A Viagem até a Cripta
- Dycleal
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- Mensagem nº101
Re: A Viagem até a Cripta
- GM
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- Mensagem nº102
Re: A Viagem até a Cripta
GM escreveu:...A jovem não se escondia atrás de mentiras ou fofocas, mas suas ações, sobretudo a sua profissão, tornavam-na um alvo para os líderes que sentiam sua autoridade civil e religiosa ameaçada. Ela foi arrastada para fora da cidade, onde foi presa à berlinda, uma mensagem clara para todos que ousassem desafiar o status quo. A pele dourada de Razzley, reluzindo sob o céu que se tingia de roxo, tornava sua vulnerabilidade ainda mais evidente...
- DariusDarkLord
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- Mensagem nº103
Re: A Viagem até a Cripta
Tem como manter, pois vou precisar para a minha próxima cena, calma que não é nada pornografico ^^
- GM
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- Mensagem nº104
Re: A Viagem até a Cripta
DariusDarkLord escreveu:OFF: Na minha narrativa @GM eu a descrevi como se ela estivesse completamente nua também =/
Tem como manter, pois vou precisar para a minha próxima cena, calma que não é nada pornográfico ^^
- DariusDarkLord
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- Mensagem nº105
Re: A Viagem até a Cripta

- Trilha Sonora:
Um leve e tenue nevoeiro rasteiro começava a tomar conta da cidade e com ele o ar frio da noite, a dor dos machucados se intensificara,
por quanto mais tempo seria mantida essa maldita punição, estava dificil me manter de pé, meu corpo tremia, mas tinha que me manter consciente,
pois no instante que eu adormecesse seria o meu fim...
O que estava acontecendo meus sentidos, estavam começando a nublar, mas de repente cortando a multidão um cavaleiro adentrou a praça
"um cavalo branco como a neve e montado nele, não, não podia ser real, Izan, ele desceu do cavalo e vinha em minha direção...
_Filho a quanto tempo, não, não olhe diretamente para mim assim - nesse momento uma vergonha e pudor tomara
conta de Razzley, tentando inutilmente esconder sua nudez e a profanação em seu corpo - Filho não é o que você está pensando,
eu juro eu não voltei para aquela vida - As palavras saiam atropeladas como se tentando se justificar pela situação - Isso
é consequencia de tentar ajudar uma pessoa, eu estava tentanto ser uma heroina, assim como você - nesse momento as lagrimas rolavam
pelo seu rosto em um misto de alegria e desespero...
_Razzley - foram as palavras dele...
Ele não me chamara de mãe, eu merecia aquilo, eu merecia aquele tratamento, quando ele mais precisou de mim como mãe eu falhei, quando eu
precisava estar ao lado dele, eu não estava, talvez ele não me veja nem mais como mãe e sim como uma estranha, aquilo doia mais que qualquer
punição, aquelas palavras, talvez se aquela multidão fizesse o que queriam, doiria menos que aquelas palavras...
Mas ele se aproximou e com delicadeza limpara meu rosto das lagrimas e suor, além de afastar algumas mechas do meu cabelo da minha face.
Ele se levantou e de dentro da sua mochila, ele retirara uma capa de viagem identica a que ele usava e cobrira meu corpo...
_Filho, obrigado, eu prometo nunca mais te abandonar - ele me perdoara, ele não estava mais me odiando.
Ele se ajoelhara novamente e perguntara:
_O que aconteceu ? - Havia em sua voz um certo tom de frieza e uma fúria contida.
Ele estava preocupado comigo, mas tinha que tomar cuidado com as palavras, ele sempre fora impulso e de personalidade forte, dependendo do
que eu dissesse ele tomaria uma atitude mais drastica e aquilo não poderia acontecer, não podia perdelo tambem, mas estava sendo dificil conter
as emoções, aquilo parecia um sonho, não sentia mais nenhuma dor pelo meu corpo...
_Como eu disse, eu estava ajudando uma pessoa a reencontrar sua familia, e estava levantando informações, porem, eu acabei
cruzando o caminho de pessoas poderosas e perigosas, enfim... - Não podia dizer mais que aquilo se dissesse eu o colocaria em risco, eu
tinha que protegelo, mesmo nessas condições e eu precisava, ele era minha criança...
Nisso dois guarda começaram a se aproximar, nesse momento ele sacara sua espada e se interpôs, e em seu rosto aquela expressão que eu
conhecia bem, em sua face havia um misto de ódio, nojo e pura indignação, ele sempre fora tão corajoso e determinado, mas não hoje, se fosse
para morrer, que fosse eu e não ele, mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, um dos guardas tirava de dentre as vestes uma chave...
Após me soltarem, meu corpo caiu no chão, eu tremia toda, não tinha mais forças para nada, mal conseguia respirar, nisso Izan se aproximou,
ajeitara o manto, e me pegou no colo como eu fazia com ele quando criança, conforme ele seguia para seu cavalo as pessoas abriam caminho,
ele não era mais apenas meu menino, ele tinha se tornado um homem...
_Eu te amo meu filho..."
Depois dessas palavras Razzley caira em um sono profundo nos braços de Nadien
- GM
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- Mensagem nº106
Re: A Viagem até a Cripta
Obs.: Estou considerando que Razz estava nua e a praça era elevada.
Sob as tênues e misteriosas constelações que precedem a obscura madrugada, uma neblina quase espectral começava a se enroscar pelas ruas de pedra da antiga praça elevada da cidade. Ela surgia como um miasma saído de eras esquecidas, frio e inescrutável, aludindo a presenças etéreas dos anciãos de eras antigas que controlam os fios que manipulam o que conhecemos como realidade. Razzley, acometida por torturas profanas, sentia cada ferida arder com uma frieza de outro mundo, como se as próprias estrelas estivessem a espetar-lhe a carne. O limiar entre a vigília e o sonho se tornava cada vez mais estreito; a iminência da escuridão eterna a rondava. Então, emergindo dos limites da percepção e rasgando o véu da realidade nebulosa, uma figura equestre adentrou o cenário, montando um cavalo tão alvo quanto a cal dos ossos ancestrais.


As imagens são meramente ilustrativas, não retratam integralmente a realidade.
Use-as como complemento a imaginação, não em substituição a ela.
A mente atribulada de Razzley, em seu delírio febril, clamou pela presença familiar. "Izan!", sussurrou ela, embora a razão, oculta nas profundezas de sua psique, soubesse que diante dela estava Nadien. Seu coração, no entanto, desdobrou-se em um tumulto de emoções. Em meio ao desespero, as palavras atropelavam-se, tornando-se um murmúrio agonizante, um grito de mãe para filho, uma confissão entre o sagrado e o profano. Nadien, ao contemplá-la, teve um lampejo de compreensão. A chama ancestral da proteção ardeu em seus olhos. Delicado, porém firme, "ele" avançou e, com uma gentileza que contrastava com a crueldade que a rodeava, cobriu-a com sua capa. A simetria desse gesto arquetípico remetia a tempos imemoriais, onde o amor materno e filial transcendia os confins da existência. Porém, a realidade ainda os ameaçava. Guardas, servos do insensível poder estabelecido, moviam-se com intenções inomináveis. Mas Nadien, armada não só com aço, mas com a ira de gerações, fez-se barreira. E, em um clímax de tensão inenarrável, eles decidiram que era o fim da sua punição, o som metálico da chave cortou o silêncio, abreviando o sofrimento de Razz. Libertada, mas exaurida, Razzley sentiu o chão acolher seu corpo frágil. Em um gesto que evocava memórias imemoriais, Nadien a levantou, envolvendo-a com um carinho que transcendeu as eras. "Ele", o "cavaleiro do cavalo branco dos contos de fadas", que Razz, sempre esperou, avançou, e a massa humana, talvez tocada pelo sagrado ou amedrontada pelo resoluto, abriu caminho. E assim, na penumbra de um mundo imperscrutável, entre sombras e mistérios que apenas os deuses antigos conhecem, Razzley se deixou levar pelo sono nos braços de quem, por um breve e delirante instante, ela imaginara ser o seu menino perdido. E em seus lábios, um sussurro de amor ecoou pelo éter. Te amo!
- Mandhros
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- Mensagem nº107
Re: A Viagem até a Cripta
Vou até usar a sugestão de ação do Darius na minha própria postagem!
Vamos que vamos!
On:
Que Tyr tenha piedade da alma de quem fez isso a Razzley, pois Nadien, a Azul, não terá!
(...)
_Filho a quanto tempo, não, não olhe diretamente para mim assim - (...) - Filho não é o que você está pensando,
eu juro eu não voltei para aquela vida - (...) - Isso
é consequencia de tentar ajudar uma pessoa, eu estava tentanto ser uma heroina, assim como você - nesse momento as lagrimas rolavam
pelo seu rosto em um misto de alegria e desespero... (...) _Filho, obrigado, eu prometo nunca mais te abandonar - ele me perdoara, ele não estava mais me odiando.
(...) _Como eu disse, eu estava ajudando uma pessoa a reencontrar sua familia, e estava levantando informações, porem, eu acabei
cruzando o caminho de pessoas poderosas e perigosas, enfim... (...)
_Eu te amo meu filho..."
(...)
Era óbvio que a elfa, ferida, vilipendiada e cansada, estava delirando. Ela fedia a suór e luxúria, e mesmo o cheiro de sal das suas lágrimas era algo perceptível à distância. Depois de cobrir seu corpo, enxugar-lhe as lágrimas e ouvir os lamentos de Razzley, ouço passos se aproximando. O barulho de metal e couro contra o chão de pedra me faz levantar, lentamente, e me virar para os guardas que se acercavam.
Juramento do Céu, às minhas costas, era um aviso nada sutil do que aconteceria se qualquer um dos dois tentasse agredir a mim ou à elfa cativa. E, sob a sombra do capuz, duas estrelas douradas brilhavam, despejando a luz da ira na noite.
Naquele momento, eu era A Vingança, e toda a autoridade de Tyr fluía pelo meu corpo como uma aura de pura intimidação e justiça.
O mais audaz guerreiro e o mais sábio mago tremeriam diante de mim, intimidados por uma resolução sobrenatural, por uma vontade inabalável, por um senso de retidão e justiça inquestionáveis.
Eu não precisei mover um músculo.
Altiva, observei um dos guardas, com mão trêmula, procurar por um molho de chaves dentro das vestes e passar por mim, cabisbaixo. Eu não me virei para acompanhá-lo. Ele não era digno disso. Ninguém naquela cidade maldita era.
Apenas ouvi metal contra metal, e um ferrolho girando lentamente, seguido de um baque, enquanto a berlinda se abria e Razzley, exausta, caía.
Meus olhos continuaram fixos no outro guarda, até que o cheiro de urina enxesse o ar e as calças do citadino começassem a assumir um tom mais escuro.
Apenas então, me viro. Razzley ainda murmurava, desta vez dirigindo uma palavra de carinho ao filho desaparecido. Eu a conhecia... Eu sabia o que tinham feito com ela... E isso apenas impregnava meu ser com mais determinação e ira.
Ajoelho-me diante da aventureira, ajeitando a capa de viagem de modo a cobrir adequadamente seu corpo, protegendo-a dos olhos dos guardas e dos transeuntes que começavam a se avolumar, e do frio da noite. Antes de erguê-la, pouso minhas mãos, gentilmente, sobre o corpo ferido e cansado, murmurando uma prece:
Nobre Deus, que teu sacrifício possa reverter em luz e aplacar essas chagas...
E, com isso, minhas mãos começam a brilhar em um tom de dourado, maximizado contra as sombras daquela noite, fazendo com que as feridas do corpo de Razzley se curem. Pena eu não ter o poder de curar as dores da mente e da alma, também.
Após um breve momento, pego a maga no colo e, gentilmente, a coloco sobre o cavalo sagrado. Monto em seguida, segurando Razzley firmemente com uma das mãos, enquanto manejava as rédeas com a outra. Não que isso fosse necessário: a montaria entendia meus pensamentos e sentimentos de uma forma inexplicável para qualquer um que não fosse um paladino, e começou a se virar para partir da cidade. Contudo, antes do primeiro passo em direção aos portões, ela estacou.
Minha voz saía do meio das sombras que cobriam meu rosto, grave e firme:
Saibam disso! Todos aqueles que abusaram da Lei a pretexto de fazer Justiça serão encontrados pela Luz de Tyr, e pagarão por seus crimes!
Com isso, começo a deixar a cidade, a trote lento. Pessoas se aproximavam para ver o que estava acontecendo e se afastavam diante da autoridade sobrenatural que eu emanava.
Não era Nadien, a Azul, quem cavalgava devagar para fora de Hillsfar. Era um Avatar de Tyr, carregando uma inocente para a segurança do acampamento.
- DariusDarkLord
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- Mensagem nº108
Re: A Viagem até a Cripta
Ela realmente esta naquele estado que você narrou
- GM
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- Mensagem nº109
Re: A Viagem até a Cripta
- Rolador de Dados
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- Mensagem nº110
Re: A Viagem até a Cripta
- GM
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- Mensagem nº111
Re: A Viagem até a Cripta
- Lucas Corey
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- Mensagem nº112
Re: A Viagem até a Cripta
GM escreveu:Narrem o que vocês todos fazem no acampamento. Alguém precisa, hoje ou amanhã pegar os pertences de Razz, na cidade, e também se julgarem pertinente comprar alguma coisa, mas se quiserem continuar direto, sem pegar nada da Razz também podem... Afinal, o que vocês vão fazer?
O Nam já pegou no sono. Pretende fazer um descanso longo para recuperar espaços de magia e rolagens de Premonição. Se a Nadien e a Razzley chegarem no meio da noite e conversarem com alguém, ele vai acordar e participar da conversa. Quanto tempo depois de sair a Nadien vai estar de volta?
- GM
Mutante - Mensagens : 569
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- Mensagem nº113
Re: A Viagem até a Cripta
- Dycleal
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- Mensagem nº114
Re: A Viagem até a Cripta
- GM
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- Mensagem nº115
Re: A Viagem até a Cripta
Dycleal escreveu:Garona está focada em fazer o Sr. Nimb dormir ou descansar. Não o deixará sair do seu colo, pois acha que as vermes estão falando na sua cabeça e o deixando doente e se dormir ou descansar vai ficar forte para vence-las. Ela já armou o acampamento e junto com a elfa azul acenderam a fogueira, agora é esperar a elfa azul voltar e pedir para ela examina-lo de novo e relatar a conversa maluca que ele teve e a mudança de voz e atitude. A elfa vai saber o que fazer...
- Dycleal
Mefistófeles, Lorde do Oitavo - Mensagens : 10470
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- Mensagem nº116
Re: A Viagem até a Cripta
- GM
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- Mensagem nº117
Re: A Viagem até a Cripta
- Mandhros
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- Mensagem nº118
Re: A Viagem até a Cripta
Editando para responder ao @Dycleal e ao @GM: a Nadien trouxe a Razz abraçada, à frente da cavaleira. O resto, acho que o posto abaixo já conta. =D Considerei que ela estava em estado catatônico e acabou adormecendo após a cura pelas mãos. Achei que ia ficar mais bonito na cena.
On:
Toc... Toc... Toc... Toc...
As ferraduras da montaria sagrada iam se chocando contra as pedras que pavimentavam a estrada que dava nos portões de Hillsfar. Eu passava lentamente, confiante e determinada, por cada cidadão daquele lugar amaldiçoado. Pelos cantos dos olhos, via moradores e guardas se aproximarem e, ao me verem, se encolherem e abrirem passagem. A maioria não conseguia sequer me encarar, quiçá atravessar o meu caminho.
Como poderiam?
No âmago de cada alma, eles sabiam. Todos na cidade sabiam que tinham alguma responsabilidade pelas agressões sofridas por Razzley, fossem os milicianos que a prenderam e despiram, fossem as outras pessoas que a apedrejaram e insultaram... Pouco importavam quais foram as ordens e quem as executou. Pouco valiam as leis de Hillsfar quando todos os que me viam sabiam que tinham pecado, fosse por ação ou por omissão.
Ninguém interveio quando a elfa foi presa e colocada na berlinda. Ninguém impediu que, ainda que presa daquela maneira infame, ela fosse violentada de várias formas. Ninguém se aproximou para oferecer-lhe um alento, um gole de água que fosse. E quem me via, desfilando pela senda principal, montada em um grande cavalo de guerra sagrado, sentia o peso dessa culpa.
Ouço murmúrios enquanto atravesso a cidade. Há pessoas culpando umas às outras pelas atrocidades que aconteceram ali, como se isso pudesse livrá-las do julgamento vindouro. Havia quem implicasse os líderes, os magistrados e os guardas por aquela mostra de horrores. Ainda assim, ainda que tentassem se eximir, todos intimamente sabiam.
Quando me aproximo dos portões, um pequeno grupo de crianças vem até mim. Um menino, com não mais que uns 8 anos de idade, estica o pequeno braço e oferece uma flor. Paro o trote, diante da cena.
- É... É para ela... A voz dele era trêmula. Diferente de todo o resto de Hillsfar, havia inocência genuína ali. De todos os citadinos, apenas aqueles infantes conseguiam me encarar nos olhos.
Sem dizer nada, solto brevemente as rédeas, aceitando o presente que era oferecido a Razzley.
No meio de todo aquele pântano de maldade e impiedade, ainda havia luz e esperança. Pego a flor da mão do menino, suavemente, e a coloco entre os cabelos sujos e oleosos da elfa que fui resgatar. Prendo-a atrás da orelha da outrora prisioneira.
As crianças tocam o cavalo, acariciando-o, e minhas canelas e pés, como se estivessem em contato com algo muito precioso, divino até.
Ainda assim, não me permito sorrir. Mas meus olhos, estrelas douradas e brilhantes sob um capuz e contra a escuridão crescente, pousam, detidamente, sobre cada um dos pequenos. Para eles não havia ira. Às crianças, Tyr reservava misericórdia.
Tomo novamente as rédeas com a mão livre, e o trote lento reinicia, enquanto as crianças se afastam, abrindo caminho. Algumas acenam, em despedida.
Elas me veriam de novo, e isso não tardaria a acontecer.
Nenhum guarda ou mercenário teve a ousadia de me seguir. Eles também sabiam. A Justiça de Tyr cairia sobre eles como uma clava, bem onde estavam. Não queriam antecipar o inevitável.
Os cascos trocam, gradativamente, o impacto contra a pedra dura pelo toque mais amigável de terra fofa e grama. O fedor de maldade de Hillsfar ficava para trás, mais suave a cada passo de distância daquele antro.
E, assim, lentamente, me aproximo do calor e da luz da fogueira do acampamento.
De pronto, vejo o Sr. Nam dormindo tranquilamente, suas bochechas rosadas pelo calor do fogo. Próximo a ele, uma cena pitoresca. Um acordado e ativo Sr. Nimb tentava, em vão, escapar do imenso e musculoso abraço da Srta. Garona.
Fico feliz em perceber que o Sr. Nimb tinha acordado e, aparentemente, estava bem. Atento ao fato de que ele estava tentando se desvencilhar da Srta. Garona, ao invés de aproveitar o carinho daquele colo musculoso, da princesa dele. Seria uma outra personalidade aflorando?
Bom, esta preocupação poderia ficar para outra hora.
Assim que chego bem perto do fogo, desmonto do cavalo e, com o máximo de delicadeza, desço uma adormecida Razzley até o chão, tomando o cuidado de mantê-la sempre envolvida na minha capa de viagem.
Tiro o alforje da montaria antes de dispensá-la para seu plano natal, e preparo um saco de dormir confortável para acomodar Razzley. Como tínhamos mais ou menos a mesma estrutura corporal, também deixo uma muda de roupas dobrada ao lado da maga, para que pudesse se vestir após acordar.
Percebo, sobretudo, a curiosidade da Srta. Garona com aquilo tudo. Antes que ela pudesse perguntar qualquer coisa, eu a silencio, de uma forma gentil:
Srta. Garona, essa é a Sra. Razzley. Por ora, basta saber que ela é uma aventureira, é uma boa pessoa, e passou por maus bocados em Hillsfar. Precisa descansar.
Amanhã, com a luz do dia, poderemos conversar e fazer as apresentações devidas. Tudo a seu tempo...
Faço uma pausa, soltando um suspiro. A goliath não me conhecia tão bem assim, ainda, mas certamente notaria uma mudança gradual na minha fisionomia, que ficava mais séria e pesada, em tudo diferente da expressão leve e risonha que normalmente compunha meu rosto.
Depois que resolvermos nossos assuntos n'A Cripta do Eterno Silêncio, eu vou voltar a Hillsfar. E trarei a Ordem de Tyr comigo. Não fosse a urgência e importância da nossa missão, eu contataria meus irmãos da ordem agora mesmo...
Faço mais uma pausa, enquanto ajeito a adormecida Razzley no saco de dormir. Não tiro a flor que perfumava seus cabelos do lugar onde estava.
Assim, que termino a tarefa, ergo os olhos e encaro um céu salpicado de estrelas. Sem me voltar para Garona, com o olhar ainda perdido no infinito, falo:
... por Tyr, eles vão pagar.
Baixo os olhos para analisar todo o grupo, reunido ao redor do fogo, e então falo à Srta. Garona e ao Sr. Nimb.
Precisamos descansar. Os próximos dias prometem ser longos e difíceis. Vocês dois, durmam, recomponham-se. Estou sem sono mesmo... O primeiro turno da vigília será meu.
E, com isso, procuro uma pedra na qual sentar e me perder em meus próprios pensamentos. Abraço Juramento do Céu, assumindo, naquele momento, o papel de guardiã dos meus novos amigos e companheiros de viagem.
Eles ficarão bem.
- Dycleal
Mefistófeles, Lorde do Oitavo - Mensagens : 10470
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- Mensagem nº119
Re: A Viagem até a Cripta
- Mandhros
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- Mensagem nº120
Re: A Viagem até a Cripta
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