ON - Desbravando as Brumas

- Corpos e Alma não devem ser o suficiente, já que isso Ele tem o de todos que habitam seus domínios. O Templo é uma ideia muito mais certa que seguir ao Castelo. Vou deixar vocês (Krossis e Sharla) explicarem aos seus colegas aqui o que conversamos. Da minha parte já posso lhes adiantar que rumar até o Castelo Ravenloft para um confronto direto não dará certo. Outros aventureiros tentaram o mesmo e falharam. Inclusive existe uma inteligência confirmada de fontes confiáveis de que os espíritos desses aventureiros hoje vivem atormentados em uma procissão fantasmagórica marcha de Baróvia até o Castelo Ravenloft e se atiram do alto do parapeito do Castelo dentro às Brumas. O Templo do Lorde da Manhã é mais certo mas também não é uma fortaleza, todavia estaremos mais seguros lá do que em Tavernas.

Krossis acena positivamente e em sua mente seguir direto para o castelo não parecia ser a melhor opção, até porque essa não era a missão do grupo.

-Por mim esta opção está descartada. -Ele suspira- Espero que o Otkai também ache isso, ele é muito teimoso. Nossão missão não é essa.

Enquanto terminava de esclarecer aos demais a conversa, eles seguiram até o templo. O Sol raiava tímido devido as brumas, mas as portas do Santuário estavam abertas. Krossis para analisando o templo e olhando ao redor e em seguida toma a frente adentrando o templo seguido dos demais.

- E qual é a missão de vocês?

Helena ia seguindo Krossis até o templo e olhando para para Oktai e os demais que ainda não se apresentaram.

- A propósito, me chamo Helena, é um prazer, meus dignissimos. Vou ser sua guia nestas terras até meus chefes dizerem o contrário. A conversa toda na taverna foi só uma distração dos curiosos de plantão, já está tudo acertado com primo Krossis, prima Sharla e primo Denna, antes de serem sequestrados, claro. Vocês vem?

Ela explicou, já que Krossis não fizera as apresentações devidas para mais esclarecimentos dos outros dois. De começo, quando entrassem no templo, iria procurar por alguma figura que ela já conhecia, tivesse tido contato no passado, ou procurar de forma mais discreta por iconografias secretas que indiquem um arca de suplementos ou um lugar seguro dos Guardiões das Plumas.

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Ano do Senhor 755

"Mas, sejam fortes e não desanimem, pois o trabalho de vocês será recompensado".

Crônicas 2:15-7

Ele responde a Oktai e também Helena (se apresenta) e Krossis.

-Sou Krystophor, humilde servo do Senhor da Manhã e sim nosso objetivo aqui embora pareça simples é deveras complexo. E quanto a insuflar o povo é mais fácil falar do que realizar caro amigo Oktai diferente de nós que estamos acostumados a lidar com armas e inimigos essas pessoas são simples camponeses em sua maioria e ainda que não nos conhecem. Vamos até o templo obter suprimentos e ter uma nova conversa com o ancião, pois agora com a luz do dia ele deve estar mais colaborativo.

A conversa com Helena e o fato que aconteceu com o grupo que ficou na taverna deixaram Krossis um pouco distraído e pensativo, o que acabou esquecendo de apresentar Helena aos demais e esclarecer tudo que aconteceu decentemente. Após encontrar o grupo o Ex-vampiro tratou de se inteirar da situação, sequer parou para analisar o templo.

-Digam-me, aconteceu algo estranho com vocês na noite passada?

Os aventureiros entram no Santuário da Luz Matinal, um local sagrado dedicado ao Senhor da Manhã em Teufeldorf. O clérigo-mor, Helmar Mastarov, os recebe com um sorriso caloroso e os convida a sentar-se em um pequeno salão reservado para reuniões importantes. Helmar é um homem idoso, com uma expressão sábia e compassiva.

Ao se sentarem, Helmar começa a falar, suas palavras carregadas de gravidade e preocupação.

- Bem-vindos, bravos aventureiros! Sintam-se em casa no Santuário da Luz Matinal. Sinto não ter podido recebê-los na madrugada, mas talvez não entendam como isso é perigoso. Mas como posso ajudá-los nesta manhã abençoada?

Krystophor Krezkov pediu informações sobre a cidade ao seu colega de sacerdócio.

- Ah, Krystophor, meu filho da luz. Sinto que o Senhor da Manhã o guiou até aqui. Sim, as sombras se intensificaram, e a escuridão ameaça engolir nossa amada cidade. O diabólico Strahd... um nome que traz arrepios até mesmo aos corações mais corajosos. O senhor da Baróvia anexou parte da antiga nação de Gundarak e reivindicou todo o território como seu domínio. Dizem que sua influência se estende por toda a Terra das Brumas, moldando o destino das almas como um mestre cruel. A névoa é uma prisão sombria que nos mantém cativos nesta terra. Poucos conseguiram romper seus véus. Aconselho cautela em suas jornadas, pois ela é tanto uma barreira física quanto uma fronteira entre a esperança e o desespero. A resposta para dissipar esse terror pode estar nos lugares menos esperados. Busquem conhecimento na biblioteca do burgomestre de Immol, Petre Teodorus, ou escutem as conversas nas tabernas. Rumores podem esconder verdades importantes. Que a luz do Senhor da Manhã os guie em sua busca por respostas. Se encontrarem a fonte, enfrentem-na com coragem, mas lembrem-se de que nem toda batalha é vencida pela força bruta. Às vezes, é a luz da verdade que dissipa as trevas mais densas.

Helmar Mastarov fecha os olhos por um momento e murmura uma bênção, estendendo as mãos sobre os aventureiros.

- Que o Senhor da Manhã ilumine seus caminhos e lhes conceda força para enfrentar as sombras que ameaçam nossa cidade. Boa sorte, meus amigos.

Quando os cinco aventureiros saíram do Santuário da Luz Matinal, eles encontraram Arthiel no meio da rua, parecendo confusa, sem saber como chegara ali.

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- A biblioteca do burgomestre pode conter um ritual para purificação? Interessante, mas para eliminar um ser de trevas e escuridão precisamos de sorte e claro suprimentos... Agua benta e estacas? Podemos dispor de algumas dessas coisas aqui? Pergunta antes de sair.

- Se a biblioteca possuir tal conhecimento será inestimável obte-lo, porém se o burgomestre está na folha de pagamento do tirano Strahd ele não irá colaborar conosco de boa vontade e seria necessário usar outros meios. Diz o sacerdote não tendo pensamentos muito iluminados neste instante.

Krystophor escreveu:- A biblioteca do burgomestre pode conter um ritual para purificação?

- Até onde sabemos, trata-se mais de registros históricos, mas é só pesquisando com atenção que poderemos ter certeza. O burgomestre Petre Teodorus não costuma conceder acesso a pessoas que não sejam estudiosos acadêmicos, mas vocês podem dar um jeito nisso.

Krystophor escreveu:precisamos de sorte e claro suprimentos... Agua benta e estacas? Podemos dispor de algumas dessas coisas aqui?

 - Terei prazer em abençoar quanta água vocês desejarem. Quanto às estacas, vocês podem fabricar algumas com pouca dificuldade.

Helena escreveu:- Boa noite, Padre. Procuramos Santuário também. O templo tem quartos disponíveis para que possamos descansar e continuar nossa jornada junto às bênçãos do Lorde dos Recomeços?

- Certamente. Podem ficar no Santuário antes de partirem de Teufeldorf. Não posso garantir conforto nas selas dos sacerdotes, mas estarão tão protegidos quanto o restante de nós.

 O grão-sacerdote Helmar mostrou o Santuário da Luz Matinal aos aventureiros. Ao contrário de muitos santuários, aquele edifício sagrado refletia a arquitetura gótica característica da região, com torres altas e uma aura misteriosa que parecia ecoar as sombras que pairavam sobre Baróvia. A fachada era impressionante, com vitrais coloridos representando cenas da mitologia do Senhor da Manhã. As torres se elevavam em direção ao céu, ornamentadas com gárgulas que observavam silenciosamente os visitantes que se aproximavam. O portão de ferro forjado, decorado com intrincados desenhos que simbolizavam a luz e a esperança, rangia suavemente ao ser aberto.

Dentro do santuário, as paredes escuras eram iluminadas por velas e candelabros, proporcionando uma atmosfera solene e reverente. O aroma de incenso permeavam o ar, evocando uma sensação de ritual e sacralidade. No altar, uma imagem esculpida do Senhor da Manhã dominava o espaço, com uma luz suave que parecia emanar de seus olhos, proporcionando uma sensação de conforto e proteção.

O som de cânticos entoados por sacerdotes reverberava pelas naves da igreja, criando uma trilha sonora sagrada que ressoava com a esperança em meio às trevas que cercavam Teufeldorf. Bancos de madeira escura alinhavam-se ordenadamente, convidando os fiéis a se ajoelharem em oração.
Nos recessos do santuário, capelas menores dedicadas a diferentes aspectos do Senhor da Manhã ofereciam lugares de devoção mais íntimos. Pinturas e esculturas adornavam essas capelas, contando histórias de milagres e batalhas contra as forças das trevas.

O jardim que circundava o Santuário da Luz Matinal era mantido com esmero, mas suas flores pareciam capturar uma beleza melancólica que ecoava o caráter sombrio da antiga terra de Gundarak. À noite, tochas ao longo dos caminhos criavam padrões de luz e sombra, lançando uma atmosfera enigmática sobre o lugar.

Este santuário era, ao mesmo tempo, um farol de esperança em uma terra assolada pela escuridão, e um reflexo sombrio da natureza única da Terra das Brumas, onde a luz e a sombra dançavam em um equilíbrio frágil e eterno.

Os aposentos do grupo, celas estreitas de paredes frias de grossos blocos de pedra, com camas duras de madeira e pouca palha seca e velha, comportavam uma pessoa cada.  Os aventureiros poderiam escolher ficar ali durante o dia ou investigar o resto da cidade de Teufeldorf. Ainda não era meio-dia.

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"Mas, sejam fortes e não desanimem, pois o trabalho de vocês será recompensado".

Crônicas 2:15-7

- Convenceremos o burgomestre já que esta questão inclui a necessidade do saber. Ele seria convencido por um pedido da Igreja? Questiona Krystophor enquanto escuta a respeito das estacas. - Ótimo então precisamos começar já. Ao menos quatro para cada um de nós seria o ideal.

Ele diz a todos - Gostaria de permanecer nas dependências da Igreja e já que havia o trabalho de preparar as estacas isso levaria algum tempo, mas ainda gostaria de ir ter com o burgomestre... Você o conhece? Ou apenas de reputação? Proponho que cada um de nós tenha um estaca ao menos e depois iriamos localizar a biblioteca e se possivel visita-la e retornar antes do anoitecer para fabricar mais estacas.

Krossis interrompeu seus devaneios, absorvendo meticulosamente cada palavra proferida por seus aliados e pelo sacerdote. A disposição benevolente do religioso contrastava com as reações habituais das pessoas diante de estrangeiros. Após as opiniões dos demais, o ex-vampiro resolveu compartilhar seus pensamentos:

"-Não me preocupo com conforto. Embora uma boa cama seja bem-vinda, estou acostumado a dormir em qualquer lugar."

A apresentação do santuário feita pelo sacerdote despertou um interesse peculiar em Krossis. A beleza resplandecente presente em algo decadente era estranha, porém intrigante e inovadora para ele. O aroma do incenso e os cânticos dos sacerdotes proporcionavam uma sensação de tranquilidade e renovação ao coração do general.

Logo em seguida, Otkai se manifestou:

"Ainda estou interessado em adquirir uma nova montaria. Com o amanhecer, creio que não terei dificuldades em encontrar um vendedor."

Aproximando-se do soldado, Krossis indagou:

"-Que tipo de montaria você deseja? Um cavalo comum? Se preferir, podemos caçar animais selvagens mais interessantes do que um simples cavalo. Posso cuidar para que seja domesticado e sirva como montaria."

Krystophor, o sacerdote do grupo, também se pronunciou, e Krossis apenas concordou com a cabeça. Ele estava mais recluso, mergulhado em reflexões após a experiência da noite passada, preso em uma ilusão que o transportou para outro plano. As capacidades que pensava ter perdido desde sua transformação já eram um enigma para ele.

"-Acredito que seria prudente sairmos daqui preparados com uma estaca cada, como sugeriu Krystophor. A dificuldade estará em conseguir utilizá-las...", acrescentou, refletindo sobre a sugestão do sacerdote.

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Krossis mergulhou profundamente na história de Otkai. Ao término, embora a trama fosse fascinante, sua expressão não denotava surpresa. Seus olhos, no entanto, refletiam uma mistura de sentimentos diante da reação do falcão, fiel companheiro do samurai. Por breves instantes, um misto de reflexão e pesar turvou seu olhar diante do trágico desfecho do pobre falcão, cujo único desejo era servir a seu mestre. Nesse momento, seus olhos buscaram Círia, a coruja que repousava em seu ombro, acariciando-a com ternura e depositando um beijo suave em suas penas. Em seguida, chamou Furion, o texugo que segurou nos braços, erguendo-o ao ar e afagando-o com carinho antes de colocá-lo com delicadeza no chão.

-Círia e Furion são mais do que simples animais para mim; eles são extensões de minha alma, minha família. Todos os animais comuns são criaturas inocentes; agem por instinto na natureza, mas revelam uma nobreza singular quando bem treinados e cuidados, assim como o pobre falcão de sua história. Infelizmente, alguns não compreendem essa pureza e agem de maneira impensada, como Kami Shinjo. A dor da perda se torna avassaladora nessas circunstâncias. É desolador testemunhar essas criaturas inocentes sendo exploradas pelo mal, vulneráveis como a maioria das criaturas e utilizadas como peões do mal. Em tais momentos, muitas vezes nos falta alternativa. No entanto, é crucial entender que elas não agiriam dessa maneira por escolha própria, mas sim por influências externas. No fim das contas, são apenas vítimas.

O ex-vampiro se aproximou de Otkai, apoiando-se em seu ombro e respondeu ao pedido com um sorriso terno:

-Claro, faremos isso. Buscaremos um falcão para você, Otkai!

Enquanto Oktai e Krossis discutiam sobre cavalos e falcões que gostariam de adquirir, Krystophor Krezkov debatia a questão da biblioteca com o Padre Helmar.

- Convenceremos o burgomestre já que esta questão inclui a necessidade do saber. Ele seria convencido por um pedido da Igreja?

Helmar pareceu pesaroso ao responder:

- Infelizmente a fé do Senhor da Manhã não é tão popular com os nobres quanto gostaríamos, meu amigo! Eu duvido que um pedido de um sacerdote seja melhor recebido pelo burgomestre de Immol do que se fosse um estudioso acadêmico a fazê-lo. Eu arrisco dizer que você teria mais êxito sse apelasse às inclinações historicistas dele...

 - Gostaria de permanecer nas dependências da Igreja e já que havia o trabalho de preparar as estacas isso levaria algum tempo, mas ainda gostaria de ir ter com o burgomestre... Você o conhece? Ou apenas de reputação?

O sumo-sacerdote do Santuário da Luz Matinal percebeu algo e disse:

- Creio que está se equivocando em um ponto, padre Krezkov. Eu disse que Petre Teodorus é o burgomestre da cidade de Immol, não de Teufeldorf. Desde que o Conde Strahd Von Zarovich executou o antigo burgomestre, Shaithis Vosrovna, quem comanda a ciddade é a capitã da guarda baroviana, Rebeka Ditrau. Aqui, veja esse mapa!

Spoiler:

Krekov e seus companheiros perceberam que teriam uma longa viagem pela frente se quisessem examinar a biblioteca do burgomestre. Os cavalos que Oktai desejava viriam a calhar para isso, mas havia muito mais preparativos para poderem começar a jornada.

Embora Krossis tivesse respondido afirmativamente ao pedido de Oktai por um falcão, ele sabia que o elo que o samurai desejava com essa ave não seria o mesmo que ele tinha com Círia ou Furion. Invocar ou capturar um falcão já seria bem difícil, e treiná-lo para o propósito de Ide envolveria algumas semanas de dedicação diária, no mínimo.  E mesmo seus dois companheiros animais estavam agindo bem estranho, causando uma desconfiança perplexante no druida élfico...

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"Mas, sejam fortes e não desanimem, pois o trabalho de vocês será recompensado".

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-Entendo. Engano meu, mas mesmo assim a viagem valerá a pena. Se terei que apelar para as visões acadêmicas Petre Teodorus que seja. No entanto é melhor estar preparado para a ocasião e ter um bom estoque de estacas e uns frascos de agua benta.

Krystofor iria fazer estacas no velho metodo faca cortando a madeira.

-Caros amigos creio que a viagem para Immol vai valer a pena, mas se tiverem outras ideias gostaria de ouvi-las no momento vou começar a providenciar estacas e frascos agua benta.

Após a conversa com Otkai, Krossis volta sua atenção para o grupo, que discutia o ocorrido. Krossis não estava totalmente alheio ao que foi dito, conseguindo captar pelo menos a ideia.

"Ritual de purificação? Desculpem falar disso no fim da conversa, mas qual a intenção disso? Vocês querem curar o Conde?" Krossis estava um pouco perdido, já que o fio da meada da conversa se perdeu devido ao seu interesse na história de Otkai.

Um pouco sem graça, o general tenta juntar as peças:

"Immol pelo mapa é bem longe. Se lá conseguirmos informações relevantes, seria de grande valia. No entanto, concordo em nos prepararmos melhor com água benta, estacas e outras coisas úteis contra vampiros e outros tipos de mortos-vivos. Passaremos a manhã cuidando disso e, se der, à tarde partiremos. O que me dizem?"

Encerrava ele aguardando os demais.

Sharla escreveu:"Por favor, compartilhe conosco mais informações sobre Petre Teodorus, o burgomestre de Immol. Conte-nos sobre seus interesses históricos. Dê-nos uma pista," implorei. "Toda informação será de grande valia."

O sumo-sacerdote Helmar respondeu lentamente, tentando reunir suas memórias:

- Eu nunca nem sequer o vi, e tudo que sei é pelas notícias dos viajantes, especialmente sacerdotes peregrinos. Parece um fato de que ele realmente é um aficcionado pela história da Baróvia em todas as suas fases e está sempre à procura de informações. Dizem que ele é bastante ciumento e criterioso com quem permite que acesse sua biblioteca, mas acho que se apresentar como uma estudiosa acadêmica pode dar certo, trovadora élfica. Mas tenham cuidado, pois já ouvi relatos de que ele é fiel ao Conde Strahd; isso parece lógico, afinal ele não continuaria a ser um burgomestre se não fosse leal...

Alheios à conversa, Krossis e Oktai ficaram alertas de repente a uma palavra anteriormente mencionada.

Krossis escreveu:"Ritual de purificação? Desculpem falar disso no fim da conversa, mas qual a intenção disso? Vocês querem curar o Conde?" 

Foi Helena quem respondeu:

- Não, companheiro druida! Se conseguirmos exterminar o mal, será melhor, mas há muitas vítimas de vampirismo ou maldições que poderiam se beneficiar de um ritual como este. Deve ser do interesse de Strahd manter uma coisa assim longe das mãos de quem possa se opôr a ele. E tudo que pudermos fazer para enfraquecer o poder do Conde seria um bom feito.

Krossis escreveu:"Immol pelo mapa é bem longe. Se lá conseguirmos informações relevantes, seria de grande valia. No entanto, concordo em nos prepararmos melhor com água benta, estacas e outras coisas úteis contra vampiros e outros tipos de mortos-vivos. Passaremos a manhã cuidando disso e, se der, à tarde partiremos. O que me dizem?

Helmar acrescentou:

- Nunca se pode estar preparado demais. Vocês fariam bem em reunir tantos recursos quanto puderem...

Enquanto os companheiros de jornada estão imersos em uma conversa séria com o sacerdote Helmar no Santuário da Luz Matinal, uma tensão palpável paira no ar. A luz suave das velas ilumina o recinto sagrado, destacando os rostos preocupados dos aventureiros.

De repente, um raio de sol invade o santuário através de uma janela alta, dissipando as sombras que dançavam nas paredes. Em meio à luminosidade, uma figura esbelta e familiar emerge, sua silhueta contornada por um halo dourado. Os olhares dos presentes se voltam para a entrada, e lá está ela - Arthiel, a ranger elfa que havia desaparecido misteriosamente nas brumas da Baróvia.

Seus cabelos élficos, agora iluminados pelo sol, brilham como fios de cobre, e seus olhos, antes perdidos na escuridão, estão cheios de uma luz resoluta. A elfa avança com graciosidade pelo santuário, seus passos silenciosos ecoando apenas levemente. 


Helmar, o sacerdote, interrompe sua conversa e ergue as sobrancelhas em reconhecimento. Um sorriso sutil brinca nos lábios do sacerdote, como se ele soubesse de algo além do que os outros presentes podem compreender.

Arthiel para diante dos seus amigos, seus olhos varrendo o grupo com uma expressão que mistura gratidão e determinação. Seu silêncio é eloquente, mas sua presença fala volumes. A atmosfera no Santuário da Luz Matinal torna-se carregada de emoção, enquanto o raio de sol continua a iluminar a cena, como se a própria luz celestial aprovasse o retorno da elfa perdida.

Enquanto o grupo ainda estava se recuperando do retorno repentino de Arthiel, a atmosfera solene foi quebrada pela entrada apressada de uma jovem de aparência destemida. Seus olhos, marcados por um misto de urgência e preocupação, examinaram rapidamente os presentes até que encontraram os aventureiros reunidos. A jovem avançou com determinação em direção ao grupo. Seu manto escuro balançava enquanto ela se aproximava, e um leve tilintar em seus bolsos ressoava no ar. Ela fez uma breve reverência respeitosa ao sacerdote Helmar antes de se dirigir aos aventureiros.

- Por favor, nobres viajantes, preciso desesperadamente da vossa ajuda. Eu sou Antonija Hajdusa, líder de um grupo que trabalha nas ruas de Teufeldorf. Meu companheiro, Viktor Lutov, e muitos dos nossos associados desapareceram nas sombras da cidade, e temo que algo terrível possa estar acontecendo. Nosso trabalho sempre foi deslizar pelas sombras da cidade, mas recentemente as sombras se tornaram mais densas, mais perigosas.

Ela pausou por um momento, respirando fundo antes de continuar. 

- Eles desapareceram sem deixar rastros. Não foram presos pelos soldados de Strahd, já procuramos por eles em todos os lugares. O que antes era uma cidade onde podíamos operar nas ruas com certa segurança tornou-se um lugar sombrio e ameaçador. Teufeldorf está à beira do caos, e suspeito que algo muito sinistro esteja acontecendo nos becos e vielas que conhecemos tão bem.

Os olhos de Antonija encontram os do grupo, buscando compreensão e, talvez, um sinal de esperança. 

- Não sou uma mulher que se assusta facilmente, mas peço a sua ajuda. Se há alguém capaz de desvendar este mistério e trazer de volta nossos amigos, são vocês, aventureiros destemidos. Por favor, nos ajudem a trazer luz a estas sombras que ameaçam engolir Teufeldorf.