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    A Viagem até a Cripta

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    Mensagem por Lucas Corey Qui Ago 10, 2023 12:52 pm

    Mandhros escreveu:Off: Vou rolar o teste, só de brincadeira, já que o @Lucas Corey disse que vai gastar premonição para obrigar a uma falha. =D

    Persuasão 7

    Lucas Corey efetuou 1 lançamento(s) de dados A Viagem até a Cripta - Página 4 1139504.7c7e302e16a24865f62067a0b289ee5e (d20.) :
    16

    Pode fazer o a interpretação! Vai ser divertido trabalhar essa cena com o Sr. Nam!

    Ah, se eu fosse vidente no mundo real... não teria gasto a minha rolagem de Premonição, kkkkk Mas foi bom para garantir a falha. E também para evitar uma falha crítica, que seria a rolagem do 1 natural - passou perto! Porque, pra interpretar uma falha crítica, aí sim, o Nam ia ter que xingar em gnômico: "vai se forleikorn sua phultan puxa-saco do scraval-ho"!
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    A Viagem até a Cripta - Página 4 Empty Re: A Viagem até a Cripta

    Mensagem por Lucas Corey Qui Ago 10, 2023 2:19 pm

    Detrás da árvore, Namfoodle manteve os olhos em Nimb, até que a elfa azul entrou em seu campo de visão, vinda do lago, sem nada azul ou de qualquer outra cor para esconder o corpo…

    Nam se sentou atrás da árvore, olhando para a floresta, a fim de não ver mais do que já tinha visto. Mas ficou tranquilo por saber que, com a volta das garotas, ele não precisaria se preocupar com Nimb. Então, ele ouviu a voz suave de Nadien, vindo de lugar nenhum: "Muito obrigada, Sr. Nam, por ser tão gentil e cuidar das minhas coisas enquanto eu conversava com a Srta. Garona. E muito obrigada por ser sempre tão atencioso e prestimoso. Fico feliz em podermos participar desta aventura todos juntos".

    Obviamente, tratava-se de uma premonição, a qual veio apenas na forma de palavras, sem qualquer imagem. Ele ficou agradecido por saber que ela ia mostrar certa consideração, embora ainda estivesse se sentindo ofendido pelo descaso.

    Foi então que a paladina apareceu e se agachou bem ali, para surpresa do adivinho, pois ele imaginou que aquilo só seria dito quando ele voltasse para junto dos outros. Ficou estático e inexpressivo quando ela o beijou e, se tivesse visto a cena, ao invés de apenas escutado, talvez se afastasse para evitar aquele beijo: "o que a Jezziah pensaria…”?

    As palavras não chegaram a comovê-lo pois as estava ouvindo pela segunda vez, então o impacto inicial já tinha sido racionalizado e arrefecido um tanto. Ainda assim, ele moderou o tom de voz que teria usado se ela não falasse aquelas coisas:

    - Olha, senhorita Nadien, eu não cuidei das suas coisas. Joguei tudo de qualquer jeito porque não sou seu pajem, nem seu escudeiro. E não sou para você o que o Nimb é para a Garona… Me sinto bem em estar nessa jornada com você, pode contar comigo, mas desde que nunca mais me use como se eu fosse um servo!

    Ela se levantou e se afastou sem responder. Nam ainda ficou sentado ali mais uns dois minutos, refletindo sobre como deveria alertar as guerreiras, pois essa era a questão urgente a tratar no momento. Ao se decidir, caminhou até a mula, onde estava o seu pacote de estudioso, e retirou dali um pedaço de pergaminho, pena e tinteiro. Havia dito para si mesmo que seria bem conciso no bilhete, mas eruditos tendem a ser prolixos, então ele escreveu mais do que planejara.

    Depois que terminou, aproximou-se de Nadien como quem não quer nada e, supondo que Nimb estaria distraído admirando a goliath, entregou o bilhete para a paladina escondendo-o com o próprio corpo. Enquanto ela lia, ele caminhou a esmo, fingindo despreocupação, mas sem deixar de olhar para Nimb de vez em quando.

    Bilhete:
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    Mensagem por GM Qui Ago 10, 2023 4:54 pm

    Mandhros escreveu:Off: Vou rolar o teste, só de brincadeira, já que o @Lucas Corey disse que vai gastar premonição para obrigar a uma falha. =D

    Persuasão 7

    GM efetuou 1 lançamento(s) de dados A Viagem até a Cripta - Página 4 1139504.7c7e302e16a24865f62067a0b289ee5e (d20.) :
    16

    Pode fazer o a interpretação! Vai ser divertido trabalhar essa cena com o Sr. Nam!

    OFF: Não entendi, você afirmou ou perguntou sobre a interpretação?
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    Mensagem por Dycleal Qui Ago 10, 2023 5:09 pm

    Quase que a paladina tira erro crítico kkkkkkk  Com 2 no dado e mais 7 na ficha... Ficou com míseros 9 kkkkkkkkkkkk


    Garona já recebeu o bilhete?
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    Mensagem por Mandhros Qui Ago 10, 2023 5:14 pm

    Off: Pensei em fazer um retcon da postagem anterior, para adequar as reações da Nadien à indignação do Sr. Nam, mas o fecho com o bilhete ficou muito bom para ser ignorado. Vou seguir daqui, ok?

    @GM, eu ia falhar de qualquer jeito. Então deixei o @Lucas Corey fazer a interpretação levando isso em conta. Só fiz o teste para brincar, mesmo.

    @Dycleal, a Nadien só vai te entregar o bilhete quando tiver certeza que o Sr. Nimb não está de olho em você... Então, por ora, ainda não te repassei a informação, ok?

    On:

    - Olha, senhorita Nadien, eu não cuidei das suas coisas. Joguei tudo de qualquer jeito porque não sou seu pajem, nem seu escudeiro. E não sou para você o que o Nimb é para a Garona… Me sinto bem em estar nessa jornada com você, pode contar comigo, mas desde que nunca mais me use como se eu fosse um servo!
    As palavras do Sr. Nam foram duras, um contraste gritante com toda a postura que ele tinha adotado comigo até então. Eu arregalo os olhos. Não esperava por aquilo. Todavia, percebi o quanto o mago era orgulhoso de si e da sua posição. Não era para menos. Eu imagino os anos de estudos e o nível de esforço que o gnomo teve até se tornar um aventureiro e aprender a fazer bolas de fogo e raios saírem disparados de suas mãos hábeis.

    Eu havia, evidentemente, falhado em ler adequadamente meu companheiro de aventuras, e mais ainda ao tratá-lo de acordo com essa percepção equivocada.

    Faço um meneio de cabeça, anuindo em silêncio com os argumentos do mago, mas não respondo de imediato. A choque e a surpresa poderiam fazer com que minhas palavras não fossem as mais adequadas.

    Enquanto caminho de volta até onde estavam minhas coisas me perco em pensamentos. Ser um paladino não era simplesmente empunhar a fé contra o mal. Era um ofício que significava ser um exemplo, liderar pelo exemplo. Uma falha no trato com um desconhecido poderia ser desconcertante por si... Mas uma falha com um amigo? Isso era muito pior.

    Eu não estava iludida. Talvez o tempo viajando sozinha desde que deixei a tutela de Rahm Tor tivesse me tornado algo soberba, ou mais centrada em mim mesma do que na minha missão sagrada. Eu havia errado com a Srta. Garona - que, felizmente, havia tido a nobreza de espírito de me perdoar - e agora falhava com o Sr. Nam.

    Nadien, isso não pode acontecer novamente!

    Abaixo-me próximo a onde estava meu equipamento e começo a organizar as coisas, pousando Juramento do Céu ao meu lado.

    Qual não seria minha surpresa quando o pequeno Sr. Nam, o magnífico mago, surgiu por trás de mim, entregando um bilhete de forma discreta.

    Eu pego o pedaço de pergaminho dobrado e, antes de abrir e ler o que estava escrito, olho diretamente nos olhos e falo ao arcanista:

    Perdoe-me, Sr. Nam... Eu jamais desejei tratá-lo como menos que o mago grandioso que o senhor é. Peço perdão por ter ferido seus sentimentos.

    Então, leio o pergaminho, o mais rápido e discretamente possível.
    Spoiler:
    Eu sabia que havia caos na mente do Sr. Nimb, mas não tinha certeza se poderia ser tão profundo assim. Talvez sua mente pudesse ser curada, mas eu não tinha os meios adequados para isso... Não ainda.

    O alerta do mago era claro, preocupado e oportuno. Eu ainda confiava que a Srta. Garona poderia conter o Sr. Nimb, mas ela precisava saber o que estava escrito ali.

    Tão logo tivesse oportunidade, alertaria a Bárbara. Mas não ainda, e não com o Sr. Nimb com os olhos fixos nela.

    Assim, dobro cuidadosamente o pedaço de pergaminho e o guardo dentro das minhas vestes.
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    Mensagem por Dante Qui Ago 10, 2023 8:23 pm

    Diário de Cortana.

    A atitude de Nam pareceu para Nimb um profundo desprezo. Ele lembrou como os outros gnomos o tratavam e isso o fez reviver momentos terríveis. Ele lembrou do que teve que fazer... E eu tentei acalma-lo.

    — Acalme-se Nimb. Ele não é o mesmo gnomo. Não é um deles. Você não precisa fazer isso.

    Nimb não me escutou. Apesar de manter o sorriso no rosto sua mante elaborou quarenta e nove formas de matar o senhor Nam. Scar, claro se aproveitou da situação.

    — Esfolar? É uma ótima ideia meu amigo. Nisso nós combinamos. Deixe-me assumir Nimb. Eu cuido disso pra você. Você sabe que sou mais preciso. Não vamos deixar repetir o que você fez com nossa vila certo? Se você começar não vai conseguir para com ele Nimb. Vai acabar esfolando até sua princesa...

    Scar parece ter percebido o erro que cometeu. A menção a princesa fez Nimb retomar o foco e logo voltou seus olhos para sua princesa que saia do lago. Ele segurava suas vestes e tentou ir ao seu encontro, mas não conseguiu. Suas próprias intenções contra o senhor Nam, foram fortalecidas por Scar e ele não conseguiu se mover, apenas se conter o suficiente para continuar a olhar para sua princesa. Pobre senhor Nam, Pobre Princesa, Pobre Nimb...
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    Mensagem por Dycleal Qui Ago 10, 2023 9:34 pm

    Garona estava saindo da água logo após a elfa azul e observa o seu pequeno amigo travar quando começava a ir na sua direção e ela pensa consigo: - Será que ele não quer ir nadar e está sem jeito de pedir? E se aproxima dele e pergunta: - Sabe nadar? Que nadar comigo? Eu gostaria muito. E ela se abaixa e diz: - Pode deixar minhas coisas aqui. E dobra as roupas e as coloca em cima de uma pedra. E espera por ele responder.
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    Mensagem por Dante Sex Ago 11, 2023 8:39 pm

    — Nadar? Minha Princesa quer nadar comigo? O quê? Esfolar? Não, não, não. Nadar com nossa Princesa é muito melhor. Vamos nadar! Deixe-me tirar essas coisas. Espere. Mas como... Tudo bem. A adaga levo nos dentes onde mais? Não se preocupe. Vamos, vamos Princesa!
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    Mensagem por GM Sex Ago 11, 2023 9:47 pm

    @Dante  @Dycleal  @Mandhros  @Lucas Corey  @DariusDarkLord



     
    OFF: O roleplay está incrível.

    Agora um spinoff:

    Essa noite eu sonhei que estava no mundo de nosso PBF. Algumas coisas, eram um pouco diferentes. Com um véu suave e etéreo, o sonho se desenrolava diante de mim, um observador silencioso em meio à tapeçaria da imaginação de um GM que, mesmo dormindo, mantinha seu mundo vivo. Eu era o GM, mas também era aquele que sonha e observa. Este não era um mero jogo. Era um universo inteiro, respirando e pulsando através das palavras trocadas em um Play By Forum. O cenário se abria sobre uma paisagem marcada por contrastes: montanhas escuras surgindo de terras avermelhadas, cidades flutuando sobre abismos e florestas cujas árvores tinham folhas tão negras quanto a noite, mas que floresciam com flores luminosas que cintilavam como estrelas. O céu, um manto de cores turquesas e índigos, parecia pintado por dedos divinos, interrompido aqui e ali por aves cujas asas cintilavam como vidro. Personagens emergiam, tão reais quanto os pensamentos que os haviam criado. Em meio à bruma etérea de um sonho, o universo se desdobrou como uma peça teatral. À margem de uma paisagem caótica e deslumbrante, cinco figuras se destacavam. Garona, a bárbara Goliath de presença imponente, com pele âmbar marcada por tatuagens tribais e músculos, observava as montanhas à distância, talvez recordando as terras altas de onde viera. Seu olhar firme parecia buscar respostas no horizonte, mas, ao mesmo tempo, mostrava uma determinação de ferro. Ao lado dela, Nadien, a Paladina Meio-Elfa de armadura azulada, refletia uma serenidade contrastante. A luminosidade suave de sua armadura brilhava à luz das flores estelares, e seus olhos, um azul profundo, contemplavam o grupo com um misto de preocupação e esperança. Nimb, o Gnomo das Profundezas, espreitava das sombras, seus olhos esbugalhados observando tudo com uma curiosidade infindável. A escuridão das profundezas de onde viera ainda grudava nele, mas havia uma centelha de travessura em seu olhar. Louco, seu nome sendo um claro indicativo de sua natureza, sorria. Era impossível dizer o que passava em sua mente, mas sua presença trazia um certo grau de imprevisibilidade ao grupo e perigo também, como o Gollum, não do filme, mas dos livros, uma personagem muito mais complexa. Pelo menos, no meu sonho, ele era. Por último, o Senhor Nam, o Gnomo acadêmico, parecia perdido em pensamentos. Sua barba longa e desgrenhada escondia um rosto frequentemente mergulhado em livros e pergaminhos. Enquanto todos observavam o mundo, ele rabiscava notas em um velho livro de couro, tentando talvez capturar a essência do sonho, em seu lápis. A trama se desenrolava com os personagens em seu núcleo.




    Conspirações em cidades flutuantes, batalhas contra inimigos invisíveis, e a busca constante pelo conhecimento e verdade. Garona, com sua força bruta, enfrentava adversários, enquanto Nadien, com sua fé, guiava o grupo com propósito. Nimb e Louco, de maneiras muito diferentes, adicionavam camadas de mistério e imprevisibilidade. E o Senhor Nam, com sua sabedoria, servia como a bússola moral e intelectual. À medida que o sonho se desvanecia, os personagens se solidificavam em sua importância, não apenas para o jogo, mas para o coração do GM e jogadores. Era uma dança de imaginação e realidade, e a história, bem, essa estava apenas começando. Aos poucos, a tapeçaria caleidoscópica daquele sonho se desvaneceu, atraindo a atenção do observador para um objeto central: uma esfera cristalina que refletia as luzes do cosmos. Dentro dela, uma fumaça índigo dançava em padrões hipnotizantes, evocando o profundo azul do crepúsculo quando o dia cede espaço à noite.




    De repente, a fumaça começou a se condensar, formando a imagem de uma mulher, refletida na superfície polida e espelhada da bola. E que mulher! Uma Skarthatch of the Keep. Sua beleza era inegável, mas era uma beleza que o fazia sentir o frio rastejar por sua espinha. Seus olhos eram poços sem fundo, sugando tudo e oferecendo nada em troca. Era como se todos os mistérios do universo estivessem escondidos atrás daqueles olhos, mas a um preço terrível. Seus lábios, carnudos e de um vermelho intenso, se curvavam em um sorriso que prometia prazeres inimagináveis, agonias impronunciáveis e perigos indizíveis. No delicado e misterioso interlúdio entre o sonho e a vigília, lá estava eu, observador imortal e mestre de todos os destinos que desenrolei. Os olhos do mundo. Uma entidade tão vasta quanto o Beholder dos contos de Dungeons & Dragons, eu flutuava acima do universo do jogo, minha visão onisciente alcançando cada recanto, cada segredo. Cada movimento dos heróis estava sob meu controle, cada desafio e reviravolta surgiam de minha imaginação. Foi quando perdi todo meu poder. A arrogância sempre precede a queda. Caí, como a cabeça decapitada de um déspota morto por sua fome de poder e dinheiro, numa revolução, como a francesa.




    A cena, onírica corta para uma paisagem americana neogótica e remota, onde as antigas torres dos castelos se misturam com as sombras sinuosas das florestas, e dos pântanos, com suas árvores, barbas de velho, de onde emergiu uma lenda da mais profunda escuridão: A Skarthatch of the Keep. Ecos, dessa terrível figura, são encontrados no escrito de Neil Gaiman, "O Oceano no Final do Caminho", meu livro de cabeceira, mas as raízes deste ser se entrelaçam em histórias ainda mais antigas, contadas ao redor de lareiras em noites tempestuosas. Ela é, no corpo atual em que habita, Nimue Laveau, a baronesa de Souragne. Ela é uma vampira que se originou de um culto vodu em Nova Orleans, e que foi transportada para Forgottenloft depois de realizar um ritual sangrento para invocar o Loa da Morte. Dentro do vasto semiplano gótico, de meu sonho, onde as sombras se estendem e os destinos se entrelaçam, Nimue Laveau reina. Seu nome é sussurrado com uma combinação de reverência e medo, em cada esquina escondida de Souragne. A astúcia dela é lendária; sua vingança, quase poética em sua precisão. No entrelaçar de seus dedos pálidos, reside o poder que comanda mortos-vivos e as forças intangíveis da natureza. Ela dança no limiar do oculto, rodeada por uma coleção macabra de bonecos de vodu, caveiras e talismãs que canalizam sua vontade e amaldiçoam seus inimigos. A aliança com o Barão Samedi não é apenas de poder, mas também de paixão e misticismo. Em troca de sua lealdade, ele ofereceu a Nimue presentes raramente concedidos a seres imortais: a capacidade de caminhar sob o sol sem queimar e desafiar o poder da água corrente.  A visão dela é quase hipnótica. Seus cabelos negros como a plumagem de um corvo, em caracóis selvagens, dão-lhe uma aura majestosa; seus olhos, negros como a obsidiana, feita da lava de um vulcão prestes a acordar, uma das joias de Forgottenloft mais raras, contêm segredos de eras passadas. Suas roupas são monotônicas, elas nunca desmentem a escuridão gótica que reside em seu coração. Sua pele branca e pálida como um cadáver recém desovado, sobre o mármore verde de uma tumba, adornado com rajas negras. Uma rosa carmesim, morte e vida, que ilustra o livro da máscara. E a tatuagem serpentina em seu braço? Um lembrete constante de sua conexão com o animal que simboliza renovação, morte e reencarnação em um eterno retorno. O ouroboros do mal infinito. A devoção que ela inspira é absoluta. Os mortos-vivos se curvam à sua vontade, e os ghouls e outras abominações do pântano, ao redor da Cripta do Eterno Silêncio, veem nela uma líder inquestionável. Sua residência, uma mansão que evoca a grandeza das casas coloniais, fica no coração das plantações de cana-de-açúcar. Lá, o açúcar mais doce, extraído da dor e do sofrimento da escravidão, é produzido sob seu olhar atento, tudo envolto em um nevoeiro que parece guardar os segredos do tempo. Ao contemplar uma imagem potencial dessa dama da noite, é impossível não se sentir atraído por sua complexidade. Seu nome, sua descrição, tudo nela exala fascínio. Ela não é apenas uma vilã; é um enigma, uma força da natureza que desafia categorização. E em um mundo onde as linhas entre o bem e o mal são frequentemente borradas, Nimue Laveau se destaca como uma entidade verdadeiramente memorável.




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    Em minha queda eu era Samedi também... Sob o Véu da Noite. Em um mundo onde a noite é um domínio imortal, onde as almas perdidas buscam eternamente por um propósito e um lugar, Barão Samedi se destaca, não apenas por sua influência e poder, mas também por sua presença enigmática e irresistível. Antes de sua transformação, o Barão era um sacerdote vodu de grande renome nas costas da África Ocidental, venerado por sua capacidade de se comunicar com os espíritos e fazer a ponte entre os mundos dos vivos e dos mortos. No entanto, sua sede insaciável de conhecimento e poder o atraiu para os braços da escuridão. Atraído pela promessa de imortalidade e influenciado pelas maquinações do clã Tzimisce, ele foi transformado em um vampiro. A Vicissitude, a arte deformadora praticada pelos Tzimisce, rapidamente se tornou a obsessão do Barão. Com cada transformação, ele se moldava, buscando alcançar uma forma que espelhasse tanto sua alma quanto seus desejos mais sombrios. Seu corpo tornou-se um mosaico de horrores e maravilhas, como este texto, refletindo tanto sua majestade quanto sua monstruosidade. O Barão estabeleceu seu domínio em Souragne, um território nebuloso e fértil que parecia chamá-lo. Lá, ele ergueu uma fortaleza de sombras e segredos, envolta em mistérios tão antigos quanto o próprio tempo. Os pântanos que cercavam sua morada tornaram-se o lar de criaturas tão deformadas, por dentro ou por fora, quanto ele próprio, criadas por sua Vicissitude.




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    Agora, Nimue Laveau, a nova baronesa vampira, encontrou no Barão uma afinidade única. Embora suas origens fossem distintas, eles compartilhavam uma paixão pelo oculto e uma sede insaciável de poder. Juntos, eles formaram uma aliança que ia além do mortal e do imortal, tornando-se praticamente invencíveis. O Barão, apesar de sua aparência aterradora, possuía um carisma que atraía tanto mortais quanto imortais. Ele era conhecido por suas festas decadentes, onde os convidados dançavam até o amanhecer sob o olhar atento de suas grotescas criações. Mas havia também uma profundidade em Samedi, uma melancolia que só os que realmente o conheciam poderiam entender. Seu passado como sacerdote ainda o assombrava, e ele muitas vezes se perguntava se a imortalidade era verdadeiramente uma bênção ou uma maldição eterna. A influência do Barão se estendia além das fronteiras de seu domínio. Seus tentáculos alcançavam os cantos mais escuros do mundo, onde ele tecia uma teia de intrigas e manipulações. Entretanto, por trás de sua máscara de poder e controle, havia um desejo profundo e inexprimível de pertencer, de encontrar um propósito que fosse além da eternidade. E, assim, em uma dança eterna de luz e sombras, o Barão Samedi continuou a governar, buscando respostas no abismo infinito da noite, enquanto sua lenda crescia, tornando-se uma história contada em sussurros temerosos, uma lenda que nunca morreria.




    O Despertar da Obsessão: A Sombra que Ultrapassa o Mestre
    As sombras suaves da noite envolveram o vasto quarto adornado com tapeçarias antigas e móveis de carvalho escuro. Lá, o toque sutil da melancolia se fundia com a sensação de perigo iminente, em uma dança etérea entre luz e escuridão. Entre as fendas do tempo e espaço, eu me encontrava, um observador de minha própria ruína, perdido na delicada teia que Nimue Laveau havia tecido em torno de minha alma. Nunca poderia ter previsto que, de todas as criaturas e seres que já havia imaginado, ela emergiria como a essência mais pungente da minha própria destruição. Os vampiros que havia escrito, inspirados pela prosa romântica e gótica de Anne Rice, eram complexos, cheios de dilemas morais e lutas internas. Mas Nimue, ah, ela era diferente. Ela não apenas ultrapassou os limites de sua própria narrativa, mas também os limites de meu controle, tornando-se um reflexo pervertido de meus desejos mais sombrios. Os olhos dela, negros e profundos como florestas nas trevas do segredo além do jardim sepulcral, pareciam me estudar, desafiando-me a resistir ao seu charme perverso. Seu sorriso, tanto prometendo quanto ameaçando, refletia um jogo que eu estava destinado a perder. Minha mente, uma vez o santuário de imaginação e criação, agora era o campo de batalha onde nossa guerra silenciosa se desenrolava. Cada palavra que escrevia, cada cena que imaginava, ela estava lá, influenciando, manipulando, distorcendo. As memórias de meus heróis, criados com amor e dedicação, começaram a desvanecer, eclipsadas pela influência insidiosa de Nimue. Eles, que uma vez representaram esperança e redenção em um mundo de escuridão, agora pareciam marionetes, presos nas mãos de uma mestra que jogava um jogo muito mais perigoso do que eu jamais poderia conceber. No centro da sala, sobre uma mesa esculpida, repousava uma esfera cristalina, seu brilho refletindo imagens distorcidas de um futuro incerto. Ao observá-la, senti uma inquietação, uma sensação de vertigem, como se estivesse prestes a cair em um abismo sem fim. E o fim voltou no começo, como um eterno retorno... E no meio dessa escuridão, a figura de Nimue se destacava, sua presença quase palpável, sua voz sussurrando promessas e ameaças, enredando-me em um dilema sem fim. Sabia que minha queda era inevitável, mas a antecipação da batalha, da dança entre bem e mal, entre criação e destruição, era quase tão sedutora quanto a própria Nimue. O destino do mundo do jogo, e talvez do meu próprio destino, estava pendente. E em meio a esse caos, uma única certeza permanecia: a narrativa que estava prestes a se desenrolar seria tão inesquecível quanto a própria noite eterna...

    Então acordei...




    >>> Esse é o sonho, quem tiver sabedoria o interprete. <<<



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    A Viagem até a Cripta - Página 4 Empty Re: A Viagem até a Cripta

    Mensagem por Lucas Corey Dom Ago 13, 2023 4:32 pm

    No momento em que o mago entregou o bilhete, Nadien disse: "Perdoe-me, Sr. Nam... Eu jamais desejei tratá-lo como menos que o mago grandioso que o senhor é. Peço perdão por ter ferido seus sentimentos". Por um instante, ele não esboçou reação alguma, como se não soubesse ao certo do que ela estava falando. Mas então ele deu um sorriso amigável e fez um meneio com os ombros, como se dissesse "está tudo bem", e se afastou caminhando com falsa naturalidade, para que Nimb não notasse nada diferente.

    Com efeito, logo depois que Nam conversou com Nadien, e já despreocupado de vigiar o outro gnomo, sua mente concentrou-se em como alertar as guerreiras, de forma rápida e discreta, sobre a "ameaça interna ao grupo", tal como ele agora qualificava Nimb. Daí o breve instante sem reagir diante do pedido de desculpas de Nadien: aqueles que são muito focados em seus objetivos, distraindo-se de todo o resto, não costumam guardar rancor por pequenos desentendimentos.

    Nam caminhou alguns passos a esmo e parou. Em pé, com as mãos cruzadas nas costas, ele admirava o sol poente, as nuvens douradas, o céu azul, a mata verde, os fios de fumaça branca e cinza que saíam das chaminés de Hillsfar, o brilho da primeira estrela, e lembrou-se da Cor Inexistente. Com um suspiro, murmurou para si mesmo:

    - O mundo parecia tão mais simples e tão mais acolhedor quando saí de casa, poucos dias atrás...
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    A Viagem até a Cripta - Página 4 Empty Re: A Viagem até a Cripta

    Mensagem por Dycleal Dom Ago 13, 2023 5:28 pm

    Garona fica feliz quando o pequeno aceita nadar com ela e grita: - O último na água vai coçar as costas do outro, e logo mergulha na água espalhando água para todo lado e indo até o centro do lago com incrível rapidez, não se pode negar que é uma visão maravilho e que ela é uma força da natureza, totalmente integrada com o cenário ao seu redor. Para. Fica boiando com o papo para cima e enchendo a boca com água e a ejetando para cima com se fosse uma baleia. Ela assim que fica entediada com a brincadeira, foca a visão no senhor Nimb e vai até onde ele conseguiu chegar e pergunta: - Você me ama? Gosta mesmo de mim? Se gosta, então cuide de mim e deixe eu cuidar de você, pode ser?

    Ela olha séria para ele e continua, após ouvir a sua resposta: - Entre nos dois não pode haver segredos, e quero saber de onde você vem, porque saiu de lá da sua terra e o que estava procurando quando chegou na estalagem? Eu vou começar falando de mim, para dar o exemplo, sou Garona, uma Goliath, das bandas do norte gelado, sou filha de uma Xamã e de um chefe guerreiro, estou a procura de uma amiga, a minha alma gêmea e gosto de seres que são diferentes de mim, agora é sua vez de falar e depois vamos brincar na água. E fica aguardando a fala do amigo, com os braços cruzados a frente dos seus seios.
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    A Viagem até a Cripta - Página 4 Empty Re: A Viagem até a Cripta

    Mensagem por Mandhros Seg Ago 14, 2023 11:08 am

    Paro por um instante para observar onde estávamos, e como meus companheiros se comportavam.

    O gesto do Sr. Nam, indicando que estava tudo bem, tinha tirado um peso do meu coração. Era muito mais fácil, afinal, enfrentar monstros, mortos-vivos e aberrações do que lidar com a tristeza ou a desconfiança de um companheiro, de um amigo.

    Por um momento, permito-me sentar na grama, à beira do lago. Dali, vejo a Srta. Garona voltar a mergulhar rapidamente e ser seguida por um alegre Sr. Nimb que, naquele momento, não parecia em nada a ameaça que constava do alerta do mago.

    Dali, meus olhos dourados correm até o Sr. Nam, que contemplava o céu, o lago, e a mata. O gnomo me inspira a fazer o mesmo. E, assim, permito-me dispersar por um momento, esquecendo da armadura e do equipamento que estavam ali perto, ou mesmo da espada sagrada placidamente deitada ao meu lado. Passo os dedos pela grama, como uma carícia, e sinto o cheiro da terra molhada.

    O sol começava a se deitar, lentamente, tingindo o céu e as nuvens de um vermelho muito bonito. Não era sempre que um aventureiro tinha tempo de apreciar esses momentos e essas paisagens. Sempre havia um outro vilão, ou uma outra missão ou viagem. Nossa vida era vivida na estrada, sempre partindo e sempre chegando, onde quer que fôssemos demandados. E o tempo... O tempo era sempre curto.

    Deito as costas na grama, olhando para o céu e para as estrelas que começavam a brilhar com a queda gradual da luz do dia.

    Havia muita beleza para admirar e proteger. Havia muitos lugares a visitar, e muitas pessoas a ajudar. Mas isso era amanhã. Hoje, Tyr queria encher nossos sentidos com propósito. E ele fazia isso como ninguém mais faria.
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    Mensagem por GM Seg Ago 14, 2023 6:39 pm

    @Lucas Corey  @Mandhros  @Dycleal  @Dante  @Alexyus  @DariusDarkLord


    Na penumbra desvanecente de Hillsfar, uma cidade outrora tomada por uma aura de nobreza e justiça, os alicerces dessa crença estavam desmoronando. Uma sombra muito mais densa e fria crescia, sufocando a luz que antes brilhava nas ruas. Enquanto a escuridão se espalhava, a atmosfera se tornava pesada, carregada com o cheiro do medo e da expectativa. Razzley, uma elfa de estatura elegante, com cabelos que refletiam o dourado do crepúsculo e olhos azuis que desafiavam qualquer um que olhasse em sua direção, estava presa em uma espiral de humilhação. Em uma cidade como Hillsfar, onde regras eram mais valorizadas do que a própria vida, ela se tornou a personificação do desafio, da rebeldia. A jovem não se escondia atrás de mentiras ou fofocas, mas suas ações, sobretudo a sua profissão, tornavam-na um alvo para os líderes que sentiam sua autoridade civil e religiosa ameaçada. Ela foi arrastada para fora da cidade, onde foi presa à berlinda, uma mensagem clara para todos que ousassem desafiar o status quo. A pele dourada de Razzley, reluzindo sob o céu que se tingia de roxo, tornava sua vulnerabilidade ainda mais evidente. Cada marca, cada hematoma que surgia em sua pele delicada era um lembrete da perversidade humana. O senhor Nam, sobre um monte perto do lago, de onde tinha uma visão privilegiada, sentiu uma dor profunda em sua alma ao testemunhar tal cena. Seus olhos cansados, que haviam testemunhado muitos eventos em Hillsfar, nunca viram algo tão desumano. Ele sentiu cada insulto, cada objeto jogado em Razzley como se fosse ele mesmo na berlinda. A berlinda era um instrumento de tortura que consistia em uma placa de madeira, na qual a vítima era presa pelos braços e pelo pescoço, limitando sua mobilidade. A placa era colocada em um lugar público, onde a vítima era exposta ao escárnio e à violência das pessoas, que podiam jogar ovos podres, tomates, pedras ou cuspir nela. A berlinda era usada para punir crimes considerados leves, como mentiras, fofocas, adultério, prostituição, homossexualismo ou desobediência. Era um castigo considerado vergonhoso e humilhante, que podia durar horas ou dias.


    >>> A seguir há uma parte sensível (spoiler +18), caso não queira ler, não abra o spoiler, você não terá prejuízo narrativo,
    caso não queira avançar além dele, mas se quiser, esteja ciente do conteúdo do aviso... <<<


    Spoiler:
    Razzley, não diz nada, ela apenas chora. Ambos sabiam que, a noite não ia trazer um fim à humilhação de Razzley, a mando do Abade Eldo Elias, mas será que alguém vai ajudar essa mulher?
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    @DariusDarkLord Quando você sair da Berlinda poderá agir... Se alguém te libertar, mas até esse momento eu ainda estarei no comando de Razzley...
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    A Viagem até a Cripta - Página 4 Empty Re: A Viagem até a Cripta

    Mensagem por Dante Seg Ago 14, 2023 7:41 pm

    Nimb tenta responder Garona, mas com a faca presa entre os dentes não consegue emitir mais do que grunhidos. Logo sua atenção é atraída para algo no fundo do lago e ele se mantem sério e concentrando de cabeça baixa olhando para o fundo do lago.

    Ele ergue a cabeça apenas para responder sua princesa.

    — Sim. Eu lhe amo. Minha princesa é completamente o oposto dos que queriam machucar Nimb. Mas não se preocupe. Sei que tem um obstáculo. Vamos cuidar disso... Cuidar de você? Ora mais é claro. Nimb vive apenas para isso agora minha princesa. Pode ser, pode ser, só preciso ficar com você minha princesa.


    Nimb diminui um pouco o sorriso e com um olhar tristonho causado por más lembranças, abaixa novamente a cabeça olhando fixamente para o fundo do lago. Após nova interpelação de Garona, Nimb ergue a cabeça novamente.

    — Segredos?

    Ele parece pensativo, como se não tivesse entendido a pergunta.

    — De onde Nimb veio? De onde eu vim? Bom eu morava no subterrâneo, tinha uma comunidade dos da minha raça. Mas eles não me entendiam, eles eram muito... Não sei qual a palavra. Scar matou todo o meu clã para fazer eles entenderem, mas acho que não deu certo. Eles eram...


    Sua expressão muda de figura. Seu olhar torna-se afiado e felino, o tom de sua voz muda um pouco e seu sorriso muda de lunático para psicopata.

    — Eles eram como ele.

    O olhar de Nimb encontra o Gnomo Mago. Ele parece esquecer a presença de Garona e começa a caminhar com a adaga em punho para a saída do lago...
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    Mensagem por Dycleal Seg Ago 14, 2023 10:41 pm

    Garona não entende muito, mas sabe que algo estranho se passa na cabeça do seu pequeno amigo e entende instintivamente que precisa chama-lo de volta e diz com voz firme, porém suave e sonora: - Nimb, vai deixar a sua princesa sozinha? Venha e me abraçe e ponha fim a essa dor que sente! A sua Garona está aqui para lhe ajudar e apoiar, venha. Suba nas minhas costas e vamos voltar para montar o acampamento... E com os braços estendidos e abertos, espera o retorno do pequeno admirador.
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    A Viagem até a Cripta - Página 4 Empty Re: A Viagem até a Cripta

    Mensagem por Dante Ter Ago 15, 2023 9:15 pm



    Scar assume o controle novamente. É sempre assim nesse tipo de situação. Pobre Nimb.

    Ele associou o Mago aos outros gnomos que o desprezavam em sua terra. A atitude de Nam junto a Nimb fez ele reviver momentos de desprezo e sofrimento. Foi quando Scar assumiu e fez acabar o sofrimento. O extermínio de todo um clã. Pobre Nimb.

    As palavras da Barbará o tocam. Ela causa algum tipo de fascínio que foca a mente de Nimb. Isso é interessante.

    Scar é forte e já faz algum tempo que não mata sua sede de sangue. Desde antes da taverna ele não tem um momento para se satisfazer e agora ele tem uma bela desculpa, reforçada pela impressão errada que Nimb teve. Pobre Nimb.

    Ele para. Se vira para sua princesa.

    — Ele... Despreza Nimb princesa. Igual aos outros. Os que queriam machucar Nimb. Mas não conseguiram. Tentamos mostrar a eles. Mas pareciam hienas... Se ele desprezar a princesa de Nimb? Se quiser machuca-la? Não posso permitir. Nimb não pode permitir. Não vou deixar fazer o que fizeram com Nimb.

    Pobre Nimb. As lembranças são terríveis. Ele se agacha tentando lutar mais com seus próprios sentimentos do que com Scar. Seus olhos lacrimejam.

    — Vamos Nimb. Já resolvemos isso uma vez. Vamos resolver de novo. Sua princesa não entende. Ninguém entende. Só nós entendemos.

    Eu não quero ter que intervir. Pobre Nimb.

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    A Viagem até a Cripta - Página 4 Empty Re: A Viagem até a Cripta

    Mensagem por GM Ter Ago 15, 2023 9:35 pm

    Dante escreveu:


    Scar assume o controle novamente. É sempre assim nesse tipo de situação. Pobre Nimb.

    Ele associou o Mago aos outros gnomos que o desprezavam em sua terra. A atitude de Nam junto a Nimb fez ele reviver momentos de desprezo e sofrimento. Foi quando Scar assumiu e fez acabar o sofrimento. O extermínio de todo um clã. Pobre Nimb.

    As palavras da Barbará o tocam. Ela causa algum tipo de fascínio que foca a mente de Nimb. Isso é interessante.

    Scar é forte e já faz algum tempo que não mata sua sede de sangue. Desde antes da taverna ele não tem um momento para se satisfazer e agora ele tem uma bela desculpa, reforçada pela impressão errada que Nimb teve. Pobre Nimb.

    Ele para. Se vira para sua princesa.

    — Ele... Despreza Nimb princesa. Igual aos outros. Os que queriam machucar Nimb. Mas não conseguiram. Tentamos mostrar a eles. Mas pareciam hienas... Se ele desprezar a princesa de Nimb? Se quiser machuca-la? Não posso permitir. Nimb não pode permitir. Não vou deixar fazer o que fizeram com Nimb.

    Pobre Nimb. As lembranças são terríveis. Ele se agacha tentando lutar mais com seus próprios sentimentos do que com Scar. Seus olhos lacrimejam.

    — Vamos Nimb. Já resolvemos isso uma vez. Vamos resolver de novo. Sua princesa não entende. Ninguém entende. Só nós entendemos.

    Eu não quero ter que intervir. Pobre Nimb.

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    OFF: Eu nunca gostei muito de palhaços, mas o Puddles Pity Party sempre me emociona. Ele é realmente incrível... Talvez um tanto assustador.
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    A Viagem até a Cripta - Página 4 Empty Re: A Viagem até a Cripta

    Mensagem por Dante Ter Ago 15, 2023 9:40 pm


    OFF: Eu nunca gostei muito de palhaços, mas o Puddles Pity Party sempre me emociona. Ele é realmente incrível... Talvez um tanto assustador.
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    Spoiler:
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    Mensagem por Dycleal Qua Ago 16, 2023 12:54 am

    Garona ao ouvir as palavras de Nimb sobre desprezo, faz ela lembrar da atitude do seu clã, ao expulsar a sua amada elfa por não aceitar a relação dela com Garona, e provocou uma ruptura no coração da Goliath, pois teve que escolher um amor entre dois amores... E Garona amava o seu povo e a sua família, e aquela escolha a fez sofrer, mas lhe trouxe um pouco de maturidade na dor e ela olha para o pequeno amigo e diz: - Esqueça quem não lhe ama e foque na sua princesa. Não me deixe só aqui na água, pois me parece que o seu ódio, é mais forte que o meu amor e isso me deixa triste, já perdi muito na minha vida e não quero perder você meu amigo, esqueça p seu ódio, e fique comigo, o Sr. Nam, não é mal, Apenas é um pouco bobo e distraído... Ele só tem medo da situação nova, nada mais. Eu lhe peço, fique comigo e perdoe o Sr. Nam, ele lutou ao nosso lado então é amigo, acredite em mim...

    E continua com os braços abertos o chamando e acrescenta: - Ouça a minha voz e não essa que te fala para se afastar de mim.
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    A Viagem até a Cripta - Página 4 Empty Re: A Viagem até a Cripta

    Mensagem por Dante Qua Ago 16, 2023 9:32 pm

    Nimb olha da sua princesa para o Sr. Nam — que está alheio ao que acontece ali vislumbrando o poente — e para ela de novo.

    Com os olhos lacrimejando não há mais sorriso nos lábios de Nimb. Pobre Nimb. O conflito é forte e a possibilidade de outro surgir dessa crise me faz agir.

    — Nimb. Recomendo que me deixe assumir.

    — Não.

    Scar grita em protesto. Eu já esperava por isso. Ele continua.

    — Não deixe ela assumir Nimb. Você sabe o que vai acontecer, não é?

    A pressão sanguínea e os batimentos cardíacos de Nimb disparam.

    — Nimb. Seus sinais vitais estão em alerta. Se não me deixar assumir terei que intervir diretamente. E eu não quero ter que fazer isso.

    — NÃO! Não faça isso Cortana. Eu desisto.

    Urra Scar.

    — Eu não vou lutar Nimb. Melhor que você fique em cima do que ela. Volte para sua princesa por enquanto e ficaremos bem.

    Nimb hiperventila. Não há tempo. Preciso intervir. Nimb cai inconsciente. Pobre Nimb.


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