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    Grupo ALFA - Capítulo 1 - Uma história de fantasma

    Mandhros
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    Grupo ALFA - Capítulo 1 - Uma história de fantasma Empty Grupo ALFA - Capítulo 1 - Uma história de fantasma

    Mensagem por Mandhros Qua Nov 22, 2023 11:09 am

    Off: Sejam bem vindos, meus amigos! Esse é o ínicio da jornada! Espero que todos se divirtam!

    On:

    @Nightingale

    A noite havia caído há pouco na Baróvia. Um vento úmido e gelado anunciava um inverno que se pronunciaria pelos próximos meses, fazendo com que os aldeões, já naturalmente reclusos, buscassem ainda mais o refúgio de suas casas, suas portas e janelas fechadas.

    O frio, todavia, não incomodava Ventress. Sua natureza peculiar já não a obrigava a respirar ou se alimentar das formas mundanas, e o precioso anel que trazia em um dos dedos saciava sua sede de sangue.

    Isso fazia com que outras preocupações tomassem conta da mente da dhampir, enquanto descansava no seu refúgio mais habitual, uma pequena cabana escondida no limiar da floresta.

    A lareira jazia apagada e fria, e não havia luz ali. Não era necessária, na verdade, e Ventress preferia assim.

    Em suas mãos, havia uma carta.

    Cipriano, seu amigo e mentor, tinha um selo inconfundível, e sabia como fazer suas missivas chegarem até a pupila sem que mensageiros fossem vistos ou percebidos. Aquele era um talento único!

    Ao romper o lacre de cera e abrir o papel cuidadosamente dobrado, a heroína começou a ler:

    Minha querida Ventress,

    Temo que estejamos errados sobre os resultados de sua mais proeminente aventura. Há evidências de que Strahd, de alguma forma, conseguiu escapar. Ainda não sei bem o que possa ter acontecido, mas é imperioso que você me encontre! Há questões que preciso discutir pessoalmente.

    Venha em sigilo, e aproveite as sombras. Os caminhos que cruzam o rio são os mais seguros. Não confie em ninguém!

    Com carinho,

    Cipriano

    O mentor escrevia cartas, mas raramente usava esse tom urgente. Havia uma outra mensagem, cifrada, na carta, que apenas os olhos da patrulheira eram capazes de perceber, fruto de sua amizade com Cipriano.

    A menção às rotas que cruzam o rio, na verdade, davam conta do paradeiro do subscritor. Ele certamente estava alojado em um refúgio alternativo e secreto, que ficava rio acima. A menção “com carinho”, ao fim da carta, também continha uma pista. Era um código para avisar sobre um perigo iminente, que não necessariamente o descrito de forma explícita.

    Ventress fica intrigada. O que faria agora?

    **********

    @Drakon_drakonis

    Merda!

    Era tudo o que Drakon conseguia pensar naquele momento. Embora fosse um aventureiro experiente, o bárbaro tinha passado por maus bocados, ultimamente.

    Recentemente, fora contratado por um elfo de carne mole para, com um grupo de nagas, viajar para o norte, próximo da Vila do Crescente, atuar como batedor de um batalhão de orelhudos.

    O dinheiro era bom, não tinha como negar. E o serviço parecia fácil.

    Pelo menos até que o pessoal do Crescente decidiu mostrar que era mais atento e bom de briga do que se supunha até então. As nagas não duraram nada, e o próprio Drakon só escapou porque… Bem, porque ele ainda é o Drakon, e devorar seus inimigos em combate tem um certo efeito intimidante.

    Sozinho, contudo, o norfss era de pouca valia e, por mais que fosse competente, estava exposto. Aquele contrato já era. E o ouro que viria dele, também. Pior para o elfo gorducho.

    O melhor a fazer era procurar outra cidade, outro contrato, e outra peleja. O bárbaro sabia que, ao norte, havia uma vila de humanos.

    A verdade era que os homens não eram confiáveis, mas eram ambiciosos e tinham ouro.

    Além disso, ter adotado o nome de uma lenda de tempos passados também tinha suas vantagens. De vez em quando algum tolo o confundia com “O Drakon”, e isso rendia dividendos melhores.

    A dentadura (uma armadilha de urso adaptada por fora de sua mandíbula) e os dois escudos contribuíam para isso.

    Desde pouco depois de sair do ovo, Drakon já ouvia as histórias de seu homônimo e sonhava em ser como ele, um drakonis das lendas. Quando escolheu seu nome, já sabia que queria ser aventureiro e o que esperava das aventuras.

    Mas agora, todo cagado de sangue, com frio e sem contrato, precisava se virar. E a cidade dos humanos parecia a melhor alternativa.

    **********

    @Sandinus

    Ninguém era tão inteligente quanto Bavalkhia.

    Sim. Sim.

    Ninguém parecia prestar atenção nela, também… Ao menos até que fosse muito tarde.

    Outrora, a pequena urgrosh tinha cavado para si um lugar no mundo. Sobreviveu a um massacre quando jovem, dominou a magia e até aprendeu a servir a Mercius!

    Sua astúcia a levou a vitórias memoráveis, e o destino quis que ela sossegasse e arrumasse um marido e um filho.

    Dinheiro não era problema. Para quem é inteligente como Bavalkhia, conduzir uma casa de apostas lucrativa e próspera era algo quase tão natural quanto respirar.

    E daí que era a goblina quem controlava todas as probabilidades, de um jeito ou de outro? Ninguém nunca descobriu! E o melhor ouro que tem é o ouro que está nas mãos certas - as de Bavalkhia!

    Mas nem toda a inteligência do mundo ia salvar a casa de apostas depois que os malditos anões brotaram do chão, como formigas, e truciradaram todas as vilas e cidades em um raio de quilômetros do negócio da Seva de Mercius.

    Sem gente para apostar, sem apostas. Sem apostas, sem ouro. Sem ouro, a casa de apostas perdeu o sentido.

    Artocros, seu marido bonitão, carismático e cabeça oca achou que era uma boa ideia procurar entender porque os malditos anões estavam tão furiosos assim. Dragul, seu filho não-tão-bonitão, não-tão-carismático e muito-menos-cabeça-oca acho que era uma boa ideia acompanhar o pai, para que ele não se metesse em confusão sozinho.

    A cidade mais próxima - e que ainda não tinha sido atacada - ficava cerca de 50km a oeste, uma distância que pés goblins cobririam em não mais que dois ou três dias, no máximo - considerando que Dragul e Artocros eram dois preguiçosos!

    Já fazia um mês que eles estavam fora, contudo. Embora Bavalkhia não fosse de se preocupar, sabia que sem a sua inteligência para guiá-los, os dois podiam estar em apuros.

    Ainda mais, considerando que a cidade mais próxima era lar dos humanos. Humanos não são confiáveis.

    **********

    @gaijin386

    O destino, às vezes, pregava peças.

    Sir John de Ouro Rubro, outrora membro de destaque da Companhia Mercenária de Zarallo, tinha sido contratado pela casa regente da Cidade Majestosa de Misthaven para uma incursão na Floresta das Lâminas, visando a verificar se a lenda de que o Globo de Kragooth estava em uma ruína, no meio da mata, procedia.

    A destemida Companhia invadiu a mata, esperando encontrar elfos e djinns furiosos e fadas zombeteiras mas, ao invés disso, foi caçada por alguma coisa. Foi despedaçada. Destruída.

    Nem mesmo o destemido Capitão Roderick escapou deste terrível destino.

    Apenas Sir John, O Fracassado, como já tinha sido chamado em uma taverna por aí, tinha conseguido sair com vida.

    E agora, cinco anos depois, lá estava o paladino, de volta a Misthaven.

    A cidade não tinha nada de “majestosa”. De verdade, era uma vila fortificada com pouco mais de 10 mil habitantes, em sua maioria humanos, sujos e mortos de fome.

    Aquele lugar - até o momento e segundo Sir John sabia - era o único assentamento em quilômetros que tinha sobrevivido a uma série de ataques coordenados e massivos de anões vindos das profundezas.

    Talvez ela fosse o próximo alvo. Talvez, não. Quem poderia dizer?

    O fato é que Misthaven tinha um problema.

    A cidade era liderada por uma família nobre, os Godfrey. Atualmente, dois irmãos, gêmeos, Zoros e Zahra, seriam os sucessores naturais do regente Zael, um aristocrata moribundo mas bastante competente.

    Além disso, Zoros tinha sido prometido em casamento a Alina, uma dama elfa de beleza singular, da Vila-das-Copas, união que selaria uma paz entre os povos.

    Mas Zahra não estava feliz, e isso era público. Ele queria a mão de Alina para si mesmo.

    Sir John era o único paladino com algum renome (ainda que de fracassado) naquela região, e tinha sido chamado a Misthaven para mediar a disputa dos irmãos - mesmo que isso não parecesse possível.

    Era início de inverno, e em breve a neve começaria a castigar a cidade. A disputa precisava ser revolvida antes disso, antes que a neve fechasse as estradas e impedisse o casamento.

    Sir John teria uma audiência com o velho Zael e seus filhos na noite seguinte. Por ora, estava livre para explorar o que desejasse da Majestosa Misthaven.

    **********

    @”Xafic Zahi”

    Barahir passara toda a vida a serviço da Ordem. No alto da montanha mais alta, mais ao leste, onde era possível ver o mar à distância, a Ordem vigiava os temidos Kyrin.

    O patrulheiro não tinha, realmente, visto um Kyrin de verdade. Mas as histórias falavam de um exército de criaturas que usavam estratégias estranhas, e lutavam tanto contra o corpo quanto contra a mente de seus oponentes.

    Esse inimigos tinham sido expulsos para o leste distante, para uma ilha longe do Continente Azul há cerca de 100 anos, durante a Grande Guerra.

    Barahir também já tinha ouvido a história de como os Urgrosh se uniram sob a bandeira de Graak, o Sanguinário, e de como ele combateu com o Rei de Gelo e Fogo, e também de como os inimigos mortais depuseram as armas para combater, lado a lado, contra os kyrin.

    Nos dias de hoje, contudo, isso parecia história para crianças.

    O forte de Alta Montanha permaneceu vigilante por quase um século, até que a fome começou a assolar os povos urgrosh nativos daquela região.

    Os recursos das montanhas do leste eram escassos, e estavam concentrado, em sua maior parte, no forte. A Ordem, que cuidava do local, resistiu bravamente durante muito tempo, mas Barahir e seus companheiros não tiveram opção senão fugir quando, finalmente, os bárbaros os sobrepujaram.

    Montanha abaixo e rumo ao oeste, espreitando em silêncio por campos de urgrosh e florestas dos elfos, o patrulheiro conseguiu fugir até chegar a uma cidade, no limiar da Floresta das Lâminas.

    A Majestosa Misthaven era um pequeno povoado que não contaria com metade das vidas abrigadas por Alta Montanha em seu auge, mas parecia ser a única cidade de pé depois de uma série de ataques de anões na região.

    Com o inverno se aproximando e neve ameaçando fechar as estradas, era sábio buscar abrigo, mesmo para um patrulheiro experiente.

    Barahir pode perceber uma certa tensão em Misthaven. Era como se todos os moradores estivessem nervosos. Os guardas cochichavam entre si, e mais de uma vez foi possível ouvir comentários sobre “O Paladino Fracassado” e uma disputa entre irmãos.

    Parar e se abrigar, ou partir para outro lugar mais calmo, o que Barahir faria?
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    Grupo ALFA - Capítulo 1 - Uma história de fantasma Empty Re: Grupo ALFA - Capítulo 1 - Uma história de fantasma

    Mensagem por Nightingale Qua Nov 22, 2023 1:12 pm

    Grupo ALFA - Capítulo 1 - Uma história de fantasma 40548411

    Trilha Sonora:


    Ventress estava sentada na cama. Nela, ela rezava para Ant'é, como sempre fazia nos momentos de reflexão. Ela agia como uma Eremita na maior parte das vezes, se recludindo em florestas vazias, ou em outros ambientes não habitados como uma espécie de penitência auto imposta. Um hábito muito solitário e que ela inconscientemente julgava ser necessário mesmo que já não representasse mais perigo para outras pessoas. Havia um terço do amuleto de An'té na mão, ela já estava rezando a algumas horas dentro da cabana completamente escura e praticamente sem móveis além de uma cama, um armário, estantes cheias de livros e uma mesa de madeira com alguns pertences, além de poucas luzes para iluminar o lugar, embora não precisasse das lanternas. As lanternas eram para caso alguém encontrasse a cabana na floresta, não queria que achassem que não era habitada. Isso representava que ela não levava e nem esperava visitas em momento algum de sua reclusão. Ela apenas esperava cartas da Ordem para que a enviasse em mais uma caçada a criaturas monstruosas, uma missão para ficar um passo mais adiante de fazer as pazes com a luz.

    A cabana em que vivia era muito modesta, do lado de fora não havia nenhum luxo, do lado de dentro havia algum conforto para poder habitar.


    Grupo ALFA - Capítulo 1 - Uma história de fantasma Cabana10


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    Depois de rezar, vestiu o terço de Ant'é e o pôs no pescoço ao lado de seu tótem druídico que era um dente de lobo mágico, um presente de Morgana, o amuleto de Ant'é, um presente de Cipriano, os dois ela guardava com muito carinho e sempre levava consigo. Um  continha sua esperança, o outro continha sua força de vontade.

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    Ela em seguida pegou a carta de Cipriano e a leu, seus olhos se estreitaram e um medo familiar tomara conta de sua espinha. Se Vlad realmente escapou, então não só ela, Dalnur, Lunathel, Zoltan, Loriel, Saarth e toda Baróvia estavam em grande perigo. Ventress demorou um pouco para processar aquelas informações e as cenas de horror voltaram á sua mente. Entendeu o código de Cipriano e se ele tinha mesmo essas evidências ela precisava ver com seus próprios olhos. Ventress imediatamente foi até um de seus livros e retirou uma página de pergaminho vazia. Pegou a caneta de pena e a tinta e começou a escrever para Dalnur que assumiu a liderança da Ordem do Dragão depois que o espírito de Gabriel o recomendou. Ela repetia as palavras de Cipriano em seu próprio tom, contava na carta que partiria e escrevia tudo em idioma Celestial. Eram poucos os que compreendiam esse idioma, e a Ordem do Dragão, como serventes de An'té, compreendiam o idioma. Em seguida ela embalou a carta, derramou a cera quente para selar a carta e com seu anel de sinete ela marcou o selo da Ordem.

    No momento, Shadowmere tinha recebido férias de suas aventuras na sede da Ordem, era um bom lugar para um bom cavalo, iria receber alimento, descanso, exercicios e ficaria fora de perigo por um tempo, mas não deixou de sentir falta dele, principalmente agora precisava fazer essa carta chegar na sede. Ventress então pegou todo o seu equipamento, desligou as luzes e saiu da cabana a trancando por completo. A unica coisa de valor que havia ali eram os livros, o valor era o conhecimento e normalmente aquele conhecimento não tinha valor para bandidos e saqueadores. Sua intenção era partir de Baróvia e encontrar Cipriano pela rota que ele secretamente mencionou. Lá, ela daria a carta selada para que ele desse um jeito de enviar à Ordem do Dragão. Iriam precisar de reforços.
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    Mensagem por Xafic Zahi Qua Nov 22, 2023 4:58 pm

    Barahir Luarvasto | Humano | Ranger, 07 | PV: 77/77 | CA: 16


    Abandonar Alta Montanha tinha sido difícil para Barahir, mas não por apego sentimental. Apesar do local ser sua moradia e contar com diversos benefícios naturais e espirituais, doía-lhe aceitar a derrota para o Povo Bárbaro.

    Porém, não considerava sua missão falha, em razão das palavras de Aelar Sombra-Verde, o sacerdote druida, que esclareceu que a missão dos membros da Ordem persistiria, ainda que não estivessem mais em poder da Alta Montanha.

    Tinha sido um caminho considerável até Misthaven, que deu tempo suficiente para que pensasse em como foram falhos ao não manter uma rede de comunicação com o resto do mundo. Quando partiu de casa, os elfos eram uma raça amistosa, e agora, tinha sido necessário se esgueirar entre as árvores para não ser visto em seus territórios.

    Seu corpo estava dolorido, e tanto ele quanto Baylor, seu lobo, precisavam comer. Com dinheiro considerável no bolso, resultado da coleta de qualquer coisa de valor em Alta Montanha antes de deixá-la para os bárbaros, Barahir decidiu se dar ao raro luxo de procurar abrigo na hospedagem da cidade, comer uma boa refeição, tomar uma bebida quente e dormir em uma cama confortável, independente do preço.

    Assim que chegasse à estalagem, tomaria a refeição entre os demais hóspedes, procurando ouvir melhor os boatos locais.

    Drakon_Drakonis
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    Mensagem por Drakon_Drakonis Qua Nov 22, 2023 6:58 pm

    Spoiler:

    * Porquê diabos eu vim pra essa porcaria de continente gelado? Talvez eu devesse ter ficado um pouco mais nas bibliotecas de Utopia... *

    "Vamos suas mulas, vamos logo que estou ficando com fome!" grito aos animais que puxavam a carroça praticamente vazia enquanto os puxo com uma das mãos.

    Tento sentir no ar o cheiro de caça ou civilização, apesar dos animais não terem culpa a fome era real. Assim como o frio.

    * Apesar de não me proteger do frio esta belezinha até que veio a calhar, magia ou não, é um ótimo escudo * penso agarrando a nova peça próxima de mim para bloquear um pouco do vento que sopra tentando cortar minhas escamas. * Será que era verdade, que o sangue D'O Drakon ficou tão gelado, que ele podia andar por aqui como os ferlix e urgrosh? *

    O caminho até a cidade ainda era longo, mas deveria ser tranquilo. Pouca gente por essas bandas quer se interpor no caminho de um crok. Ainda mais um crok ensanguentado e sem carga na carroça...

    *Se eu der sorte, um lince, daria um belo lanche e algumas peles pra pagar por uma refeição quente na cidade... uuurghhh.... cidades....*

    Edit:
    Spoiler:
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    Mensagem por Sandinus Qua Nov 22, 2023 7:08 pm

    Grupo ALFA - Capítulo 1 - Uma história de fantasma Realis12
    Bavalkhia

    O dinheiro que escorria pelas mãos da goblin, Bavalkhia, não era apenas uma questão de prosperidade, mas sim de sustento para uma vida que ela construíra meticulosamente. Ela possuía uma determinação ferrenha, moldada pela combinação de sabedoria e devoção religiosa como sacerdotisa de Mercius. Sua preocupação não era apenas consigo mesma, mas com o legado que desejava deixar para seu filho, Dragul, uma mescla equilibrada de traços de ambos os pais. Bavalkhia vislumbrava nele não só o futuro, mas a chance de redenção de um mundo assolado pelo caos.

    Artocros, seu marido, contrastava com ela em sua impaciência e impulsividade. Motivado por uma curiosidade incessante, era um homem de ação, movido por uma determinação quase imprudente de resolver as coisas rapidamente. Seu desejo de confrontar os anões vinha de um senso de justiça intrínseco, mas suas ações muitas vezes ignoravam as consequências mais profundas.

    Dragul carregava o peso de dois mundos sobre seus ombros jovens. Sua mãe via nele a esperança de um futuro melhor, enquanto seu pai o instigava a agir no presente. Ele ansiava por encontrar seu próprio caminho, tentando equilibrar o legado dos pais com seus próprios desejos e perspectivas.

    O mundo em que viviam era um caldeirão fervente de desordem e desespero. Uma sociedade dilacerada por conflitos entre raças, onde anões e humanos eram vistos com desconfiança e aversão. A política era um jogo perigoso, manipulado por facções poderosas que buscavam controlar os destinos das diversas espécies. A magia, outrora uma força unificadora, tornara-se uma arma nas mãos dos que desejavam domínio.

    Ao se prepararem para a jornada até a cidade próxima, Bavalkhia, Artocros e Dragul compartilhavam suas preocupações e esperanças.

    "Não acho que confrontar os anões seja a melhor ideia", ponderou Bavalkhia. "Precisamos agir com cautela, considerar todas as possibilidades."

    Artocros, olhando para o horizonte com determinação, retrucou: "Não podemos continuar fugindo dos problemas. Precisamos agir agora, enfrentar isso de frente!"

    Dragul, que até então ouvia em silêncio, interveio:"Eu entendo a urgência, mas não podemos simplesmente marchar para o confronto sem um plano sólido", ponderou Dragul, franzindo a testa enquanto olhava para o mapa estendido diante deles. "Temos que considerar a posição deles, talvez investigar suas motivações antes de agir. Não podemos permitir que o ímpeto nos guie para uma situação ainda mais complicada."

    Ele suspirou, parecendo absorver o peso das decisões iminentes. "Minha mãe está certa em sua cautela, mas também compreendo a frustração de meu pai. Precisamos encontrar um equilíbrio entre a prudência e a ação, algo que nos permita avançar sem colocar nossas vidas em risco desnecessário."

    Olhando para os pais, Dragul adicionou com um olhar determinado: "Estou disposto a enfrentar o desafio, mas precisamos de um plano inteligente, não apenas coragem cega."

    Impaciente a velha Goblin retrucou ambos: "Não vamos enfrentar ninguém por enquanto... Vocês não são aventureiros experimentados! Temos que chegar a cidade em segurança, nada mais e nada menos!" Encerrava a sacerdotiza visivelmente irritada. Dragul e Atocros se entreolharam e silenciaram, seguindo com ela.
    gaijin386
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    gaijin386
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    Grupo ALFA - Capítulo 1 - Uma história de fantasma Empty Re: Grupo ALFA - Capítulo 1 - Uma história de fantasma

    Mensagem por gaijin386 Qua Nov 22, 2023 7:48 pm

    Grupo ALFA - Capítulo 1 - Uma história de fantasma EImRYxTyDLETnBrG2rCG--3--w3sdh

    Sentado à (mesa) sozinho em uma taverna requintada estava Sir John e a frente dele um grande livro de várias páginas, o livro era o código de leis de Mistheaven e o paladino errante procurava por uma resposta sobre matrimónios ao mesmo tempo que bebia uma caneca de cerveja.

    Sentiu a satisfação de beber o líquido precioso e bem feito, pois ao menos era uma cerveja de qualidade e bateu o copo na mesa em contento passando a pensar de como havia se metido nisso mesmo? Ah sim, pelo visto havia sido relegado ao papel de juiz de um assunto espinhoso que era de conciliar duas partes interessadas na mesma coisa... Só que o problema é que essa coisa não era um objeto e sim um ser vivo e consciente.

    Casamentos arranjados não eram uma novidade para o paladino errante, mas nunca fora envolvido nessas questões para isso havia a lei e era assim que seres civilizados eram separados das feras por ordem e por regras imparciais a que todo coletivo deve seguir até mesmo os governantes. Novo gole da bebida e ele imaginou o que seus amigos diriam disso? Flint, o anão guerreiro, iria rir sacudindo a barba e diria algo como "Bah! Esses almofadinhas precisam de alguém que decida quem vai ficar com a donzela?" e claro sugerir alguma ideia estapafurdia de que os nobres devessem se socar até que somente um deles ficasse de pé. Whisper, a elfa druida, provavelmente iria dizer algo como "A moça é que devia escolher seu próprio pretendente!" é fácil falar coisas assim quando se não segue as regras da nobreza... Locke, a gnoma maga, iria dizer que os dois deviam abdicar da moça em prol dos laços fraternos... Essa era uma pessoa que sempre queria evitar confusões ainda mais em assuntos de família. O bom capitão Roderick provavelmente diria que o mais velho e, portanto o herdeiro varão deveria ficar com a moça já que era o sucessor e esse parecia o caminho mais lógico, mas primeiro iria ver o que o grande livro dizia.

    E nisso Sir John estava novamente envolvido com assuntos em Mistheaven e ver Zael, o ancião líder da cidade, claudicar sem nada decidir era um sinal de fraqueza o mesmo falhava em ter a mão firme e seguir o ditame da lei. Um líder não deve ficar em dúvida. O bem e o mal são questões irrelevantes somente a ordem mantém a coesão de uma sociedade impedindo o caos de reinar e para isso que ele estava ali fazendo o serviço sujo que era encerrar esse assunto. Continuava a ler o grande livro de leis….
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    Mensagem por Mandhros Qui Nov 23, 2023 12:50 pm

    @Nightingale

    Ventress recolheu seu equipamento e fechou seu refúgio tanto quanto podia. Carregava consigo tudo o que tinha de valor - ao menos nas considerações de um ladino.

    Para trás ficaram livros e pergaminhos, um vasto conhecimento acumulado - mas que dificilmente chamaria a atenção de um larápio.

    Seguindo as orientações de Cipriano, a dhampir se esgueirou rio acima, parando de tempos em tempos para se certificar de que não estava sendo seguida nem estava deixando rastros óbvios.

    O refúgio de Cipriano não ficava muito longe, e em menos de duas horas de um avanço meticuloso, Ventress chegou ao seu destino.

    Ainda camuflada pelas sombras das árvores e da noite em seu início, a patrulheira observou. Havia uma luz, fraca e tremeluzente, no interior da cabana. Mas algo não parecia certo.

    Janelas que deveriam estar fechadas àquela altura estavam entreabertas e venezianas batiam com o vento noturno, provocando um baque aleatório, mas constante. Fora a batida ritmada das janelas, o único som era o do farfalhar das folhas das árvores contra o vento.

    A porta também parecia entreaberta, mas não se movia.

    Cipriano não era desleixado a ponto de deixar seu refúgio daquele jeito…

    ***********

    @Xafic Zahi

    Barahir e Baylor entraram em Misthaven sem maiores intercorrências. Por mais que, normalmente, as cidades fossem hostis às grandes feras como o lobo que acompanhava o patrulheiro, aquele lugar parecia acostumado a receber viajantes.

    Com isso, Luarvasto, que já pressentia há algum tempo uma tempestade vindoura, optou por se abrigar e, excepcionalmente, procurar uma taverna e uma estalagem.

    O maior estabelecimento do tipo em Misthaven era “O Javali Torto”. Barahir ficou intrigado com o nome, mas logo que entrou, percebeu sua origem. Atrás do balcão da taverna havia um trabalho verdadeiramente tosco de taxidermia, um javali morto e empalhado, mas que permanecia de pé de forma débil, fixado por fios à parede para manter seu equilíbrio. Seu estofamento estava, evidentemente, torto.

    Ninguém parecia se incomodar que o lobo entrasse no local, o que também parecia estranho ao aventureiro, mas conveniente.

    Não foi nada difícil encontrar uma mesa e, por um valor desprezível, obter uma refeição decente, trazida por uma garçonete atarefada. Baylor se manteve a todo tempo ao lado do companheiro, embora parecesse incomodado com o barulho e movimento.

    Os frequentadores do local eram, em sua maioria, citadinos, que tomavam álcool para se aquecer e esquecer a tensão do lugar.

    O taverneiro e estalajadeiro era um homem largo, muito branco, com um volumoso bigode grisalho e cabelos muito curtos. Ria um sorriso sem dentes de vez em quando, e conversava com pessoas que pareciam ser assíduas do lugar.

    Todavia, o que chama mesmo a atenção de Barahir é um humano, envergando uma armadura completa e brilhante, que estava em outra mesa. Apesar de toda a aparência de guerreiro, ele estava lendo um grande e pesado livro, freneticamente.

    ***********

    @Drakon_drakonis

    Drakon praguejava e tocava sua carroça pelos campos já congelados. Os cavalos evidentemente sofriam enquanto seus cascos tocavam o chão frio, e as rodas da carroça rangiam cada vez mais.

    O crok estava sozinho, cansaço, sujo e, principalmente, com fome.

    Pior. Não era preciso ser um druida para saber que tinha uma tempestade se aproximando, e uma das grandes!

    O vento começa a se intensificar e enregela as escamas do bárbaro. Ele só pensava que, adiante, tinha uma cidade de homens, e que humanos gostavam de lugares quentes. Não era tão bom quanto o velho pântano no qual o norfss nasceu e cresceu, mas daria para o gasto.

    Quando uma poeira gelada começa a ser carregada pelo vento, a visibilidade fica ruim e o barulho aumenta.

    Entre uivos e assobios do vento, o crok tem certeza de ter ouvido um choro, baixo mas ainda assim perceptível, em algum lugar à sua direita.

    A cidade estava à frente, a mais ou menos uma hora de distância, se o senso de direção do bárbaro não estivesse mentindo para ele. Seguir rápido poderia ser a melhor opção para escapar da tempestade. Mas e aquele choro? Será que valia a pena investigar?

    **********

    @Sandinus

    Off: Sandinus, vou assumir que sua primeira postagem foi um flashback. Para poder desenvolver o início da sua trama, preciso que o Artocros e o Dragul estejam desaparecidos… Você vai ver que isso vai fazer sentido mais à frente.

    On:

    Bavalkhia ainda se lembrava da última vez em que tivera uma conversa com Artocros e Dragul. Ela tinha dito, claramente, que os dois não deveriam avançar sem ela, que não deveriam investigar nada sem a goblina.

    Mas, mesmo assim, eles decidiram avançar e fazer as coisas por conta própria. Bah!

    Artocros era meio miolo mole - ao menos para os elevados padrões de Bavalkhia - e era sobretudo impulsivo. Ele não gostava de planos, preferia ação.

    Já Dragul, mesmo bem mais jovem, era mais ponderado. Mas ainda assim, não conhecia tanto do mundo.

    Segundo Bavalkhia supunha, ou Artocros tinha partido sozinho, por impulso, e Dragul foi atrás dele, ou Artocros convenceu Dragul a seguí-lo.

    Até aí, não seria um problema. Não seria um problema SE Bavalkhia não tivesse determinado que ambos ficassem com ela E SE essa pequena aventura já não durasse um mês!

    Não havia qualquer lugar inteiro em quilômetros. Apenas “A Majestosa Misthaven”, ninho dos humanos, ainda estava de pé, pelo que sabia. E, com anões furiosos atacando a esmo por aí, não se sabia até quanto manteria esse status de “estar de pé”.

    Uma coisa era fato: se Bavalkhia queria pistas de onde seu marido e filho estavam, era melhor que agisse logo, fosse procurando ruína por ruína, fosse se embrenhando entre os homens na cidade deles.

    **********

    @gaijin386

    O paladino folheava freneticamente o Código de Normas d’A Majestosa Misthaven. Em que pese a cidade nem fosse tão grande, parece que os aldeões locais gostavam de pompa e títulos.

    Sir John estava tão consumido pela leitura que não prestou atenção ao nome da taverna onde estava, nem deu importância ao grotesco javali torto empalhado atrás do balcão, ou aos risos do taverneiro e dos outros frequentadores do local.

    Seus olhos se dividiam entre um grande caneco de cerveja e o Código.

    A audiência com o velho Zael, Zahra e Zoros seria no dia seguinte, e ainda tinha muito a estudar!

    O Código falava sobre quem era considerado Cidadão de Misthaven, sobre os direitos de ser cidadão de Misthaven e suas respectivas obrigações, e avançava, descrevendo meticulosamente questões sobre propriedade privada, vizinhança e herança. Lá pelo meio, pouco depois de artigos e mais artigos sobre testamentos, finalmente tratava de casamentos!

    O livro dizia quem podia e quem não podia se casar, descrevia como deveria ser a cerimônia e, depois de cuidar de todos os aspectos patrimoniais do casamento, tinha uma seção inteira sobre os direitos da nobreza.

    Sir John coçou a cabeça e entendeu o motivo da disputa entre os irmãos gêmeos.

    O artigo 1523 deixava muito claro que o direito mais proeminente de se casar era do parente que tivesse nascido pelo menos um dia antes. Zahra e Zoros eram gêmeos, nascidos no mesmo dia. Pela letra fria da Lei, ambos tinham os mesmos direitos.

    Logo na sequência, Sir John também entendeu o motivo de ter sido chamado a Misthaven.

    O parágrafo quinto do artigo 1523 dizia que, em havendo qualquer situação não prevista pelo Código, a questão seria dirimida por um Clérigo ou Paladino de Petrus ou, na sua falta, por um Paladino.

    Sir John se encostou na cadeira. Cabia a ele decidir quem tinha, realmente, o direito de casar-se com a elfa Alina. E seu julgamento podia, ao mesmo tempo, encerrar um conflito ou causar uma guerra.

    Mas que coisa!

    O Paladino ainda meditava sobre como mediar a questão no dia seguinte, quando sentiu um cheiro de cachorro molhado. Sir John piscou, e se deu conta de que, a algumas mesas de distância, havia um homem de pele morena acompanhado por um lobo enorme! E isso dentro da taverna! E ninguém parecia achar isso estranho.
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    Mensagem por gaijin386 Sex Nov 24, 2023 6:25 pm

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    O paladino errante fica sério e quieto por uns instantes como se estivesse refletindo e pensa consigo o que seus amigos da finada Companhia Mercenária de Zarallo diriam sobre ele estar como juiz e mediador de uma coisa dessas.

    Flint, o anão guerreiro iria rir dele e dizer algo como "Então os nobres frangotes querem a moça? Fácil faça eles brigarem e o que ficar em pé casa com ela." Whisper, a bela druida elfa que um dia ele pensou em cortejar se não fosse a trágedia provavelmente ficaria indignada e diria "A moça deve decidir seu pretendente!" Fácil dizer isso quando não se tem que lidar com os nobres pensa Sir John e claro seu bom amigo e mentor Capitão Roderick diria "O filho mais velho, o varão deve ter o direito afinal é a lei."

    Por fim a ver as informações do livro ele respira fundo e levanta os olhos do pesado volume de leis intrigado com as informações e disse

    "Senhor taverneiro. Preciso questiona-lo sobre Zahra e Zoros como é que eles são?" Era importante saber esse fato.


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    Mensagem por Drakon_Drakonis Sex Nov 24, 2023 10:20 pm

    * Esse cheiro no ar, parece que uma tempestade vem chegando... *

    Aperto os passos enquanto tento fazer com que as mulas me sigam com mais rapidez, não tenho intenção alguma de acampar na estrada com as mulas em meio a uma nevasca.

    “VAMOS!! VAMOS!!”

    RRRRRoooonc. Meu estômago reclama enquanto o princípio de neve que cai suavemente salpica minhas escamas.

    * Um cozido... um belo cozido de lobos... seria ótimo fazer um cozido de lobos, como no livro daquele Ogro... qual era o nome dele? Gru....? Grof...? Graf...? * um barulho de choro interrompe meus devaneios.

    *Choro? Aqui? Eu não devia... a cidade ainda está longe e está ficando difícil enxergar com esse vento, mas...choro? Se eu der sorte, podem ser dois ou três assaltantes... seria um bom lanche rápido... *

    Continuo puxando a carroça na direção do choro apertando o passo, ao mesmo tempo, fico em prontidão para sacar o segundo escudo das costas no primeiro sinal de perigo.

    *Goblins! Li em algum lugar que o Executor comia Goblins no café da manhã! Hahahah! Incrível as histórias que inventam com o tempo!*

    Spoiler:
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    Mensagem por Xafic Zahi Sáb Nov 25, 2023 11:12 am

    Barahir Luarvasto | Humano | Ranger, 07 | PV: 77/77 | CA: 16


    Barahir revirou os olhos diante do animal empalhado que dava nome ao local e se sentou à mesa, tentando não pensar no desrespeito que aquilo representava ao Javali. Limitou-se a apenas uma caneca de cerveja para acompanhar a refeição e, tão logo terminou, notou um ávido leitor na mesa ao lado.

    Homens de armadura não eram incomuns, mas aqueles com uma armadura brilhante e o hábito de leitura eram raros. Por esse motivo, não teve dificuldade em deduzir que o homem era o paladino fracassado mencionado pelos guardas anteriormente. Sua curiosidade aumentou e quis saber no que o cavaleiro sagrado tinha falhado, onde estariam os dois irmãos e o que disputavam. No entanto, a concentração do paladino no livro era tão intensa que decidiu não atrapalhar.

    Deixou dinheiro suficiente sobre a mesa e foi até o taverneiro.

    - A refeição estava boa, e o local é aconchegante - tentava ser amigável - Como estão as coisas por aqui? Na cidade, quero dizer.

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    Mensagem por Sandinus Dom Nov 26, 2023 9:01 pm

    Grupo ALFA - Capítulo 1 - Uma história de fantasma Realis12
    Bavalkhia

    Bavalkhia já buscava por sua família há um longo tempo, porém, sem sucesso. Enquanto o medo preenchia seu coração, uma centelha de esperança parecia brilhar como uma luz no fim do túnel. Vagar por tocas, cavernas e outros locais onde pudessem estar não adiantava. Essa estratégia poderia funcionar para resolver problemas se fosse apenas seu marido, mas com seu filho, as coisas se tornavam menos simples. Ela acreditava que ele tinha colocado juízo na cabeça do pai para procurarem um local povoado.

    Apesar de algumas cidades existirem, a maioria estava distante. Exceto Misthaven. Talvez, com a influência sensata de Dragul, eles tivessem ido para lá. Era o único lugar provável. Bavalkhia esperava obter informações sobre goblins, traços tão característicos de seu marido e filho, em uma cidade humana.

    A velha goblina já se preparava para as possíveis ofensas que lançariam a ela, mas sabia que precisava engolir o orgulho e procurar por seu marido e filho. Assim, seguiu para Misthaven, na esperança de conseguir alguma informação.
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    Mensagem por Nightingale Seg Nov 27, 2023 5:58 am

    Grupo ALFA - Capítulo 1 - Uma história de fantasma 40548411

    Trilha Sonora:

    Assim que seus sentidos perceberam o estranho contexto, Ventress sacou seu arco e olhou ao redor enquanto se agaichava para se manter menos visível. Um frio na espinha passou por ela com a idéia de seu amigo mais querido, talvez o único, estar com sérios problemas. Depois de analisar a situação e tudo estiver em silêncio. Ventress botava o arco no chão. Em suas duas mãos simulou como se estivesse carregando uma esfera, o colar de dente de lobo emanou uma luz azul tímida.

    - Zephyra Benedictio

    Ela sussurrou, mas ainda audível. Uma breve lufada de vento, muito fraca, ergueu sua capa com o símbolo da Ordem do Dragão, e agora ela conseguiria cobrir uma distância maior em pouco tempo. Com cautela, furtiviamente e observando no ambiente sinais de pegadas ou qualquer outro rastro, ela tentava entender e simular em sua mente o que poderia ter acontecido e agir de acordo. Não entraria na cabana ainda, iria tentar escutar e espiar pelas janelas o que estava acontecendo. Avaliar o perímetro primeiro. Se tudo estivesse calmo e Cipriano estivesse aparentemente mal, iria socorror o sacerdote de An`té imediatamente com seu kit de primeiro socorros.

    ---------------------------------------------------------------------------------

    OFF: Utilizo a magia Passos Largos, minha velocidade de movimento agora é 13,5 metros. Se for necessário, uso minha ação bônus de Ladino de movimento extra para poder me mover 27 metros neste turno, e ainda terei minha ação comum para executar. Tecnicamente meu turno continua, só preciso saber o que vou encontrar para declarar o restante.

    OFF 2: Se for possível, um grid map da situação seria bem útil. Caso precise de indicação, o roll20 permite fazer de forma gratuita.
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    Mensagem por Mandhros Seg Nov 27, 2023 1:11 pm

    @gaijin386 e @Xafic Zahi

    Barahir teve sua atenção, inicialmente, voltada ao provável “paladino fracassado”. Todavia, como o outro aventureiro parecia compenetrado em sua leitura, decidiu deixá-lo em paz.

    Assim, terminou sua refeição - que estava notavelmente saborosa - e, grato, deixou uma moeda sobre a mesa, o suficiente para o custeio do desjejum e de uma gorjeta justa.

    Ele, então, se levantou e caminhou até o balcão, onde o taverneiro limpava uma caneca vazia. A visão do “Javali Torto” atrás do homem incomodava o patrulheiro, mas nem isso o impedia de tentar ser agradável.

    - A refeição estava boa, e o local é aconchegante - tentava ser amigável - Como estão as coisas por aqui? Na cidade, quero dizer.
    À menção do elogio à sua comida, o homem abriu um sorriso muito largo. Pena que tinha tão poucos dentes, apenas três deles, parcialmente escondidos pelo bigode.

    Ele fez menção de responder quando, de repente, da mesa na qual estava sentado, Sir John disparou:

    "Taverneiro, poderia ter um minuto de vossa atenção, sim? Queria sua sincera opinião sobre os irmãos Zahra e Zoros"
    O dono do estabelecimento pareceu intrigado com as perguntas sucessivas e diretas, e coçou o queixo, por um segundo, logo depois de pousar a pesada caneca sobre o balcão.

    Ele deu de ombros, mas ainda tinha um sorriso quente no rosto, um contraste com o frio que fazia do lado de fora da taverna. Quando começou a falar, sua voz tinha um timbre grave, mas muito amistoso.

    - Oh, meus filhos! Acho que posso responder aos dois de uma vez só!

    Ele pigarreou, como que limpando a garganta, e tirou um pesado cachimbo debaixo do balcão.  Fez uma aceno para que Sir John se aproximasse e, quando voltou a falar, olhava para baixo, entretido em preparar um cheiroso fumo, que consumiria em seguida.

    - As coisas não andam tão calmas aqui, vocês dois já devem saber. Nós tínhamos uma disputa com os elfos da Floresta das Lâminas. É… Eles sempre foram nossos amigos, mas vivemos tempos difíceis, e todos temos muitas bocas para alimentar.

    Ele fez uma pausa, enquanto acendia o cachimbo, tragando suave e continuamente. Então, continuou.

    - O líder da cidade é o Regente Zael. Ele é um homem bom e inteligente, e negociou com os elfos. Sugeriu que podíamos partilhar o que temos se eles fizessem o mesmo, e ofereceu um dos gêmeos em casamento como sinal de boa fé. O Senhor das Folhas, o líder dos elfos, aceitou as ofertas e ofereceu a mão da filha em casamento, também.

    O homem debruçou o corpanzil sobre o balcão, apoiando os cotovelos. Deu um trago longo, e soprou fumaça longe do rosto de Barahir.

    - Zael tem dois filhos, Zahra e Zoros. Zahra é um pouco mais velho, vocês sabem, mas é um bruto. Desde criança ele sempre arrumava confusão. Vivia metido em brigas. Disso ele entende, sim… Ele briga como ninguém, e maneja aquele mangual dele de um jeito que bota medo em todo mundo!

    - Já Zoros… O garoto é mais tranquilo, mais centrado. Ele gosta de ler, esteve um tempo com a Ordem de Petrus no Continente Amarelo, ao Sul. Também viajou com a Cidade Caravana de Irvine, e se dá bem com os gatos.

    - Acho que Zael fez uma boa escolha, vocês sabem. Zoros tem muito mais miolos que o Zahra. O problema é que Zahra tem muito mais músculos e passou os últimos anos liderando a milícia da cidade. Além disso, a filha do Senhor das Folhas é uma moça de beleza lendária… Zahra ficou com ciúme do irmão assim que soube do casamento.

    O homem deu mais um trago, e sua expressão assumiu uma feição cansada.

    - A cidade se dividiu entre os irmãos. Tem gente que tem medo do Zahra e da milícia, e da dor de cabeça que eles podem provocar, a apóiam que o casamento tem que ser revisto. É uma reivindicação do filho mais velho.

    - Já Zoros tem muitos amigos por aí. Gente que gosta mesmo dele, e gosta a ponto de desafiar o Zahra, se for o caso.

    - O Regente já foi um homem muito forte, além de astuto, mas está velho, vocês sabem. Está doente. Ele sabe que não vai durar muito. Quer selar a paz antes de partir.

    - Mas como selar a paz com os elfos se nós mesmos estamos em pé de guerra?

    O taverneiro, cujo nome os aventureiros ainda não sabiam, deu uma última tragada no cachimbo, antes de completar.

    - E, agora, ainda tem os anões fazendo bagunça por aí… Que coisa!

    Ele então, para de falar, correndo os olhos de Barahir para Sir John, como se aguardasse qualquer intervenção dos aventureiros.

    **********
    @Drakon_Drakonis

    A poeira gelada já fustigava os olhos do crok e diminuía a visibilidade. O vento uivava, mas mesmo assim não conseguia encobrir um choro, que aumentava de volume enquanto o enorme norfss descia da carroça e começava a caminhar pelo chão congelado. Não fosse a tempestade, suas pegadas, marcadas na neve, poderiam ser confundidas com as de um monstro, um yeti, talvez - não fosse pelo rastro da pesada e enorme cauda escamosa.

    Drakon seguia com cautela. Seu entorno era quase totalmente branco quando viu uma sombra na neve. Ao se aproximar mais, já pegando um de seus escudos, só por precaução, o bárbaro viu o que parecia ser uma caravana destroçada. Carroças estavam viradas de lado ou de cabeça para baixo, e havia cavalos mortos também.

    Entre os animais, gatos antropomórficos jaziam espalhados pelo chão, exibindo feridas compatíveis com cortes de grandes machados.

    Aquela, com certeza, era uma caravana mercante ferlix, e tinha sido brutalmente atacada.

    Os ferlix eram um povo estranho. Mesmo suas cidades tinham rodas e cascos. Eles não gostavam de ficar muito tempo em lugar nenhum, sempre curiosos, sempre inquietos! Vagavam por aí comprando e vendendo de tudo, e nunca abriam mão de uma boa história.

    Pena que tivessem memória curta, senão seriam tão bons quanto os escribas e bardos norfss.

    O bárbaro, então, foi procurar a fonte do choro, o que o levou até uma carroça virada de ponta cabeça.

    A lamúria vinha debaixo daquela estrutura, e estava coberta por um farrapo de pano que, um dia, foi a cobertura de uma carroça mercante.

    Ao afastar o pano, o crok viu uma pequena ferlix, uma menina, encolhida contra uma das paredes da carroça. Ela tremia de frio e, ao ver o monstruoso norfss, apontou para ele uma ponta de lança, quebrada e suja de sangue congelado e terra. A arma era menor que um dente de Drakon.

    Ela não era páreo para o imenso bárbaro, e aquela bravata evidentemente era a única reação que se podia esperar da pequena diante de uma possível ameaça.

    Refeição rápida ou resgate inesperado? Qual seria a decisão de Drakon?

    **********

    @Sandinus

    Não havia espada afiada ou lança pontuda que fosse mais perigosa que a maior arma de Bavalkhia. Sua inteligência, o cérebro que se escondia por debaixo de longos cabelos grisalhos e atrás de uma face verde e enrugada era, sem a menor sombra de dúvidas, o maior risco representado pela goblina.

    E olhe que ela era uma aventureira experiente e uma conjuradora capaz!

    Preocupada com a sua família, Bavalkhia avaliou suas opções. Revirar destroços de cidades destruídas ou invadir túneis de anões não eram opções tão tentadoras quanto a Majestosa Misthaven, como os homens a chamavam.

    Ela não queria, de verdade, ir até lá. Evitaria se pudesse. Mas era a melhor alternativa para buscar informações sobre Artocros e Dragul.

    O risco valia o benefício.

    Assim, a urgrosh se deslocou até a cidade. Conhecia bem aquelas terras, um conhecimento fruto da administração de sua casa de apostas. Vivera boa parte de sua vida adulta por ali, também. Os caminhos e atalhos daquela parte do Continente Azul eram rotas naturais para a serva de Mercius.

    Em poucos dias, Bavalkhia driblou salteadores e animais selvagens, chegando sem muito atraso aos portões de Misthaven.

    Havia uma tempestade se formando e, pelo que a goblina ponderou, não adiantaria nada ficar congelada antes de encontrar o marido e o filho.

    Com um suspiro, ela olhou para cima e viu dois guardas humanos, um de cada lado do portão. Contudo, ao contrário do que a aventureira supunha, nenhum deles pareceu se importar com a recém-chegada quando ela passou pelos portões.

    A urgrosh ainda se lembrava que de “Majestosa”, Misthaven só tinha o nome. Era um amontoado de tocas de humanos construídas umas perto das outras, cercadas por um grande muro e meia dúzia de torres de arqueiros.

    A goblina nota que, naquele local, as pessoas pareciam ocupadas com seus afazeres e, de alguma forma, apreensivas. Talvez fosse a tempestade vindoura, ou uma notícia de ataque dos anões, quem sabe.

    À vista da aventureira, estava a praça principal e, depois dela, um estabelecimento com uma plaqueta que já começava a balançar com o vento: “O Javali Torto”.

    Que nome tosco! Típico de um humano. Humanos não apenas não são confiáveis. São uns bocós também.

    **********

    @Nightingale

    Off: Por ora, eu vou prestigiar mais a narrativa do que a mecânica, Nightingale. Mas a hora da ação não tarda!

    On:

    Ventress lança sobre si a benção do vento, para que pudesse se mover a passos largos.

    Logo depois, ela examina cuidadosamente a cabana de Cipriano mas, fora a luz tremeluzente e as janelas batendo ao vento, e fora o farfalhar das folhas contra a brisa, nada, nenhum som.

    Ela finalmente se move. Como uma sombra, a ladina se lançou adiante, saltitando de sombra em sombra até, finalmente, se aproximou da porta.

    O local tinha um cheiro que Ventress conhecia muito bem. Sangue.

    Cipriano poderia estar ferido! Morto! Não, não mesmo!

    Por puro impulso, a aventureira abriu a porta, seu arco em punho, pronto para disparar contra quem quer que tivesse ousado machucar seu amigo!

    O que ela encontrou, contudo, a deixou confusa e intrigada.

    A cabana certamente tinha sido palco de uma luta. Os móveis estavam virados, alguns quebrados. Ornamentos e outros detalhes menores estavam espalhados pelo chão, destruídos.

    Havia salpicos de sangue pelo local, também, e impressões de dedos ensanguentados contra móveis virados, mas não havia nem sinal de ninguém.

    A única luz vinha da chama que dançava na lareira, e dava um ar fantasmagórico àquela cena.

    Tinha que haver alguma pista do que poderia ter acontecido ali!

    Ventress, freneticamente, começou a analisar o lugar. Ela notou, em pouco tempo, que a cena de luta tinha alguma lógica.

    Quem quer que tivesse atacado Cipriano o encontrou próximo da porta de entrada, e entrou em luta corporal. Os móveis tinham talhos compatíveis com golpes errados de uma espada, ou faca.

    Então os contendores, engalfinhados, evoluíram até uma parte mais interna da cabana. Uma poça de sangue, próxima da lareira, denunciava que a luta tinha se encerrado ali, com um dos lutadores derrotado sobre o chão, com um ferimento que vertia mais sangue.

    Dali, uma semipegada, marcada na poeira e nos respingos do líquido escarlate a esta altura coagulado, era seguida por outra e outra, até a lareira.

    Aquilo não fazia sentido!

    Ventress aproximou seu rosto das chamas, enquanto analisava melhor. Havia impressões digitais, também marcadas por sangue coagulado, contra as bordas da lareira. Com a luz mais forte, ela também viu sinais de arrasto marcados no assoalho, apontando para dentro das chamas.

    Era como se a briga tivesse acabado e um dos dois, ou Cipriano ou seu oponente, tivesse arrastado o outro para dentro do fogo.

    Ventress pisca e, ao tocar a borda da lareira, vê runas surgirem ao redor da estrutura. Apenas então ela se dá conta de que, mesmo perto das chamas, não sentia calor algum!

    Ela olhou ao redor. Havia livros jogados entre os móveis fraturados, e cartas espalhadas pelo ambiente. Alguns tinteiros estavam inertes e derramados sobre tapetes e a madeira do assoalho.

    Sua mente desacelerou, por um momento, e voltou a considerar as possibilidades. Talvez houvesse pistas ali. Por outro lado, encontrar Cipriano era, também, prioritário.

    E então? O que fazer?
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    Grupo ALFA - Capítulo 1 - Uma história de fantasma Empty Re: Grupo ALFA - Capítulo 1 - Uma história de fantasma

    Mensagem por gaijin386 Seg Nov 27, 2023 6:10 pm

    Grupo ALFA - Capítulo 1 - Uma história de fantasma EImRYxTyDLETnBrG2rCG--3--w3sdh

    O paladino errante se aproxima do balcão e escuta o que o taverneiro disse sobre a situação da cidade com elfos da floresta das lâminas e o contraste entre os dois filhos de Zael e pensa consigo mesmo.

    Zahra é aquele que tem o apoio da milícia será que é devido ao dinheiro? Ele tem liderança mesmo? Será que o brigão é um valentão sem índole? Questões a serem vistas… Devo lembrar também o ponto da moça ser bela, mas será um caso que o brutamontes está pensando com luxúria ao invés da cidade? Zoros é culto, sociável e viajado, ou seja, tem um conjunto de habilidades mais completo que um brigão assim sendo quem é o herdeiro? Preciso perguntar.

    Também é preciso saber se o senhor das folhas não teve algo na escolha de Zoros como noivo afinal um pai iria querer o melhor para filha e Zahra não parece ser alguém que seria desejado como marido de sua filha.

    "Senhor taverneiro. Refresque minha memória quem vai assumir quando o regente se for? Selar a paz é importante, mas se a discórdia entre esses dois irmãos acontecer vai rachar a cidade no meio."


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    Mensagem por Drakon_Drakonis Ter Nov 28, 2023 11:30 pm

    Off:

    *Nem mesmo uma cidade sobre rodas escapa da guerra...

    É o pensamento que me vem enquanto vejo o rastro de destruição. Seguindo o choro vejo o filhote de suçuarana segurando um pedaço de lança quebrada tentando se proteger. Como se aquela agulha fosse capaz de me machucar. A pequenina cia ao me ver, seus pelos se eriçando enquanto agarra com mais força o palito de dentes. Me aproximo devagar e paro a um ou dois metros de distância, me ajoelhando, soltando os escudos ao lado e erguendo as mãos em sinal de não-agressão.

    “Olá pequenino, não vou dar mais nenhum passo até você e não vou te machucar... Parece que nenhum de nós teve um bom dia.... E está prestes a piorar com a nevasca se aproximando, eu sou Drakon, qual seu nome?”

    “Vo... Você não vai... snifff... Você não vai me machucar, ne?” A pequena criatura responde entre soluços.

    “Não vou...Posso ver que você é um filhote de lince muito corajoso, e que eu teria problemas tentando. Acho também que seus pais devem ter te ensinado a não confiar em estranhos, eles ainda estão vivos por aqui? “

    Não... sniff... Não estão... A menina chora, seus olhos, até então marejados, agora vertendo lágrimas em abundância, havia pouca esperança mas eu tinha que perguntar. Ela solta a ponta de lança no chão e, de alguma forma sentindo-se acolhida, engatinha até mim. Ela ainda tremia de frio e medo, e esconde o rosto contra meu corpo para não ver a caravana destruída. Alguns daqueles cadáveres, certamente, eram sua família. E com a voz abafada em minhas escamas, ela fala: ”Meu nome é Tiana Uma-Canção. Qual é o seu?”

    A última pergunta já veio abafada pelo vento crescente, que começava a jogar poeira congelada em rajadas pelo ar.

    “Sou Drakon...” Digo abraçando-a em um dos braços e prendendo um dos escudos às costas para sairmos logo dali. “Não temos tempo e vamos para a cidade nos esconder dessa nevasca” Pego o segundo escudo do chão e me ponho a passos rápidos em direção à carroça.

    *Teria sido mais fácil se fossem lobos...

    Imagem: Drakon e Tiana:
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    Mensagem por Sandinus Qua Nov 29, 2023 12:54 pm

    Grupo ALFA - Capítulo 1 - Uma história de fantasma Realis12
    Bavalkhia

    O javali Torto balançava ao vento, se chegasse perto talvez um som de rangido poderia ser ouvido, não era dos nomes mais criativos, mas ela sabia que nomes de taverna em qualquer lugar do mundo sempre seguem alguma história, coisa que sempre interessou a ela, porém, agora a prioridade era outra. Saber algo de seu marido e filho. Ela lança mais um olhar para trás com certo estranhamento sem entender ainda o motivo de ter passado despercebida, era pequena sim, mas não fez questão de se esforçar para isso e estava vestida com uma armadura de batalha completa. Ainda assim os guardas a ignoraram.

    Sendo assim, voltou seus olho para a taverna e adentrou o local, o peso de sua armadura bem como as pancadas de seu cajado ecoavam no salão. Olhou de um lado para outro e lá no fundo pôde ver um javali torto numa tentativa de empalhamento visivelmente falha. Ergueu as sobrancelhas como se entendesse o nome do local, procurou uma mesa próxima a fogueira de modo que o fogo refletisse o brilho de seus olhos para deixa-la mais intimidadora do que já era, apesar de pequena seu olhar era naturalmente ameaçador, era uma Ugrosh e vestia uma armadura de batalha.

    Ela tirou  o elmo, pousou em cima da mesa e acenou para o taverneiro ou alguém próximo que estava servindo a mesa, seus pés balançavam no ar devido a seu tamanho, o que trazia um ar levemente cômico, ainda assim mantinha a postura nada amigável.
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    Mensagem por Nightingale Sáb Dez 02, 2023 6:12 am

    Grupo ALFA - Capítulo 1 - Uma história de fantasma 40548411

    Trilha Sonora:

    O cheiro de sangue no ar só não deixava Ventress atiçada pois já era muito bem nutrida pelo poder mágico de seu anel, seu bem mais precioso. Tudo o que o cheiro do sangue lhe despertava era o sinal de alerta, e também o medo do que poderia ter acontecido com Cipriano. Fora esse sentimento de urgência que a fez abrir a porta da frente de forma tão repentina sem ter pensado numa estratégia melhor. Não teria feito isso normalmente. O que Ventress encontrou no entanto fora sinais de luta, alguém, ou alguma coisa, tentou atacar Cipriano e ela torcia para que todo esse sangue não fosse dele, mas ele é um Sacerdote, não um lutador ou aventureiro.

    Depois do combate haviam aparecido outros... Então começou a trabalhar com a lógica que Cipriano não conseguiu se defender e foi sequestrado... Em direção à... Lareira? Ela analisou as chamas e tudo o que conseguiu de informação, além das Runas, faziam ela crer que a Lareira não era uma lareira comum, era um portal mágico. Olhou para trás e viu mais derradeiros de sinal de luta por ali, poderia haver pistas do que haveria com Cipriano, o que ele descobriu e pra onde o levaram. Ventress tinha vontade de largar tudo para trás para examinar melhor essa lareira, estava convicta de que ela era um portal, mas não podia agir pela emoção, não mais... Quantos erros já não cometeu assim? E se tratando de Cipriano não poderia mais errar.

    - Aguente firme, meu amigo.

    Seja lá quem atacou Cipriano, o queria vivo, mal, mas vivo. Caso contrário ela já teria achado o cadáver dele aqui. Ventress então começou a observar a lareira, sentir se a mesma emanava calor, se o fogo era real ou uma ilusão. Se fosse uma ilusão, Ventress apagaria o fogo com água de onde Cipriano tirava para sua cabana, tomando cuidado para não jorrar água nas runas. Depois, ainda não entraria no portal, tinha que ver as coisas de Cipriano e descobrir para onde teriam o levado e o porque, o que poderia estar enfrentando além de uma possível ameaça de Vlad ter retornado. O pior dos cenários. Ventress tinham pressa e usaria sua agilidade mágica para fazer tudo com mais velocidade.
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    Mensagem por Xafic Zahi Sáb Dez 02, 2023 10:03 am

    Barahir Luarvasto | Humano | Ranger, 07 | PV: 77/77 | CA: 16


    - E ninguém pediu a opinião da noiva? - O tom era de reprovação - Em uma revoada, o macho faz uma série de movimentos chamativos, mas é a fêmea quem decide.

    O modo de pensar de Barahir era simples e desconsiderava a complexidade política daquele casamento, mas o pragmatismo fazia parte da alma do patrulheiro.

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    Mensagem por Mandhros Seg Dez 04, 2023 12:00 pm

    @gaijin386, @Xafic Zahi e @Sandinus

    "Senhor taverneiro. Refresque minha memória quem vai assumir quando o regente se for? Selar a paz é importante, mas se a discórdia entre esses dois irmãos acontecer vai rachar a cidade no meio."
    O taverneiro enrola a ponta do enorme bigode, enquanto pensa em uma resposta. Mas, antes que pudesse falar, vem outra questão:

    - E ninguém pediu a opinião da noiva? - O tom era de reprovação - Em uma revoada, o macho faz uma série de movimentos chamativos, mas é a fêmea quem decide.
    O homem começa a falar, sem deixar de arrumar o bigode entre os dedos.

    - Vejam bem, meus filhos… Ninguém sabe de verdade quem vai assumir a regência quando o Sr. Zael se retirar. Pode ser que ele nomeie um dos filhos, ou pode ser que a Lei diga algo diferente. Vá saber! Eu só sei que se o Zahra assumir a regência, vai haver sangue na neve, ah, se vai!

    Ele faz uma pausa, traga longamente o cachimbo mais uma vez, e então continua.

    - A princesa elfa vai fazer o que o Senhor das Folhas mandou. Não sei se ela conhece o Zoros, ou se só acha que é o certo a se fazer, mas pelo que eu soube ela não resistiu ao pai quanto ao casamento…

    O taverneiro parecia que ia dizer algo mais, mas parou quando uma urgrosh, uma goblina, entrou n’O Javali Torto. Ela parecia ter alguma idade, e envergava armadura, escudo e cajado. Era, obviamente, uma aventureira, mas também era muito diferente da ideia que Sir John e Barahir faziam de um aventureiro.

    Primeiro, porque ela já não era jovem. Era estranho que uma goblina mais velha assumisse aquela postura, quando provavelmente já poderia estar entocada em algum lugar. Segundo, porque os Urgrosh eram povos bárbaros, e aquela pequena tinha um brilho no olhar, uma centelha… Diferente. Havia algo diferente nela.

    Em terceiro… Bem, ela estava sozinha em terras dos homens, o que não era algo comum.

    Já Bavalkhia achava aquilo tudo inadequado. As cadeiras, mesas e balcões eram grandes demais para o seu tamanho. A comida tinha um cheiro estranho e, embora a maioria dos frequentadores do local não desse a mínima para a sua presença, três homens pareciam tê-la notado: o taverneiro, um homem grande e largo, com um vasto bigode, que fumaça um cachimbo por detrás do balcão e imediatamente abaixo do tosco trabalho de taxidermia que dava nome ao lugar; um cavaleiro de armadura completa, encostado no balcão, segurando um livro grande e pesado; e um homem de pele escura, também com vestes típicas de aventureiro, e também encostado ao balcão.

    Quando a arcanista se senta e tira o pesado elmo de sua cabeça, ouve um rosnado. Havia um lobo, enorme, deitado ao lado de uma mesa próxima. O animal não se mexia, mas arreganhava os dentes para a Urgrosh, em sinal de ameaça.

    **********

    @Drakon_Drakonis

    Drakon tomou a pequena ferlix nos braços. Por um momento pensou em aquecê-la contra o próprio corpanzil, pelo menos até que lembrou que sua própria carne era fria como a terra do Continente Azul.

    Ainda assim, ele lutou contra a poeira congelada, contra o vento cortante, e conseguiu acomodar a criança em sua carroça, minimamente protegida do clima hostil.

    O crok já tinha pouca visibilidade quando deixou para trás a caravana destruída, e se guiava mais pelo tato e pelo instinto do que pela visão em meio à tempestade.

    No meio daquele inferno branco, depois de pouco mais de uma hora e meia de viagem, ele viu uma luz, distante. Certamente eram as fogueiras que marcavam as torres de sentinela de Hillsfar, funcionando como um farol naquele mau tempo.

    O norfss olha para a carroça. Tiana tremia, seu nariz assumindo um tom azul-arrocheado, assim como as pontas de seus dedos. Ela estava congelando. O próprio Drakon já não sentia bem as mãos, pés, a ponta da cauda e do focinho.

    Quando chegou aos portões, o bárbaro foi detido pelos guardas.

    - Alto! Quem vem lá?

    Havia lanças apontadas para o Norfss, essas sim muito mais perigosas que o palito de dentes outrora empunhado por Tiana.

    **********

    @Nightingale

    Os olhos de Ventress corriam aquela cena com uma velocidade e uma precisão anormais. Como um raio, ela examinou a lareira, a cena de luta, e papéis jogados por todos os lados.

    Em um primeiro momento, ela se focou na lareira. Runas azuis brilhavam contra a luz do fogo toda vez que a Dhampir tocava as bordas as estrutura. E o fogo… Embora crepitasse e bruxuleasse, não emanava nenhum calor.

    Depois, ela desviou sua atenção para o material que estava espalhado pelo ambiente. Havia muitos papiros e pergaminhos. Ao que tudo indicava, após uma rápida leitura, Cipriano tinha outros amigos além de Ventress. Havia muitas cartas, endereçadas a muitos nomes, avisando, de maneira cifrada, sobre o retorno de Vlad. O tom era sempre o mesmo, preocupado, urgente.

    Aquelas cartas, contudo, jamais chegariam aos seus reais destinatários. Cipriano poderia ter muitos amigos, mas foi a Ventress a quem dirigiu as primeiras palavras.

    Havia livros, também. Alguns rasgados, outros intactos. Infelizmente, a aventureira não teria tempo suficiente para analisá-los se não quisesse que a trilha de seus alvos esfriasse.

    O tempo estava passando…
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    Mensagem por gaijin386 Seg Dez 04, 2023 2:56 pm

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    Sir John de Ouro-Rubro, o paladino errante, estava naquela cidade onde muitos o apontavam na rua e lembravam de seu infortunio e sussurravam, mas mesmo assim ele estava ali para ajudar esse lugar que foi o marco de uma grande perda para ele e mesmo assim onde muitos somente partiriam ele decidiu ficar e ajudar. Escutou o taverneiro, mas seu vizinho no balcão nos contemplou com uma frase.


    Xafic Zahi escreveu:- E ninguém pediu a opinião da noiva? - O tom era de reprovação - Em uma revoada, o macho faz uma série de movimentos chamativos, mas é a fêmea quem decide.


    E John pensou Como se as coisas fossem assim tão fáceis...Se os líderes de ambos os lados decidiram por esse caminho então não há muito o que ser dito. A lei devia ser contemplada.

    "A lei é o que nos separa das feras que se guiam pelo instinto, não obstante eu compreendo a colocação e se trata de uma questão de acordos nobiliárquicos onde o senso comum difere em praticidade. Se pudessemos fazer oque desejamos sem controle ou consequências haveria o caos e isso é inaceitavel e assim sendo temos a ordem. A ordem por lei. Lex et ordo!" Responde com sinceridade e segurou o tomo fechado.

    "Vou conversar com o sr.Zael a sós assim como seus herdeiros e ver a questão. Alguém obviamente não sairá contente, mas a ordem prevalecerá sobre o caos." Ele coça a barba no queixo e pensa. Assim espero.

    E surpreendeu-se ao ver uma goblin dentro da taverna, mas se ninguém estava pulando ou gritando de susto é porque estava dentro dos conformes, mas mesmo assim é de se notar. Não é algo que se vê todo o dia.

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