maldoso da sua parte!( Os lábios dela pousam suavemente nos dele enquanto espera as garotas darem “ok” para ida ao tal lugar. Ela se esforçou muito para não desistir, mas sabia que era melhor que tudo fluísse em seu devido tempo entre os dois.)


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James recua para sua nova posição de motorista. O caminho é cheio de conversa sem razão. Sobre roupas. Sobre o tempo. Sobre como aquela nova hamburgueria é boa. Então o carro para. Um sol negro coberto com uma luz dourada de todos lados. "Chegamos!" Asia diz radiante já pulando do carro antes de ele parar. "Yey!" Rebeca espera o carro parar. Uma longa fila até a entrada. O sol fica bem em cima da entrada. Um homem negro e um latino estão parados na porta com casacos longos. São seguranças. Um deles abre os braços quando vê Asia. James ri vendo ela. Mas se vira para Chloe "Não enlouquece demais, cuidado com estranhos e curte bastante." Ele sorri com todos os dentes. Algo que vai até os olhos.

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Asia puxa as duas para dentro. O lugar é um pouco mais claro do que o esperado. Alguns fachos de luz clara e quente em cima de sois pintados no chão. Asia gira e corre entre as luzes. Ela grita alguma coisa, mas não dá pra ouvir com a música. Beca segura a mão de Chloe e as duas seguem Asia até o bar. Uma mulher com cabelo laranja e roupas balançando contra a gravidade fala animadamente com Asia. Por um instante aquilo parece sobrenatural. Mas Chloe logo percebe que todos do outro lado do balcão são tocados pelo mesmo evento estranho. Suas roupas e cabelos balançam para cima com... vento. Tem vento vindo debaixo deles.

Os três copos aparecem rápido no balcão. Bonitos e brilhantes. "São rainhas do verão!" Ela aponta os drinks e imediatamente começa a beber o dela pelo canudinho. As paredes do lugar são difíceis de ver, escuras e sem detalhes. O teto no entanto é cheio de nuvens claras tocadas pela luz. A música muda subitamente com uma grande pancada eletrônica e as luzes ficam vermelhas. Rebeca imediatamente começa a dançar. Ela começa ignorando completamente o ritmo das batidas, mas de uma hora para a outra ela parece perfeita para aquilo. Assim que ela entra em um dos sois no chão os pequenos brilhos na sua roupa cintilam.

(Chloe o escutou, fez cara inocente, beijando-o com leveza.)
— Vou me comportar e prometo não enlouquecer demais!

(Ela faz uma cara maliciosa e o abraça com carinho. Ian jamais a deixaria ir a um lugar daqueles. Deteve-se olhando a entrada. Seu coração estava um tanto ansioso, o gosto da liberdade lhe agradava muito, ela olha Asia tão à vontade ali, quando sente a mão de Beca vai caminhando até onde a loira está olhando tudo com um ar de divertimento no semblante. Chloe parecia adorar o lugar. Quando a bebida chega ela sente um prazer imenso em sugar o líquido pelo canudinho, o som alto não a incomoda, sempre apreciou músicas que sua família reprovava e quando vê Beca tão solta puxa Asia delicadamente para que se juntem a outra. Demora algum tempo até que Chloe consiga dançar, embora não se importe se está acertando ou não. O corpo dela apenas se solta, sem tensões, sem pressões, nada de sobrenatural a perseguindo. Agora eram apenas três amigas aproveitando uma noite incrível.).


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O tempo passa sorrateiro. Chloe percebe o suor. Ela já não tem mais certeza dos copos. Beca chamou ela para dançar mais de uma vez. Ela tem um jeito sinuoso e sensual de dançar, mas não tem a tensão de desejo da Asia. Beca dança sem parar. Ela ignora todos que chegam perto dela, mesmo sendo um numero bem menor do que os que tentam conquistar um pouco da atenção de Chloe. Por um instante Chloe vê Ian na borda de um dos fachos de luz. No instante seguinte ele some na multidão. Ela sente um arrepio frio correndo a espinha. Asia não está em nenhum lugar que ela possa ver. Chloe viu ela saindo com um cara para algum canto escuro.

A mão dele se fecha no seu braço. Forte. Firme.

"Gat..." A voz. A voz era diferente. Chloe olha de perto para ele. Não era Ian. Não era. Só mais um cara falando alguma coisa qualquer. Ele até pede desculpas quando vê o rosto de Chloe.

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A música para sem nenhuma razão aparente. Asia e Beca gritam com algumas outras pessoas. Os sois se apagam. O chão se enche de fumaça e as luzes se acendem bem quentes. Amarelas, vermelhas e laranjas. A música volta mais baixa que antes. Quase solene. Beca grita no ouvido de chloe tentando cochichar. "A rainha. Você vê." No meio do salão brotando da fumaça como uma rosa uma mulher se levanta. Chloe não sabia o que as pessoas estavam vendo. Mas ela? Ela via a fumaça a seguir a mulher. Ela via a fumaça dançar com ela entre as pessoas dali. Dione. Ela ouvia as pessoas chamarem.

Chloe vê os olhos escuros da mulher virando na sua direção. Ela parece flutuar sobre a fumaça que sai do seu vestido. A fumaça que faz a sua coroa.

A bebida fluindo no sangue. A transpiração cobrindo a pele e os lábios que estão ostentando um sorriso solto. Seu corpo serpenteia provocativo, desaguando-se ali sem se importar com os olhares direcionados as duas.  Vinte e quatro anos de obediência, submissão e uma vida programada, mas agora se sentia tão livre!  
Asia estava aproveitando enquanto as duas dançavam. Então uma sensação conhecida surge rompendo o momento de liberdade. Os olhos dela piscam várias vezes, o medo vira uma sombra fazendo um alerta, no segundo seguinte seu algoz não estava ali. Ela esfrega os olhos com as mãos, o arrepio que percorre seu corpo é maldoso, pensa em procurar Asia, mas não tem tempo e quando sente a mão firme fechando-se em seu braço ela inconscientemente encolhe-se. Tropeça ao mesmo passo que aquele estranho à solta e se desculpa. Sua mente pregava-lhe peças?! O coração está acelerado e as pernas trêmulas.
A música para e o coração de Chloe parece querer sair pela boca. Beca capta sua atenção. Escuta um nome feminino sendo aclamado. O medo é um castigo que vai açoitando a ruiva à medida que ela observa aquela fumaça parecer algo espectral. Ela pensa em sair dali, seus olhos fixam-se na mulher que todos olham com interesse. A atmosfera misteriosa cerca a anfitriã que consegue fazer tudo flutuar a sua volta. Chloe não entende a cena, parece algo sobrenatural, estaria bêbada e alucinando? A coroa é algo vivo? Chloe sente que poderia tocar aquilo se quisesse, então os olhos das duas se cruzam naquele instante que parece uma década.

Chloe soltinha:

OFF: Amei a imagem da mulher

Asia aperta e depois apresenta Dione como se ela não tivesse fumaça saindo da roupa e como se essa fumaça não fizesse uma coroa em sua cabeça. "É um prazer conhecer você." Ela beija o ar do lado de Chloe. Ela não tem cheiro de churrasco. Ela cheira a pinheiro e rosas. "Asia te mostrou tudo? A gente adora uma boa festa aqui!" Os olhos dela parecem brasas e fumaça escapa do nariz dela quando a mulher fala de festa. "Quando cansarem de dançar me encontrem por aí e a gente conversa no camarote." Ela beija o ar do lado de Beca que não consegue parar de olhar para a coroa.

Asia olha para Chloe. "Que foi garota, tá bem? Já cansou?" Ela fala no ouvido de Chloe. Dione falou como se fosse embora mas ainda está bem na frente delas. Falando com outra pessoa que a alcançou bem ali.

(Chloe sorri pra Dione ainda hipnotizada por ela e aquela estranha fumaça. Tentava não deixar transparecer o que podia ver.)
— O lugar é incrível! (Ela dá um sorriso e torce para parecer normal diante de Dione. Quando a mulher se afasta, Asia fala e Chloe sussurra para as duas ali.)
—Eu devo estar bêbada( Ela fechou os olhos enquanto falava baixinho) mas juro que ela parece estar cercada de fumaça viva…então acho que não estou bem!(Ela abre os olhos novamente torcendo para que tenha se enganado.Porque em Durham não via aquele tipo de coisa?)

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Asia olha de Chloe para Dione, depois faz o caminho reverso. "É?" ela diz desconfiada. Não deu para ouvir, só ler o que ela disse. "Eu preciso dar uma outra voltinha." Ela deixa um copo com Chloe quando sai. Cheio de alguma coisa densa e gelada. As luzes do lugar fazem parecer um drink de maracuja. Talvez seja. Beca aproveita e dá um gole pelo canudinho. Ela parece gostar.

Ela começa a dançar de novo perto de Dione, brincando com a fumaça. Ela ri feito uma criança e Dione não parece perceber, entretida com mais um dos seus amigos.

Chloe sente uma trombada no lado direito. Ele grita alguma coisa para ela que não deu para entender. Ele tinha os olhos escuros e o cabelo claro. Era mais alto que Chloe. Levantava as duas mãos em sinal de paz. "Posso te pagar outro drink? Você ainda tem uma mão livre." O sorriso dele é bonito e sedutor.

(Chloe olha Asia se afastar. Sua concentração não estava das melhores naquele momento, a bebida gelada causou uma sensação tão refrescante. Quando Beca experimenta a ruiva faz o mesmo sentindo o sabor preencher seus sentidos. A mente dela tentava filtrar as coisas, primeiro imaginou ter visto Ian, evidente que ele não teria como estar ali, ela sabe que existem regras territoriais entre aquelas criaturas, podia não entender com profundidade, mas o básico compreendiam. Fica intrigada sobre aquela fumaça e isso ficou martelando em sua mente. Sentiu o corpo leve e não queria dançar. Vendo a animação de Beca transbordar, imaginou se aquela fumaça também teria chamado atenção dela? Quando sente aquele esbarrão forte, fica um pouco assustada, mas nota que se trata de um homem que devia estar curtindo a noite, mas o que a encanta nele é a cor dos olhos.  Ela só entende a parte de pagar outra bebida, mas educadamente fala perto dele, não querendo parecer ríspida.)

— Obrigada, mas não posso aceitar.(Ela vai se afastando dele. Tinha um sorriso típico dos conquistadores de uma noite só. Podia não ter experiência em lidar com homens, mas não é difícil adivinhar quais as reais intenções por trás daquele sorriso. Foi caminhando para um canto que fosse mais tranquilo, se encontrasse um acabaria ficando ali por um tempo.)

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Chloe encontra seu santuário em um canto escuro. Ela fica ali até Asia encontrar ela de novo. "Tão esperando a gente no camarote." Ela diz rindo e pegando com cuidado a mão de Chloe. "Vem!" Ela diz soltando a mão.

O camarote em questão tem uma porta com moldura em formato de chamas. Alguma coisa faz elas brilharem por dentro e a parede onde as chamas tocam são negras de queimado. Um segurança parado bem ao lado dá porta, o rosto abaixado dentro do capuz se levanta na direção de vocês. A visão é algo assustador. Ferro no lugar de carne, fogo no lugar de sangue. Uma fornalha vestida em malha e couro escapando fumaça escura lentamente. A mão que ele põe na porta para abri-la termina em pontas afiadas e incandescentes.



A porta desliza para dentro devagar se dividindo em quatro e cada uma de suas partes sobe ou desce junto com as outras. Asia passa como se nada incomum estivesse acontecendo. "Oi Gary." Ela diz com carinho. Rebeca dá uma cutucada em Chloe e passa sem dizer nada, mas é fácil imaginar ela dizendo. "Você vê."

Lá dentro o lugar era uma sala ampla com um sofá customizado que ocupava metade do lugar, um semicírculo vermelho. Correntes douradas caiam do teto para sustentar algumas prateleiras redondas no ar, copos de bebida pontilhavam elas. Dione está em uma janela grande que dá para a parte de dentro da casa noturna. Mas ela não era a única figura estranha ali. Elas eclipsavam as pessoas normais. Chloe via uma garota bonita dançando com um rapaz gordinho e bem arrumado, mas eles mal eram visíveis. A garota atrás do bar era mil vezes mais chamativa, quando ela saiu com uma bandeja na mão as cores dançavam no seu corpo escuro de uma forma irreparavelmente perturbadora.




A música ali dentro era baixa e suave. Mas vibrava nas paredes. Dieno recebe o drink da mão nulher. "Obrigado, Lana. Meu amor, pode ver o que as meninas vão querer? Elas estão comigo hoje." A voz de Dione era muito melhor de entender ali. Todas eram. A mulher com as cores se vira para as três. "A rainha perguntou o que vão querer. É tudo por conta da casa." A voz dela era musical e animada. As cores no rosto dela não sugeriam nada. Mas ela não era a ultima. Tinha mais um ali. Mais um deles. Um homem sentado no sófa conversando com duas pessoas normais como se ele fosse uma delas. Esse parecia uma fera, mas tinha uma voz profunda e grave e parecia encantar seus ouvintes.

(Chloe estava quieta, pensando nas coisas e seus olhos rolaram para a esquerda, e ela voltou a olhar para frente, quando viu Asia chegando e se deixou levar pela loira. De súbito ela vê o segurança e seus olhos se fixam nele como se aquilo fosse algo vindo de um estranho sonho. Aquele lugar era uma porta pra outro mundo. Ela podia captar tudo que pessoas tidas como normais não conseguem ver ou ouvir. Beca viu o mesmo que ela. Para Asia tudo parecia normal. A loira fala com o segurança e Chloe por sua vez desvia os olhos dele. A verdade era que seu cérebro estava fervilhando com tudo que podia ver. Ela tentava discernir as coisas que via. Quando as cores na garota alcançam Chloe esta por sua vez sente como se estivesse caindo dentro de uma supernova . A ruiva construiu muitas barreiras para evitar sentir-se invadida pelo sobrenatural, mas agora lá no fundo também sentia desejo de compreender que mundo era aquele. Sentia naquele momento que passou muito tempo apenas sonhando e que agora podia fazer parte daquilo mesmo que fosse uma mera espectadora. A até a música ali causou uma sensação suave de desapego nela. A voz de Dione a puxa para o momento. Lana é o nome da garota que pergunta em seguida o que elas querem beber.
Chloe espera Asia responder sobre o que vão beber. A ruiva tem um semblante que demonstra curiosidade, mas ao mesmo tempo incredulidade quando olha tudo. Percebe um homem sentando no sofá, era uma fera aos olhos dela, mas as duas pessoas ali não viam o mesmo, ele parecia entreter seus ouvintes e os olhos dela ficaram presos nele por um tempo. Por fim a sensação maior naquela noite era como se uma fragrância exótica quisesse pegá-la e dopá-la com nuances de uma verdade que sua família escondia por entre linhas.)



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"Africa." Ela diz fazendo 3 com os dedos. Ela coloca também um sorriso radiante no rosto. "Se divirtam meninas." Ela anda na direção de Dione com todo seu charme ligado. Lana se afasta e a cada passo as luzes dançam por seu corpo no ritmo do seus movimentos. Beca anda até o sofá e se deixa cair como se estivesse exausta. "Jorg, contando histórias de novo?" Ela pergunta pegando um dos pés e tirando a sandália com salto. "O que mais? Essa você ainda não ouviu bailarina. É sobre a mansão no estreito a beira do penhasco. O barulho do mar está em tudo lá. No chão, nas paredes, nos quadros... em cada prato de comida. É tão perturbador até que não é mais. Depois de um tempo faz mais falta que o calor do sol, que a luz do dia. A ausência deixa um buraco na sua alma, bailarina. Mas isso é só a parte boa." Ele diz com um ar de mistério.

"Não preste muita atenção nele, metade do que Jorg diz é mentira. A outra metade é melhor não ter ouvido." Dione fala de trás dela. Quando ela tinha chegado ali? Asia e ela de braços dados. "O que tem achado? Como te parece a meu pequeno castelo e minha decadente corte de depravados?" Lana chega com os drinks enquanto beca está massageando um dos pés. A mulher sentada no sofá rapidamente coloca o fundo do copo no pé e geme de alívio esquecendo de beber o drink. Asia pega o seu e da um gole lento e profundo. Dione ainda de olhos curiosos em Chloe.